SS: Gil?

GG: O que?

SS: Você realmente acha isso certo?

Ele ficou olhando para ela, sem ter uma resposta definida.

GG: Posso responder do meu jeito?

Ela deu um meio sorriso para ele.

SS: Pode.

GG: “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.”

SS: Shakespeare. Mas o que quer dizer com isso?

GG: Sara, por mais que seja correto que afirmar que o aborto é o melhor para a sociedade, por mais que eu acredite nisso.

GG: Eu não consigo parar de pensar que se você não fizer isso, eu vou ter um filho.

SS: É... Eu sei, é meio como o sentimento sobre viagens no tempo.

Ele sorriu um sorriso confuso, como se perguntasse o que ela queria dizer.

SS: Eu como Física acredito que já inventaram a máquina do tempo, mas como perceberam que mudar as coisas no passado pode deixar as pessoas sem erros no presente.

GG: E isso seria ruim?

SS: Claro, como uma criança aprende a andar sem engatinhar?

Sara não entendeu porque falou uma metáfora sobre bebês. Talvez fosse porque não pensava em outra coisa.

Ficar com o bebê e ter que enfrentar uma batalha... ou somente fazer o que deveria ser feito.

GG: Entendi, então você acha que pessoas inventaram uma máquina do tempo, mas decidiram ficar voltando a nossa época?

SS: É eu sei... Parece um pensamento saído de alguém do Woodstock.

GG: Não. Faz sentido sim.

Grissom pegou na mão dela.

SS: Devemos ir.

Ele concordou pensativo.