O Fim de Uma Era escrita por Neko D Lully


Capítulo 8
O resgate. Marca expandida?


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap. E naum demorou nem um da hehehehehe. Estou me adiantando em terminar já que to meio atrasada com minhas fics sem falar que tenho uma serie para fazer, uma serie com quatro partes T-T. Da onde eu tirei tanta continuação meu deus?!!

Bom... aproveitem o cap.



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O FIM DE UMA ERA

O RESGATE. MARCA ESPANDIDA?

MAKA POV.

 Encontrava-me novamente naquele rio, só que dessa vez estava em suas margens, sentada no colo daquele garoto que me vinha visitar em sonhas a muito tempo. Estava com a cabeça encostado em seu peito enquanto ele me abraçava pelas costas, entrelaçando seus braços em minha cintura.

  O vento fresco batia em meu rosto fazendo meus cabelos soltos caírem molestamente em meu rosto. O cheiro doce da água do rio trazia uma paz tão grande que fechei os olhos para aproveitar cada momento que me era permitido.

  De repente senti como lábios frios começaram a beijar meu pescoço, e como dois caninos pontiagudos raspavam na pele frágil do mesmo causando-me cócegas.

  Dei uma pequena risada e falei: - Para. Isso faz cócegas.

   - Mas não quero parar. – falou entre beijos me causando mais risadas. – Gosto de te ouvir rir.

  Comecei a me contorcer por causa das cócegas e acabei derrubando nos dois.  Me virei ficando deitada de frente para ele. Ele me sorria abertamente e me deu um ligeiro beijo nos lábios. Isso já era normal, e já estava me acostumando.

  - Ainda não sei seu nome. – falou acariciando meu rosto. – Me encantaria saber.

  - Se você for quem eu penso que, você já sabe meu nome. – falei acomodando meu rosto em seu peito e acariciando o mesmo.

  Era sempre assim. Trocando caricias, beijos e de vês em quando caricias mais pesadas, mas sem passar do ponto.

  - Como posso saber que você é mesmo ela. – falou meio angustiado. – Como posso saber que você é que penso que é fora desse mundo dos sonhos?

  Pensei um pouco. Nem eu sabia se ele era realmente o Soul. Como poderíamos nos reconhecer realmente fora desse lugar? Foi quando me lembrei do meu medalhão. Aquele que sempre levava comigo.

  - Acho que tenho uma maneira. – falei chamando sua atenção. – Você conhece a lenda da flor branca e da lua negra?

  - Não. Que lenda é essa?

  - É uma lenda de uma tribo indígena. Mas ela conta sobre o amor proibido entre a flor e a lua. – falei mirando em seus olhos com um sorriso.

  - Deixa eu adivinhar. – falou com um sorriso divertido. – Eles queriam ficar juntos, mas algo os separou. Ele ou ela morreram.

  - Ela morreu na frente dos olhos dele. – falei triste. Ele acariciou meu rosto com delicadeza. – Mas voltando ao assunto original, eu carrego comigo sempre uma coisa que simboliza essa historia. Eu tenho um...

  Mas antes que pudesse terminar a frase, senti algo gelado em meu rosto e acabei acordando.

  Abri os olhos lentamente me encontrando com a mirada negra de Mosquito. Desde que havia o ajudado com aqueles ferimentos ele vinha me visitar todas as manhãs e ficava aqui ate a noite. Não me incomodava, achava ate bom já que Kami, minha nova gatinha de estimação, agora podia ter uma companhia para brincar.

  Mosquito continuou a lamber meu rosto com carinho tentando me fazer acordar. Ri um pouco.

  - Ta Mosquito, já entende. Vou levantar. – falei me levantando e sentando em minha cama. Kami não perdeu tempo e pulou no meu colo pedindo carinho.

  Não neguei e comecei a acariciar-lhe as costas. Mosquito pareceu ficar com ciúme e empurrou Kami de meu colo. Como sempre acontecia todas as manhãs os dois começaram a “brigar”.

   Ri mais uma vez e me levantei da cama. Quando já ia para o banheiro me deparei com Chrona saindo do mesmo. Dei-lhe um bom dia como todas as manhãs e ela retribuiu tímida. Ela olhou para Kami e Mosquito e falou.

  - N-não s-sei como l-lidar c-com gatos c-ciumentos. – falou me fazendo rir. Entrei no banheiro e tomei um banho bem quente.     

  Enquanto a água do chuveiro escorria por meu corpo, repassei em minha mente tudo o que havia acontecido nessas ultimas semanas.

  No dia seguinte do ritual contei as garotas sobre minhas sensações cada vez que acendiam a vela da Luz. Elas me levaram ate medusa (contra minha vontade, lógico) e lá descobrimos que tinha o dom da Luz. Coisa que impressionou muito a todos, principalmente a Medusa.

  Também apresentei minha nova gata a minhas amigas que ficaram encantadas com ela. Sem falar que a mesma sempre me fazia companhia, não importava se era na sala ou em meu quarto, ela sempre estava perto de mim pedindo carinho ou dando uma de guarda costas.

