Falling escrita por ka


Capítulo 14
Mais um?




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Flashback:

     Fui direto para minha caixa de jóias procurar o medalhão. Minha caixa toda revirada. Havia muita coisa nela, brincos, colares, anéis, pulseiras... Só não tinha uma coisa, o medalhão. Revirando a caixa percebi isso, mas também havia algo nela que não estava antes. Um bilhete. Rapidamente abri o bilhete todo amassado.

Carter, você já deve ter percebido que o precioso medalhão não está mais com você não é mesmo? Você é tão ingênua! Você já deve ter percebido também que não é só o medalhão que queremos, não é? E, se você acha que o Luca irá protegê-la... HAHAHAHA, o que ele poderia fazer? Igual ao medalhão vamos conseguir o que queremos!

Adeus, P. J. & L.

       Lia cada palavra e, cada palavra eu me sentia mais arrepiada. Não entendia a parte do adeus. Sabia “P.” era de Peter, “J.” era de Jason, mas, “L.”?

      Resolvi guardar o bilhete em meu casaco que usava naquela noite. Amassando-o, com a expressão de meu rosto mais assustada do que nunca. Junto com o bilhete amassado em meu casaco, estava meu celular. Peguei o celular e, sem pensar, digitei o numero e Luca. No segundo toque Luca atendeu.

-Alo.

-Luca?

-É, oi amor – a palavra amor me tocava.

-Eu acho que eles estiveram aqui!

-O que? – sentia o tom assustado e com medo de Luca. –Você está bem? Você os viu? O Que aconteceu?

-Calma, eu só vi um vulto! Eles pegaram o medalhão!

-Ai meu deus.

-Eles deixaram um bilhete...

-Carter, me encontra amanhã antes da aula no balanço da casa abandonada. Se eles forem e novo ai você me liga. Eu tenho que desligar.

-Ah, está bem, tch... –Luca havia desligado.

      Já devia ser umas 20h00minh. Decidi ir jantar. Era quarta-feira, o jantar era sushi.

      Levantava da cama que eu havia sentado para ir para a cozinha quando recebi uma mensagem, quando olhei para o visor, estava escrito: Mensagem de: Luca Twones.

Já sei o que vamos fazer. Você podia vir 10 minutos antes para a casa abandonada?

     Não sabia o que queria dizer Luca com “já sei o que vamos fazer”, mas, já que Luca havia me pedido para chegar antes então era melhor eu fazer.

    Rapidamente, jogando o cabelo para trás, respondi a mensagem.

Ok, depois você me explica o que vamos fazer! Bejoos :*

   Logo outra mensagem dele chegou:

Ok amor, bejin bijao.

    Coloquei meu celular em meu bolso do casaco junto com o bilhete e fui descer as escadas para ir para a cozinha.  Quase tropeçava na escada pensando em Luca e aquele cabelo liso, castanho-escuro, jogado para o lado, meio playson, mas, sem ser. Seu corpo atlético, de malhar na academia... Fazia-me sonhar o dia todo.

-Carter, filha, a gente quer falar com você, meu amor. –ajeitei a blusa.

-Ta bem, fala.

-Senta aqui e come o sushi enquanto a gente conversa. –meu pai falou dessa vez. Sentei-me à mesa e peguei os palitinhos.

-Filha, eu e sua mãe queremos fazer uma viagem.

-Uma viajem? –falei engolindo o peixe cru.

-É filha, queremos sair do estado só que...

-Só nós dois. –meu pai completou, pegando a mão a minha mãe.

-Eu não? Ta bom. –dei de ombros.

-Filha, é que... Estamos comemorando. É que, nós não vamos mais nos separar e –meu pai olhou para minha mãe- queremos ir sozinhos.

-Mas na próxima você vai filha!

-Ta tudo bem. –dei ombros novamente.

    Enquanto meus pais conversavam eu sonhava acordada sem nem me tocar que eu desenhava corações em meu prato. Até que acordei com dois dedos serem estalados na minha frente.

-Ham? Oi?

-Filha, o que ta acontecendo? Você está o tempo todo sonhando acordada, nunca presta atenção. O que está acontecendo?

-Ah nada. –disse enquanto levava o último pedaço de peixe cru em minha boca.

-Tem certeza? –disse minha mãe olhando pra mim com firmeza.

-Tenho sim. –não era minha culpa. Não conseguia parar de pensar em Luca.

-Filha, você poderia perguntar se você pode ficar na casa de Alice por cinco dias, por causa da nossa viagem?

-Cinco dias?

-É filha.

-Ta bom, eu ligo para ela daqui a pouco.

-Está bem.

      Terminei a sobremesa e fui direto para meu quarto para ligar para Alice. Mas antes que eu pudesse ligar para Alice, entrei no quarto e novamente tinha algo diferente. Havia outro bilhete. Escrito numa folha branca com uma letra feminina.

É melhor que não tenha falado nada com Luca.

