Heart Beat escrita por Noel Blue


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora meus amores, tive problemas em continuar esse capitulo, eu tinha exatas quase 14 paginas escritas e deletei tudo, estava um lixo, er.
Mas está ai um capítulo fresquinha pra vocês!



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I'll be there when your heart stops beating

(Eu estarei aqui quando seu coração parar de bater)

I'll be there when your last breathe's taken away

(Eu estarei aqui quando der seu ultimo suspiro)

In the dark when there's no one listening

(No escuro quando não há ninguém ouvindo)

In the times when we both get carried away

(Nos momentos em que nós dois formos levados para longe)

When we both get carried away

(Quando nós dois formos levados para longe)

When Your Heart Stops Beating – Plus-44

Eu havia andando mais do que pretendia. As ruas ainda estavam lotadas e eu tinha parado em três drogarias diferentes para poder achar os remédios pedidos na receita. Já estava escuro, as pessoas andavam nas ruas carregando sacolas, saindo e entrando em lojas. NY não era o tipo de cidade que parava, por isso, às vezes, era chamada de cidade alfa. Eu me sentia cansada e meus olhos pesavam, o volante em minhas mãos já estava me dando certo trabalho.

Eu tinha ingerido quase dois copos de cafeína que comprei ao lado da drogaria, mas parece que não estava fazendo efeito nenhum em mim. Eu parei no sinal e respirei fundo, tentando me manter sóbria e bastante acordada.

O sinal abriu e entrei em uma rua mais calma, saindo daquela multidão de Manhattan. Talvez eu devesse descansar mais. Eu dirigia nem rápido demais e nem devagar demais, só queria chegar logo em casa, mas também não queria matar ninguém. Mas foi a mesma coisa que dizer que queria matar alguém! Só vi na hora em que o carro bateu no cara. De onde ele saiu?

Freei com tudo e sai correndo, vendo o homem caído no chão e logo se sentando.

- Oh meu Deus, oh meu Deus, me desculpa, desculpa, eu estava tão distraída! – corri e me joguei ao seu lado, sua cabeça estava sangrando.

- Não, não, quem tem que pedir desculpas sou eu. Nem olhei quando atravessei... – Ele passou a mão na cabeça e olhou o sangue. Ainda não tinha se virado para mim, mas assim que levantou o olhar ele sorriu. Não entendi, mas o ajudei a se levantar.

- Olha, qualquer coisa, se precisar de qualquer coisa, você pode me pedir,! Vou te dar meu telefone. – O deixei em pé e corri até o carro. O salto e a roupa justa não ajudavam. Revirei minha bolsa e peguei um papel e uma caneta, colocando meu nome e meu telefone. Voltei correndo e o vi sentado no batente da calçada. Sentei ao seu lado.

- Olha, não precisa mesmo! Já estou bem. Foi só um arranhão, logo sara. – Ele disse limpando a mão com sangue na camisa preta. – Aliás meu nome é Jacob Black. – Esse nome me pareceu familiar, mas não dei importância.

- Sou Bella Masen. – Mordi o lábio e franzi o cenho. – Olha, me faz esse favor, tá? Aceita meu número. Qualquer coisa, pode ligar! Eu fico te devendo por esse acidente.

- Tá certo Bella, você venceu! Mas eu não queria mesmo te causar problemas. – Ele falou e eu sorri sem graça. Tinha que voltar logo para casa; Edward poderia estar precisando de mim.

- Não é problema nenhum! Escuta, eu tenho que ir. Você quer carona para algum lugar? –É eu sei, nunca dê carona para estranhos! Mas poxa, ele parecia ser legal, e meu sexto sentindo nunca falha. Fiquei de pé e ele me imitou.

- Não precisa. Eu estava indo à casa de um amigo. É esse prédio aqui da frente, mas obrigado de qualquer forma. – Ele disse começando a atravessar a rua parando em frente a um prédio velho e meio pichado. Voltei até o carro ,e antes de eu entrar, ele disse:

- Nos vemos por ai Bella. – Ele sorriu.

- Claro.

