Paraíso Proibido escrita por Bellice, deessah


Capítulo 5
Morra, Edward. E leve Jacob junto!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/110920/chapter/5

Capítulo 5 – Morra, Edward. E leve Jacob junto!

Quando dei meu primeiro passo, tropecei naquele chão imundo do bar, e estava preparada para a queda grotesca que levaria, mas esta não veio. Imediatamente, senti braços fortes me envolverem, e um calor estranho passou por meu corpo. Levantei a cabeça para ver quem era meu salvador, e me deparei com Edward me fitando.

Eu não sei o que me deu. Simplesmente me perdi naqueles olhos verdes tão lindos e profundos que só Edward possuía. Sua boca foi se aproximando mais e mais da minha... E eu não oferecia resistência, nenhuma. No fundo da minha consciência, eu sabia que queria e esperava demais por aquilo, por mais que nunca fosse admitir.

Foi então que ele me deu um selinho, e aí meu transe acabou. Que merda eu estava fazendo, afinal?

Empurrei-o para trás e tentei buscar apoio numa das mesas. Edward caiu de costas no chão e gemeu. Quase fiquei com pena dele, quase.

–O que foi isso, sua louca?

–Louca é a sua vó, seu estuprador de meninas inocentes! –Gritei no meio do bar. Todos, mas todos mesmo, sem exceção, pararam o que estavam fazendo e olharam para mim.

–O quê? –Edward me perguntou, no mesmo tom de voz que eu usei, e se levantou rapidamente.

–É isso mesmo o que você ouviu! Você simplesmente teria me estuprado nesse chão imundo se eu não tivesse te empurrado!

–O quê? Eu te salvei de um belo tombo, e é assim que você me agradece? Deveria ter te deixado cair! –Ele se defendeu.

–E quer tirar minha virgindade como gratidão, seu imbecil?

–Nunca eu comeria algo como você! E virgindade, sério? Todos sabem sobre você e Jacob, Isabella.

O modo como Edward me olhou ao pronunciar meu nome e o de Jacob fez com que meu coração se apertasse. O que era aquilo que eu estava sentindo? E outra: sabiam o quê? Eu nunca deixaria Jacob encostar de uma maneira tão íntima em mim.

–E por que não favelado? Sou muito rica pra você seu preconceituoso? –A ideia dele não querer nada comigo me deixava triste. Eu estava ficando louca. –E além do mais, não há nada para saber entre mim e Jacob.

–Você me chama de favelado e eu que sou preconceituoso? Poupe-me de suas mentiras.

–É, você é preconceituoso sim, seu pão com banha! A próxima vez que você me dirigir a palavra eu vou à delegacia e te acuso de tentativa de estupro, ouviu seu pedófilo tarado?

–Eu tenho a mesma idade que você, sua mal comida! Filhinha de papai!

–Tem nos documentos! Aposto que são falsos! Quantas você já se aproveitou, seu pedófilo? Hein?

–Eu não uso documentos falsos. Não preciso esconder nada de ninguém!

–Está insinuando que eu tenho? Quem você pensa que é pra falar isso? Seu bêbado de cachaça de 1,99!

–Olha quem fala em bêbado! Quem é que estava quase dormindo naquele bar ontem, hein?

–Eu estava quase dormindo porque estava com sono! Não por estar bêbada!

–CHEGA! VOCÊS DOIS! PAREM!

Olhamos em volta, e vimos que só havia o pai de Edward ali. As mesas estavam desertas.

Ué, se eles não aguentam um pequeno desentendimento, que vá todos para casa mesmo! Bando de gente sem humor!

–Ah, eu vou embora! Faça-me o favor de morrer para que eu nunca mais precise olhar na sua cara feia, Edward!

–Ah Bella, eu sei que no fundo você se faz de difícil, mas me acha gostoso. Admita, todas acham!

Nem um pouco convencido, não é?

–Morra, Edward! –Repeti.

Ouvi seu pai brigando com ele e o expulsando do bar. Disse que em casa eles conversariam. Bem feito! O favelado se fodeu! Bem feito! Vai ficar de castigo! Ha ha

Corri para o meu carro antes que tivesse que ver Edward novamente.

Estava rindo que nem uma idiota ao lembrar a cara de Edward bravo. Ele ficava tão lindo assim... Aquelas ruguinhas em sua testa o deixavam com o ar tão... Sexy.

.. O que eu acabei de pensar? Foco, Bella! Deve ser o sono!

Tentava organizar meus pensamentos, quando de relance, o carro para... No meio da rua. Deserta, por sinal.

Bati a cabeça no volante e fiquei me perguntando mentalmente o que fiz de errado para merecer tanta má sorte.

Levanto a cabeça e vejo alguém batendo no vidro do meu carro. Adivinha quem era? O mané do Jacob. Cara... Não aguentava mais ele. Preferia ter sido estuprada pelo Edward mil vezes do que olhar na cara daquele grudento. Se bem que, do jeito que eu estava, nem poderia ser considerado estupro se Edward tentasse algo, não é? Eu bem que iria gostar!

Ah, merda! Minha cabeça anda uma confusão só.

Abri o vidro de má vontade e suspirei pesadamente.

–Meu docinho de coco, o carro pifou?

–Não Jacob, estou aqui porque não tinha nada pra fazer e resolvi vir aqui, nessa rua deserta pra ver se alguém me violentava! É obvio que o carro parou, né? –Ele era tapado ou se fazia?

–Vem, eu te levo para casa, Isabella.

–Não me chama de Isabella! –Disse quase que grunhindo. Parecia que eu estava lembrando bronca o tempo todo.

–Por quê? É o seu nome!

–Mas eu prefiro Bella! –Insisti.

–Mas Bella, quando nos casarmos, você vai ser: Isabella Swan Black. Vai ter que largar esse apelido tão... –Ele me olhou, como se procurando a palavra certa. –Insignificante.

Agora ele tocou num ponto muito, mas muito fraco meu. Ninguém chamava meu apelido de insignificante! Ninguém! Nem o Edward havia falado isso!

–Insignificante é o cu da sua mãe Jacob! E quem disse que eu vou me casar com você? Anda! Vê se faz alguma coisa de útil e me leva pra casa!

Entrei em seu carro e liguei para o seguro do meu volvobaby. Infelizmente, teria que abandoná-lo por algumas horas.

Durante todo o caminho, Jacob não disse nada. Ficou mudo. E isso era bom, de certa forma. Mostrava que ele tinha medo de mim. Pelo menos não era tão burro!

Chegamos finalmente em frente à minha casa. Estava pegando minha bolsa para descer e percebi que ele esperava um convite para entrar. Convite esse que não o fiz, e nem faria.

–Vamos entrar?

–Eu te convidei por acaso?

–Não... Mas estamos namorando... É sua obrigação me deixar entrar na sua casa, Isabella.

"Era minha obrigação deixar esse traste. E urgente."– Pensei comigo mesma. Mas como eu não podia...

–Jacob, eu estou com você porque meus pais me obrigam. Eu não gosto de você. Se você morresse seria um favor que me faria. Mas como não se pode ter tudo... Boa noite.

E saí do carro, indo direto para o meu quarto e tendo uma noite sem sonhos. Estava muito cansada para isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!