        Aquele bilhete me dava medo.  Já havia falado com Luca. O que iria acontecer? Seria melhor eu deixar de lado até amanhã.

       Peguei o telefone e disquei o numero de Alice.

-Carter?

-É, oi amiga.

-Oii.

-Amiga você podia me fazer um favor?

-Claro, fala.

-Meus pais desistiram da separação!

-Nossa Carter, que ótimo!

-É sim e eles querem fazer uma viagem de cinco dias só que... Só eles. Então, minha mãe pediu para eu te perguntar se podia ficar com você durante esse tempo.

-Claro, eu vou perguntar para os meus pais, mas com certeza a resposta vai ser sim. Mas, é quando que eles vão viajar?

-Acho que depois de amanhã. Eles querem viajar logo.

-Está bem.

-Ta, é melhor eu desligar amiga. Beijos.

-Beijos, tchau.

      Desliguei o telefone e deitei na cama ouvindo música alta. Tocava a música da Pink, minha cantora favorita.

-Filha? –olhei para a porta, aberta do meu quarto e vi meu pai.

-Ah oi pai. Espera um pouco. –abaixei a música do meu MP4- Pode falar.

-Filha você já falou com a Alice?

-Já, ela disse que vai falar cm a mãe dela, mas com certeza ela vai deixar.

-Ta bem, vamos ir amanhã de noite lá para umas 20h00minh.

-Amanhã? –disse perplexa.

-É.

-Ta bom, eu digo para ela. Quer que eu ligue de novo?

-Acho melhor.

-Ta bom.

      Peguei de novo o telefone e disquei novamente o numero dela.

-Alo?

-Oi Alice, sou eu de novo.

-Oi Carter, minha mãe deixou, vai ser depois de amanhã mesmo?

-Na verdade amiga vai ser amanhã. Meus pais vão viajar amanhã as 20h00minh.

-Deixa eu falar com a minha mãe.

-Ta. - enquanto Alice falava com a mãe dava para ouvir um pedaço do filme que passava, “10 coisas que eu odeio em você”. Adorava o filme. Estava na parte do poema, a parte mais bonita.

-Carter?

-Oi amiga.

-Minha mãe deixou!

-Serio? Não vai ser incômodo?

 -Não, claro que não amiga.

-Então ta bom, eu digo para os meus pais que sua mãe deixou.

-Ta. Beijos, até amanhã.

-Em falar nisso amiga...

-O que foi?

-Luca me pediu para eu ir falar com ele amanhã antes da aula.

-É verdade, Ramon queria que eu fosse com ele para a escola. Você vai com Luca então?

-Vou sim.

-Vocês estão...

-Não, somos amigos!

-Aham, ta bom, sei. –rimos- Ta bom amiga, beijos.

-Tchau, beijos.

       Quando virei meu pai continuava na porta me olhando estranho.

-Quem é só seu amigo, Carter? –logo falou.

-Ninguém, só um garoto.

-Ham, ta bom. O que a Alice disse?

-Que eu vou, poder que não vou ser incômodo nenhum.

-Ta bom, tchau.

-Tchau pai. –meu pai fechou a porta, coloquei os fones de ouvidos no máximo e fui arrumar minha mochila para a escola.

     Na mochila, coloquei os dois bilhetes. Minhas mãos, uma na mochila e outra no celular, passando os dedos em cima da mensagem de texto de Luca. Era inevitável. Logo, coloquei o celular no meu criado mudo, desliguei meu MP4 e fui dormir. Já era tarde.

“You say that I’m messing whit your head...”

     A música “What The Hell” da Avril Lavigne tocava como meu dispertador. Era a música mais alta do meu celular. Acordei com um pulo.

     Terminando de me arrumar, tocou meu toque de mensagem de texto, The Time – Black Yead Peas. Era Luca.

Está pronta? Estou indo.

     Comecei a correr, peguei minha mochila, uma maçã e desci.

-Tchau pai, tchau mãe.

-Tchau.

      Comecei a correr. Luca devia ter chegado na casa abandonada um segundo depois de mandar a mensagem de texto.

        Na casa abandonada, levei um susto. Lá estava Luca lutando com um cara. Eles estavam voando enquanto lutavam. Cabelo arrepiado, preto. Olhos pretos, forte.

-Carter? – Luca empurrou o cara e ele caiu batendo a cabeça na pilastra da casa.

-O que é isso? – minha mochila havia caído de meus ombros.

-Vem comigo. – Luca foi em minha direção, me pegou no colo, pegou minha mochila e me levou para outro lugar. Eu reconhecia esse lugar. Era o lago. Mas não era onde ficamos na última vez. Devia ser do outro lado do lago. Varias árvores, talvez por isso não havia visto a casa que estava lá. Uma casa linda, toda de madeira, não estava pintada, tinha tulipas nascendo em frente a casa.

-Que lugar é esse? – minha expressão era de encantada com o lugar.

-É a casa do lago.

-Quem era aquele?