Logo depois, eu estava dirigindo rapidamente de volta ao meu apartamento. Todo o cansaço tinha se esvaído de mim como mágica. Eu estava tremendo, devia ter sido o susto. De longe, avistei o luxuoso prédio. Entrei no estacionamento subterrâneo, não deixaria para alguém fazer isso. Subiria direto pelo elevador do estacionamento mesmo. Parei na vaga privada e desci. Passei o alarme, e logo estava em frente ao elevador subterrâneo. Havia dois elevadores. Entrei no que estava mais próximo.

Minha cabeça começava a latejar. Droga! Mal dia esse de hoje. Sentia meu corpo mole e dolorido e quente, como se fosse febre. Eu deveria estar ficando resfriada. Maldição. O elevador parou, e eu arrumei a bolsa no ombro e a sacola na mão. Sai e vi que o corredor da cobertura estava no maior silêncio. Só Alice e Edward já faziam a maior bagunça. Então, Alice, Edward e Jazz deveria ser pior. Sorri e caminhei até a minha porta. Só haviam dois apartamentos na cobertura; um era meu e do Edward e o outro da Alice e do Jasper. Mas só se ouvia o som dos meus saltos naquele lugar. Hum.

Parei em frente a minha porta e entrei. Estava escuro lá dentro. Entrei e fechei a porta atrás de mim. Olhei em volta e nada de Edward. Olhei para o lado, e vi que a porta de vidro, logo atrás do sofá, estava trancada; e a varanda intocada. Hum. Deixei a bolsa no sofá e fui até a cozinha. Liguei a luz, e deixei a sacola com remédios em cima da pia. Peguei um copo e enchi com água. Peguei uns três comprimidos e sai levando o copo e os remédios. Subi as escadas, e vi que o abajur do meu quarto estava aceso. O tom amarelado deixava o quarto tão bonit... A cama estava arrumada e a outra porta de vidro, que tinha um pouco afastada da cama, estava aberta. Tinha uma luz acessa do lado de fora e eu fui até lá. Edward estava dentro da mini piscina dali; a hidromassagem ligada e os olhos fechados. O som ao seu lado tocava uma música calma. Tocava Debussy. Sorri e me aproximei dele. Tirei meus sapatos, e o vi abrir os olhos. E um sorriso lindo apareceu em seus lábios.

Estendi-lhe o copo com água e os comprimidos. Ele logo os tomou e colocou o copo na base de madeira da pequena banheira.

- Entre aqui comigo. A água está tão boa... – Ele disse. Vi que estava só com uma boxer preta. Eu mordo os lábios e começo a tirar minha roupa. Edward mantinha seu sorriso para mim. Sorri baixinho e tirei a calça, ficando só de calcinha e sutiã. E então, subi os dois degraus e pisei na base de madeira, sentando nela em seguida. Coloquei meus pés dentro da água, e meu corpo arrepiou. Não estava gelada, estava gostosa; nem quente, nem fria. Fechei meus olhos sentindo um ventinho passar. Olhei para o céu e percebi que as estrelas estavam tão vivas nessa noite... Senti duas mãos molhadas me puxando para dentro da água. Fechei meus olhos e o abracei. Estava sentada em seu colo, com as pernas de ambos os lados de seu corpo.

- Oh, Edward. – Eu sussurrei em seu ouvido, abrindo os olhos.

Suas mãos passeavam pelo meu corpo. Ele se aproximou mais e se apoderou do meu pescoço. Eu estava quente, mas ele fervia. Mordi meu lábio prendendo um gemido, quando ele mordeu o lóbulo de minha orelha.

- Bella, minha Bella. – Ele disse, me olhando nos olhos, para logo depois me beijar. Suas mãos foram para as minhas costas, e lá se foi meu sutiã. Ele sorriu durante o beijo, e nos separamos. Eu já o sentia duro entre minhas pernas. Ele abocanhou um de meus seios enquanto eu gemia como uma vadia louca.

- Deus, você tem uma boca e tanto. – Eu disse em meio a gemidos. Ele sorriu e passou a língua pelo meu mamilo. Subiu até chegar em minha boca. Mordi seu lábio, e ele gemeu. Sorri e me afastei um pouco para trás, começando a tirar sua única peça de roupa.

