Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 26
.Chapter Twenty-six.




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- Creio que o show, enfim, acabou.
- Cale essa sua boca maldita, Angelus.
Ele se aproximou e tocou-lhe o ombro.
- Dolly...
- GWENDOLYN! Será que meu nome é tão difícil de ser memorizado??? Não me toque! Você é um... um... vampiro maléfico sem qualquer escrúpulo!
- Você sabia que não daria certo...
- Foi a minha última e única tentativa de salvá-lo. Parabéns, Angelus! Você conseguiu. Matou-o.
Angelus a segurou pelo braço enquanto a encarava em uma expressão dura e fria.
- Não temos mais nada a fazer aqui, Gwendolyn. Daqui a pouco surgirão os Werewolves... Fiz uma promessa e terei de cumprí-la. E você... vem comigo.
Ele já a puxava pelo braço, mas ela o puxou de volta e olhou para Angelus com uma feição ameaçadora.
- Não irei a lugar algum com você.
- Você não tem escolha.
- Sim eu tenho. A minha escolha é ficar aqui com o Frank.
- Ele está morto.
- Não me importa.
- Ahhh! - em um gesto impaciente, Angelus jogou Gwen em seu ombro e saiu rapidamente dali, enquanto ela ainda protestava, esmurrava-lhe e lhe mordia. - Não dói nada.
- Seu... seu... seu...
- O que?
Parou próximo à casa das Moore e a jogou ao chão.
- Seu estúpido!
- Você não me ouve!
- Você que não me ouve...
- Você morreria se continuasse ali com aquele mortal... Acredite!
- Eu não me importo!
- Você... se apaixonou por ele?
- N-não! Mas é claro que não... - Gwen se virou de costas para Angelus. Ele se aproximou e apoiou o rosto em seu ombro.
- Eu ainda continuo apaixonado por você...
- Nunca te dei esperanças...
- Tem razão. Mas não pude me conter... - beijava-lhe o pescoço de forma bem envolvente. - Quero tê-la, Dolly. Da mesma forma como aquele mortal quase o conseguiu...

Lauren, sentada na janela de seu quarto, olhava para o céu enquanto tocava os lábios com os dedos.
Fora a melhor noite da sua vida. Sentia-se realizada. Feliz. O homem a quem amava sentia-se atraído por ela. Beijou-a. Já era um ótimo começo.
Fechou os olhos. Ainda podia sentir suas mãos em sua cintura, os movimentos dos lábios de encontro aos seus, a língua exigente e exploradora dentro de sua boca... Naquela noite, seus sonhos se tornaram reais.

Gerard manteve-se calado durante todo o percurso. Algo que não passou despercebido para seus pais.
- Não é mesmo, Gerard?
Ele olhou para a mãe totalmente alheio ao que conversavam.
- Desculpe... O que disse, mamãe?
- Talvez encontraremos seu irmão em casa...
- Sim, mamãe... Talvez...
O coche parou em frente à casa. Donald e Donna desceram, seguidos por Gerard, ainda calado e pensativo.
- Boa noite, papai. Boa noite, mamãe. Vejo-lhes amanhã.
Beijou a face rosada de sua mãe e abraçou o pai antes de subir. Deitou-se na cama, enquanto lembrava das horas anteriores. Lauren havia mexido demais com seus sentimentos. Tanto quanto na primeira vez em que a viu. Agora, ainda mais.
Aqueles lábios doces e macios haviam despertado nele, emoções jamais sentidas. Toda a inocência e pureza do primeiro beijo... Era uma honra, uma satisfação indescritível saber que fora o único homem a beijá-la em toda sua vida.
Abriu os olhos e olhou para o teto. Viu ali o rosto dela, que sorria-lhe.
- Lauren Cowell... você é uma feiticeira! Uma doce feiticeira...

Mia andava de um lado a outro. Já havia comido toda a mesa posta por Alfred. Estava cada vez mais ansiosa. Cada vez mais preocupada, conseqüentemente nervosa.
Angelus não havia dado notícias sobre sua irmã até aquele momento. O que teria acontecido a ela? Sentia-se culpada. Se não se preocupasse tanto com Michael, teria sentido a falta de Gwen há mais tempo...
Michael... Um belo homem. O homem a quem depositava todo seu afeto e desejo carnal depois de seu ultimo(e marcante) relacionamento. De certa forma, ele a fazia esquecer-se de como foi tola e crápula. O homem que a odiava com todo seu ser, mas que lhe era subordinado. Onde ele estaria naquele momento?

Michael adentrou a cabana e, com os olhos, procurou por Rebecca. A viu sentada sobre a cama, enquanto o observava, calada.
- Posso conversar com você?
Ela deu de ombros, indiferente. Michael se aproximou e sentou-se ao seu lado. Também ficou calado, procurando pelas palavras certas.
- Behwi me odeia! - ela disse de repente.
- C-como?
- Behwi... ela me odeia.
- Por que diz isso?
- Porque é a verdade?
- Não é. Se ela não gostasse de você, não teria cuidado de você durante todo este tempo...
- Não quero mais isto!
- Isto o quê?
- Não quero que ela cuide mais de mim.
- Bom... Vim exatamente falar sobre isso com você...
- Ela também não quer cuidar de mim, certo?
- Não é isso... É que... Eu queria propor-lhe algo...
- O quê?
- Quer morar em minha casa comigo?
- O-o quê?
- Bom... Como você não se sente bem aqui e seus pais morreram... - percebeu quando ela suspirou ao ouvir a frase. - ...eu pensei que você poderia vir para a minha casa comigo. Ou você não se sente bem comigo também?
- Com você eu me sinto bem... - "até demais.", completou em pensamento.
- Então... Aceita?

Assim que Gwen e Angelus saíram da casa de Frank, o mesmo começou a se agitar em uma curiosa convulsão.
Ele sentia-se assustado. Seu corpo todo doía. Era como se cada orgão do mesmo estivesse se paralisando. Sentia-se morrendo.
De repente, todos voltaram à sua função normalmente e ele sentiu leves cócegas em seu pescoço. Levou a mão ao mesmo e o tocou. Não havia nada ali além da pele lisa.
Levantou-se, sentindo-se melhor e... "vivo". Foi até o espelho, na tentativa de ver o que havia ocorrido com seu pescoço. Ao olhar para o reflexo, não se via ali. Usando sua camisa jogada ao chão, limpou o espelho em uma tentativa frustrada de ver-se no mesmo. Como disse, foi em vão.
O que estaria acontecendo?
Scott adentrou sua casa. Enquanto fugia da luz da lua, abandonava a forma de lobo e assumia a forma humana.
- Frank? - Frank se assustou. Tampando as partes íntimas com a mesma camisa, virou-se para o amigo. - OMG! O que fizeram a você?


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