  Virei membro oficial das Almas da Noite e vou participar da próxima reunião, que ainda não sei quando vai ser. Eruka não ficou muito feliz com isso, mas teve que aceitar e agora ela implicava ainda mais comigo. Mas realmente nem ligava, o que me incomodava mesmo era ter a mirada de Soul em cima de mim o tempo inteiro. Não sei o que aquele garoto tinha para me atrair tanto, mas conseguia chamar minha atenção a cada meio segundo.

  Ainda sentia a sensação de estar sendo observada. Só que nesses dias para cá estava piorando. Não só me sentia sendo observa, como também seguida. De vez em guando podia ate ouvir passos atrás de mim enquanto caminhava pelos jardins da escola para ir a biblioteca.

Agora era a primeira da turma e passava a maior parte do meu tempo na biblioteca da escola que não era para nada pequena. Sei que é estranho, mas quero saber o máximo possível desse mundo que agora eu fazia parte. Mas não pense que ficava só na biblioteca. Também saia para me divertir com as garotas.

 Falando nelas, Tsubaki havia ficado muito amiga de Black Star desde que começou a ajudá-lo nos estudos. Liz e Patty tinham uma bela amizade com o Kid, pareciam ate irmãos. Mas o garoto só parecia ter olhos para a Chrona. Estava sempre a ajudando e sempre a ficava mirrando quando passava. A mesma ficava totalmente envergonhada. Liz era super afim do Hero que estava sempre rodeado de garotas e Patty parecia ter uma queda pelo famoso Ragnaroki.

  As coisas estavam indo muito bem. Principalmente para mim, já que agora tenho amigas com que posso guardar e dividir segredos. Sem falar que todas eram muito loucas, com a exceção de Tsubaki e Chrona que eram mais normalzinhas.

  Sai de debaixo do chuveiro e cobri meu corpo com a toalha. Ao me olhar no espelho pude ver como minha pele estava mais pálida e, graças a meu novo dom, ela era mais brilhante e chamativa do que o normal. Mas o que chamava mesmo atenção era a marca branca de alma que tinha no pescoço.

  Sai do banheiro e fui ate meu armário escolher uma roupa para ir a escola. Estava fazendo um pouco de frio então peguei uma calça jeans preta, uma blusa de frio também preta e justa, por cima da mesma uma jaqueta branca bem acolchoada e um tênis branco com detalhes vermelhos. Mas sem esquecer meu medalhão.

  Peguei minha mochila e sai logo atrás de Chrona, com Mosquito e Kami me seguindo de perto. Mosquito nos seguiu ate certa parte do caminho e foi para o escritório de Medusa. Perguntava-me se ela sentia a falta dele quando ele ia para o meu quarto.

  Fomos ate o refeitório e pegamos nossos respectivos cereais para logo nos sentarmos junto as outras.

 - Estou tão cansada. – falou Liz em um bocejo.

  - Não conseguiu dormir bem esse noite? – perguntou Tsubaki preocupada.

  - Não. – falou Liz desanimada. – Tinha alguma coisa fazendo um barulho horrível ontem a noite. Incomodou-me a noite toda, e ele vinha da direção do quarto de vocês duas. – falou Liz apontando para mim e para Chrona.

   - E-eu n-não o-ouvi nada. – falou Chrona tímida.

  - E você Maka? – perguntou Liz dirigindo sua atenção para mim.

  - Todas as noites eu ouço esse barulho Liz. – falei dando de ombros. – Comecei a escutá-lo alguns dias depois de chegar.

   - E o que você acha que é Maka-chan? – perguntou Tsubaki.

   - Acho que tem alguma coisa nas arvores do jardim provocando esse barulho. – falei olhando para a porta que levava ate a parte de fora da escola. – O barulho parece mais um gemido esganiçado e abafado. Se prestar bem atenção ele vira um grito agonizante, insuportável e assustador. 

  - N-n-n-nossa. – falou Liz tremendo e abraçando a sua irmã que ria sem controle. – N-não precisava d-detalhar t-tanto.

  - C-concordamos. – falaram Tsubaki e Chrona ao mesmo tempo.

  - Hihihi. Desculpe. – falei sorrindo envergonhada. – Melhor deixar isso pra lá. Não deve ser nada.

  Voltamos a comer nossos cereais e conversar animadas quando de repente a expressão de Liz mudou para um sombria.

  - Não olhem agora. Ai vem encrenca. – todas nós olhamos na direção que Liz estava mirando e vimos Eruka e suas amigas, vindo em nossa direção.

   Eruka parou ao meu lado e me olhou com ódio e desprezo, mesmo que mantivesse o sorriso no rosto. 

   - O próximo ritual vai ser no halloween, Maka. – falou sem vontade.

   - Podia ter me avisado um pouco antes Eruka. – falei sem mira-la – O halloween é amanhã.

  - Não é minha culpa se você é mal informada. – falou indiferente.

