Those Eyes - Dean Thirteen escrita por mari_p
Notas iniciais do capítulo
SPOILER DA SÉTIMA TEMPORADA DE HOUSE! SPOILER SOBRE A THIRTEEN! Estão avisadas(os)!
Dean acordou e a primeira coisa que viu, foi Thirteen se bruços, olhando para ele.
- Bom dia - disse ela com um sorriso no rosto.
- Bom dia - respondeu ele meio sonolento.
Os dois tomaram um café da manhã numa lanchonete perto do hotel.
- Então, o que você quer fazer? - perguntou ele.
- Não sei… passear?
- Meu carro foi feito para isso!
Os dois entraram no carro, saíram meio sem destino até chegarem a um parque. O dia estava bonito, o sol brilhava, mas ventava um pouco frio, Dean parou o carro e os dois desceram. Começaram a andar pelas árvores, olhando os pássaros, entraram em um túnel de cerejeiras, ela andava um pouco à frente dele. De repente Thirteen parou e abaixou a cabeça, Dean, preocupado, se aproximou.
- O que foi?
Quando ele viu que ela estava chorando, ficou mais preocupado ainda.
- Pelo amor de Deus, me fala! O que foi?
Ela não conseguia falar, mas se sentiu melhor quando ele a abraçou. Aos poucos foi se acalmando, se livrou dos braços dele e respirou fundo.
- Está melhor? - perguntou ele.
- Um pouco.
- Vamos para o carro.
Abraçados, voltaram para o carro. Ele não deu a partida, ficou só encarando-a que olhava a paisagem fixamente.
- Você não vai me contar, não é?
- Eu não consigo falar.
- Tudo bem! Se você não está preparada, deixa quieto.
Ele ligou o carro e os dois voltaram para a estrada. Durante o trajeto , os dois ficaram em silêncio, ela apoiou a cabeça no banco do carro e ficou olhando a paisagem, as vezes, Dean olhava pra ela, até pensou em puxar assunto, mas não teve coragem. Voltaram para o hotel e passaram o resto do dia assistindo TV, na hora do jantar, o caçador tentou melhorar o clima falando com a médica.
- Vai querer sair para comer ou quer que eu compre alguma coisa?
- Não estou a fim de sair - respondeu ela deitada na cama, de lado.
- Vou comprar pizza então, ok?
- Tudo bem.
Ele foi até a porta do quarto, parou, olhou para Thirteen deitada e depois saiu. Dean sabia que ela precisava de ajuda, que estava escondendo alguma coisa muito séria, mas não tinha noção do que fazer. Na pizzaria esperando o pedido, recebeu um telefonema de Sam.
- E aí? Vai durar até quando essa sua viagem com a médica? - perguntou o mais novo.
- Não sei.
- Você não parece muito animado?
- Pois é…
- O que foi?
- Eu ainda não sei, mas tem algo errado com ela.
- Estranho! Tipo o que?
- Eu disse, ainda não sei!
- Tá! Mas olha, resolve logo aí, temos muitas coisas para fazer.
- Tudo bem.
- Tchau.
- Tchau.
Dean pegou a pizza e voltou para o hotel. Antes dele sair do carro, começou a chover e ele correu para não se molhar muito. Quando entrou no quarto, Thirteen o ajudou, pegando a pizza da mão dele.
- Ah, obrigado! - agradeceu ele chacoalhando a cabeça para tirar o excesso de água.
Como não tinham pratos nem talheres, comeram a pizza com as mãos mesmo. O clima ficou um pouco mais leve durante o jantar, os dois conversaram sobre comida e música, os assuntos favoritos dele, deu para rir e se descontrair um pouco. Mas quando a comida acabou, aquele ar triste tomou conta de Thirteen novamente. Cansado daquilo, Dean não agüentou.
- O que está acontecendo, hein?
- Nada.
- Nada? Você não está bem! Isso está acabando com você, te consumindo por dentro! Me conte, por favor! Tire este peso de dentro de você! - pediu ele pegando nas mãos dela.
Calada, ela abaixou a cabeça e começou a chorar.
- Por favor, fala pra mim - pediu ele novamente abraçando-a.
- Eu estou tão perdida, tão sozinha, Dean! - disse ela com a cabeça apoiada no ombro dele.
- Isso, fala, vai melhorar.
Ela se livrou dos braços dele, passou as mãos no rosto e respirou fundo.
- Tudo bem, eu vou contar! Eu tenho uma doença… -Dean a olhou meio assustado - pode ficar tranqüilo, você não pode pegar, é uma doença genética. Se chama Huntington , é uma doença degenerativa que afeta o sistema nervoso, ou seja, logo eu vou perder o controle do meu corpo e vou morrer.
- Isso não tem cura? Tratamento?
- Não, não tem. Existem tratamentos em fase de teste, mas eu já tentei um e não deu certo.
- Olha, pra mim, você parece perfeita.
- Obrigada.
- Você sabe quanto tempo de vida tem?
- Não.
- Não fique assim, pelo menos ainda não, você tem que aproveitar o tempo que tem.
- Mas tem uma coisa pior.
- O que?
- Há mais ou menos um ano atrás… eu descobri que meu irmão também herdou a doença - na hora ela começou a chorar de novo - e… quando eu fui visitá-lo, ah meu Deus… ele já estava em um estágio muito avançado.
Dean estava prestando atenção em cada palavra que ela dizia.
- Ele se esforçou muito para me pedir ajuda, ele pediu para que eu o salvasse, o tirasse dali - continuou ela - mas eu não tinha o que fazer a única solução foi… - o choro a interrompeu.
- Calma - Dean encheu um copo de água e deu para ela que bebeu um pouco.
- Então eu peguei uma injeção… eu… ai Dean - era muito difícil para ela - eu matei meu irmão.
- Isso é.. eutanásia, não é?
- Sim. Este vai ser meu fim também, eu sei, eu sei que vai…
Dean abraçou Thirteen, ele conseguia sentir a dor vindo de dentro dela.
- Calma, eu estou aqui. E o seu irmão, aposto que ele está em um lugar melhor.
- Você acha?
- Tenho certeza.
- Ah, tem uma coisa!
- O que?
- Eu fui presa. Acabei de sair da prisão.
- Por causa de eutanásia?
- Sim.
- Por isso você não está no hospital?
- Sim… mas eu sei que meu chefe vai me aceitar de volta.
Naquela noite, Thirteen dormiu com a cabeça apoiada no peito de Dean, enquanto ele passava a mão no cabelo dela. De madrugada, ele acordou com o barulho dos trovões e não viu a médica.
- Remy? Você está no banheiro?
Ele abriu a porta e nada, ela não estava no quarto. Quando ele olhou pela janela, viu ela de pé no estacionamento do hotel, debaixo da tempestade.
- Droga! - disse ele saindo do quarto.
Ainda se protegendo da chuva, ele a chamou algumas vezes, mas ela não ouviu. Resolveu chegar perto, já não ligava mais para a chuva.
- Remy! O que você está fazendo aqui? - perguntou ele pegando-a pelos ombros.
- Eu não agüento isso! É muito difícil! - suas lágrimas se misturavam com a chuva.
- Por favor, não desista! Faça isso pelo seu irmão!
Aquelas palavras tocaram bem fundo nela, que ficou parada olhando Dean nos olhos.
- Entra! Por favor! Vem comigo! Eu vou te ajudar! - pediu ele.
- Promete?
- Sim! Eu prometo!
Ele a abraçou e os dois voltaram para dentro do quarto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É gente, essa fic tem drama, essa fic vai ser triste! Reviews?