Falling escrita por ka


Capítulo 15
Fora de casa




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-Então, vai me dizer por que está irritada comigo?

-Que lugar é esse?

-É a casa do lago.

-Que casa é essa? Por que não me levou aqui quando fomos ao lago?

-Ah, eu não sei. Eu descobri essa casa toda velha, caindo aos pedaços e então eu e meu pai arrumamos essa casa. Agora é minha vez de perguntar!

-Fala. – sentei-me no sofá cheio de almofadas.

-Por que está chateada comigo?

-Você estava me tratando como um bebe! Eu realmente não gosto disso!

-Você está em perigo, Carter. – nem assim Luca gritou comigo, ele não era de gritar, nunca.

-Eu sei, eu sei, mas é que... Eu não sei. Eu entendo que você precise me proteger, mas é que... Eu nunca estive em perigo antes, eu não sei lidar com isso. Eu estou com medo. – Luca sentou ao meu lado, colocando o braço em volta de mim como antes da aula.

-Eu não vou deixar eles te matarem.

-Como? Como você vai impedir? – abaixei a cabeça sobe o abdome de Luca e levantei – O que aconteceu hoje mais cedo com o Peter?

-Dois segundos depois que mandei a mensagem de texto, eu cheguei à casa abandonada. Eu me encostei-me ao balanço e Peter veio por trás. – covarde! – Ele me jogou, me fazendo cair ao lado da árvore. Então, ele levantou vôo e começamos a lutar e logo depois você chegou.

-Ele te mataria?

-Não sei.

-Então, - sentei virando-me para frente de Luca – ele te mataria por minha causa. – me sentia péssima! Dava para ver que Luca não sabia o que responder. Eu tinha razão. Ele o mataria por minha causa, isso é horrível! Luca pegou em minha mão, senti um arrepio.

     Naquela hora, ouvimos um estrondo. Luca ia falar algo antes daquele barulho, mas foi interrompido. Luca me olhou e desapareceu quando o vi de novo, em menos de um segundo, ele estava na minha frente colocando o braço em volta da minha barriga e me empurrando para um quarto.

       O quarto era com paredes brancas, piso de madeira, com pufs coloridos, um tapete laranja. Uma mesa pequena de madeira, uma cama de casal não muito grande. Havia cortinas beges e um criado mudo ao lado da cama, em cima do criado mudo, havia um abajur.

-O que foi aquilo? – percebi que ainda estava meio que em choque.

-Eu não sei. – Luca olhava de um lado e de outro enquanto ia em direção a porta para fechá-la. Logo depois, foi olhar por trás das cortinas para ver se havia alguém.

-Que quarto é esse?

-Ah, é um quarto.

-Isso eu já percebi. – Luca deu uma risadinha.

-Vem - disse Luca esticando a mão – Acho que já estamos seguros agora.

-Quem você acha que era? – Luca olhou para o lado evitando me olhar – Eu sei que você sabe quem era! Era Peter não era? – Luca continuou olhando para o lado só que dessa vez, suspirou – Jason? Quem?

-Eu não sei, Carter.

-E esses anjos?

-O que têm eles?

-Como eles são? Onde eles estão? Eles vão me proteger? Eu vou...

-Ei, calma, calma. Quantas perguntas!

-Então, dava para responder algumas? – levantei os olhos para cima por baixo da franja caindo em meus olhos.

-Bom, deixa eu ver. Eu posso chamar eles aqui e... – me toquei que já devia estar em casa. Peguei o pulso de Luca, virando para olhar no relógio para ver as horas.

-Eu já devia estar em casa. Eu preciso ir! – Luca pegou em meu braço não me deixando ir embora. Ele era tão forte.

-Calma, eu te levo! – havia me esquecido, não sei como, mas me esqueci que ele era um anjo da morte e podia me levar, em um piscar de olhos, para casa.

-Brigada – dei um beijo em sua bochecha. Era engraçado, percebi que Luca estava corado.

       Luca me puxava para fora do quarto e depois para fora da casa. Pegou em meu braço, como Luca era muito forte por ser um anjo, ele praticamente me jogou para suas costas me fazendo ficar em cima dele e então levantar vôo.

     Em segundos já estávamos ao lado da minha casa, na parte vazia.

-Tchau – eu disse correndo para a porta e senti Luca me puxando para perto dele.