Passei a mão por suas coxas e apertei fazendo-o fechar os olhos e morder os lábios. Sorri e me aproximei beijando seu pescoço. Voltei a olhar para baixo, e coloquei as mãos na barra da vestimenta, puxando devagar para baixo. E logo ele estava nu. Quando percebeu isso, logo me puxou novamente para seu colo. A hidromassagem, que estava desligada, ele a ligou. E aquelas bolhas e movimento me deixava cada vez mais excitada. Eu deveria estar com frio, mas eu estava fervendo. Ele puxou o elástico da minha calcinha e a tirou. Gemi alto.

- Chega mais, querida! - com um sorriso malicioso daqueles, não tinha como resistir. Me aproximei novamente, observando-o pegar um sabonete, que ele havia arrumado ao lado das suas roupas, na batente da hidro, logo atras dele. Ao ficar frente a frente com ele, Edward me abraça, me puxando até colar meu corpo ao dele. E me beija, enquanto desliza aquele sabonete cremoso pelos meus seios. Ao julgar suficiente, ele deixa o objeto cair, e passa a massagear meus seios ensaboados.

- Sempre quis fazer isso. O modo como minhas mãos deslizem em sua pele é simplesmente sexy e pecaminoso. Olhar para seu corpo é pecado! Olha o estado em que você me deixa! - ele sussurra, apontando para seu membro rígido, que roçava em minha genital. 

- Eu poderia dizer o mesmo. - Peguei seu dedo indicador, da mão esquerda, e o fiz penetrar em mim.  

- Sua safadinha! - ele sorri. - Posso sentir seu... melzinho lá dentro.

- Hum. E o que fazer com mel? - fiz de conta que pensava seriamente no assunto.

- Nesse caso, gosto de usá-lo como entrada ao prato principal da ceia. - Em resposta, ele se levantou da hidro, e me pôs sentada na batente, novamente, com as pernas caídas dentro d'água. Afastou minhas pernas, uma da outra, e pôs sua boca entre elas deslizando sua língua quente e suave. Deixei meu tronco cair na madeira, e joguei a cabeça para tras, fechando os olhos para melhor apreciar a sensação que ele me proporcionava. Era incrível. Sentia todos os músculos do corpo relaxarem, e voltarem à tensão, me fazendo me contorcer. Comecei a gemer mais intensamente, enquanto ele apertava minhas coxas com as mãos, e mantinha a cabeça ali, entre minhas pernas. 

Depois de certo tempo, sentei-me. E ele veio deslizando aquela mesma língua pelo corpo. Passou pelo umbigo, seios, pescoço, queixo e lábios. Nossos beijos eram calmos, ficando mais intensos à cada segundo que passava. Ele estava ofegante, quando segurei seu membro, massageando-o. Com a mão disponível, envolvi sua nuca. E suas mãos voltaram para meus seios. Eu já estava rebolando ali, naquela batente, quando ele pegou um punhado de água e jogou em meu corpo.

- Sou o cara mais sortudo por poder contemplar a maravilhas que uma gota de água pode fazer em um cérebro. Acredite, ver essa gota deslizando pelo seu seio é a coisa mais incrivel do mundo. - revirei os olhos, e sorri.

- Mulherengo!

- O que? Eu, mulherengo? Eu só tenho olhos para você! - E ele disse isso olhando diretamente para meus seios, como se falasse com eles.

- Ok... que seja! Cale a boca e me coma logo! - sussurrei em seu  ouvido.

- Não precisa pedir duas vezes! - ele me beijou, enquanto um de seus dedos ia e vinha em minha genital. Ele passou mais sabonete em todo meu corpo, e passei no seu. E então, finalmente, ele me penetrou  com seu membro quente e latejante.

Fechei os olhos e gemi mais alto. A sensação me causou arrepios. E nossos corpos ensaboados, roçando um no outro, era realmente incrível. Edward puxou meus cabelos para tras, levemente, para que pudesse beijar meu pescoço enquanto ele ia e vinha. Seus movimentos eram sutis e leves, ficando cada vez mais intenso e apressado.

