- Merda – Falei abrindo os olhos sem nenhuma vontade.

   - Bom dia pra você também, bem humorada. – Virei minha abeca de lado olhando para Shane que me olhava com o sorriso mais lindo no rosto, seus cabelos estavam bagunçados dando-lhe um ar inocência, me estiquei lhe dando um beijo que logo se tornou mais do que um simples beijo de bom dia.

   Ficamos nos beijando até não haver mais oxigênio em nossos pulmões,era sempre bom acordar abraçada assim com ele, parecia que eu não tinha que me preocupar com mais nada que não fosse ele ou nós, nos últimos meses Morganville estava alma demais o que era extremamente estranho se falando de Morganville. Afastei esses pensamentos da minha cabeça e me concentrei somente no meu namorado.

   - Bom dia – Finalmente falei uma coisa agradável, me sentei na cama puxando o lençol sobre o meu peito.

   - Cara, eu vou dormir aqui todo dia agora. – Shane falou colocando os braços atrás da cabeça.

   - Nem pensa nisso, você é muito expansivo minha cama pode até ser de casal mas eu gosto de dormir bom sem ter que cair da cama.

   - Não se preocupe você vai dormir bem agarradinha a mim o que acha? – Disse me puxando para ele me fazendo ficar em cima do seu corpo.

   - Se for assim tudo bem, mas não quero você roncando não ok? – Sorri para ele e ficamos assim por um tempo eu em cima do seu corpo com a cabeça em seu peito, enquanto ele acariciava minhas costas carinhosamente.

   Não pronunciávamos nenhuma palavra e não precisava, muitas vezes só o que nos dois precisávamos era ficar assim abraçados um com o outro. Lembrei da primeira vez que vim a Glass House e o conheci, de imediato o achei lindo mas confesso que havia ficado com um pé atrás ainda mais quando me falaram que os moradores da casa não eram digamos..boas pessoas, sorri  mais uma vez com essa lembrança e Shane dessa vez viu eu fazendo isso.

   - No que está pensando?

   - Em que você não é uma pessoa muito querida na cidade. – Falei levantando meu rosto do seu peito e olhando em seu rosto, ele sorriu quando falei sobre o que eu pensava.

   - Fazer o que alguém aqui tem que fazer o papel de herói moderno humano, já que nós temos a nossa versão vampiro também, temos modelos para todos os gostos. –Terminou me dando um selinho

    - Desculpe te corrigir mas a versão humana já se esgotou e era versão única e que por sinal já tem dona.

    - Ainda bem. – Voltamos a nos beijar dessa vez com mais vontade, Shane me virou na cama me fazendo ficar em baixo dele, senti uma de suas mãos na minha coxa e outra em minha cintura as duas me apertando com força, já minhas mãos estavam em suas costas arranhando-as e que concerteza deixaria belas marcas. Fomos interrompidos por batidas na porta que eu logo imaginei de quem seriam.

  - E ai casalzinho não vão sair daí não?

  - Cai fora daí garota! – Shane gritou para a porta e logo voltou a me beijar.

  - Vamos logo Shane já estamos na hora de sair daqui,acabou o clima. – Falei me levantando e pegando uma roupas para tomar banho.

   - Vou matar aquela gótica – Ele se levantou pegando a calça e vestindo-a, sai do quarto indo até o banheiro para tomar um banho, tinha que ir a Universidade entregar um trabalho, e torcer para que o professor aceitasse-o já que era para eu ter entregue ele ontem.

   - Bom dia Claire – Eve falou passando por mim nas escadas.

   - Bom dia, Eve será que você podia me dar uma carona até a TPU?

    - Ah tá claro, só espera eu beber me suco.

   - Ok, vou pegar as minhas coisas – Subi para o quarto novamente pegando a minha mochila e o maldito trabalho, o tema era sobre anti-matéria o que era um assunto muito fácil para mim, desci a escada novamente e fui para a cozinha onde encontrei Shane e Eve conversando sobre algo. – Michael ainda está no quarto?

   - Sim, ta dormindo, e então vamos?

   - Claro – Falei pegando minha mochila e dando um selinho em Shane e fui esperar Eve na porta que veio logo atrás de mim.

   Fomos conversando o caminho todo. Desci do bebê da Eve que era um lindo carro de funerária, quer dizer ex. Passei pelo portão e logo me aparece a vadia da Mônica.

   - Olha só quem deu o ar da graça

   - Dá sair da minha frente Mônica?

    - E por que eu faria isso em vadia?

   - Por que eu estou lhe pedindo. – Já estava começando a ficar impaciente com ela, ai que ódio dessa garota.

   - Grande coisa você não é ninguém, mas você não importa o fato é que preciso da sua ajuda em calculo II, para o teste semana que vem.

   - E daí? O que eu tenho isso?

   - Você vai me ajudar, eu vou te dar a prova e você vai me dar as respostas para mim. – Ela falava com um sorriso de superioridade, mas que saber dessa vez ela ia se ver comigo.

   - Você que se vire, não vou ajudar em nada. – Falei me desviando e indo em direção ao bloco de física, não olhei para trás para ver a cara daquela vadia da Morrell mas tinha certeza de que estava lá parada querendo me matar nesse momento.

   Depois de implorar para que o professor aceitasse o trabalho eu consegui, graças a minha nota. Pensei em ir ao Common Grounds tomar um mocca mas não estava nem um pouco a fim de olhar pra cara do Oliver, apesar de a nossa convivência ter melhorado muito depois da nossa “pequena” viajem forçada, então decidi por fazer uma visitinha ao meu querido e esquisito chefe vampiro.

   O sol não estava muito forte o que era perfeito já que eu ia andando até o laboratório, e se estivesse muito sol eu não gostaria de ficar desidratada, pequei minhas chaves que por sorte não as tinha tirado da mochila e entrei, logo sendo recebida por um forte cheiro de enxofre.

   - O que diabos é isso que você está fazendo Myrnin?

   - Nada de mais só uma pequena experiência que infelizmente fracassou. – Era cômico o modo como ele ficava triste e ao mesmo tempo chateado quando suas experiências meio malucas na maioria das vezes não dava certo. – Mas o que faz aqui pequena Claire?

   - Vim ver se precisava de ajuda com alguma coisa, mas pelo que vejo só de uma faxineira...

   - Na verdade não somente disso, estava procurando um livro de arquitetura que eu havia ganhado de um amigo há alguns séculos atrás, e já que está aqui poderia me ajudar a procurá-lo?

   - Claro, onde procuro? – Perguntei olhando em volta

   - No segundo andar no quarto onde guardo minhas coisas mais antigas, acredito que ele esteja lá.

   - Me dá a chave né, ou se esqueceu que você nunca me deu permissão para entrar lá? – Observei Myrnin pegar um molho de chaves no bolso do casaco e me dar uma delas, pequei a chave e subi as escadas, abri a porta me deparando com uma bagunça enorme de moveis livros e outras coisa amontoadas pelos cantos sem nenhuma organização, eu ia ter um longo trabalho.