Heart Beat escrita por Noel Blue


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de perdir desculpas a vocês. Eu demorei nesse capítulo por pura falta de inspiração e falta de tempo. A escola esta me deixando maluca. kk
E eu não tinha a minima idéia do que colocar nesse capítulo.

Boa Leitura!



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I'll feed you, love, and I hope it's enough

(Vou te alimentar, amor e espero que seja suficiente)

To inspire you through suffering, holding you up

(Pra te inspirar durante o sofrimento, te deixando pra cima)

All A Need - Christina Aguilera

- Aconteceu alguma coisa? – perguntei, preocupada.

- Ah não, é que eu preciso que você venha até o Plaza Hotel. Não estou conseguindo fazer o cadastro pra poder ficar com um dos apartamentos. – ele disse, calmamente, suspirando profundamente, em seguida.

-Mas... O que aconteceu? – pelo que eu me lembre, ele não parecia ter dinheiro suficiente para morar em um dos nossos apartamentos.

- O problema é uma tal de Alice. Ela...

- Ah! A Alice. Não se preocupe, chego aí em alguns minutos. Dependendo de como transito esteja. – lhe disse, o interrompendo. Se eu conheço bem a Alice, ele deve ter dito que me conhecia, e ela surtou pensando que ele era algum maluco serial killer, ou coisa do tipo.

- Ok. Em todo caso, estou esperando.

Despedimo-nos e, quando eu me viro para entrar de volta no restaurante, vejo Edward atrás de mim com seu casaco e segurando o meu. Soltei um gritinho.

- Edward, quer me matar de susto? – falei, dando um soco em seu braço. Ele gargalhava de mim, e eu tinha a mão sobre o peito.

- Quem era? – perguntou, depois que eu coloquei o casaco e começamos a andar em direção ao carro.

- Um conhecido que está tentando se hospedar no Plaza, e a Alice surtou. – disse enquanto entrávamos. Ele iria dirigindo dessa vez.

- Ah, típico dela. – falou baixinho; tive que ter certeza que foi isso mesmo que ele disse.

- Você está bem? – as ruas passavam rápido por nós, como um flash. Eu olhava para ele e tudo que eu via era meu marido, o amor da minha vida, definhando na minha frente. E eu sem poder fazer droga nenhuma. O que eu via nele não era morte; era vida. Mas essa vida eu via se esvair aos poucos de seu corpo.

- Só estou cansado. – me respondeu, depois de alguns minutos. Desviei meus olhos dele e mirei o borrão janela a fora. E depois disso, não falamos mais nada. Foi só o silêncio ao qual eu ainda estava tentando me adaptar. Sim, porque agora que as coisas estão desse jeito, Edward está tão quieto e calado que a impressão que eu tenho, quando estou com ele, é de pura solidão. Era como se estivesse sozinha. Mas eu respeito o espaço dele. Eu tento. Olha, eu juro que eu tento ver pelo seu lado, mas será que ele acha que só ele está sofrendo?

A indiferença me mata. E me mata mais ainda saber que, a qualquer momento, eu posso perder o homem que eu amo; o homem a quem eu jurei amor até o final de minha vida. Será que teríamos que sofrer assim? Ele não podia morrer e me deixar. Ele só não podia morrer. Era cruel demais. Ele é tão jovem, tem a vida toda pela frente. Mas o que destino não faz, não é?

Bem, Deus escreve certo por linhas tortas, e eu quero acreditar que o que tem escrito pra ele é vida, e não morte. Acordei de meus devaneios com a chegada ao Plaza. A rua estava bem movimenta, como sempre. Ora, era NY, desde quando NY não estava movimentada?  Mas o que chamou minha atenção foram alguns seguranças do lado de fora do lugar, e algumas pessoas tentando entrar no Plaza. Desci do carro junto com Edward, e, ainda em silêncio, fomos entrando. Gritavam por... Jacob? Não estava entendendo nada.

Quando entramos, vi Jacob em pé ao lado de dois homens que, com certeza, não conhecia. Eles estavam com alguns papéis em mãos. Eu e Edward nos aproximamos deles.

- Senhores, eu não quero falar de trabalho aqui, entenderam? No escritório poderemos conversar melhor. – esse foi Jacob quem falou. Ele vestia um terno cinza. Estava fofo, todo engomado. E assim que me viu, se desvencilhou dos senhores que o acompanhavam e, veio em minha direção.