  Kami começou a grunhir na direção de Eruka que se afastou uns quantos passos com uma cara de nojo e medo.

  - Tirem esse saco de pulgas de perto de mim! – exclamou, não, quase gritou.

  - A única que tem pulga aqui é você Eruka. – falei seria.

  - Como ousa sua piranha?! – berrou preparando a mão para me bater.

  Para mim tudo se movia em câmera lenta e, sem virar o rosto, pequei a mão de Eruka pouco antes dela encostar em meu rosto e comecei a apertá-la lentamente. Com o passar do tempo meus reflexos iam aumentando e minha força também. Não sei o que estava acontecendo comigo, mas esses aumentos de agilidade estão me ajudando muito. Mas mesmo assim me achava cada vez mais anormal, mais uma aberração.

  - Nem ouse encostar em mim Eruka. – falei fria. Não era do meu feito ser assim, mas ela procurou. – Não sou nenhuma garota que você possa humilhar tão facilmente, então por que não me deixa em paz?

  Ela contorcia o rosto de dor e estava pronta para soltar um grito guando eu a soltei e voltei a comer como se nada tivesse acontecido. Eruka me mirou apavorada junto com suas amigas e saiu apreçada de lá.

  Suspirei cansada. Não gostava que isso acontecesse, sempre me arrependia depois.

  - Maka você foi incrível! – exclamou Liz contente.

  - Isso é o que você diz. – falei triste. – Sempre me arrependo depois e acabo me sentindo igual a um monstro.

  - Mas ela provocou. – falou Tsubaki triste. – Não tem que ficar assim. Se você tem esse dom tem que usá-lo para se defender, ou então eles não servirão de nada.

  - Mesmo assim. – falei em um suspiro. – Não gosto de fazer isso. É como se eu mesma tacasse na minha própria cara que não sou normal.

  - E devia ficar feliz por não ser! – exclamou Liz tentando me animar. – Ser normal é muito chato e sabe por que? – eu neguei com a cabeça. – Porque não temos nada de especial e mágico. Então tira essa cara triste do rosto e vamos nos animar porque você acabou com a Eruka.

  - Detonou a Eruka! Detonou a Eruka! – falava Patty enquanto ria.

  Sorri torto, mas mesmo me divertindo com as duas ainda tinha aquela pesar em meu peito. Nesse instante ouvi um pequeno murmuro que não pude entender muito bem. Outras de minhas mudanças: o aumento da capacidade dos sentidos.

  Olhei para o lado só para ver dois olhos vermelhos como o mais belo dos rubis. “Frustrante” pensei irritada. Isso era realmente frustrante! Por que ele me atraia tanto e sempre ficava me observando? Por que tinha que ser tão parecido com ele?

  Voltei a ver minhas amigas ignorando completamente o suspiro irritado dele. Nada entre nós havia mudado, mesmo com todas aquelas miradas a distancia. Ele não vinha dizer uma palavra comigo e eu não tinha a mínima coragem e nem assunto para dirigir a ele. Mas mesmo assim queria que tudo fosse diferente. Queria por pelo menos conversar um pouco com ele e saber mais sobre o mesmo, mas como querer não é poder então me contento com isso.

  Depois de terminarmos o café da manhã fomos direto para nossas salas. A primeira minha e da Chrona foi de línguas. Dessa vez tivemos que aprender o espanhol, não que eu não goste. Pelo contrario era a minha segunda língua favorita, só ficando atrás do japonês.

 Logo depois foi aula de musica. Devo dizer que me considero um horror com instrumentos, mas acho que era um pouco boa cantando. Tanto que a professora pediu para que cantasse com um dos seus melhores alunos. E adivinhem quem era????? Isso mesmo, Soul!! E se não bastasse eu ter que cantar para a sala inteira ainda teria que cantar para ele. Por favor, alguém tenha dó de mim e me tire dessa situação T-T.

  Ele se sentou no banco de um piano de corda preto, bem bonito pelo visto, e me esperou para começar a tocar. Posicionei-me do lado do dele só que sem me sentar no banco.

  - Quero que cante uma musica que gos... – mas antes que ela terminasse Soul começou a tocar.

  Assustei-me com a melodia que ele tocava. Essa eu conhecia a letra de cor, mas isso por que Blair havia me ensinado a muito tempo. Como ele sabia dela? Eu nunca contei a ninguém e duvido muito que Blair também, já que ela disse que era uma canção de ninar que era passada de geração em geração por nossa família. Ninguém mais sabia dela.

  A única pessoa pra que eu cantei essa musica foi para o garoto dos meus sonhos e para a Blair.

  Deixei as duvidas de lado por um tempo e respirei fundo para logo começar a cantar. Enquanto cantava me transportava para outro mundo, como sempre acontecia quando ouvia essa musica, mesmo que eu a estivesse cantando.

  Fechei os olhos e deixei minha voz sair livremente. Mas nem eu sabia o que estava acontecendo. Estava sumida em sensações e emoções que me faziam voar e recordar todos os tempos bons que tive, com minha mãe, meu pai e com Blair.