-Era... Era o Peter.

-Aquele era o Peter?

-Sim.

-O que ele queria?

-Ah... – Luca olhou para baixo – Você – uma lagrima veio a tona.

-Eu to cansada disso. – Luca olhou para meu rosto, enxugou minha lagrima. Luca, pela primeira vez, não sabia o que falar. Luca deitou minha cabeça em seu ombro colocando seu braço em volta de mim. Respirei fundo – o que era que você queria falar comigo hoje?

-Ah, é verdade. – disse Luca tirando seu braço de mim, isso me fez me arrepender de ter dito isso – Você trouxe o bilhete?

-Bom... Na verdade, eles foram de novo.

-O que? – peguei os dois bilhetes na minha mochila – Droga!

-O que vai acontecer?

-Eu vou ver e depois eu te falo! – Luca havia se levantado – Vem? – disse ele pegando minha mão. Levantamos vôo. Fomos para a escola, poucos minutos antes de bater o sinal. Fomos direto para a sala de aula. Primeiro tempo era história.

     Como no dia anterior, sentamos Luca a meu lado, Alice na minha frente e Ramon ao lado de Alice. E, de novo, eu e Luca ficamos conversando na aula. Ele havia me dito que pensava em colocar anjo em volta da minha casa para me proteger. Não anjos da morte, mas anjos. Luca se dava bem melhor com anjos do que com anjos da morte, mas ele não podia mudar para anjo a menos que a corte deixasse. Luca já tentou, mas ainda estavam julgando o caso. Anjos são iguais a anjos da morte, a única diferença é que anjos da morte matam os outros e anjos dão vida as pessoas.

      Como eu iria para a casa de Alice hoje ainda, Luca pensara em colocar anjos para me proteger lá. Quatro anjos.

-Me proteger dos...

-Do Peter, Jason.

-Quem é a outra?

-Outra?

-Havia três iniciais e a letra do último bilhete era feminina – Luca olhou para o lado mexendo no cabelo tentando se esquivar da situação – O que foi?

-Eu não sei quem é ela?

-Mas você sabia que tinha mais uma?

-Sabia, só não imaginava que você iria descobrir tão rápido.

-Você queria esconder isso de mim? Por que?

-Quantas vezes você já teve uma pessoa te perseguindo querendo sua morte?

-Bom, nenhuma.

-Eu sei que isso é muito difícil para você. Se uma pessoa já é difícil, duas é pior e lidar agora com três... Não sabia se você iria agüentar.

-Eu não sou tão frágil quanto aparento.

-Eu sei mas... Entenda, eu só fiz isso para te proteger!

-Isso é um saco!

-O que foi?

-Por que você acha que precisa me proteger de tudo?

-Você não tem noção do que está acontecendo não é? Eles querem te matar. Você acha mesmo que eu não vou te proteger contra isso? Carter, seus pais não protegem você?

-Sim, mas eles são meus pais, eles são assim.

-Eles protegem porque amam você!

-Então... Onde quer chegar? Você me ama? – eu fazia cara de confusa enquanto Luca parecia estar se enrolando.

-Não é que.. Bom, sim mas...

-Xiii. – a professora pediu para pararmos de falar.

-Desculpa. – meio que sussurrei. Me virei para frente meio estranha e irritada com a situação sem saber bem o porquê. Não gostava que as pessoas achassem que precisam me proteger de tudo. Pensava que já era grandinha e não precisava que me protegessem sempre. Sabia o que estava acontecendo, eu sabia que era preciso que me protegessem mas... A forma como Luca falava parecia que era apenas um bebe e isso me atormentava.

      Quando bateu o sinal, levantei sem ao menos olhar para Luca, ele havia me deixado irritada mesmo sem muito motivo. Perto da porta uma mão agarrou minha cintura e me puxou  para perto. Era Luca. Já esperava que fosse ele.

-Por que está fugindo de mim?

-Por nada. – respirava fundo.

-Preciso falar com você, vem comigo?

-Ta. – Luca pegou em meu braço e me puxou para fora da sala e logo, me puxou para fora da escola. Fomos para o outro lado do prédio.

-Me da sua mão. – estava desanimada, eu tinha que parar com essa de ficar irritada com Luca porque na verdade ele estava sendo gentil comigo e fofo.

-Aqui. – um sorriso queria sair só que não conseguia. Luca parecia triste por me ver chateada com ele. Ele levantou vôo. Fomos para a casa do lago, a que havíamos ido antes da aula. Quando entrei tudo parei perfeito. Havia uma lareira, um sofá com capa vinho, um tapete grande todo aveludado, bege. Uma mesa grande do outro lado, de madeira, uma televisão de tela plasma e uma porta que levava para a cozinha e um corredor cheio de portas que levavam para quartos, banheiros, etc. Luca só havia dito que era a casa do lago, mas eu não sabia mais nada sobre ela. Ela era muito bonita e eu não sabia nada sobre ela.


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Notas finais do capítulo

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