- Bella, você veio rápido. – disse me abraçando.

- Ah, é. Esse é Edward, meu marido. - lhe digo, apontando para Edward que estava ao meu lado. – Edward este é Jacob, um amigo. – os apresento.

- E aí cara, como vai? – Jacob pergunta, estendendo a mão a meu marido.

- Oi – Edward disse, com um sorriso leve, apertando a mão de Jacob. – Bom, vou me retirar, hoje foi um dia cansativo, boa noite Jacob.

- Boa noite.

- Você pode resolver isso para mim? Estou meio cansado. Vou subir, tomar o remédio, tomar um banho e deitar. – ele pediu. Eu só assenti com um sorriso e lhe dei um selinho.

O acompanhei com o olhar. E só agora prestei atenção no hall. Havia várias pessoas rindo e conversando. Sorri quando avistei Alice em um canto, conversando com alguém. Ele se virou para minha direção e veio em silêncio até mim.

Ficamos em silêncio nos encarando e, de brinde, Jacob estava ao nosso lado olhando confuso para nós.

- Bella, finalmente você chegou. – ela disse, olhando de mim para Jacob.

- Bem, agora será que eu posso ficar com um apartamento? –  perguntou, nos olhando. Eu apenas me virei para Alice.

- O que você fez dessa vez, Alice? – perguntei com um suspiro.

- Eu salvei sua vida – ela disse assim, sem mais nem menos.

- O que? Salvou minha vida de quê, criatura? – perguntei. E comecei a caminhar em direção ao balcão do hall. Eles me seguiam, enquanto Alice falava.

- Ele disse que te conhecia. Vai que ele fosse algum serial killer psicopata querendo te matar? Eu salvei sua vida, ué. – ela disse, olhando para o Jacob e dando de ombros. Ele estava incrédulo.

- Fala sério, eu tenho cara de psicopata serial killer? – ele pergunta, apontando para si mesmo.

- Alice, você está assistindo muitos filmes de ação. Vou falar para Jazz te controlar. – eu disse, enquanto Lucy preparava os documentos no computador, para fazer o cadastro dele.

Ficamos conversando por mais alguns minutos até que Lucy fez as perguntas que me faria lembrar-me de onde eu o conhecia.

- Quantos apartamentos o senhor irá solicitar?

- Só um.

- Em caso de emergência, avisar a quem?

- Meu pai.

- Qual o nome do seu pai?

- Billy Black.

Pronto, nessa hora, eu estava conversando com Alice e me virei com tudo pra ele.

- Oh meu Deus, você é o filho do Billy? –perguntei. Ele me olhou de cenho franzido.

- Você conhece meu pai?

- Claro que sim! O conheço desde quando era criança. Ele trabalhava na minha escola. - eu disse, sorrindo e completei - Sou a garota da asma. Ele deve ter dito.

- Isabella? A mesma Isabella que me deu um fora no jardim de infância? – ele disse, quase gargalhando e eu revirei os olhos emburrada.

- É, sou eu sim. – disse sem graça. Até hoje eles se lembravam disso?

- Oh Bells, eu sabia que você não me era estranha. – ele disse, passando os braços por cima do meu ombro.

Nesse momento, notei que estava silêncio demais ao nosso redor. Olhei pelo hall, procurando a Alice, e a vi conversando com alguns executivos e moradores do prédio.

- Por Deus Jacob, você nem me conhecia. – eu disse, me afastando. – eu que te vi quando você era um pirralho.

- Olha só, eu me lembro sim de você. E que historia é essa de pirralho? Você ainda é mais nova que eu. – ele disse sorrindo.

- Hum. Só dois anos. É quase nada, e você só me viu uma vez.

- Meu pai não parava de falar de você. – ele disse e eu ri. Sentia falta do Billy.

- Bem, Jake, o que o trás a morar aqui? Pensei que você não estava bem de vida. – a gente ia conversando, em meio as suas respostas para Lucy.

- Só por que me viu vestido daquele jeito quando me atropelou? Não acha mesmo que eu iria a um bairro daqueles, vestido assim, não é? – ele disse, mostrando o terno que, com certeza, seria de alguma marca famosa, tipo Armani. Eu apenas o olhei.

- Depois que você foi embora, muita coisa mudou. Meu pai investiu, o que facilitou a vida para mim. E como você sempre soube que eu era apaixonado por carros, eu montei uma oficina. Foi um sucesso. E então, depois de um tempo guardando dinheiro, consegui crescer. Criei uma marca de carros e, então, me tornei um grande fabricante de carros esportivos de luxo. E cá estou, rico, lindo e charmoso. – ele disse, todo convencido. Eu apenas gargalhei.

