Abstration... escrita por Lady Leticya Snape


Capítulo 27
27.Contatos


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas florzinhas e ai? ansiosas?
Não deu muitas emoções esse capítulo mais foi bom para matar a curiosidade, não deu para responder os reviews, mais tarde respondo! amo todas vocês!



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27.Contatos

Alec’s POV

            Eu já havia preparado tudo o que Aro mandara, as testemunhas, o executores e ele mesmo tratou de ir chamar a guarda pessoal dele, inspirei e resolvi ir até o quarto de Jane, já fazia um tempo que não a via, dei duas batidas leves na porta:

-Pode entrar Alec! – Abri a porta timidamente

-Oi... – ela pareceu notar meu tom desanimado e sentou-se perto de mim

-Hey, o que foi? A lua de mel não foi boa? – Foi impossível não rir do tom malicioso que ela usou

-Sim foi ótimo, você é a melhor irmã que alguém pode desejar ter. – gargalhamos enquanto eu dava um abraço nela.

-Jane... Aro disse pra você o motivo da minha volta repentina?

-Sim, os Cullen’s arrumaram uma criança de lua, na verdade eu achei que isso foi meio estúpido da parte deles afinal Carlisle esteve no meio de nós e sabe perfeitamente como lidamos com as regras quebradas, pensei que ele e sua família fossem mais discretos em afrontar Aro.

            Então era isso que ela realmente achava que estava acontecendo? Será que Aro contou somente a mim o seu verdadeiro plano? Isso era um tanto injusto, o que aconteceu com os princípios da Realeza? Acho que ele já foi longe demais com essa obsessão , Jane percebeu meu silêncio e perguntou:

-Algo errado Alec? – Resolvi que não contaria nada a ela... quanto menos soubesse melhor

-Não, tudo ótimo... er... eu vou me informar da novidades com Felix – falei me levantando rápido e saindo em disparada pelo corredor, ainda pude ouvir um “Ta” dela.

            Eu não fui atrás de Felix, eu precisava pensar no que estava acontecendo, pulei o muro da residência e corri até chegar na margem do lago aonde eu e a Suzane ficávamos. Sempre achei tão incrível esse negocio de realeza, principalmente porque vim de uma época em que isso era importante, em que a sociedade se dividia em clero, nobreza e plebe.

            Só eu e Jane sabemos como foi difícil sobreviver após todas as acusações que sofremos no povoado, as crescentes calunias, a fome e o abandono, nossa mãe nos abandonou e ficamos jogados as traças... Era terrível ter que ver minha irmã pedir por comida e eu como “homem” não conseguir nem um emprego para sustentá-la, mas sim, Aro fez questão de matar todo o povoado. Na época eu realmente pensei que era porque éramos “Pobres jovens indefesos” e por muito tempo esse foi meu pensamento, porém se for para analisar bem ele não está fazendo a mesma coisa agora?

            O que ele mais quer agora são os poderes de Alice e Edward, eles mesmos em pessoa e sentimentos não importam para Aro, se pudesse se livrar de todos nós e manipular nossos poderes, não pensaria duas vezes, assim como não está pensando duas vezes antes de literalmente destruir uma família que nada fez de mal e está a mais de um oceano daqui. Se algum dia ele resolvesse matar a minha irmã para que eu entrasse para a guarda eu preferia ser executado.

            Agora entendo perfeitamente o porquê da pergunta por Suzane, quanto mais poderes ele tivesse ao seu lado na hora de confrontar os Cullen’s mais chances de sucesso ele teria em capturar Edward e Alice.

            É  lamentável que o homem que eu amei como o pai que eu não tive seja capaz de fazer algo do tipo. Agora só resta esperar até o dia... talvez eu ainda seja covarde demais para assumir o que penso e sinto.

Essa é a verdade.

Suzane’s POV

                        Com os olhos ainda fechados e pensando no único amor da minha vida eu esperava pela minha segunda morte, será que doeria como a primeira? Era tão dolorido morrer sabendo que eu fazia parte de um grupo assassino que destroçava famílias... Mas eu não queria culpar Alec por fazer parte disso, não nos meus últimos momentos, ouvi o leve assovio do vento enquanto, provavelmente, a mão do vampiro loiro se levantava pronto a me destruir:

-Jazz, espere! – A voz melodiosa da mulher soou fazendo a mão do meu executor paralisar

-Ali? O Que você está vendo? – Respirei entrecortadamente o que pareceu mais um suspiro sôfrego

-Não podemos matá-la. Alec saberá se o fizermos e isso não nos ajudará

            Abri os olhos devagar e continuei imóvel, com medo de que o psicopata loiro voltasse com a idéia de me exterminar