   Só depois de alguns minutos percebi que a musica já tinha acabado e que Soul já havia parado de tocar. Olhei para todos na sala que estavam aplaudindo com fervor. Podia sentir meu rosto arder em chamas e a coloração avermelhada tomar conta do mesmo.

  - Muito bem Maka! – exclamou a professora Marie batendo palmas e com um sorriso extenso no rosto.

  Nesse mesmo instante tivemos que passar para a próxima aula e eu dei graças a deus por isso. Sai quase correndo da sala morrendo de vergonha. Fui direto para a aula de matemática e estratégia com a professora Nygus.

  Queria que a terra me engolisse nesse exato momento. Não acredito que cantei na frente da sala toda.

  Tentei me acalmar e prestar atenção na aula, mas uma coisa me incomodava. Como Soul sabia aquela canção? Isso eu não sabia, e estava me incomodando muito.

  Na hora do almoço tive que pegar um livro na biblioteca para ter um entretenimento quando ficar sem nada pra fazer e acabei me separando das outras.

  Agora estou andando pelos caminhos de pedra da parte de fora do Shibusen para chegar a biblioteca. A noite estava calma e o vento soprava tranqüilo contra meu rosto, causando-me leves arrepios de vez em quando.

  A noite me agradava e me acalmava de uma maneira sobre-humana. Sentia-me tão tranqüila e relaxada a noite que a considerava meu refugio junto com a escuridão. Não me achem estranha, mas não acho que a escuridão seja algo do mau. Claro que tinha suas exceções. Mas eu sempre a apreciei.

  Mas hoje me sentia incomoda em caminhar sozinha por essa noite escura sem estrelas e nem lua. Sem falar da neblina que começava a se formar por toda a parte, dificultando minha visão. Dessa vez a sensação de estar sendo observada era mais do que incomoda, era insuportável.

  Aprecei o passo para chegar logo na biblioteca quando de repente vi dois olhos vermelhos a minha frente. Eles brilhavam na escuridão e parecia emanar loucura. Dei alguns passos para trás ate ouvir aquele barulho estranho de um grito agonizante vindo diretamente do que estava escondido nas sombras.

  Quando aquela coisa deu um passo para frente, pude ver por causa da pequena lâmpada que tinha no local o formato daquele... Sei lá o que! O rosto dele era completamente desfigurado e parecia ter uma espécie de bico, enquanto o tronco era totalmente desproporcional aos membros e os braços eram como asas de morcegos com mãos com garras afiadas e gigantescas. Ele era do tamanho de um homem adulto e seu corpo era completamente acinzentado e exalava o cheiro de podridão que era quase insuportável.

  Afastei mais alguns passos dele com a intenção de sair correndo, mas ao parecer ele percebeu minhas intenções e soltou um grito esganiçado que me obrigou a parar e tampar os ouvidos com força. Acabei ajoelhando no chão atordoada tentando impedir que aquele som irritante passasse por meus ouvidos já doloridos.

  De repente o som parou e, ao mesmo tempo em que levantava a cabeça para ver o monstro, ele se lançava contra mim ameaçando me cortar com aquelas garras gigantes. Mas consegui agir rápido e saltar para o lado escapando do golpe, caindo de mau jeito no chão torcendo meu tornozelo.

  Com custo consegui levantar. Olhei para o monstro e vi minha chance de escapar. Ele estava com suas garras presas nas pedras que tinham no chão. Comecei a mancar na direção que ia antes tentando me afastar o máximo possível daquela coisa.

  Mas antes que pudesse pelo menos me afastar alguns metros, ele se soltou e voltou a se lançar contra mim. Dessa vez eu não podia fazer nada com meu tornozelo machucado, então só fechei os olhos e esperei o impacto. Mas acabei sentindo apenas como alguém me empurrava e eu caia na grama macia com esse alguém em cima de mim. 

  Abri os olhos lentamente e me deparei com dois olhos vermelhos, só que esses estavam cheios de preocupação. Não conseguia dizer nada, apenas podia ficar olhando para aquela imensidão vermelha na minha frente.

 Ele virou a cabeça para o lado, bem na direção onde se encontrava o monstro e se levantou, pegando a foice que tinha trago. Ele se colocou em uma posição de defesa e se preparou para o ataque do monstro.

  O monstro deu outro grito e se lançou contra ele. Fiquei preocupada, mas vi como ele desviava e acertava o monstro nas costas. O chiado que ele soltou foi mais insuportável que seu grito.

  Soul tentou dar mais um golpe naquela coisa, mas ela reagiu mais rápido e o atingiu. Tacando-o na parede de pedra do Shibusen e o deixando, ao que parecia atordoado.

  O monstro começou a se aproximar dele lentamente enquanto ele tentava inutilmente se levantar. O desespero tomou conta de meu corpo nesse momento e, sem me importar com meu tornozelo machucado, me levantei e corri ate ficar entre Soul e o monstro e pedi ajuda a meu dom.

