Paraíso Proibido escrita por Bellice, deessah


Capítulo 8
O melhor jeito de calar a boca de Bella Swan!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 8 – O melhor jeito de calar a boca de Bella Swan

“Eu aguento, eu aguento, eu aguento...”

Este era o meu mantra enquanto dirigia até em casa, com Alice no banco do carona, e... Edward no bando de trás.

“Eu não vou me descontrolar, não vou me descontrolar, eu não vou...”

Este era o meu segundo mantra. Eu não iria mais brigar com Edward, por mais que eu quisesse.

—A gente tem que ouvir Avril Lavigne mesmo? —Perguntou Edward bufando. Eu me limitei a respirar fundo, para não perder a minha tão pouca paciência.

—Meu carro, minhas músicas. —Disse apenas. Notei Alice rindo silenciosamente ao meu lado.

—Está bem... Mas tem que ser Avril Lavigne? A voz dessa menina me irrita... —Edward continuou resmungando. E quanto a mim? Eu aumentei o volume do som, deixando What The Hell preencher o ambiente todo do carro. Eu não queria mais ouvir a voz dele, por mais linda que ela fosse.

Edward foi o resto do caminho até em casa chutando minhas costas, e eu quase gemia quando imaginava como devia estar a parte de trás do meu banco.

—Edward, deixa de ser criança! Que vergonha, assim a Bella não vai mais nos convidar para ir à casa dela. —Repreendeu Alice mais uma vez. Eu sinceramente já havia perdido a conta de quantas vezes ela já havia falado a mesma coisa, mas simplesmente não adiantou. Suspirei.

—Essa é a intenção, irmãzinha.

Ele era um babaca. Não via que eu estava tentando conviver em paz? Não queria mais brigar. Eu só queria... Ficar quieta no meu canto, sem brigas, sem gritos, sem estresse.

Assim que chegamos à minha casa, eu esperei eles descerem e olhei a parte de trás do meu banco, e como eu suspeitava... Estava imundo. Quase deixei uma lagrima escapar.

Suspirei e sorri para Alice, abrindo a porta de casa.

—Entrem e sentem-se, vou ver por que diabos o Jazz e a Rose ainda não chegaram... —Disse, enquanto ia para a cozinha.

—Explicado por que a princesa acha que manda na cidade... Olha o tamanho disso! —Exclamou Edward. Revirei os olhos. Ele parecia bastante admirado com o tamanho da minha casa, mas deixei para lá.

Peguei a extensão da cozinha e liguei para o Jazz, que atendeu no segundo toque.

—Alô?

—Onde você se enfiou? —Sussurrei rispidamente.

—Eu estou em casa, mas já estou indo, Bella. —Sua voz parecia um pouco distante, e eu estranhei. Ele sempre vinha para cá direto.

—O que diabos você foi fazer em casa, Jazz? —Perguntei irritada. Edward já havia esgotado todo o resto de minha paciência, agora ia sobrar para o pobre Jasper.

—Precisava passar mais perfume e, você sabe, dar uma ajeitada no cabelo. —Disse sem graça. Por que diabos ele estava sem graça? E desde quando ele passava mais perfume para vir aqui? Ah, claro. Desde que Alice passou a frequentar minha casa, de certo.

—Argh, você passa perfume de mais... Quero ver se alguém vai passar perto de você sem espirrar... E, me diz que você não encheu o cabelo de gel!

—Nah! Você vai ver... Meu cabelo ficou show! —Jazz parecia realmente animado, e eu revirei os olhos, mas não pude evitar soltar uma risadinha.

—Está bem. Só vem logo! —Desliguei.

—Srtª. Bella? O Sr Whitlock e a Srtª Hale vem almoçar? —Perguntou Joanne, minha empregada. Eu a considerava mais do que isso, mas mesmo assim ela não desistia das formalidades.

—Sim, eles vêm. Porém, tem outra amiga e o irmão dela que já que estão ai e vão almoçar conosco também.

—Sem problemas! A Srtª quer levar um aperitivo?

