Pov Taylor lautner

- Taylor acorda!- Despertei com meu pai jogando uma almofada em mim. Sentei-me no sofá bocejando e jogando a almofada de volta para ele que estava sentado na poltrona com um sorriso que ia de orelha a orelha.

- Como você entrou no meu quarto?- perguntei

- A moça da recepção me deu uma copia da chave do quarto. Eu disse que era seu pai, e que conseguiria um autografo seu caso ela me desse a chave- explicou orgulhoso. Ficar em hotéis definitivamente não me agradava, mas como a maioria das locações dos filmes são em outras cidades e em outros países, eu não devo reclamar. Fazia quase uma semana que estava em Pittsburgh (Pennsylvania), para continuar a gravar meu próximo filme. Minhas férias na minha cidade natal já estavam fazendo falta.

- Você não devia subornar meus fãs com mentiras- Brinquei pegando o controle da tevê e desligando-a.

- Ter um filho famoso sempre tem suas vantagens- revirei os olhos.

- E desvantagens-

- Quais? Eu pelo menos não vejo nenhuma. Filho se eu fosse bonito e talentoso como você, eu trataria logo de tirar o emprego do Brad Pitt-

- Mas pelo que eu vejo você não é- Tentei sufocar uma risada mais não consegui.

- É fica rindo, pode rir. Mas quando eu tinha a sua idade eu era o arrasa corações do colégio, pergunta para sua mãe. Foi pelo meu charme que ela se apaixonou por mim-

- É com certeza foi pelo seu charme-

- Tem planos para hoje?- perguntou ele mudando de assunto.

- Não estava pensando em ficar aqui descansando-

- Descansar são para velhinhos garoto. Quer ir no jogo entre Pittsburgh Steelers e os Detroit Lions hoje?- Ele pegou do bolso da camisa um par de ingressos.

- Ah valeu pai! Você salvou o meu sábado -Falei eufórico

- Se não fosse pelo seu velho, tudo na sua vida seria terrível. Confessa que sem o seu papai aqui, você não consegue viver, confessa-

- Não é pra tanto também “Super Pai”-

- O que você esta fazendo ainda ai? Vai se arrumar se não agente perde o jogo-

- Ta já volto- Levantei-me do sofá e fui trocar de blusa, escovei os dentes e depois peguei minha carteira.

- Vamos?- perguntei colocando minha jaqueta.

- No meu carro- anuncio ele pegando as chaves e as balançando.

-Ok- Fomos para a garagem e entramos no carro.

***

Assim que chegamos, notei que em frente ao estadio não haviam tantas pessoas como de costume numa partida de futebol americano.

-Pai acho que estamos um pouco atrasados- comentei enquanto ele manobrava o carro para estacionar.

-É verdade, melhor nos apressarmos- falou desligando o carro e saindo, também sai colocando meus óculos escuros e nós caminhamos até a entrada do estadio.

- Taylor porque você não vai comprar algo para comermos enquanto eu vou dar uma olhada no placar dos outros jogos-

- Eu vou. Mais vai depressa a partida já vai começar- desconfiei um pouco da atitude dele, ele nunca gostou de se atrasar nem um segundo para uma partida de futebol. Fui até um vendedor ambulante e pedi dois hot dogs.

- Eu vou querer um- a voz familiar me fez olhar de imediato para cima, enquanto o vendedor me entregava os hot dogs.

- Lily? O que você esta fazendo aqui?- perguntei surpreso enquanto ela sorria pela minha reação.

- Seu pai me ligou me perguntando se eu não queria vir ao jogo com vocês. Mas ele disse que seria uma surpresa para você- respondeu.

- Ah! Tinha que ser ele. Agora entendo porque ele estava agindo meio estranho- disse me dando conta do obvio.

-Mas e ai? Você gostou da surpresa?- perguntou ansiosa pegando o hot dog que o vendedor lhe entregou.

- Claro. Foi uma surpresa bem agradável- começamos a andar para a entrada do estadio.

- Mas sei-la, parece que não foi tão agradável assim para você- hesitou.

- Foi sim. É que eu não tinha ideia que você gostava de futebol americano, e eu não quero que você fique no jogo só porque meu pai te implorou para vir. Sei o quanto é tedioso ficar num ambiente em que você não goste. É só por isso- respondi tentando encobrir uma outra verdade.

- Ta brincando? Eu adoro futebol americano. Meu pai sempre foi um amante, então desde pequena vivia em estádios. Agora eu não tenho muito tempo para ir a um jogo, mas hoje é uma oportunidade perfeita para relembrar os velhos tempos- Ela pareceu ser sincera em suas palavras.

-Uau! Isso era algo que eu não esperava de você Lily Collins-

- Tem muitas coisas que você não sabe sobre mim- paramos perto das catracas e nos entreolhamos.

- Depois dessa, fiquei muito curioso para saber o que mais a Sra. Collins esconde por detrais dessa imagem “seria”- rimos os dois.

- Ah Taylor você certamente não vai querer saber-

- E ai Taylor? O que achou de minha surpresa?- meu pai se aproximou de nós perguntando com o mesmo sorriso de hoje a tarde.

- Gostei muito- Sorri para ele e depois voltei a encarar a Lily.

-Que tal irmos para o jogo. Afinal é para isso que estamos aqui, não é?- disse ele e entramos no estadio.

Os organizadores do jogo me convidaram para ir até o campo e cumprimentar alguns dos jogadores, achei que não teria muito problema, afinal o estadio não estava tão cheio. Todos os jogadores me receberam muito bem, conversamos um pouco e pousamos para algumas fotos, e quando ia voltando para nossos lugares dei alguns autógrafos para alguns fãs que me viram. Lily sentou-se ao meu lado e meu pai do meu outro lado.