-Tchau – Luca deu um beijo na minha bochecha. Estava totalmente corada. Mordi o canto dos lábios. Fechei a porta e me encostei-me à porta suspirando com um sorriso enorme em meu rosto.

-Filha? – disse minha mãe vindo em minha direção segurando uma mala. Vestida muito bonita com um vestido preto floral, botas curtas pretas e um coque.

-Nossa mãe, ta linda.

-Obrigada, como foi a escola? – ela disse deixando a mala ao lado de outras duas provavelmente de meu pai.

-Foi legal.

-Que sorriso é esse? – saltitava até a cozinha.

-Não é nada.

-Não veio direto da escola?

-É que eu estava conversando com um amigo.

-Me deixa adivinhar, Luca?

-Sim, por quê?

-Por nada. – minha mãe fez um sorrisinho como se achasse que tinha algo a mais que amizade, mas minha mãe não conhecia Luca, não sabia realmente quem Luca era nem que ele nunca, em hipótese nenhuma gostaria de mim por mais que eu gostasse. E, mesmo que gostasse que duvido muito que seja o caso, talvez estragasse tudo. Luca é um sobrenatural e eu apenas um simples mortal – Então, quando eu vou conhecê-lo?

-Não sei. – disse mordendo uma maçã – Vou subir e arrumar minhas coisas para ir para a casa de Alice.

-Ok

      Subi para o meu quarto jogando minha mochila na cama e pegando meu celular colocando a música no máximo. Ao lado da porta do meu quarto havia uma cabideira de madeira cheia de bolsas, procurava uma que pudesse usar para levar quando fosse para a casa de Alice. Coloquei tudo que precisava levar e desci para me despedir de meus pais.

       Antes que pudesse chegar à porta do meu quarto, recebi uma mensagem de texto, de novo, era de Luca.

Me avisa quando chegar na casa da Alice.

      Continuei indo até a sala.

-Filha, a gente já vai. – disse meu pai indo até mim para me dar um abraço.

-Agora?

-Para não chegar atrasado ao aeroporto, devia aprender com agente a não se atrasar. – eu ri.

-Tchau mãe.

-Calmo ai, menina. Vou te levar até a casa da Alice.

-Ok.

     Meu pai pegou as malas e minha mãe pegou a outra e saímos de casa.

     Fomos para a casa da Ali, meu pai apertou a campainha.

-Oi, senhora Finerson.

-Oi Carter. Entre. Olá.

-Oi. – disse minha mãe jogando o cabelo para trás.

-Querem entrar?

-Não, obrigada. Temos que ir para o aeroporto.

-Ok, até mais.

-Tchau. Tchau filha.

-Tchau pai, tchau mãe.

-Carter. – ouvi o grito de Ali descendo as escadas – finalmente!

-Oi amiga. – disse dando um abraço nela. Ela me empurrava até seu quarto subindo as escadas. Ali havia pego minha mochila e jogado em sua cama.

      Havia duas camas no quarto de Ali. Era um quarto grande, um tapete enorme roxo e um tapetinho rosa na porta, um computador em cima de uma mesa, um quadro de avisos cheio de fotos e papeis. Notei que havia uma foto minha junto com Ramon e Ali do dia que fomos para o shopping.

       Naquela hora, Alice mexeu no computador que já estava ligado enquanto eu mandava uma mensagem para Luca.

Já cheguei! Os anjos estão aqui?

-Pra quem é a mensagem? – Alice parecia curiosa.

-Ah, para Luca.

-Você gosta mesmo dele e – Ali abaixou a cabeço – parece que ele também gosta de você – a última parte Ali cantarolava baixinho.

-Ele não... Ele não gosta! – peguei um travesseiro em sua cama e bati nela.

-É serio, menina. – ela pegou outro e me bateu.

     Naquele momento, um barulho na janela chamou nossa atenção. Parecia pedras batendo na janela e era. Era Ramon chamando Ali.

-Ramon? – disse Ali abrindo a janela. Ramon chamava Alice para sair com ele. Apareci na janela.

-Oi Carter.

-Oi Ramon.

-Quem sabe amanhã? – Alice mandou um beijo para Ramon. Ele saiu desapontado e eu ainda mais por fazer minha amiga não ir porque eu estava na casa dela.

    Outra mensagem de Luca havia chegado.

Há três anjos. Cuidado, Peter está querendo ir atrás de você!

     Aquelas palavras me matavam. Queriam me matar! Acho que ainda não havia caído a ficha.


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