  Nesse instante pude sentir meu corpo se incandescer e pude ver como toda a escuridão a minha volta se iluminava. O monstro a minha frente chiou e desapareceu entre a escuridão.

  Suspirei aliviada, mas logo voltei a sentir a dor no tornozelo e cai no chão. Estava tão preocupada com meu tornozelo dolorido que não percebi quando ele se levantou e se posicionou na minha frente, se ajoelhando para ficar na minha altura.

  - Tudo bem? – perguntou em um tom serio e sem nenhuma emoção no rosto, mas em seus olhos se concentravam uma preocupação incontável.

 - Tudo. – falei voltando a sentir o pulsar de dor no tornozelo. – Só acho que torce o tornozelo, nada mais.

 - Deixe-me ver. – falou levando uma mão ate meu tornozelo. Ia deixar, mas de repente ouvi algo entre a sombras para logo ver aquele monstro voando em nossa direção.

  - Cuidado! – gritei o empurrando para o chão, fazendo com que os dois caíssem e o monstro passasse raspando por cima de nós.

  Suspirei aliviada, mas logo percebi em que posição me encontrava. Estava deitada em cima de Soul que estava caído na grama macia. Nesse instante senti como meu rosto esquentava e o sangue se concentrava todo nessa área.

  Nossos olhos se encontraram e de novo me perdi naquele profundo mar vermelho. Sem perceber, comecei a aproximar meu rosto do dele o ele do meu. Não sabia o que estava acontecendo e, para ser sincera, não queria saber. A sensação era tão boa que me deixava levar facilmente.

  Não demorou muito para que a distancia entre nós se tornasse nula. Nossos lábios se uniram em um beijo doce, mas apaixonado. Suas mãos foram parar em meu rosto enquanto as minhas ficavam em seu peito. Seus lábios se moviam contra os meus quase com desespero enquanto eu me sentia um pouco nervosa e o correspondia com timidez.

  Ora! Não me culpem por estar nervosa. A única vez que havia beijado foi em sonhos e Soul parecia ter muita experiência, coisa que não me surpreendia já que ele era um dos garotos mais bonitos da escola e já deve ter tido milhões de namorada, incluindo Eruka.

  Bom, eu fiz o máximo que podia enquanto acariciava seu peito com delicadeza. Ele começou a descer suas mãos para meu pescoço e eu subia as minhas para o seu. Calafrios passavam por minha pele ao sentir essas mãos frias escorrendo por minha pele.

  Nossas mãos pararam no pescoço um do outro e, quando nossos dedos encostaram nas marcas, senti uma corrente elétrica me percorrer inteira, e suponho que ele também sentiu já que afastou seu rosto do meu parando o beijo. Por um breve instante pude ver sua marca e, igual a minha estava preenchida, só que ao invés de ter a cor azul safira como o de costume ela era negra.

  De repente ele nos fez girar fincando eu deitada na grama e ele em cima de mim e voltando a me beijar só que com mais intensidade. Fiquei meio atordoada no inicio com a força do beijo, mas logo o corresponde.

  Ele acariciava minha cintura e passava a mão em meu pescoço, encostando em minha marca e passando aquela eletricidade por nossos corpos.  Juro que nunca tinha sentido nada igual aquilo, e nunca havia me sentido tão bem alem de quando estava com o garoto dos meus sonhos. Mas, como tudo que é bom dura pouco, ele se levantou de repente e desapareceu em um piscar de olhos.

  Pisquei algumas vezes para logo depois me levantar e voltar a andar na direção da biblioteca cheia de perguntas na cabeça. Pequei rapidamente um livro na biblioteca quando cheguei e sai rapidamente, mancando é claro, mas fazendo o máximo para ignorar a dor e sair o mais rápido possível daquela área escura.

  Quando cheguei ao refeitório e fui direto para a próxima sala. Não queria falar com ninguém no momento, já que não podia dar explicações, já que nem eu mesma conseguia explicar para mim o que havia acontecido.  

  Sentei em uma cadeira qualquer da sala de Dons e Talentos, suspirando pesadamente. Minha cabeça girava em pensamentos e nas lembranças que haviam acontecido naquela noite. Beijar Soul foi tão bom e prazeroso... Era praticamente a mesma coisa de quando eu beijava o garoto de meus sonhos.

  Suspirei novamente. Kami apareceu perto da minha cadeira e pulou no meu colo para logo depois pular em cima da mesa me mirando preocupada. Ela ergueu o seu pequeno pescossinho e esfregou sua cabeça em meu pescoço ronronando levemente.

 Acariciei-lhe as costas e lhe sorri com ternura. Essa era uma das coisas que mais gostava em Kami. Sempre me consolava quando estava pra baixo. Ela voltou a pular em meu colo se acomodando e começando a dormir enquanto eu a acariciava com toda a delicadeza e carinho que podia.

 Já estava mais calma e bem no momento em que o professor Stein entrava na sala fazendo todos se calarem. Olhei em volta e localizai Chrona sentada a mais ou menos duas cadeiras de distancia da minha. Havia entrando tão eufórica que nem a havia notado.