- E qual o nome da sua marca de carros, senhor todo poderoso? – perguntei divertida.

- Anazi Black. – ele respondeu, e eu meio que fiquei bobona.

- Está brincando? A Anazi é tua? – sério, eu estava chocada. O dono dessa marca deveria ser muito rico mesmo. Era uma das marcas que mais tinha carros vendidos todos os anos.

- Claro. Pensou que o dono fosse velho e barrigudo? – nós rimos. E eu olhei no relógio de pulso as horas, estava tarde.

- Bom, creio que já passará a noite aqui. A Alice irá mostrar a você seu quarto. É só chamá-la. Eu preciso subir. Está tarde e meu marido deve estar me esperando. – disse a ele, que assentiu. Despedimo-nos, e Alice veio tomar de conta do resto das coisas.

Eu não peguei o elevador; fui de escada. Estava pensando em como as coisas mudavam de uma hora para outra. Jacob era um garotinho, e agora era tudo aquilo. É, realmente as coisas mudam muito rápido. E pensar que meu Edward também mudou assim, e está mudando mais ainda nesses tempos difíceis.

A escada havia terminado e eu me encontrava na frente da minha porta. Eu tinha receio, um receio que antes não havia dentro de mim. Medo de ser rejeitada por ele, repelida e ignorada pelo meu amor. Porque eu posso imaginar o quando deve ser ruim ter que passar por tudo aquilo e ver as pessoas ao redor sofrerem juntas. Abri a porta e adentrei o recinto. Estava escuro e silencioso. Fechei a porta atrás de mim e fui andando pela sala. Subi as escadas e caminhei em direção ao quarto. A porta estava aberta. Olhei para dentro e só tinha o abajur ligado; a luz amarelada fazia o ambiente ficar bem. Olhei para fora e vi o céu vermelho, e ventava bastante. Choveria mais tarde, eu tinha certeza.

Edward estava deitado, na cama, apenas com uma boxer. Ele estava de barriga para baixo e de olhos fechados. Tirei meus sapatos e deixei a bolsa em cima de uma poltrona, ao lado da porta. E tirei minha roupa. Fiquei apenas de roupa intima. Fui até o closet, peguei uma camisola de seda branca, uma calcinha, e fui para o banheiro. A água morna escorria pelo meu corpo, fazendo meus músculos relaxarem. Eu mantinha os olhos fechados e encostei minha testa no azulejo gelado, me fazendo estremecer.  Abracei meu corpo, e me permiti soluçar. O que o medo e receio não fazem ao ser humano? Mas eu não estava chorando, eu só pensava em como minha vida havia virado de pernas para o ar. Sorri de leve. Nós iríamos superar aquilo tudo. É, iríamos sim.

Terminei o banho e saí do box. Peguei uma toalha branca e felpuda, no pequeno armário de toalhas, e me enxuguei. Vesti a calcinha e a camisola e parei em frente ao espelho da pia. Comecei a enxugar meu cabelo, me olhando fixamente no espelho. Eu via as olheiras causadas pelas noites sem sonhos e mal dormidas. Penteei meu cabelo, e saí do banheiro indo em direção a cama. Deitei-me devagar ao lado de Edward. E me virei de costas para ele. Ventava muito e eu estava com frio, então, peguei uma parte do lençol e me cobri, olhando para algum ponto nada interessante na parede. Até que sinto alguém levantar o lençol e me abraçar por trás. Ficamos em conchinha; eu sorri.

- Pensei que estivesse dormindo. – disse agarrando a mão dele.

- Não, eu estava apenas deitado. Vi quando entrou no quarto e foi tomar banho. – sussurrou com a boca em meu ouvido.

- Hm, e no que estava pensando?

- Nada demais. – ele respirou fundo e continuou. – Elizabeth ligou enquanto você estava lá embaixo.

- E o que ela queria? – fechei meus olhos e curti o momento ali com ele.

- Ela está vindo pra cá. – Edward disse. Foi ai que o encanto acabou. Abri meus olhos.

- O que? Vindo pra cá? O que ela quer aqui? – me soltei de seus braços e sentei na cama. Cruzei os braços e fiquei esperando a resposta.

