Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 27
.Chapter Twenty-Seven.




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Rebecca ainda olhava para Michael, incrédula.
- Você tem noção do que está me pedindo?
- Sim.
- É sério, Michael.
- Eu sei. - vendo que ela continuava a olhá-lo incrédula: - Você não quer ir comigo? Está com medo? - ela assentiu. Michael a abraçou com ternura. - Não precisa ter medo de mim.
- Eu não tenho medo de você, Michael. É que... - um soluço anunciou um choro preso, mas disposto a se libertar a qualquer momento. - ... eu agora sou sozinha...
- Você não é sozinha. Você tem a mim, Rebecca.
- Ainda bem Michael. - se aconchegou aos braços dele. - Não sei o que seria de mim, se você não tivesse aparecido naquele momento...
- Vamos esquecer os momentos tristes? - levantou a cabeça dela com o indicador. - Uma nova vida começa agora para você. Uma vida eterna, Rebecca. Você agora é irmotal. Assim como eu.
- Não sei se isso se tornará um consolo. Terei que me afastar de todos. Terei que me afastar de minha melhor amiga...
- Queria poder dizer o contrário, mas não posso. Bom, já está quase amanhecendo. Vamos, Rebecca?
- Vamos, mas com uma condição...
- Qual?
- Não me chame de Rebecca... Lembra-me meus pais. Chame-me apenas de Becca.
Michael sorriu para ela de forma amigável.

Gwen se afastou de Angelus em um gesto de repulsa.
- Nunca mais encoste em mim, Angelus!
Continuou a andar, mas foi capturada pela cintura e mantida bem próxima ao corpo dele.
- Me peça para morrer, Dolly, eu poderia até atendê-la, mas nunca me peça para vê-la e não tocá-la.
Alisou o rosto feminino com doçura e, lentamente, aproximava seu rosto do dela. Gwen, por sua vez, se afastou mais uma vez e disse:
- Vamos embora, Angelus.
- Tudo bem. Vamos. Mas você ainda implorará por meus beijos...
- Esperança... Um sentimento tão vil...
Angelus riu e ambos continuaram o caminho até chegarem à mansão Moore. Ao entrarem na mesma, Mia, visivelmente nervosa, os recepcionara.
- Angelus! Finalmente! - olhou para a roupa ensangüentada de Gwendolyn. - O que houve com você?
- Uma longa.... longa história. Agora, com licença. Preciso de um banho e de um bom dia de sono...
Gwen subiu as escadas deixando Mia a olhando, abismada, e Angelus com um meio sorriso ao canto dos lábios.
- Esta é a minha Dolly...
Mia revirou os olhos.
- Poderia me contar o que aconteceu?
Angelus arqueou uma das sobrancelhas e começou a relatar todos os acontecimentos das ultimas horas.

Gerard andava inquieto pelo quarto. Em seu pensamento, uma só pessoa: Lauren. Jamais havia se sentido daquela forma antes. Era algo muito intenso... Intenso até demais.
Ouviu um ruído estranho vindo do quarto de Michael. Decidiu ir até lá para ver o que ocorria.

Frank, ainda nu, olhava para Scott, que o encarava preocupado.
- Frank?
- Eu... eu não sei, Scott... Me sinto... estranho.
Scott se aproximou de Frank, segurou seu rosto e observou seu pescoço.
- Eu sabia!
- O-o que houve?
- Aquela vampira ardilosa!
- M-mas de quem você está falando? - Frank parecia cada vez mais assustado.
Já Scott estava irado.
- Eu te avisei! Olha o que ela fez a você?
- Ela? - Frank pensou um pouco, ainda atordoado. - Gwendolyn?
- Não sei o nome dela... - Scott disse áspero. - Falo daquela víbora que você mantinha escondida em sua casa...
- Ela não é uma víbora!
- Você não entende? Olha o que ela fez a você! - Scott pegou um espelho e colocou nas mãos de Frank, direcionado para seu pecoço.
- Eu... eu no consigo ver meu reflexo... - coçou a cabeça.
- Claro que não consegue! Ela te transformou em um deles!
- Em um de quem?
- Parabéns Frank! Você agora é um vampiro.

