O Outro Lado da Moeda escrita por whocares


Capítulo 18
18.Eu viro o gênio do óbvio e o príncipe do caos




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Andamos receosos em direção ao ponto iluminado por tochas flamejantes em que a Esfinge nos esperava.Ela sorria com desdém,como se achasse graça de nosso medo.

Assim que chegamos próximos dela,pelo menos até onde era seguro chegar ela falou:

-Ora,ora,nos encontramos de novo filho de Poseidon e filha de Atena.Gostaram de minha nova morada?Foi o que me restou depois de Dédalo destruiu o labirinto,graças a vocês.

-É...bem,vamos aos negócios.-falei nervoso.-Temos que responder um enigma para passar não é?

-Certamente.-disse a esfinge.

-E é bom que não sejam como perguntas que respondemos da ultima vez.-falou Annabeth com os dentes trincados.

-Não,minha estada aqui deu tempo mais que o suficiente para que eu pudesse formular um novo enigma.Mas este será um pouco diferente,testara sua capacidade de enxergar simplesmente o óbvio.

-Tudo bem.-disse Annabeth agora confiante.-Qual é o enigma?

-Simples.O que é que quando falamos seu nome deixa de existir?-a esfinge recitou com

um sorriso no rosto.

-Até meus irmãos seriam capas de descobrir essa.-desdenhou Annabeth.

-Sério filha de Atena?Mas você,é capaz de descobrir?

Fiquei totalmente surpreso ao ver que Annabeth ficou em silencio.Nem ela nem ninguém ali parecia saber a resposta,mesmo que ela parecesse obvia.Obvio!É isso,a resposta não tem propriedades cientificas ou matemáticas,era apenas um pergunta óbvia com uma resposta mais óbvia ainda.Mas qual?

“Quando digo seu nome deixa de existir”,repetia freneticamente em meus pensamentos.Em um tentativa louca e infantil disse em voz alta um nome qualquer que quebrou o silêncio.O silêncio!Ele deixa de existir quando falamos seu nome.

-Seria o silêncio?-perguntei à esfinge mesmo já sabendo que estava certo.

-É uma resposta sábia,mas assim como o meu desfio,é óbvia.E esta certa.

-Você só pode estar brincando...-sussurrou Annabeth.

-Não estou,filha de Atena.Admito seu amplo conhecimento,mas as vezes as coisa são assim,simples.Basta ter a mente aberta o suficiente para enxerga-las.Mas,como acertaram,ganharam o direito de passar.Este é o caminho mais curto que leva ao seu objetivo,então vão logo antes que eu me arrependa e arranque suas cabeças...vão,vão.

Não precisamos ouvir duas vezes.Saímos quase que correndo dali deixando a esfinge sentada nas patas traseira falando com sigo mesma sobre por melancias em seus novos enigmas.Acho que o tártaro não fez muito bem para a saúde mental dela.

-Para onde vamos agora?-perguntou Carter enquanto voltávamos a nos esgueirar pelos túneos escuros.

-A esfinge tem razão.-respondeu Nico.-Este é o caminho mais rápido e seguro até o selo.

-E vai demorar muito para chegarmos lá?-perguntei sentindo meus joelhos protestarem.

-O tempo aqui passa diferente,Percy.Mas acho que não falta muito.

-Meus pés doem.-resmungou Tyson quase caindo,mas consegui apara-lo.Coloquei seu braço sobre meus ombros e com a ajuda de Carter ajudamos Tyson a caminhar.

-Vamos grandão,agora falta pouco.-eu o incentivei.

Já estava difícil de andar,agora com o peso de Tysom sobre os ombros a situação só piorou.

Parecia que gradativamente o corredor escuro ia ficando mais claro,e chegou um tempo que as lanternas não eram mais necessárias,e neste momento o tuneo acabou e na nossa frente havia um grande espaço irregular por causa das pedras que pareciam ser a fonte de luz do lugar,pois emitiam um brilho perolado que deixava o lugar inteiro banhado em uma leve luz branca.

O cômodo rústico parecia vazio,com exceção de um grande portão de grades enferrujadas e que pareciam incrivelmente frágeis,como se pudessem se desmanchar em pó de ferrugem a qualquer segundo.

O portão ficava incrustado na rocha formando um caverna lá dentro,ou melhor,um prisão.

-É aqui?-perguntei já sabendo a resposta.

-Sim,é aqui.-falou Nico cabisbaixo.-E como você pode ver,o portão esta prestes a se abrir,devemos ter minutos antes que isso aconteça então refaça o selo o mais rápido possível.Vamos esperar aqui fora.

Certo.-eu disse me encaminhando para o portão mas alguém me segurou pelo braço e em seguida me abraçou forte.Foi Thalia.

-Fique bem.-ela sussurrou no meu ouvido, e em seguida saiu com os outros para o corredor.

Ouvir Thalia pedindo que eu ficasse bem não me fez sentir melhor,só me deixou ainda mais triste,pois eu sabia que dificilmente ficaria bem.

Me encaminhei até o portão e pus minha mão na grade.Imediatamente tive que me segurar nas grades para não ser arrastado por um forte vento que saiu de dentro da cela.

Apenas essa pressão exercida sobre o portão fez com que a fechaduras se soltassem,e antes que o forte vento arrancasse as grades por completo eu invoquei todo o poder que Caos havia me dado.

Caos estava certo,o poder fluiu de mim sem que sequer eu me esforçasse,e como se um imã fizesse o trabalho,as grades voltaram ao seu lugar,imponentes e intocáveis como nunca.Totalmente aprova de fugas.O metal retiniu e pude uvir lamentos vindos de dentro da cela.

Eu apesar de exausto estava feliz,mas logo isso foi substituído por uma forte dor de cabeça que fez meus joelhos cederam e meus olhos se fecharem,mas resisti.A morte precisaria mais do que isso para me levar.Mas o cansaço estava me derrotando aos poucos,tanto que eu não tinha forças sequer para levantar o joelho do chão,mas meus amigos vieram me ajudar.

Eles me ajudaram a sentar para que eu pudesse descançar.

-Se sente melhor?-perguntou Carter quando tentei me levantar cambaleando.

-Estou sim,nada que néctar e Ambrósia não possam dar um jeito.-menti para eles e para mim mesmo.-E então Nico,o selo foi refeito?

-Mais do que refeito,você o recreou.Isso garante mais um milênio de carceragem ao Kraken.

-Legal,mas não é melhor nós irmos logo?-perguntei.

-Claro,você tem razão.Consegue caminhar?

-Consigo.-disse me levantando já pronto para andar.

-Então vamos lá,mas não se esqueçam de serem discretos.-alertou Nico.-Acho difícil que alguns monstros não tenham notado nossa presença,então fiquem atentos.

Aparentemente Nico estava certo,pois era possível ouvir passos vindo dos outros túneis,então saímos correndo em disparada por onde tínhamos vindo,ouvindo os gritos de guerra e os passos cada vez mais próximos.

Todos os túneis que desembocavam no tuneo onde estávamos foram tomados por criaturas que trotavam.Trotavam?Não tinha jeito,teríamos de lutar.

Eu já estava pronto para sacar Marina quando algo incrível aconteceu,algo que nem em sonhos eu poderia prever que aconteceria.


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