—Pode ser. —Concordei. Esperei que Joanne fizesse rapidamente uns anéis de cebola e os levei para a sala, junto com uma Coca-Cola de dois litros e quatro e copos.

Assim que cheguei à sala, vi Edward esparramado no sofá caro da minha mãe, e Alice sentada em uma poltrona.

—Joanne fez anéis de cebola. —Falei, colocando o prato em cima da mesa de centro, junto com os copos de Coca que servi depois.

—Nossa, não sabia que existiam essas coisas em casas de ricos. —Zombou Edward. Alice lhe lançou um olhar mortal. Eu apenas dei de ombros.

—Eu gosto de anéis de cebola. Vocês não? —Disse simplesmente. Ele veio até aqui para me ver perder o controle? Pois tinha perdido a viagem, então.

—E o almoço é o quê? Caviar? —Zombou novamente. Calma, Bella. Não caia nessa. Aja naturalmente, naturalmente...

—Na verdade, Joanne disse que ela e Mary estão fazendo lasanha. Algum problema?

Ele nada respondeu. Continuei comendo meus anéis de cebola, Alice fazia o mesmo. Edward não havia tocado nem nos anéis, nem na Coca-Cola. Qual era o problema dele? Toda vez que eu olhava para Alice, ela me pedia desculpas com os olhos por aquele clima desconfortável, no entanto, eu sabia que a culpa não era dela. Ficamos naquele silêncio estranho até Jazz dar o ar de sua graça.

—E aí, estavam me esperando para comer? —Foi tudo o que meu amigo disse, ainda parado à porta de minha casa. Eu pisquei três vezes, mas de nada adiantou, a imagem não sumia.

Alice olhou pra Jazz e sorriu enormemente. Seus olhos desfocados e a cara de boba a entregaram: ela estava muito afim do meu melhor amigo! Jazz a olhava do mesmo jeito, e Edward olhava de um para o outro com a sobrancelha levantada.

.. Eu mal reparei nisso, porque estava chocada. Muito chocada.

Mas não era um chocada de ruim, ah cara, nunca poderia ser um chocada ruim! Jasper estava simplesmente quente. Sexy demais. E eu não estou dizendo isso por ele ser meu amigo, porque em qualquer momento que eu fosse relembrar minhas palavras com certeza seriam algo como “eu realmente pensei que Jasper, o meu irmão Jasper, estava sexy?”

Mas enfim, o meu momento incesto se devia ao cabelo dele, os cachinhos que eu amava.

Os cabelos de Jasper agora estavam presos em um rabo de cavalo curto, e raspados dos lados. Ele com certeza queria impressionar alguém, ou me fazer ter um surto histérico, mas eu prefiro a primeira opção.

―OMG! Jazz o que você fez com seu cabelo? —Perguntou uma loira chocada da porta, logo atrás dele.

Rosalie tinha os olhos arregalados e a mão em frente à boca aberta em um perfeito “o”.

Era a imagem da loira patricinha burra, escrita e fotografada. Que nem aquela foto lá daquela louca que está sempre presa... Aquela sapata ruiva que eu esqueci o nome...

―Ótimo, está formado o trio frescurinha! —Debochou Edward. Jasper já ia xingá-lo quando Rosalie saiu do choque, olhando para Edward com nojo.

― O que o favelado está fazendo aqui, Bella? —Revirei os olhos.

― A Alice só poderia vir se ele viesse junto, então... –Dei de ombros. É, eu fazia muito isso.

─ Ah, oi Lice! —Sorriu a loira. —Como você está? —Perguntou, abraçando a baixinha e sentando ao lado dela.

─ Vácuo mandou um beijo. —Eu disse, mas Rose e Alice já tinham engatado em um papo sobre moda.

Eu bufei, mas me sentei no sofá e chamei Jasper para fazer o mesmo.

─ Vou ligar para o Emm, só falta ele aqui mesmo e eu não sobro. —Disse Edward, tirando o celular do bolso e digitando um numero.

— MARY, COLOCA MAIS AGUA NO FEIJÃO QUE VEM MAIS UM!- Gritou Jazz. Eu o olhei feio. Que intimidade era essa?!

