Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 38
.Chapter Thirty-Eight.




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Michael e Gwendolyn iniciaram a procura por Gerard e Belle. Olharam em cada canto da casa, em cada cômodo... Mas nada encontraram.
- Vou para o andar de cima... - Michael anunciou.
- Okay. Procurarei-os no jardim.
Michael anuiu e subiu para o andar superior. Gwendolyn, por sua vez, saiu para a parte externa da casa, dando continuidade à sua procura.

Robert e Raymond permaneciam atentos. Frank não havia avisado que a casa se encontraria em festa. Esta que favorecia o plano.
- Veja! - Robert apontou para Gwendolyn, que saía de dentro da mansão e caminhava, decidida, para o jardim.
- Vamos, Robert! Este é o melhor momento!
Os dois homens molharam um pequeno lenço com um líquido existente em uma garrafa escura e partiram em direção à Gwen. Aproximaram-se sorrateiramente e pegaram-na distraída, imobilizando-a e deixando-a desacordada por ter inalado o lenço.
Em seguida, Robert a jogou em seus ombros e o trio saiu apressadamente dali.

Michael abriu porta por porta de cada quarto, mas não havia encontrado qualquer vestígio que fosse sobre Gerard. Em uma das portas, uma surpresa...

Rebecca andava de um lado à outro no quarto de Michael. Já não tinha mais o que fazer. Estava entediada.
Olhou para uma pilha de papéis existentes na escrivaninha. Como nunca os percebera antes? Seria um ótimo passatempo...
Folheou-as. Tratava-se de anotações e relatos vampíricos. Suas fraquezas, pontos fortes, afinal, características gerais, comuns ou não, das criaturas da noite. Um dos pontos chamou-lhe a atenção, o que dizia: "Como matar um vampiro". Sentiu-se confusa por um momento. Em sua mente, acreditava que vampiros fossem seres imortais, assim sendo, nada seria possível matá-los...
- "Uma das mais fatais é a estaca de madeira cravada em seu coração, porém deverá ser cavejada em apenas com um único golpe." - Rebecca lia em voz alta. Ficou pensativa por alguns instantes. Aquilo tudo dava-lhe uma ótima idéia.

Oscar saiu. Sabia que deveria permanecer em casa e esperar pelo futuro genro, mas, como Georgia os acompanharia, não via necessidade.
Andava cada vez mais rápido em direção ao castelo. Desde sua chegada da reunião do extinto Parlamento, não havia visitado o Rei. Sabia o quanto aquilo poderia ser perigoso para si...
Bateu na grande porta e uma das muitas criadas abriu-a.
- Lord Cowell... - fez uma pequena mesura.
- A Majestade encontra-se?
- Sim. Queria me acompanhar...
Oscar a seguiu até a sala estar, onde ficou aguardando o Rei.
A criada seguiu para a sala de jantar, onde Jaime se esbanjava com o banquete.
- Desculpe-me incomodá-lo, Majestade, mas Lord Cowell se encontra e deseja vê-lo.
- Diga a ele que me espere.
Com uma mesura a criada disse:
- Pois não, Majestade. - e saiu.
Após incontáveis minutos, Jaime apareceu na sala, imponente e soberano.
- Finalmente, Cowell!
- Majestade. - mais uma mesura em sinal de respeito.
- Me poupe cerimônias, Cowell. Quero informação.
- Sim, Majestade, como desejas. Estão instisfeitos com seu governo e revotlados com a extinção do Parlamento.
- Já imaginava. Planejam algo?
- De imediato não, mas pretendem se reunir mais uma vez... Creio que para planejar sua queda.
- Não conseguirão, Cowell... - o Rei se encaminhou para o trono.
- Obviamente que não, Majestade... - Oscar o seguia como um cão sarnento.
- Assim sendo, creio que não tem mais nada a fazer aqui, Cowell... Queira se retirar...
- Como queira, Majestade. - com mais uma mesura, se retirou.
- Os bajuladores sempre me irritam... - Jaime resmungou quando já se encontrava a sós.
Oscar seguia o caminho de volta para casa. Passou ao lado da tarverna e mudou seus planos. Um pouco de diversão não seria de todo o mal...

