Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 28
.Chapter Twenty – Eight.




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Gerard andava a passos largos até o quarto de Michael. O que teria acontecido? Seus pais também teriam ouvido? Andava cada vez mais rápido e cada vez mais convicto que não encontraria nada normal ali. O que não demorou a constatar. Michael estava agachado ao chão com uma mulher desacordada em seus braços, tentando animá-la.
- O que diabos está acontecendo aqui?
Michael o olhou apreensivo.
- Ge..Gerard?
- Sim, Michael. Sou eu. Se tivesse aparecido em casa nesta semana que se passou, teria notado que voltei ao lar. Mas não tente desviar o assunto... O que está acontecendo aqui?
- Não estou desviando o assunto. Eu, assim como você, não sei o que aconteceu aqui...
- Quem é ela?
- Uma... amiga.
- Sei... O que ela faz no seu quarto e... desacordada?
- Ofereci abrigo para ela. Está órfã. Precisa de ajuda... Ofereci meu quarto a ela. Fui me repousar no da frente, até que escuto um barulho estranho e, ao chegar aqui... a encontrei caída ao chão.
- Espere! - Gerard tentava assimilar todas as informações. - Você disse que ela é órfã, que precisa de ajuda e a trouxe para nossa casa, mais precisamente para seu quarto? Mikey! O que há com você? Se fôssemos trazer todos os órfãos para nossa casa...
- Pode parar com o sermão, Gerard! Não percebe que estamos com um problema muito mais sério do que esse? - Michael disse olhando para Rebecca, que permanecia desacordada. Começou a bater levemente no rosto dela novamente. Gerard, decidido, saiu do quarto por alguns segundos, retornando com uma garrafa e colocando-a próxima ao nariz de Rebecca, que abriu as pálpebras lentamente.
- O-o que houve? - levantou-se levemente assustada.
- Você desmaiou. - Gerard disse, em um canto do quarto.
Ela virou o rosto em direção ao ex-seminarista e, em seguida, para Michael. Estava confusa.
- Rebecca Campbell, este é meu irmão, Gerard Way.
Rebecca ficou por um bom tempo olhando para Gerard, boquiaberta.

- Vam-vampiro? - de nervosismo, Frank começou a rir. - Você só pode estar brincando comigo!
- Não estou brincando com você, Frank. Não consegue ver seu reflexo, mas pode sentir as duas elevações em seu pescoço...
Frank, em um gesto automático, levou a mão ao pescoço e pode constatar que havia duas elevações em seu pescoço.
- Então ela...
- Mordeu-o! Enganou-o e o transformou em um deles. - Scott completou. - Teremos que nos mudar...
- C-como?
- A colônia não poderá permanecer aqui. Os vampiros já descobriram onde moramos. Seria burrice permanecermos aqui e sermos atacados.
- Oh Shit!
- Eu o avisei... Não se deve confiar nestas criaturas, Frank...
- Eu não sabia que ela... Sim, Scott! Ela me enganou. Tratou-me dignamente como sou: um bobo! Mas terá troco...
- O que pretende fazer?
- Ainda não sei. Mas vingarei, Scott... Eu vingarei!