 - Bom, alunos. – começou o professor Stein chamando minha atenção. – Hoje vamos estudar sobre os dons básicos que seriam os seis que compõem o nosso circulo de reunião. Alguém pode me falar porque eles o compõem?

 Levantei a mão no mesmo instante. Isso eu já tinha lido em um dos livros da biblioteca. Era uma pergunta fácil e bem obvia a resposta.

 - Maka. – falou apontando para mim, que desceu a mão no mesmo instante.

 - Eles o compõem porque são os elementos que mantêm o equilíbrio do nosso mundo. – falei sem duvidar.

 - Correto Maka. – falou com seu típico sorriso sinistro no rosto. – Poucos vampiros recebem esses dons, e quando o circulo é feito com todos aqueles que os recebem ele fica mais poderoso.

 - E por que poucos vampiros o recebem? – perguntou um garoto de cabelos castanhos encaracolados e olhos pretos que estava na ultima cadeira de uma das filas.

 De repente um bisturi passou bem perto de seu rosto e se encravou na parede. Todos da sala empalideceram e miraram Stein com medo que tinha um rosto sinistro e medonho.

 - Não me interrompa ou eu te disseco. – ameaçou, era um mau costume dele dissecar as coisas e sempre ameaçava dissecar um de nós. – Bom... Apenas vampiros adequados podem receber esses dons. Vampiros que são considerados pela deusa aptos e sábios o bastante para usá-los.   

 Sábios e aptos, não é? Então Kami havia errado feio quando escolheu a mim para ter o dom da luz, afinal eu não era apta para isso, o que tinha de apta em mim sendo que nunca na vida tive algo de especial?

  Essa questão continuou a rondar minha cabeça ate o final das aulas, e no dia seguinte a mesma coisa. O estranho foi que na noite(dia) passada eu não sonhei com aquele garoto. O que isso significava?

 Bom... não era bom eu ficar pensando nisso agora e sim na reunião de hoje das Almas da Noite. Não sabia como ia ser a reunião de hoje principalmente porque era halloween. Mas só fui me assustar de verdade quando chegou o almoço e as meninas quase tiveram um treco.

 - Você não pode ir nessa reunião. – disse Liz logo que cheguei para almoçar com elas. – Definitivamente você não pode ir.

 - Mas por que Liz? – perguntei confusa me sentando com meu prato cheio de macarrão.

 - Ouvimos dizer que Eruka vai aprontar uma hoje. – falou Tsubaki temerosa. –Ouvimos dizer que ela preparou algo bem assustador para esse halloween.

 - Se ela fez mesmo isso então eu vou para tentar ajudar aqueles que estão lá. – falei decidida. Fazia um tempo que havia me decidido que ajudaria a desbancar esse grupinho e talvez esse seja o momento.

 - Mas Maka... – tentou dizer Liz, mas eu a interrompe.

 - Não precisão se preocupar comigo. – falei – Não tem nada que a Eruka possa fazer que me afete.

 Todos me miraram um pouco triste e eu comecei a comer meu macarrão. Seja lá o que Eruka fosse fazer não ia deixar que se desse bem.

 O resto das aulas passou mais lentamente do que eu imaginava, parecia que algo estava decidido em não me deixar ir nessa reunião, mas já estava decidida e nada ia me fazer mudar de idéia. Sem falar que agora comecei a seguir mais meu instinto e o mesmo mandava eu ir nessa reunião de um jeito ou de outro.

 A hora da reunião finalmente chegou e eu já estava pronta e esperando  junto com os outros a chegada de Eruka e suas amigas. Estava em pé perto da estatua da deusa Kami observando-a com determinação.

 - Qual é esse mistério que você esta escondendo de mim? – perguntei em voz baixa. Estava tentando juntar tudo o que havia descoberto nesse tempo. Sabia que tinham algo haver com tudo isso, só não sabia como.

 - Ela é muito parecida com você. – falou uma voz do meu lado. Olhei só para me encontrar com os olhos dourados de Kid.

 - É. – concordei voltando a olhar a estatua. – Pena que ela também seja muito misteriosa.

 Vi Kid me mirar de uma maneira confusa, mas não me importei. Continuei mirando a estatua ate que um sorriso apareceu em meu rosto. Kami pode ser misteriosa, mas também era uma muito boa e gentil.

 - Com quem você ta falando Kid? – perguntou alguém atrás de nós. Nos viramos só para ver aquele garoto de cabelo azul que se tornara amigo de Tsubaki. – Olha se não é a garota que rouba toda a atenção!!! Pois fique sabendo que eu, o grande Deus Black Star, sou aquele que deve ser o centro das atenções sempre!!! Huahahahaha!!!!

 Uma gotinha estilo anime apareceu em minha cabeça enquanto eu disse: - Pois fique com ela para se, porque eu não quero.

 - Você é a Maka, amiga da Tsubaki-chan não é? – perguntou do nada. Eu apenas assenti. – Ela fala muito de você.

