Alguns minutos passaram e as pessoas se sentiam revoltadas com o facto de que não poderiam entrar.

Assim, o Zoo ficou um caos, as crianças berravam, as pessoas interrogavam-se, os empregados corriam de um lado para o outro e o gerente do Zoo esclarecia as pessoas.

Os empregados corriam de um lado para o outro sem parar até que um bateu em Adriana e a mesma caiu. Assim, ele teve de parar para a ajudar a se levantar.

-Peço imensa desculpa! – O homem disse enquanto ajudava Adriana a se levantar – Estou um pouco nervoso, era o responsável de serviço durante todo este problema.

-Não deveria existir dois responsáveis? – Filipa perguntou e o funcionário concordou com a cabeça.

-Sim… Mas infelizmente recebeu uma chamada do hospital, a mulher tinha tido um acidente de carro e ele teve de sair meia hora mais cedo. Isto só podia acontecer-me a mim! Acho que devo ter feito mal a alguém noutra vida! – O homem disse levando a mão à cabeça o que mostrava a sua preocupação.

-Não se preocupe, se fez algo de mal em outra vida, já o pagou aí. – Filipa disse tentando acalmar o homem.

-Sim! Nisso a menina tem razão. Sou Eduardo, Eduardo Steel. E você como se chamam? – O homem perguntou enquanto estendia a mão pelas primas uma a uma.

-Eu sou a Nicole Sliter, aquela é a minha irmã Filipa Sliter – Disse Nicole se apresentando e apresentando a irmã – e aquelas são as minhas primas, Anita, Matilde, Mafalda e a Adriana que já teve o prazer de conhecer – Nicole disse dando um sorriso de lado referindo-se ao acontecimento anterior.

-Sliter? As detetives? – O homem perguntou muito espantado e elas assentiram com a cabeça – Bem, então é um prazer vos conhecer finalmente. Já ouvi falar muito de vocês. Será que me poderiam ajudar a provar que estou inocente?

-Claro! Na verdade já tínhamos pensado nisso! – Filipa disse sorrindo.

-Então me sigam por favor! – O homem disse fazendo sinal com as mãos para que todas elas o seguissem. O homem entrou numa sala e chamou um homem. O homem era alto, com cabelo e bigode branco, aparentava já ter certa idade e parecia muito rico.

-Senhor diretor, estas são as gêmeas detetives Sliter! – O funcionário disse olhando para as provas mãos mostrando nervosismo.

-Sliter? Que bom, finalmente uma notícia boa no meio de tanta tragédia. Finalmente uma luz que me ajude, pode ser que deus não me esteja a castigar totalmente. – O homem disse dando um beijo na cara nas irmãs e um aperto de mão às primas.

-Senhor diretor, lamentamos imenso o que se passou, e estamos aqui para ajudar. Faremos o possível! – Nicole disse e o diretor sorrio.

-Até parece que me leram a mente, estava mesmo a pensar em chamar-vos, na verdade até tinha falado com o chefe da polícia responsável pelo caso e ele concordou, disse que já tinha trabalhado com vocês e que achava uma excelente ideia. Por isso devem o conhecer, ele chama-se…

-Tenente Sullivan? – Filipa perguntou olhando para o diretor que demonstrou um leve sorriso

-Sim, isso mesmo, Eduardo por favor vai chamá-lo! – O diretor disse e o funcionário retirou-se.

Ficaram todos ali durante um tempo a conversar com o diretor do Zoo até que finalmente Eduardo chegou acompanhado do Tenente Sulluvan.

-Bem meninas, devo dizer que é uma honra encontrar-vos aqui mais uma vez! – O Tenente disse e elas sorriram.

-Também é um prazer voltar a vê-lo – Nicole disse e o Tenente agradeceu com um pequeno gesto da cabeça.

-Então e o que temos até agora? – Nicole perguntou e o Tenente fez o gesto para elas aguardarem um pouco e foi fechar a porta.

-Até agora encontramos muito pouco, apenas uma carteira de um criminoso procurado! – O Tenente disse.

-Isso é pouco? – Adriana perguntou

-Sim, mas não foi ele. Achamos que o estão a tentar incriminar! – O Tenente disse

-Como podem ter tanto a certeza? – O diretor perguntou

-Eu e a Filipa andamos meses a tentar apanhar o rasto dele! Ele comete os crimes perfeitos! – Nicole disse e Filipa concordou com a cabeça

-Ou seja, temos uma carteira, com o bilhete de identidade de um criminoso procurado, com 100 notas falsas e uma fotografia de uma mulher. – O Tenente disse

-Sabem quem a rapariga é? – Filipa perguntou e Nicole encarou o Tenente.

-Sim, é irmã do criminoso. Ela morreu à três num acidente de carro.

-Ou seja, um beco sem saída! – Nicole disse.

-Mais um beco sem saída! – O Tenente disse e Filipa e Nicole encararam-no – A carteira com o bilhete de identidade também não leva a nada!

-Que mau! – Adriana disse – Bem, é melhor esquecermos isto e aproveitar as férias!

-Não! – Nicole disse – Não à nada melhor do que um desafio.

Ela estava certa, um desafio faz-nos querer ser melhores, faz-nos tentar ir mais longe.

Becos sem saída não querem dizer nada, é apenas algo para dar mais um pouco de adrenalina.