O jogo seguiu tranquilo, uma reconfortante e agradável sensação me invadiu assim que o jogo começou, reconhecia ela. Fazia algum tempo que eu não me divertia assim. Lily parecia mesmo entender de futebol americano.

Pelo canto do meu olho a olhei sorrindo. Por que eu simplesmente não podia descomplicar as coisas? Eu sabia que a Lily era afim de mim, confesso que também sou um pouco afim dela, mas eu não sei se conseguiria ficar com ela. Eu queria poder virar essa pagina da minha vida esquecer o passado, e seguir em frente. Eu pareço um idiota sofrendo desse jeito ridículo por alguém, na verdade é isso que eu sou, um completo idiota. Que cara ficaria arrasado do jeito que eu estou depois que leva um fora? Tinha que ser o idiota do Taylor. Já faz um ano que acabou e eu ainda não superei o maldito fim de um relacionamento bobo e imbecil. Eu sentia uma enorme repulsa por mim mesmo por me sentir daquele jeito.

Quando o jogo acabou meu pai e a Lily ficaram debatendo sobre os pontos positivos e negativos do jogo, eu me juntei a eles dando minha opinião.

- Taylor acabei de me lembrar que tenho que visitar um amigo que mora aqui perto. Eu tinha marcado com ele, acho que eu não vou poder te levar para o hotel- Falou olhando o relógio depois para mim. Algo me dizia que ele estava tentando me empurrar para a Lily.

- Tudo bem, eu estou de carro. Eu posso te levar para o hotel se você quiser Taylor- falou.

- Problema resolvido! Aproveitem a oportunidade e vão jantar juntos, que tal?- Ele definitivamente estava me empurrando para a Lily.

- Eu achei uma ótima ideia! O que você acha Taylor?- perguntou esperançosa.

- Er... Claro porque não?- respondi fuzilando meu pai com meu olhar.

- Perfeito. Agora eu tenho que ir. Divirtam-se!- falou indo para o seu carro.

- E então? Vamos?- perguntei tentando parecer animado.

- Vamos. Eu conheço um restaurante aqui perto que é uma graça, a comida é muito boa e o ambiente é bem confortável-

- Me parece muito bom mesmo- falei. Caminhamos até o carro dela e entramos. Ela ligou o radio que estava passando algumas musicas de seu pai. Ela dizia que gostava de ficar o ouvindo, assim reprimiria um pouco da saudade que sentia dele. Ficamos conversando sobre a carreira de seu pai, e depois sobre nossas infâncias. Era bastante confortável ficar ali com ela, jogando conversa fora. Ela era realmente uma garota incrível.

Quando chegamos no restaurante fiquei surpreso em ver que o que ela havia dito era verdade. Nós nos sentamos numa mesa que ficava um pouco afastada das outras, próxima dela havia uma grande janela de vidro que dava para observar um jardim repleto de plantas e flores e mais ao fundo uma pequena cachoeira artificial se formava.

- Gostei do restaurante- disse

- É que você não viu a comida- sorriu. Puxei a cadeira para que ela se sentasse e ela me agradeceu. Pedimos a comida enquanto eu falava de como a minha vida tinha mudado desde que eu entrei para Crepúsculo.

Quando a garçonete chegou com a comida me pediu um autografo assim que me reconheceu. A comida estava deliciosa.

Ficamos conversando sobre nossas vidas a maior parte do tempo. Quando a conta chegou ela insistiu em ajudar mas eu fiz questão de pagar tudo.

Saímos do restaurante e fomos para o carro dela onde voltamos a conversar agora sobre quais eram os sonhos e metas de ambos.

Quando chegamos em frente ao hotel, ela desligou o carro e me encarou virando-se para mim.

- Eu me diverti muito hoje, Taylor- falou sorrindo.

- Eu também- afirmei acompanhando seu sorriso, tão lindo e doce.

- Taylor eu...- sussurrou se aproximando de meu rosto que estava poucos centímetros do seu. Seus olhos me imploravam para que eu não a rejeitasse, eu não queria magoa-la, eu nunca me perdoaria. Eu estaria sendo um completo imbecil se eu não a beijasse. Sem pensar muito levei minha mão para seu rosto acariciando sua bochecha. Meu coração dizia para parar de imediato com aquela ação, mas a minha consciência me dizia para continuar. Me aproximei um pouco mais e ela fechou os olhos.

Minha mente era um mar de confusões, haviam duvidas e mais duvidas que necessitavam de respostas urgente. Enquanto minha consciência e meu coração brigavam inconsequentemente para ver quem ganharia, eu tentava focar em algo que pudesse me ajudar a controlar o desejo de sair daquele carro como um covarde faze-ria para fugir de uma decisão. Essa não seria uma opção a ser aceita por mim, mas infelizmente era uma vontade a qual eu não podia suprimir. Uma onda de lembranças vieram com a angustia que sentia.

A imagem dela sorrindo me pegou desprevenido. Aqueles lindos olhos azuis, eram uma lembrança a qual nunca consegui esquecer. Eles sempre foram tão sinceros comigo. Acordava quase toda a madrugada com eles em pensamento.

Seu sorriso, seus olhos, sua voz, sua pele era algo ao qual eu não podia lutar para esquecer. Pois em minha mente ela era inesquecível.

Droga Taylor porque você tem que pensar nela justo agora? Debatia comigo mesmo.

Aqueles segundos em que estava-mos ali tão próximos um do outro, parecia uma eternidade.

Pensar nela só piorou as coisas, abri meus olhos rapidamente os fechando de novo. Eu tinha que tomar logo a porcaria da decisão e tinha que ser agora.

Eu não tinha certeza de quase nada, apenas de uma coisa. Eu não suportaria magoar a Lily de modo algum.