 - E qual é essa intimidade toda com ela? – perguntou Ragnaroki que segurou Black Star pelo pescoço com a outra mão esfregou o murro em sua cabeça.

 - Me solta seu idiota! – falou Black Star se soltando. – Ninguém tem o direito de encostar em um deus como eu a não ser que eu deixe.

 - Então vamos ver se isso é verdade. – falou Ragnaroki. Os dois então começaram a brigar enquanto mais duas gotas apareciam em minha cabeça.

 - Deixa eles. – falou Hero que apareceu do meu lado. – Sempre fazem isso. Está ate perdendo a graça. Por certo eu sou Hero, senhorita. – disse beijando minha mão fazendo meu rosto arder.

 - Por favor, não me chame de senhorita. – falei constrangida. – Me faz me sentir como uma velha.

 - Sinto muito. – falou com um sorriso constrangido.

 Eu apenas sorri, mas no mesmo momento ouvi um pequeno grunhido e me virei para ver quem era. E de novo me encontro com aquele olhar vermelho, só dessa vez ele estava cheio de... ciúme? Não, não podia ser. Devo estar imaginando coisas.

 - Pessoal! – disse uma voz que reconhecia muito bem. Era Eruka que tinha acabado de chegar e havia se posicionado na frente de todos. – Hoje vamos fazer algo especial. Já que é halloween vamos ate o museu que tem a maior área de toda a Deafh City e faremos nosso ritual lá.

 Eruka deu a volta e começou a caminhar na direção de uma parte afastada e escura. Senti um pouco de receio em segui-la já que desde a noite passada estava tentando evitar ao máximo lugares desse tipo, mas acabei me enchendo de valor e os seguindo.

  Chegamos em um alçapão que dava direto do lado de fora. Ele era igual o mais escuro do que o lugar onde estávamos, e tive um pouco mais de dificuldade de entrar. Andei rápido por ele abraçando a mim mesma e olhando para todos os lados para ver se não havia mais nada daquela coisa por perto.

  Quase suspirei de alivio ao ver que estávamos perto da saída, mas Eruka parou a poucos metros a frente dele fazendo todos pararem também. Quase gritei para que deixasse eu sair daqui, mas me contive.

  - Lembrem-se do feitiço: “Nós somos a nevoa. Ninguém nos vê, ninguém nos escuta. Fazemos parte da escuridão” – repeti o feitiço junto com vários outros e percebi que todos começamos a ficar transparentes ate que “sumimos”.

  Podia ver os outros, mas aposto que os humanos não poderiam nos ver. Saímos (graças a deusa) do alçapão e nos encontrávamos na rua da cidade. A lua estava cheia e brilhava com intensidade e eu podia sentir como me unia a luz que emitia e me fazia sentir mais segura e confiante.

 Olhei para Soul e o mesmo tinha uma nevoa densa o rodeando, totalmente negra, enquanto ele desparecia completamente de minha vista ficando realmente invisível. Parecia se fundir completamente na escuridão.

 Eruka nos levou ate a área do museu que não tinha absolutamente ninguém. Fomos ate a parte de trás do museu onde tudo já estava preparado. O pentagrama estava desenhado e tinha uma mesa bem no centro com a estatua em miniatura da deusa e uma taça de vinho e as velas estavam em seus devidos lugares.

 Todos nos posicionamos e o ritual começou. Eruka dançou pelo circulo e acendeu as velas. Eu mal prestava atenção, estava ansiosa para que Acendesse a vela da luz para eu poder voltar a ter aquela sensação tão boa e confortável.

 Quando terminou de acender as valas começou a falar.

 - Hoje estamos aqui para comemorar o dia de todos os santos. – falou com aquela voz pesada e esganiçada ao mesmo tempo. – Eu invoco os espíritos do passado para comemorarem conosco essa noite tão sagrada. Levantem-se espíritos dos vampiros passados e nos brindem com sua presença.

 De repente uma nevoa negra começou a rodear o centro do circulo e a tomar forma. Em cada forma que se formava duas orbes vermelhas apareciam junto com dentes afiados. Muitos saíram correndo ao ver se formar ao parecer vampiros que ainda tinha sua forma um pouco deformada.

 - Eruka, sua idiota! – gritei vendo as nevoas atacarem os alunos que ainda restavam e tentavam escapar. Um dele acabou atacando Ragnaroki cortando seu corpo e bebendo de seu sangue enquanto Hero tentava ajudá-lo. – Quando se invoca espíritos tem que se purificar o local antes de tudo se não você atrai espíritos ruins.

 Eruka estava aterrada e saiu correndo junto com suas amigas que estavam segurando as velas. De repente apareceu perto da entrada dos fundos do museu todas as minhas amigas que miraram assustadas as nevoas.

 - Garotas, o que estão fazendo aqui?! – perguntei surpresa.

 - Não iramos te deixar sozinha. – falou Liz um pouco assustada.

 - O que esta acontecendo?! – perguntou Tsubaki sem deixar de olhar as nevoas com formatos de vampiros.