Depois de alguns vai-e-vens, ele já urrava estocando seu pênis em mim. Eu já gritava alto, com as pernas erguidas em torno se sua cintura. Então, ele me ergueu da batente me deixando, literalmente, trepada nele. Abraçei seu pescoço enquanto sugava seus lábios, sentindo aquele vai e vem, trazendo o meu orgasmo à tona. 

Cavalguei sobre ele mais intensamente, à medida que a sensação se aproximava. E então veio a explosão. Gemi ainda mais alto, junto com ele, que também chega ao seu ápice ao mesmo tempo. Seu liquido quente, dentro de mim, prolongou um pouco a sensação. E então, ele cai de bunda na água, comigo em seu colo. Estávamos exaustos. 

.

.

Meu corpo estava dolorido e eu sentia meus olhos pesados, mesmo sem abri-los. Os lençóis estavam tão quentes que eu não tinha coragem para levantar para mais um dia de tormenta. O despertador do celular não havia tocado. Passei meus dedos pela cama procurando Edward. Ele ainda estava deitado; sorri e abri lentamente meus olhos. Girei na cama, colando meu corpo em suas costas fortes. O ouvi suspirar, e sorri mais ainda. Seus olhos ainda estavam fechados. Me aproximei mais e dei um beijo em seu ouvido.

- Bom dia meu amor. – Mordi seu lóbulo. Ele gemeu baixinho e abriu os olhos.

- Não me torture logo de manha cedo... É é cruel. – Ele disse e eu gargalhei, voltando a deitar na cama. Suspirei e fechei os olhos.

Senti o peso dele em cima de mim e sorri de leve, passando meus braços por seu pescoço.

- Estou cansada. – Eu disse em um sussurro.

- É claro, depois de uma noite daquelas... – Ele gargalhou e eu dei um tapa em seu braço.

- Não estou falando de ontem! Aliás, já estou pronta para outra. Estou falando de tudo... Estou cansada. Não durmo mais tão bem... Você precisa me ajudar. – digo abrindo meus olhos, encontrando os dele sérios, olhando para mim.

- Do que você precisa? – Ele perguntou, afundando o rosto na curva do meu pescoço. Eu suspirei.

- Preciso que você me ajude. Que me prometa que vai cooperar! Que vai me ajudar a fazer de tudo para que você melhore. – Eu disse e o vi estremecer. Ele se afastou de mim e sentou-se na cama. – Eu quero que você não sofra entende? Não quero que passe por aquilo de novo, mas, para isso, você tem que entender que é para seu próprio bem... Hoje vamos falar com Carlisle... – não sei por que eu estava falando aquilo, mas, parecia... Eu sentia que Edward tentaria algo. Algo que não era bom para ele. Ele estava tentando se esquivar do tratamento.

- Não sei se posso prometer isso, Bella. – Ele disse respirando fundo, enquanto seus dedos passavam pelo cabelo sedoso.

- Você age como se não quisesse salvação; como se quisesse morrer. Por que isso? – Minha voz havia se elevado um pouco. E ele me olhou e voltou a fitar o chão.

- Não seja egoísta, nem tudo é do jeito que você quer. – Ele disse, cruzando os braços. Eu abri minha boca em um perfeito "o".

- EGOÍSTA? EU SOU EGOÍSTA? QUE DROGA, SEU FILHO DA MÃE! EU ESTOU TENTANDO SALVAR A SUA VIDA, E VOCÊ ME CHAMA DE EGOÍSTA? QUAL O SEU PROBLEMA AFINAL? VOCÊ QUER MORRER? – Meu sangue estava fervendo. Eu já estava de pé, e fitava as costas dele.

- Meu pai morreu assim. Não foi só um acidente! Ele estava dirigindo e teve um ataque do coração. Elizabeth disse que ele também tinha insuficiência cardíaca. – Ele sussurrou. Eu estava chocada, me sentei na cama olhando minhas mãos. Ele nunca havia me dito essa parte.

