Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 17
Chapter Seventeen




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Mesmo com o que Gerard havia lhe contado, Thomas se sentiu horrorizado ao ver o que o Frei era capaz de fazer. Pôde ver, também, que os seminaristas não estavam ali por livre e espontânea vontade, algo que o deixou ainda mais enojado.
Teria buscado o seminário como um refúgio justo, mas pelo visto não era exatamente aquilo...
Esperou até que terminassem o que faziam (não detalharei pois não compensa... ¬¬) e saiu dali da mesma forma que entrou. Precisava falar com o Frei sim. Mas não conseguiria. Não mesmo.
Estava decidido: Deixaria uma carta. Nela, explicava porque havia abandonado o seminário. Sim! Vocês leram direitinho, Thomas iria abandonar o seminário. Abandonaria a castidade.
Foi para seu quarto, onde começou a fazer suas malas. Horas mais tarde, foi até o quarto de Gerard.
- Falou com o Frei?
- Não consegui... E você, Gerard?
- Sim. Ele me deu a permissão.
- Que bom!
- Então você terá de ficar aqui até falar com o Frei?
- Não. Tomei uma séria e precisa decisão, Gerard...
- Qual?
- Abandonarei o seminário...
Gerard, incrédulo, olhava para Thomas.

Lauren, calmamente, descia as escadas. Seus cabelos se moviam com uma suavidade fora do comum. Estava linda, apesar de sua fisionomia parecer-lhe um tanto fechada.
Ryan Mueller estava encantado pela beleza daquela mulher.
- Lauren, minha filha, como demorou!
- Desculpe-me fazê-la esperar, mamãe...
- Não é a mim que deve desculpas, Lauren...
Ao lançar-lhe um olhar, Ryan sentiu que aquela sim era a mulher de sua vida. Nunca havia visto olhos e feições tão belas em toda sua vida, que nem era tão longa assim.
Ryan tinha trinta e dois anos. Passara os últimos cinco anos na França e sentiu que já era a hora de voltar para a Inglaterra. Mas mal podia imaginar o que lhe aguardava...
- Desculpe-me, Conde Muller. – ela fez uma mesura.
- Não tem o porquê de se desculpar, srta. Cowell. – segurou-lhe a mão, levantando-a.
– Está encantadora!
- Muito obrigada. – disse fria e seca.
- Bem, já que Lauren já desceu, podemos iniciar o jantar, não? – Oscar tentava quebrar o “clima”.
Ryan o olhou um tanto sem jeito e assentiu. O que mais poderia fazer? Ofereceu seu braço à jovem que relutou ao aceitar, em seguida todos seguiram para a ampla e refinada sala de jantar.

Ela se sentia envolvida. Até demais para seu gosto... Mas não conseguia parar. Era algo muito mais forte que ela mesma.
Rebecca enlaçou Michael pelo pescoço enquanto se entregava por inteiro ao beijo.

Ele não pensava em nada. Apenas na sensação que tinha enquanto beijava aquela mulher. Era algo inexplicável, jamais sentido antes. Mal sabia sobre ela e já se sentia tão atraído ao ponto de beijá-la de uma forma tão intima... Como se... Como se ela o pertencesse...
Será que ela sentia o mesmo? Pois correspondia à altura.

Behwi andava pela floresta. Estava desorientada. Já estava com as ervas em mãos. As mesmas que quase morriam em suas mãos, devido à pressão de seus dedos. Decidiu voltar para a cabana. Estava nervosa demais para continuar andando por ali.
Ao abrir a porta da mesma, o que vira apenas confirmou sua “premonição”.

Um ruído. O casal de afastou, olhando, assustados, em direção a porta e vendo Behwi, que os observava com uma feição estranha.
Michael afastou ainda mais e parecia estar extremamente sem graça.
- Bem, tenho que ir...
Rebecca, apenas assistia a cena. Estava assustada com tudo o que havia ocorrido.
Behwi assentiu. Michael se sentiu ainda pior. A ultima coisa que queria era magoá-la.
Ao virar as costas:
- Você sabe o que houve aos meus pais?
Ele sentiu um frio na espinha. Ainda de costas:
- Sim. Eu sei... – “infelizmente!”, completou em pensamento.
- Poderia me levar até eles?
- Pensarei a respeito... – continuou a andar, estacando quando:
- Por favor... Eu... preciso vê-los.
- Amanhã à noite a levarei até eles.
- Por que não durante o dia?
- Porque acreditando ou não, você é uma de nós. Sim. Você é uma vampira, agora. Foi a única forma de salva-la. Assim sendo, não pode sair ao sol, assim como eu. A menos que queira morrer... Posso te assegurar que é uma morte bem dolorida. Passo por aqui amanhã. Boa noite.
E saiu, sem dar tempo de qualquer mais outra pergunta.

- A-abandonará o seminário?
- Ah Gerard! Vai me dizer que também não pensou o mesmo?
- Sim, eu pensei sobre, mas não me decidi.
- Eu sim, me decidi. Amanhã irei embora definitivamente daqui. Não preciso falar com o Frei. Ele não me permitiria...
- Você será excomungado...
- Não ligo. Se for para me submeter ao que não julgo ser certo, prefiro mesmo ser excomungado.
Gerard sorriu para Thomas. Era um homem corajoso. Muito corajoso.
- Preciso arrumar as minhas coisas...
- Eu também. Bom, vou para meu quarto. A que horas pretende sair?
- Às sete.
- Okay. Encontro você às sete do lado de fora do seminário. Sairei mais cedo. Fique tranqüilo, não levantarei suspeitas...
- Assim espero.
- Boa noite.
- Para você também.
E Thomas saiu para seu quarto, deixando Gerard sozinho e pensativo. Quantos acontecimentos em tão pouco tempo. E mal sabia ele que estavam apenas começando...

Ele estava atrasado. Não fora na noite anterior. Mia deveria estar terrivelmente zangada, o que não seria nem um pouco bom.
Abriu o grande e bem trabalhado portão de grade e, em seguida, bateu à porta, sendo recebido por Alfred.
- Senhor! Que bom que veio!
- Estou encrencado? – disse fazendo uma pequena careta.
- Sim, Michael, muito encrencado... – Mia dizia enquanto se aproximava.


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