Gerard sentia certo formigamento em seu pescoço. Coçava, doía... Mas ele não conseguia parar. Não queria parar. Continuava com os movimentos, no mesmo ritmo: acelerado e ansioso. Não entendia perfeitamente o que Belle pretendia ou fazia. Seguia seus instintos... Estava irreconhecível.
De repente, Belle afastou-se do pescoço masculino lambendo os lábios, visivelmente saciada. Porém, Gerard não estava. Ele a apertou contra si e a penetrava ainda mais intensamente.
Aos poucos os movimentos se tornaram menos intensos e mais lentos. O auge se aproximava... Gerard abriu os olhos e encarou o olhos dela... Era mera impressão ou se encontravam vermelhos?
O êxtase chegou. Gerard urrou e depois a abraçou, evitando olhá-la. O formigamento, antes apenas no pescoço, naquele momento tomava-lhe todo o corpo, em seguida transformou-se em dor... Segundos depois, caiu inerte ao chão.

Lauren ainda esperava por Gerard. Havia, enfim, se sentado no sofá, mas não aparentava calma, muito distante disto.
Georgia, por sua vez, a observava. Também havia se arrumado e, assim como Lauren, o aguardava para irem ao Teatro. Aquele atraso, realmente, a preocupava também. Gerard nunca havia deixado Lauren esperando. Ao contrário, sempre foi bem pontual. E... Pelo amor que aparentava ter por sua filha, nunca faria nada para magoá-la... Exatamente como Donald... Quando ainda era seu...
Lauren se levantou. Estava inquieta novamente. Olhou para a mãe, que sorriu-lhe de forma confortadora...
- Você acha que ele virá, mamãe?
- Ele já faltou com a palavra?
- Não. Nunca. - disse sem hesitar.
- Então não se preocupe. Deve ter ocorrido algo, o que certamente ele nos contará quando aparecer.
- Mamãe, o espetáculo se iniciaria às oito... Já são dez horas! Não vamos mais ao Teatro. Mesmo se ele aparecer... Na verdade, não é isso que me aflingia... É o sumiço dele.
- Seja paciente, minha filha. Ele aparecerá... Como eu já disse, deve ter ocorrido algum imprevisto...
- Assim espero mamãe... - Lauren agarrou o crucifixo. - Que Deus esteja com ele e o proteja.
- Que assim seja.

A casa de Raymond foi adentrada pelo mesmo e Robert, que estava com Gwen, ainda desacordada, em seu ombro. Levou-a para o quarto, orientado por Frank, e a colocou sobre uma cama existente ali. Depois, saíram do mesmo e trancaram a porta, também, como instruídos pelo amigo.
- Missão cumprida! - Raymond disse, sério.
- O que será que ela fez ao Frank? Nunca poderia imaginar que ele fosse pedir algo do gênero para nós...
- Ele sempre fora muito tranqüilo... Sejá lá o que for, foi sério...
- E foi. - Frank saía de um canto escuro. Enquanto saía, Raymond e Robert apenas conseguiam ver-lhe os olhos, que brilhavam intensamente. Pouco a pouco puderam ver-lhe todo o rosto.
- Frank? - Robert o olhava bem assustado.
- Não... Sou Jaime II... - disse-lhe olhando de soslaio. - Então... Como foi?
- Bem mais fácil que o previsto. A casa estava em festa. Pegamos-na desprevenida.
- Muito bem. - olhou para Raymond. - Ray...
- Sim...?
- Seria muito incômodo pedir-lhe que passe a noite na casa do Bob? Preciso ficar sozinho com ela...
- O que pretende fazer, Frank?
- Não se preocupe, Ray. Sem sombra de dúvida, nem um terço do que fez a mim....
O homem cabeludo anuiu e, junto à Robert, saiu em seguida. Frank lançou um olhar em direção à porta. Tirou uma pequena garrafa do bolso de seu casaco, que repousava sobre uma cadeira, e disse:
- Que inicie-se a vingança...


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