- Não quer dizer que você tenha que morrer também. – Minha voz estava baixa e eu sentia meu coração descompassado.

- E SE FOR? JÁ PERGUNTOU O QUE EU QUERO? SE EU QUERO SER SALVO? E SE ISSO FOSSE PRA ACONTECER MESMO? É DE FAMILIA, ISABELLA! – Ele disse, e saiu para o banheiro, batendo a porta com força.

Eu me joguei na cama. As lágrimas caíam dos meus olhos, e eu sentia meu corpo tremer. Os soluços enchiam o quarto, agora frio, e eu apertava com força os travesseiros. Meus olhos ardiam e tinha vontade de gritar. Mas apenas fiquei de pé e fui até o closet, onde peguei uma roupa e um sapato. E andei em direção a porta do banheiro, com lágrimas ainda em meu rosto. Pus minha testa na contra a porta e sussurrei:

- Não vou deixar você morrer. – E depois, saí dali indo para o quarto ao lado, de hospedes.

Tomei banho, fiz minha higiene matinal, troquei de roupa e saí do quarto. Fui até o meu quarto, e Edward não estava mais lá. Respirei fundo e fui terminar de me arrumar. Fiz uma maquiagem e arrumei o cabelo em um coque frouxo. Me olhei no espelho. As coisas mudam... A vida não é um conto de fadas, e é isso o que mais me assusta. Eu tenho medo de não te um final feliz.

Saí dali logo, mas, antes de sair do quarto, ouço meu celular tocar. Corro até ele e me sento na cama. Era o Jazz.

- Oi.

- Bells? Bom, era para o meu pai ir somente à tarde, mas ele vai agora pela manhá, tá? Hoje ele tem o dia livre. – Jasper dizia, e eu podia ouvir a voz da Alice tagarelando do outro lado. E sorri.

- Oh, tudo bem, estou esperando vocês. – lhe disse.

Despedimos-nos, e eu desci para a cozinha. A casa estava silenciosa. Vi Edward sentado no sofá, tomando um café e lendo um livro - O retrato de Dorian Gray, um de seus favoritos. Caminhei até a cozinha, peguei um suco de laranja e comi algumas torradas. Estava sem fome. Depois que terminei, continuei na cozinha esperando os ouros chegarem.

Ficamos assim, por meia hora, até que ouço a campainha. Praticamente corro para atender Jasper, Alice e um homem, não velho e nem jovem; deveria ter uns quarenta e poucos anos. Tinha um sorriso no rosto.

- Podem entrar, fiquem a vontade. – Eles entraram e sentaram-se. Alice e Jasper ao lado de Edward, que havia largado o livro e olhava o Doutor. Eu sentei ao lado de Carlisle.

- Doutor, eu sou a Bella, esposa dele. – disse sorrindo.

- Ora, sem formalidades, certo? Estamos entre amigos – Ele disse, sorrindo. Eu me senti melhor assim. – Edward é você, não é? – Ele perguntou, apontando para meu marido.

- Sim. – Edward tinha a voz calma, segura e firme. Ele não estava nem um pouco nervoso, não como eu.

- Bem, insuficiência cardíaca não é algo que seja fácil de lidar... Mas vejo que você está calmo. Geralmente, pessoas que tem esse problema, ficaria transtornado. – Ele comenta.

- Não tenho pelo quê estar nervoso, ou algo do tipo. Ou eu vivo ou eu morro; é simples. – Ele disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Não é assim! Você precisa ter força de vontade para seu corpo reagir contra esse mal, caso contrário, seu coração vai ficar cada vez mais fraco e o sangue não irá chegar a todo lugar. – Carlisle disse, olhando-o nos olhos. Edward entendeu o recado.

- Entendi.

- Pai, como é o tratamento? – Jasper perguntou.

- Ele terá que ir todos os dias ao hospital, e terá que fazer uma bateria de exames para ver o grau da doença. Ele precisará de todo cuidado possível, mas não há tratamento no mundo que substitua um transplante. Ou é isso, ou ele não irá conseguir. – Ele era direto, eu gostava disso. Edward agora teria de levar a sério todo aquele tratamento, querendo ou não.

