Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 16
Chapter Sixteen




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Rebecca olhava para Mikey com um brilho divertido no olhar. De repente, começou a gargalhar cada vez mais alto.
- Vampiro? Sei... Hahahaha
Mikey continuava a olhá-la com seu semblante impassível.
- Falo sério.
- Mesmo? Olhe, já sou bem grandinha para ser distraída com histórias de terror...
- Por acaso pareço um contador de histórias?
- Me parece bem jovem... – “e bonito.”, completou em pensamento.
- E sou.
- Pelo que sei de vampiros – frisou a ultima palavra com ironia. – são imortais, certo?
- Certo...
- Ficam com a aparência jovem para sempre?
- Apenas se assim o quiser...
- Sei... – Rebecca estava se divertindo.
- Não acredita em mim, certo?
- Quer a verdade? – Mikey assentiu. – Você não me parece um vampiro... Parece-me um universitário maluco!
- As aparências enganam... – Michel a encarava, sério. – Você sabe o meu nome e eu ainda não sei o seu...
- Rebecca Campbell.
Michael analisava o rosto feminino. Suas feições delicadas e lindas. Ela possuía um ar debochado, algo que o deixou encantado. Algo em seu rosto chamou-lhe a atenção: próximo a sua boca, uma mancha de sangue, ainda fresco, estava.
Instintivamente, Michael segurou seu rosto, virando-o e lambendo o sangue em seguida.
Os rostos estavam muito, muito próximos. Rebecca o olhava assustada e, ao mesmo tempo, sentia uma vontade irresistível de agarrar-lhe os cabelos e beijar-lhe com paixão.
Como se lesse seus pensamentos, Michel colocou seus lábios contra os dela, que ao sentir o toque os entreabriu e recebeu um beijo doce e sensual.

- Lucy, você viu Lauren?
- Passou a tarde toda no jardim, senhora. Acho que ainda está lá.
- Mande-a subir, fazer o toalete e se arrumar. Receberemos visitas.
- Os Campbell novamente, senhora?
- Não. O Conde Mueller virá jantar conosco. Avise-a.
- Sim, senhora.
Geórgia continuou seu caminho para o quarto. Casaria sua filha, por bem ou por mal. Não queria que sua família ficasse falada em nome das vontades de Lauren.


Horas mais tarde:
- Seja bem-vindo, Conde Mueller.
- Muito obrigado, Lady Cowel. É um prazer vê-lo, Lord Cowel.
- Digo o mesmo, Conde. Sente-se. Fique à vontade.
- E quanto à senhorita Cowel?
Oscar rangeu o maxilar. Ainda era difícil aceitar que sua garotinha havia crescido e deveria se casar.
- Já está descendo. – Geórgia apressou-se em dizer.
Mueller limitou-se em sorrir.

- Não agüento isso, Lucy.
- Calma, senhorita...
- Calma? Estou me arrumando para a forca!
- Não exagere!
- Exagero?! Você está louca? Como posso estar exagerando? Minha mãe deseja me casar com qualquer um que bater em nossa porta propondo-me casamento!
- Desculpe-se se for ousadia, senhorita, mas está sim na idade de se casar.
- Idade não é tudo, Lucy. E daí se eu ficar sozinha para sempre? O que importa?
- A senhorita não será bem vista.
- Eu não me importo com isso.
Lucy terminou o enfeite que fazia no cabelo de Lauren e a olhou com doçura.
- A senhorita é tão linda. Tão jovem. Deveria aproveitar mais tudo o que Deus a deu. O casamento é algo sagrado.
- Sim. Quando há amor. E... Eu amo a outra pessoa... Não posso me casar com quem eu não o amo.
Lucy a olhou com pesar.
- Conde Mueller a espera lá em baixo, senhorita. Está na hora de descermos.
- Faça-me um favor, Lucy?
- Claro, senhorita!
- Coloque veneno em minha bebida. – e saiu, deixando Lucy com um sorriso divertido para trás.

Gerard estava com o coração aos saltos. Bateu levemente na porta da biblioteca.
- Senhor Frei?
Longos segundos se passaram, até que a porta foi aberta. O Frei olhava para Gerard de uma forma não muito amigável.
- O que quer, Gerard?
- Preciso de sua permissão, senhor, para visitar meus pais.
- Permissão negada. – já fechava a porta. Gerard o impede com um pé.
- Peço, humildemente, que reconsidere, senhor.
- E por que o deveria?
- Porque... porque... Já faz meses que não os vejo. Recebi uma carta de minha mãe, reclamando saudades e sobre as atitudes de meu irmão caçula. Preciso ajudá-la com ele.
- Atitudes?
- Sim. Vive em tavernas, chegando apenas ao amanhecer. Não trabalha, dorme durante todo o dia...
- Entendo. Teu irmão precisa mesmo de ajuda. Leve a palavra de Deus contigo. Tens minha permissão.
O Frei fechou a porta. Gerard sentia-se um tanto aliviado. Sairia no dia seguinte. Precisava urgentemente dar um tempo dali.

Thomas entrou sorrateiramente no quarto do Frei, enquanto pensava em alguma forma de convencê-lo a deixar que se ausentasse do seminário. Guardava seu diário quando ouviu vozes do lado de fora. Escondeu-se embaixo da cama.
O Frei havia entrado junto com o mesmo seminarista mencionado por Gerard. O que vira e ouvira ali, deixou Thomas ainda mais impressionado.


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