-Como sabe que o Alec saberá? – perguntei parecendo meio retardada, a mulher sorriu

-Você é a namorada dele não é? Então, ele nunca perdoará ninguém que tire o seu amor que ele esperou 800 anos para encontrar – o cara loiro indagou confuso

-O que faremos com ela então? – resolvi intervir, precisava salvar minha vida

-Espera, eu posso ser uma Volturi, mas não fazia a mínima idéia do que eles realmente faziam! – A tal Alice pareceu interessada e eu pude contar minha breve história para ela, eles pareceram acreditar em mim

-Bom, vejo que você não tem muita coisa a ver com isso, porém se não nos delatar para os Volturi já ajuda – ela sorriu amigavelmente e eu agradeci internamente porque eles tinham bons corações... quer dizer vampiros não tem corações... mas tem sentimentos Ah! Deu pra entender

-Tudo bem, nos temos que ir... O tempo é curto e pelo que eu vi Aro irá até nós em um mês o que não é muito tempo para achar o que procuramos! Nos vemos depois.

            Eles sorriram mais uma vez e saíram, olhei-os se afastando e pude sentir o que crescia dentro de mim... uma vontade de ajudá-los, uma vontade de ser útil, de me redimir por ter aceito ser parte de um bando de assassinos:

-Esperem!!! – Gritei correndo em sua direção – Acho que posso ajudar!

            Eles sorriram e resolveram aceitar minha ajuda, quer saber? Que se dane os Volturis... Só espero que Alec e Jane não estejam no meio disso.

            Pegamos um avião para o Amazonas, o plano era salvar a sobrinha de Alice, ela me explicou o que era uma híbrida e disse que uma invejosa foi falar para Aro que era uma criança de lua, o que ela também explicou o que era, o plano era achar outro híbrido para provar para Aro que a menina não era uma ameaça a ordem natural dos vampiros e muito menos ao segredo que cada um carregava.

            Conversamos sobre a possibilidade desse outro “Híbrido” existir ser falsa, fiquei apreensiva, mas Alice me disse que estava tudo bem ela já tinha arranjado um plano B, mesmo ele não sendo feliz para todos. Com eles descobri que existiam outros dons e Jasper, o cara que tentou me matar, ficou fascinado com meu Don, não que o dele não fosse excepcional também, afinal quem não desejaria controlar os sentimentos dos outros?

            Depois de dois dias de viagem chegamos em uma tribo indígena aonde Alice sabia de uma pista, o local era muito precário e eu nunca imaginei que índios podiam cheirar tão bem, sentei-me ao lado de Jasper enquanto Alice falava com o Cacique

-Você não parece muito esperançoso – comentei o observando

-Realmente não... sabe por mais que nos esforçamos para encontrar a solução será horrível saber que eles morreram

Fiquei confusa

-Mas não tinha um plano B? – ele sorriu desanimado

-O plano B não é feliz para todos, nele apenas Renesmee e Jacob sobreviverão

            Fiquei muito chocada, o sentimento que tive ao ver minha mãe chorando pelo meu “desaparecimento” foi horrível e eu não queria nem imaginar se a situação fosse ao contrario, minha tristeza se intensificou ao ver que Alice voltara e abraçava Jasper entre meio soluços, tudo indicava que a pista era falsa, eu precisava fazer algo. Como a Renesmee ficaria sem a mãe? Tão novinha e já órfã...

            Espera, os Volturi devem saber de algo, peguei meu celular e corri até alcançar sinal, o primeiro número que eu disquei foi do Alec, tocou, tocou e caiu na caixa de mensagem, suspirei frustrada

-Que droga, pra que serve super audição se não atende nem o telefone!

Resolvi ligar para Jane, no segundo toque atendeu:

-Suzane? – o alívio ao ouvir a sua voz foi enorme

-Jane! Que saudade! – pude ouvir sua risada angelical

-Você está perto de alguém? – certifiquei de tomar cuidado, afinal Aro não gostaria nem um pouco de saber que estou ao lado do inimigo

-Tudo bem pode falar ninguém vai ouvir – respirei fundo

-Preciso saber tudo o que você sabe sobre híbridos, e se é que existe algum preciso de sua localização – ela pareceu pensar por um instante

-Híbridos? Lidamos com alguns, tinha um ótario no Brasil que estava os criando sem parar, fomos controlar a situação matamos o criador, porém as criaturas eram inofensivas... Acho que os encontrarão em uma tribo chamada Kachuí no Amazonas

-Obrigada Jane! Tenho que desligar. Não comente isso com ninguém.

            Bom uma hora ou outra eu teria que mostrar que a minha vida foi poupada por algo útil, acho que a hora chegou.


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Notas finais do capítulo

E ai? Comentem e recomendem ok????