Michael e Rebecca adentraram a casa dos Way ainda como morcegos negros. Sobrevoaram por algum tempo até que, finalmente, assumiram a sua forma humana.
Michael a segurou pela mão e, com o indicador sobre os lábios, pediu-lhe silêncio. Rebecca assentiu e o seguiu em silêncio. Subiram cautelosamente os lances de escadas que restavam até o quarto dele para não fazer nenhum barulho sequer.
Michael apontou uma das portas para Rebecca e a abriu, fazendo-a entrar em um quarto muito escuro. Não demorou muito e sua visão vampírica se acostumou à escuridão. Em um sussurro, Michael lhe disse:
- Este é o meu quarto. Está um pouco bagunçado, mas é porque quase não fico aqui. Só venho para dormir. Pode ficar aqui. Amanhã darei um jeito de limpá-lo e torná-lo mais cômodo e decente para você.
Rebecca sorriu.
- Não quero incomodá-lo...
- Você nunca me incomoda... - ele tocou-lhe o rosto. Ambos encararam o brilho do olhar alheio por alguns longos minutos. Temendo o que seria capaz de fazer, Michael achou melhor cortar o clima. - Ficarei no quarto da frente. Poderia ficar no quarto do meu irmão, mas se tornou intocável desde a ida para o seminário. Minha mãe deseja que ele o encontre da forma como deixou. Bom... Por que estou dizendo isso? - coçou a cabeça, o que fez Rebecca sorrir de leve. - Precisando de alguma coisa, qualquer coisa, é só me chamar, okay?
- Okay. - Michael assentiu e virou-se para sair. Ao chegar à porta: - Michael!
Ele se virou e a olhou com curiosidade.
- Obrigada por tudo.
- É o mínimo que eu poderia fazer... - desta vez ele se virou e saiu. Estava confuso demais. Deveria contar-lhe toda a verdade? Não. Estava cedo demais... Ela poderia, até mesmo, se afastar, o que não seria bom para ela, que se encontrava sozinha no mundo. Poderia, também, odiá-lo... Ele não queria isso... Não mesmo...
Abriu a porta do quarto da frente. O cheiro forte de ambiente fechado por meses chegou às suas narinas e causou-lhe náuseas.
- Será uma longa...longa noite!

Rebecca olhou ao seu redor. Era um quarto simples. Simples, mas de muito bom gosto. Os móveis eram de madeira escura, bem trabalhadas. Muitas levas de cortinas cobriam toda uma parede. Rebecca se aproximou e, ao afastá-las, pode ver que as tão pesadas cortinas encobriam uma enorme janela. Seriam a proteção de Michael para o sol? Continuou andando pelo quarto.
O ambiente possuía um cheiro peculiar. Muito peculiar... Parecia até... Sangue! Sim! Era sangue...  Mas... De onde vinha?
Continuou olhando ao seu redor. Não deixava nenhum detalhe escapar. Foi seguindo o cheiro até que chegou à um canto oposto a porta do quarto. Lá, algumas roupas, jaziam sobre o chão. O cheiro vinha delas, pode constatar ao ver manchas de sangue nas mesmas.
Flashes da noite de pesadelos invadiram sua mente. Lembrou-se de seus pais correndo, depois de ser atacada e... Michael... Ele usara aquelas roupas! Aquelas roupas eram da noite em que... Continuou a observar as peças em suas mãos até que algo a mais lhe chamou a atenção: um pequeno ramo de jasmim havia ficado em sua roupa. As mesmas jasmins quais ela tanto ajudara a plantar e cultivar. Suas flores favoritas do jardim... de sua casa!
- Oh my god! Não! - sentiu sua visão escurecer por completo. Depois disto, não conseguira sentir nem ver mais nada... apenas ouvia vozes... "Por quê...?"

Michael havia tirado a gravada e já desabotoava a camisa quando ouviu um barulho estranho vindo de seu quarto. Parecia... Rebecca!
Correu até lá com o coração disparado. O que teria acontecido?
Ao abrir a porta, encontrou-a caída ao chão com suas roupas em mãos. Caminhou até ela a passos largos e a levantou, apoiando a cabeça feminina em seus braços, enquanto dava leves tapinhas em seu rosto.
- Rebecca! Rebecca acorda!
Michael manteve-se na tentativa de acordá-la até que uma terceira voz se fez no ambiente:
- O que diabos está acontecendo aqui?


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