- E quando podemos começar isso? – Dessa vez foi Alice quem perguntou.

- Hoje, se quiserem. Eu não tenho nada para fazer, posso verificar o quadro de Edward – Ele disse.

- Não seria incômodo à você? – perguntei.

- Claro que não.

- Não se preocupe, Bella, meu sogrinho é ótimo. – Alice disse, e nós rimos.

Depois disso, Carlisle teve que voltar para casa para pegar alguns materiais e ir ao consultório junto com Edward. Eu havia pegado o telefone de Carlisle para qualquer coisa, desde emergência à dúvidas. E agora, o clima tenso voltou. Somente eu e Edward na casa.

Eu estava sentada no sofá, até que sinto alguém sentando ao meu lado. Não me virei para olhar, pois já sabia quem era.

- Me desculpa. – Sua voz estava arrastada. Eu sabia o quanto ele odiava ter que pedir desculpas.

- Não tem problema. – Eu disse, meus olhos fixos no chão.

- Você não é egoísta. Me desculpa pelo que falei, ok?

- Você não tem culpa, Edward.

- Eu só... Eu também estou cansado. Cansado disso tudo, de ter que enfrentar isso. Essa doença que... Pegou-me de surpresa, que me faz morrer a cada dia, e que te faz sofrer... Eu não posso agüentar. – Ele tinha a voz trêmula. E quando me virei para ele, vi lágrimas caindo de seus lindos olhos verdes. Mordo os lábios e o abraço.

- Você não está sozinho. – lhe disse com a voz embargada. Minhas lágrimas já caindo.

- Eu sei, mas é assim que me sinto. Eu estou sozinho nisso Bella. Você não pode fazer nada. Sou eu contra a insuficiência. – Ele disse, me dando um beijo na testa. O abracei mais ainda.

- Temos que ir até o consultório. – lhe disse, e nos separamos. Ele sorriu e foi pegar a chave do carro. Passou o braço sobre meus ombros e saímos do apartamento.

No elevador havia duas pessoas. Ficamos em silêncio apreciando o toque da música. No hall, demos um “até logo" à Lucy, a recepcionista, e então fomos até o consultório no carro de Edward, uma Mercedes preta. Ele é apaixonado por carros.

.

.

Eu olhava algumas coisas no meu celular enquanto Edward estava dentro do consultório com Carlisle. Já fazia uns quarenta minutos. Quando saíssemos daqui, iríamos ainda almoçar fora. Eu teria que ir para casa logo depois. Alice havia arrumado uma empregada lá para casa. Sorri. Não havia nada que ela não conseguisse.

Recebi um torpedo na mesma hora da baixinha.

“O que houve? Ouvi gritos vindos do seu apartamento. Vocês nunca Brigam, fiquei preocupada.

Alice”

Pelo visto eu teria que reformar as paredes, colocar algo anti-som nelas. Meu sorriso se alargou com a idéia. Era o que todos os prédios precisavam.

“Oh baixinha, não se preocupe, estamos bem. Foi só o estresse. A gente nunca fica brigado por muito tempo.

Bella”

Ouvi passos e levantei a cabeça. Lá viam os dois homens.

- Então? –  perguntei, ficando de pé e guardando o celular na bolsa.

- Bem, ele precisa regular o que come e tomar os remédios direito. A insuficiência já está um pouco avançada, portanto, precisa de cuidados especiais. Amanhã ele não precisa vir. Vou analisar os exames e ver alguns possíveis transplantes. Tipo sanguíneo é o AB+, não é?

- Sim – Dissemos juntos.

- Certo, qualquer coisa eu ligo para vocês. – Ele disse, nos despedimos, e Edward e eu fomos a um restaurante.

Comida francesa era sua preferida, mas ele mal mexia no prato. Ele estava estranho, quieto demais. Fiquei preocupada. Iria falar algo, mas meu telefone tocou. Pedi licença e me afastei para atender. O número era desconhecido.

- Oi.

- Bella? É o Jacob.


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Notas finais do capítulo

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