Gwendolyn afundou-se na banheira mais uma vez. Não tinha jeito! As lembranças não saíam de sua mente. A pele morna de Frank de encontro a sua, seus beijos intensos e apaixonados, as mãos que lhe explorava cada vez mais intimamente. Mais um pouco teria perdido toda sua "inocência", se é que me entendem... Poderia ter acontecido. Não se importaria. Mesmo com todas as investidas de Angelus, manteve-se "pura". Não tinha muitas experiências amorosas e as que tivera e os sentimentos que despertaram não chegaram aos pés do que Frank despertou nela.
Sentia-se triste. O havia perdido. Tudo por culpa da prepotência de Angelus, que considerava-se seu dono. O que ele nunca entenderia é que ela, Gwendolyn Moore, não havia sido nascida para ser domada. Era dona de si e fazia o que bem queria. Nem mesmo Mia seria capaz de domá-la, mesmo com seu jeito autoritário...
Levantou-se da água morna e sentiu o choque térmico em sua pele. Era uma fria noite... Não havia percebido até então. Escolheu um vestido, vestiu-se e desceu as escadas lentamente. Estava faminta.
Passou por Mia e Angelus, que conversavam na sala de estar, e foi para a sala de jantar, onde serviu uma grande taça de sangue para si e mordeu um pêssego.
- Será que agora podemos conversar, Srta. Gwendolyn Moore? - a voz de Mia soava ironicamente. Gwen deu de ombros e Mia continuou. - O que fazia em companhia a um mortal em uma colônia de Werewolves?
- Não devo satisfações da minha vida a você, Mia. Não disse que eu não sirvo para nada? Não disse que eu era sua vergonha? Para que se preocupar comigo, com minha vida, com o que eu faço ou deixo de fazer? - Gwen mordeu novamente o pêssego e bebericou o sangue.
- Você mora em MINHA casa, Gwendolyn. Mesmo que eu não queira, você é minha irmã... É uma Moore. Assim sendo, deve, sim, satisfações de sua vida a mim.
Gwendolyn a fitou por alguns segundos. Seu semblante era indefinível, o que deixava Mia ainda mais nervosa.
- Eu andava pela floresta e não vi que amanhecia. Quando percebi, os primeiros raios solares já cortavam o céu. Então comecei a correr, tentando me salvar de nosso veneno. Vi uma gruta e corri o mais depressa que eu pude até ela. Quase chego até ela imune: quando já entrava na entrada da mesma, um dos raios atingiu-me a perna e, com a dor, acabei por torcer o pé e me ferir ainda mais. Arrastei-me mais adentro da gruta e lá fiquei. A dor era insuportável, e você sabe que o ferimento causado pelo raio solar é o único que tem lenta cicatrização, acelerando-se apenas quando ingerido sangue. - tomou um longo gole do líquido escarlate. Mia e Angelus escutavam ao relato bem interessados. -  Como eu iria ingerir sangue, - Gwen continuava. - se o veneno estava lá fora, apenas esperando para matar-me? Fiquei lá dentro da gruta sofrendo com a dor e chorando. Frank me ouviu e foi me ajudar. - mais uma mordida no pêssego e uma pausa para deglutir. Mais um gole de sangue e, então, ela continuou, sempre calma: - Foi sempre atencioso e me ajudou muito no que pôde. Em poucos dias o ferimento cicatrizou, com o sangue de criaturas que eu ingeria, mas ainda havia a torção do pé. Foi aí que Frank me obrigou a acompanhá-lo até sua casa para que lá ele cuidasse de mim. Mantinha-me presa em sua casa e eu nunca havia tido oportunidade para fuga. Até hoje... Foi então que, após uma pequena aventura com um Werewolf - Gwen deu uma risadinha enquanto olhava para Angelus. - Angelus apareceu e... O resto ele já deve ter relatado. Até hoje, eu não sabia que se tratava de uma colônia de Werewolves e muito menos ele sabia que eu me tratava de uma vampira.
Mia a olhava, ainda, ironicamente.
- Belo relato, Gwendolyn. Grande aventura. Agora espere que eu realmente acredite nisto?
- Fica a seu critério, querida irmã. - Gwen tomou o que restava do sangue e serviu-se de mais uma taça, que bebeu rapidamente. - Com licença, preciso descansar. Muitas esmoções para uma noite apenas. Boa noite, irmã querida. - Mia a fuzilava com o olhar. - Boa noite, Angel. - passou direto por ele, que a deteve, segurando seu braço. - Poderia me soltar?
Ele a puxou para si e a beijou com paixão. Ela, por seu lado, de debatia até conseguir se afastar e atingir o rosto bonito dele com um tapa bem forte. Angelus levantou a mão, na intenção de revidar, mas se conteve. Apenas a olhou com ternura e acariciou o rosto de Gwen.
Gwen se livrou da mão forte de Angelus e foi rapidamente para seu quarto, onde se trancou e permaneceu ali, sentindo-se enojada pelo que acabara de ocorrer.
- Você me paga por tudo, Angelus.  Por tudo!


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