A semana seguinte foi calma. Digo, os dias foram calmos. As noites foram, er, bastante agitadas. Eu definitivamente estava começando a me dar bem com meus primos, até mesmo com Marizza! Saíamos à noite, voltávamos de madrugada, e, bem, havia as excursões de Tom ao meu quarto, escondido, é claro. Era um relacionamento estranho o nosso. Vai ver era porque nossas personalidades eram parecidas demais, por isso nos ‘entendíamos’. Digo, eu sabia que ele era mulherengo e tarado, mas não me preocupava muito com isso. Porque aquele cara era inconstante, não se apegava a ninguém, e eu era meio assim também. Nossa relação era quase um caso de uma noite, só que essa noite se repetia com certa freqüência! Simples e fácil!

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         Acordei tonta. Era a segunda vez que isso acontecia em uma semana. ‘Droga, eu não estou bebendo, então o que é isso?’, pensei, indo ao banheiro. Cara, foi a pior sensação da minha vida. Automaticamente, ao me olhar no espelho, eu senti uma enorme vontade de vomitar. Vomitei até o que não tinha no estômago, de tão enjoada que estava. ‘Que estranho... Eu nunca vomito!’

         Tomei banho, desci para tomar café. Estava simplesmente esfomeada! Dei logo de cara com os gêmeos, que estavam descendo também.

- Nossa, Mamma, você ta com uma cara horrível, sem ofensas. – comentou Tom, escondendo um risinho.

- Obrigada, Tom, era o que eu precisava ouvir agora de manhã, não era mesmo? – respondi, irritada. Eu sabia que estava pálida, mas não precisava que outra pessoa me dissesse isso, principalmente se essa pessoa não estivesse ao menos preocupada comigo.

- Sério, Mamma, você está pálida, como se sente? – Bill era tão mais sensível do que Tom, me comoveu. Aquele cara tinha uma alma feminina, não que ele fosse gay ou algo do gênero, ele simplesmente sabia como tratar garotas. Eu apreciava isso, mesmo porque eu tinha uma personalidade um tanto indelicada para ser uma garota.

- Estou bem, só um pouco enjoada, vomitei rios agora há pouco... – falei.

Bill olhou incisivamente para Tom, como se estivesse questionando algo, talvez estivesse desconfiado de alguma coisa. Mas eu não conseguia imaginar o que o meu enjôo tinha a ver com Tom, a menos que...

- AI MEU DEUS! – gritei, de súbito, ao pensar na possibilidade. Eu não tinha pensado que poderia acontecer!

- Tom, você vem comigo agora! – e agarrando o braço dele, saí correndo, com destino à farmácia mais próxima.

* Na farmácia *

- Er, moço, me vê um teste de gravidez, sim? – falei, sem rodeios, deixando Tom surpreso. É, ele também não havia pensado naquela possibilidade.

- Sim, moça. – respondeu o farmacêutico, fazendo uma cara de surpresa e reprovação. – Aqui está.

- Obrigada. Er, onde fica o banheiro? – perguntei, ao pagar o teste.

Fui ao banheiro, fiz o teste e fechei os olhos, torcendo para que desse negativo. Um filho! Imagine só! Eu mal sabia cuidar de mim, quanto mais de um filho! Eu realmente NÃO precisava de mais problemas... E mamãe me mataria.

Positivo.