— Vem cá, a casa é sua ou é minha?- Perguntei incrédula. Jasper pegou um anel de cebola.

— Depende do ponto de vista. —Disse com a boca cheia. Eu revirei os olhos e apoiei o queixo na mão e o cotovelo no joelho, entediada enquanto ele entrava na conversa de Rose e Alice, que falavam sobre a tal censura na internet.

—Que milagre, ela não está dando chilique... —Murmurou Edward em um sussurro audível, me fazendo olhá-lo mortalmente.

Abri a boca para responder, mas então me lembrei de meu novo mantra: “Eu não vou me descontrolar, não vou me descontrolar..”

—É, eu estou calma hoje, decidi que não vou mais ser a Bella descontrolada. —Eu sorri para ele, que me olhou e franziu o cenho.

—Quem é você e onde está Isabella Swan? —Eu rolei os olhos.

—Olha Edward, eu realmente não quero me irritar com você, você é o irmão da minha nova melhor amiga, e...

—Perdão? —Interrompeu Rosalie, em um tom indignado. Ah, agora ela me ouvia, né?

—Hey! —Disse Alice, ofendida.

—Sério? —Perguntou Jazz, com os olhos brilhando. —Isso significa que ela vai andar com a gente agora? —Eu respirei fundo.

—Primeiro, Alice, não liga pra Rose, ela está com ciúmes. Rose, não é porque agora a Alice é minha nova melhor amiga, que você deixou de ser ou que eu deixei de te amar. É que agora eu gosto muito da Alice também. E sim Jazz, se a Alice quiser ela pode andar sempre com a gente agora! —Eu sorri, orgulhosa por não ter feito uma gritaria sem tamanho. —Posso até te buscar em casa antes da escola, se quiser.

Alice sorriu a abriu a boca para falar, mas antes que isso acontecesse, Edward a interrompeu.

— Minha irmã não vai andar com vocês, seus riquinhos esnobes! —Ele disse com o nariz torcido. Eu me levantei fula da vida. Eu estava me controlando, mas nunca, jamais xingue meus amigos na minha frente. Ou pelas minhas costas se há algum risco de eu ficar sabendo.

—Olha aqui Edward, eu não queria brigar, mas já é demais você vir na minha casa e xingar os meus amigos! —Eu comecei a gritar, brava. Me pondo na sua frente no sofá. Foda-se o controle!

Ele se levantou com uma expressão totalmente Damon Salvatore que quase me fez tremer. Eu disse quase.

—Olha aqui você, se acha que vai transformar minha irmã em uma patricinha mimada que nem você e a loira aí, está muito enganada, ouviu bem? Eu não vou deixar. —Disse bravo. Eu bufei.

—Primeiro, eu não vou transformar sua irmã em nada, certo? Eu gosto dela bem do jeitinho que ela é, e não fala da Rose seu favelado! —Alice soltou um ‘hey, nós não somos favelados’, mas eu ignorei e ouvi Jasper e Rose a puxando para o meu quarto, dizendo que isso ainda ia demorar. —Porque ela não é patricinha coisa nenhuma, está mais para nerd, e... —Edward me olhou entediado.

—Isabella, cala a boca! —Foi tudo o que ele disse enquanto cruzava os braços.

—Não me chame de Isabella, Edward! Eu odeio esse nome, e não me manda calar a boca seu fa-

Eu não consegui terminar de falar, porque Edward rapidamente se aproximou de mim, e colou sua boca na minha.

Por uns bons segundos eu fiquei completamente parada, somente olhando para ele de olhos arregalados enquanto ele mexia a boca contra a minha.

Até que passou a língua por meu lábio inferior, pedindo passagem, e eu me entreguei completamente.

Minhas mãos voaram para sua nuca, entrelaçando meus dedos em seu cabelo, e eu me prensei mais contra ele, enquanto uma de suas mãos apertava minha cintura com força, e a outra segurava minha nuca.

Eu não sei quanto tempo ficamos assim, mas sei que foi bom, muito bom.


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Notas finais do capítulo

Comentem, povo!