Paraíso Proibido escrita por Bellice, deessah


Capítulo 7
Descontrolada? Nunca Mais!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, e tenham uma boa páscoa :)



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Capítulo 7 – Descontrolada? Nunca mais!

–E aí ela me ouviu chorando e foi ver se estava tudo bem. Deu-me apoio e viramos amigas. Só. –Terminei de contar à Rose e ao Jazz, de uma forma simplificada, o que havia acontecido no horário de aula. É, era de tarde, e eles foram para lá ver por que eu tinha matado aula.

Jazz estava radiante. Foi só falar em Alice que ele ficou com aquele olhar de retardado. Não gente, eu sei que ele tem esse olhar normalmente. Mas acreditam que quando o assunto é Alice, as coisas pioram? É, pois é.

Já Rose, estava com uma cara muito triste e com um bico enorme. Ué, o que será que deu nela?

–Rose? O que aconteceu?

–Você vai me trocar, Bella. Eu vou perder minha melhor amiga para aquela patricinha sem graça. É isso que está acontecendo comigo! –Revirei os olhos. Ela realmente estava com ciúmes? A loira sempre foi meio exagerada mesmo!

–Rose, não importa o quanto Alice e eu fiquemos unidas. Eu sempre vou amar você. E você sempre vai estar aqui ó. –Coloquei a mão dela em meu coração. –Nós sempre estaremos juntas. Não importa o que aconteça. Você nunca vai me perder. –Já estava chorando quando terminei o meu discurso emotivo e abracei Rose. Nós duas estávamos nos segurando para não chorar. Parecíamos duas loucas. Pelo menos essa parte da minha vida não era uma mentira.

–Ah, eu também quero abraço! –Disse o Jazz... Soluçando? Okay... Eu sempre soube que ele era mais sensível que eu e Rose juntas! Haha, depois dessa se entregou!

–Ah, abraço coletivo! –E nós três nos abraçamos. Me senti bem melhor recebendo o carinho de meus amigos.

Nem tudo na minha vida estava perdido, afinal.

(...)

Sentei no meu lugar de sempre na sala de aula e suspirei, desanimada. Que merda também! Faltava muito para o final de semana?

O professor já explicava a nova matéria, mas eu não estava prestando atenção. Estava mais preocupada em fazer desenhos e rabiscos na ponta da folha do caderno. É, eu estava quieta.

Eu precisava saber quem eu era, e quem eu queria ser. Precisava traçar um rumo para a minha vida. Não podia ser simplesmente um fantoche nas mãos de meus pais. Não podia perder minha vida para casar com Jacob apenas para agradá-los. Estava na hora de eu crescer. Fazer minhas próprias escolhas, meus próprios erros.

Fui tirada de meus pensamentos por uma porra de bola de papel na minha cabeça. É, a famosa buchinha. Eles estavam na creche ou no colegial? Pelo amor de Deus! Suspirei novamente.

Virei-me para ver quem era o infeliz que estava me incomodando a essa hora manhã. Talvez fosse Jazz e Rose querendo chamar a minha atenção, mas os dois estavam muito concentrados na aula. Qual não foi minha surpresa, ao ver o favelado sentado na mesa atrás da minha, e sorrindo na minha direção. Ah, então era esse infeliz querendo briga a essa hora da manhã.

–Bom dia, patricinha mimada. Como vai? –Suspirei. Tudo o que eu menos queria agora era discutir... Por que ele sempre tentava me tirar do sério?

–Olha, Edward... Eu não quero discutir, está bem? Bom dia para você também. –Sorri fracamente e voltei a prestar atenção no meu caderno.

Ele me chamou. Eu não me virei. Ele chamou de novo. Eu suspirei.

–Porra, eu estou falando com você! Será que dá para responder? –Edward falou um pouco mais alto, mas mesmo assim, ainda era um sussurro. Me dei por vencida, e decidi me virar para ver o que o favelado queria.

–O que é?

–Eu é que te pergunto! Eu te atirei uma bola de papel na cabeça, e você nem veio discutir e me bater. O que há com você? –Ele me olhava chocado. Merda, ele pensava que eu era o quê? Uma barraqueira da favela onde ele morava?

–Não sabia que gostava de apanhar, favelado. Ah, claro! Isso deve ser comum na favela onde você mora, não é? –Sorri. Okay, eu disse que não ia brigar, mas eu simplesmente não consigo desviar minha atenção de Edward. Provocá-lo era tão prazeroso, e ele era tão lindo... CHEGA, ISABELLA!

O Favelado, lindo? Não! Ele só era um babaca, idiota e fodidamente gostoso, e...

PUTA QUE PARIU! Onde eu estou com a cabeça?

–Bella? –Só agora eu notei que ele me chamava outra vez...

–Oi?

–Não... Eu não gosto de barracos não. –Ele levantou da sua classe e pegou seu material. Chegou bem perto do meu ouvido, e sussurrou: – Mas eu amo ver você descontrolada. –Deu uma risada maliciosa e saiu... SAIU!

Balancei a cabeça ainda atordoada com o que aconteceu e o arrepio que se passou por mim quando senti seu hálito batendo contra o meu rosto. Ele bem que podia fazer isso mais vezes e... CALA A BOCA ISABELLA!

Certo. Só agora eu notei que estou sozinha na sala de aula. O sinal tocou e eu nem percebi.

(...)

“Mas eu amo ver você descontrolada.”

Por algum motivo, até então, desconhecido por mim, aquela porra de frase que o favelado disse não me saía da cabeça.

Ele amava me ver descontrolada? Por quê? Ele implicava comigo só por isso? –Sorri.

Eu ia ser tudo de agora em diante, menos descontrolada. E quer saber? Eu também amava ver o Edward irritado.

Alguém sabe o motivo? Porque eu definitivamente não faço ideia.

–Oi, Bella! –Era Alice. Sorri para ela.

–Oi, Alice. Tudo bem?

–Tudo perfeitamente bem. E você?

–Ótimo.

–Hmmm... O que você vai fazer hoje?

–Eu? Nada... Você quer ir lá pra casa? Eu convido a Rose... E o Jazz...

–Eu vou! –Ela disse, antes de me deixar terminar a frase. Eu hein... Será que esse ânimo era por ser minha mais nova amiga, ou foi só por que eu toquei no nome do Jazz? Vai entender...

–Ótimo... Você quer ir agora ou vai almoçar em casa antes? –Perguntei me dirigindo ao estacionamento. Ela me seguiu.

–Eu vou agora. Se você não se importar...

–Não me importo não! –Sorri.

–Você não vai à casa dessa daí, Alice. –Preciso dizer que foi o irmão favelado dela que disse isso? Não né? Que cara babaca! Queria me irritar de qualquer jeito hoje, pelo visto.

–É claro que eu vou! Quem você pensa que é pra me dizer aonde eu vou?

–Seu irmão mais velho. –Alice bufou.

–Mas eu quero ir.

–Então eu vou junto. –Ah, mas não ia mesmo!

–Quem te convidou, idiota? –Perguntei indignada.

–Ou eu vou junto, ou a Alice não vai. –Suspirei.

É, a tarde seria longa.


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Notas finais do capítulo

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