 - Longa historia! – falei para logo ter um plano. – Garotas se preparem e garotos vou precisar da ajuda de vocês, eu tenho um plano.

 Depois que vi todos assentirem corri para dentro do circulo sendo atacada pelas nevoas que arranharam meu corpo, mas consegui escapar e chegar ao meio.

 - Kid, Black Star fiquem em onde estão! – gritei e os mesmos assentiram – Tsubaki, vá para o lugar da água e Patty para o ar. – as duas assentiram e tomaram suas posições. – Liz, Chrona vão ajudar os outros. – as duas assentiram e foram ajudar Ragnaroki e Hero. – Soul preciso que você saia quando eu pedir. – ele assentiu e eu pequei o isqueiro que tinha em cima da mesa e comecei a reacender as velas.

 - Tem um sangue delicioso garota. – falavam os fantasmas quando mi arranhavam e bebiam um pouco de meu sangue.

 Terminei de acender as velas e agora só faltavam a da escuridão e a da luz. Mas antes que pudesse fazer ouvi um grito de dor que me fez virar para trás. Chrona estava sendo atacada por um dos vampiros que a arranhava em toda parte.

 - Chrona!! – gritou Kid dando menção de sair do lugar, mas antes que pudesse gritei.

 - Não Kid! – ele parou e me mirou confuso. – Não saia da sua posição se não nunca acabaremos com isso.

 Ele apenas assentiu desconcertado e eu acendi as duas velas que faltavam. Ignorei a sensação que me preencheu e peguei o prendedor que tinha em meu cabelo que era apenas como uma agulha grande bem pontiaguda.

 - Ei seus fantasmas do inferno. – falei chamando a atenção dos mesmos que voltaram a me ver interessados. Eu posicionei o prendedor na palma da minha mão e disse. – Se vocês querem sangue então venham pegar. – e cortei minha mão.

 Eles inalaram profundamente sentindo o cheiro do meu sangue que escorria por minha mão e pingava no chão. Vi Soul fazer a mesma coisa e mirar com anseio a minha mão. Senti vontade de entregar a ele, mas quando vi os fantasmas se aproximarem gritei para ele.

 - Sai daqui! – ele me mirou um pouco confuso, mas logo saiu de perto de onde estava.

 Antes que os vampiros pudessem me alcançar ouvi como todos gritavam meu nome com preocupação, ate mesmo Soul. Então, poucos segundos de ser atingida fechei os olhos e invoquei o poder da luz.

 Quando voltei a abrir os olhos estava de joelhos no chão com a mão ainda sangrando. Olhei em volta e vi todos que havia ficado me mirando fascinado. Fiquei confusa, mas logo Eruka apareceu e gritou.

 - Por que?! Por que ela escolheu você e não eu?! – gritou me fazendo ficar mais confusa ainda.

 - Maka-chan! – chamou Tsubaki chamando minha atenção. A mesma tinha um sorriso emocionado no rosto. – Olha no espelho.

 Liz pegou um espelho da bolsa e o tacou na minha direção. Eu o peguei e olhei meu reflexo e devo dizer que quase cai para trás ao ver eu mesma naquele espelho. Minha marca havia se expandido. Agora ela abrangia o lado direito de meu rosto fazendo o desenho de flores com ramos espinhosos. Ela descia por meu pescoço, rodeando a marca de alma que se destacavam e indo ate as costas da mão, rodando em meu braço ate chegar na mão.

 Levei um dedo até elas e as toquei de leve. A cor branca parecia brilhar mais que minha pele se destacando junto com minha pele que parecia mais pálida ainda. Também percebi que meu cabelo que antes ia ate um pouco baixo do ombro havia crescido e que agora chegava na minha  cintura e que meu corpo havia mudado também, tendo a cintura um pouco mais fina, meu quadril um pouco mais largo e meus seios crescerem um pouco.

 - E-eu... n-não p-posso a-acreditar. – falei me levantando e ainda olhado para o espelho.

 - O que acontecei aqui? – perguntou um voz conhecida atrás de mim. Virei-me só para encontrar com Medusa que quase teve um treco ao me ver. – Ah Minha deusa!

 - Não é de mais Medusa-sempai?! – perguntou Liz animada. – A Maka tem a marca expandida e é uma novata!! E tudo por que nos salvou!

 - O que você quer dizer com “nos salvou” mocinha? – perguntou com um olhar de desconfiança.

 Depois de contarmos tudo para Medusa a mesma ficou uma fera com Eruka e a tirou das Almas da Noite nomeando a mim como a nova líder. Deva para acreditar? Eu? A líder? Sem a menor chance.

 Mas por mais que eu tentasse negar todos insistiram e eu acabei cedendo. Logo depois voltamos para o Shibusen, mas eu não podia tirar da cabeça a sensação de que algo estava prestes a começar.

 E não era nada bom.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e naum liguem pelo meus intentos frustrados de tentar colocar um humorzinho no cap Ok? Sou ruim em comedia assim mesmo.

Bjsss e ate o proximo cap.