- Ela, de algum modo, ficou sabendo que eu estava doente. Deve ter ligado pra empresa e Jasper deve ter lhe dito. – ele disse, tentando chegar perto de mim, mas me afastei.

- E qual a finalidade dela nisso tudo? Ela não vai te salvar se vier, Edward. Nem precisava esse esforço todo da parte de Elizabeth. –disse isso ficando de pé, de costas para ele.

- Ah, por favor! Não começa com essas tuas crises, pelo amor de Deus. Eu não agüento mais! Toda vez que algo envolve minha mãe, você fica aí, fazendo esse papel, do qual eu já perdi minha paciência. – ele disse, com irritação. E então, minhas lágrimas desceram. Ele nunca foi tão rude comigo, nunca falou assim.

- Você tem que entender que não tenho um bom relacionamento com tua mãe. – digo, me sentando ainda de costas, com as mãos juntas e os pés parados no chão.

- E você tem que entender que ela é minha mãe. E você, querendo ou não, tem de aceitá-la. E se o seu relacionamento com ela não é lá dos melhores, faça algo para melhorá-lo. – agora eu estava com uma imensa vontade de sair correndo e gritando. As lágrimas molhavam e moldavam meu rosto, enquanto eu mordia os lábios para os soluços não saírem. 

- O que diabos você tem afinal? Só porque está doente, as coisas tem que ser só do seu jeito? As coisas não funcionam assim, Edward. – minha voz saiu tremula e rouca. Eu senti dois braços em minha volta.

- Me desculpe, me desculpe mesmo. Mas você tem que entender que seu comportamento não é um dos melhores quando minha mãe está aqui. Só... Tente ser mais gentil.  – ele disse ao pé do meu ouvido. E então, me puxou para deitar com ele, abraçada a ele. Depois de alguns minutos, nada.

.

.

Acordei sentindo alguém abraçado a mim. Estávamos de conchinha. Sorri ainda de olhos fechados e respirei fundo. Eu podia sentir a respiração dele em meu ouvido. Hoje, essa noite havia sido melhor. Sem sonhos novamente, mas pelo menos havia sido melhor.

Senti Edward fungar em meu pescoço e sussurrar um bom dia. Estava tão distraída que não notei quando ele acordou.

- Bom dia. – sussurrei de volta.

- Hoje vai ser um dia chato. – ele disse, e se levantou da cama.

- É... – eu ainda estava meio sonolenta. Virei-me e o vi indo em direção ao banheiro. Voltei a deitar em posição fetal e fiquei ali pensando em como a Elizabeth conseguia estragar a minha vida. Será que ela não poderia simplesmente arrumar o homem e nos deixar em paz? Suspirei e me sentei ali na cama, escutando o som do chuveiro.

Mas ela estava certa em vir. Iria ajudar na auto estima dele. E eu faria a mesma coisa se fosse com meu filho. Respirei fundo e fiquei de pé, e caminhei em direção ao closet. Adentrei e comecei a procurar alguma roupa pra vestir. Hoje eu teria que ir a empresa, já que não fui ao dia anterior. Peguei uma saia marrom, de cintura alta, uma blusa e um sapato de salto. Iria agora pela manhã à empresa conhecer Rosalie, a irmã de Jazz. E iria ter que passar o dia inteiro lá, explicando-lhes como as coisas funcionavam.

Terminei de escolher a roupa e me dirigi para o banheiro. Entrei e Edward ainda estava no chuveiro. Caminhei em direção a banheira, e liguei a torneira, ajustando para água morna. Esperei encher e então preparei meu banho. Tirei minha camisola e a calcinha e entrei devagar na banheira, sentindo a água abraçar meu corpo. Suspirei e fechei meus olhos, escutando o chuveiro ser desligado.

Depois de alguns segundos, ainda de olhos fechados, sinto Edward me dando um selinho.

- Vou me trocar e fazer um café para nós. – ele disse. E sorri assentindo.

- Quando Elizabeth chega? – perguntei, abrindo os olhos.

- Hoje ainda. – ele disse e sorriu, saindo do banheiro.

Suspirei e voltei a fechar os olhos. Eu sentia um aperto no coração, como se algo ruim fosse acontecer. Mas deve ser apenas impressão minha. Claro.



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Notas finais do capítulo

Geeeente, a fic ta chegando ao fim, ta acabando hehe.Espero que gostem do final. Eu acho que mais uns 3 ou 4 capitulos e eu termino ela.Comentários?



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