Capítulo 3 – Ménage, será?

Acordei com uma tremenda dor de cabeça. E espera aí... Onde eu estava? Ah, lembrei. Na minha cama. Mas, tinha alguém embaixo de mim. Era a Rose e o Jazz. Aff.

–Ai, minha cabeça! Opa! Rolou ménage? E eu não lembro? Que puta falta de sacanagem! –Acreditam que o Jazz ainda disse a ultima parte indignado? Tinha que ser homem! Todos tão iguais...

Como se eu fosse fazer algo do gênero com o meu Best. Ou eu fiz? Ah meu Deus! Tô fudida. Quer dizer, já fui. Será?

–Ô, seu imbecil! Acorda! Óbvio que não fizemos nada! –Disse a Rose batendo na cabeça do Jazz.

Ai, que alivio! Eu não fui fudida! Uhul, comemora! A Rose era a única que não bebeu ontem! Ainda bem! Obrigada, Senhor.

–Não fizemos? –Perguntei para confirmar. Jazz perguntou a mesma coisa, e ao mesmo tempo. Mereço.

–Não. –Disse Rose com um sorriso tipo assim “Eu sou a responsável. Eu avisei. Eu sou a melhor.” Com essa simples palavra, soltei um suspiro de alivio. Já Jazz, fez uma cara de decepção.

–O que aconteceu? –Perguntamos eu e Jazz em uníssono. Puta merda! De novo?

–Vocês ficaram bêbados. Daí chegaram o Edward e sua gangue e aí eu me atraquei com a anã do jardim, o Jazz se agarrou com o Emmett e a Bella e o Edward começaram a discutir. Aí o segurança nos botou pra fora. Chegamos aqui e dormimos. Só.

–Ah, eu agarrei o Emmett? Que nojo! Que tipo de amiga você é, Rose?! A Bella eu não culpo, porque já é lesada normalmente, imagina bêbada! Mas como você deixou isso? Eu não sou gay! Eu não sou. –Ele me chamou de lesada? E outra: eu não estava bêbada! Só levemente alta. Eu nunca bebo demais. Isso é coisa de gente desequilibrada.

–Ah meu Deus! Jazz, você só pode ter tomado água do parto! Meu Deus! O que você tem no lugar do cérebro? Agarrou quer dizer que você e o Emmett começaram a se bater, animal! – Rose disse irritada, dando outro tapa na cabeça do Jazz.

–Ah, entendi! Não bate em mim! Estou com dor de cabeça, porra!

–É para ver se pega no tranco! –Meus amigos têm problemas, não é? Eu sei.

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH MEU DEUS! –Rose gritou, assustando todos.

–Que foi, mulher? –Perguntei.

–Perdemos a aula! Perdemos a aula! Ah, eu quero morrer! –Que exagerada! E eu pensando que perdemos alguma coisa importante. De repente, a cara alarmada da Rose passou a uma de preocupação.

–Eita... O que foi, Rose? Não estuo gostando nada da sua cara!

–Eu também não gosto da sua e não falo nada, Bella. Isso aqui não é concurso de beleza. –Com essa, revirei os olhos. Depois eu que era a grossa do grupinho. Aham.

–Fala sério, Rose. O que está te preocupando?

–O Edward, a irmã baixinha dele e o amigo gostoso! Vão zoar de vocês porque estavam bêbados. –Choquei com essa! Não, não com eles espalhando fofoca de que ficamos bêbados. A verdade verdadeira era que o Jazz ficou bêbado. Eu, apenas levemente alta. Mas quem se importa? Que pensem o que quiserem! O que me chocou foi a Rose dizendo que o Armário Narniano era gostoso.

–Como é que é, Rosalie? Amigo gostoso? Alguém aqui está atraída por aquele armário ambulante, hein? –Não pude evitar: caí na gargalhada. E jazz, como um bom amigo, me acompanhou.

–Claro. Vai me dizer que não acha o Edward gostoso? –Eu queria negar imediatamente, mas ao invés disso, pensei a respeito. Pensei muito. E vi que, sim, Edward era gostoso. Gostoso pra caralho, mesmo ele sendo um idiota de marca maior. Mas óbvio, não ia admitir isso à Rose. Então, resolvi ficar quieta e deixar essa passar.

–A irmã dele não fica para trás também. Que mulher! –Disse Jazz, sorrindo para o nada. Ele era tão emo às vezes que dava até medo.

–Viu? Quem cala consente. Não é, Jazz? –Disse Rose me provocando. –E tenho que concordar contigo, meu amigo: Alice não é nada mal! Não é todo mundo que consegue acabar comigo numa briga como ela fez. – Jazz não respondeu. Ué, estranho. –Jazz? JAZZ! –Gritou Rosalie, tentando chamar a atenção do nosso amigo. Ai, meus ouvidinhos! Caralho, ô mulher que berra!

–Que foi, sua maluca? –Depois eu e Rose que éramos as malucas. Ele ficava viajando e a gente que se ferrava.

–Estava no mundo da lua, é? Sonhando acordado com a irmã anã do favelado? –Segurei o riso.

–Não, a lua é muito alta para a Alicinha alcançar. –Depois dessa, não falei mais nada. Tive que rir! Meus amigos eram patéticos!

–Que coisa mais brega, Jazz. Vai se tratar! –Disse Rose, tentando não rir como eu. Por isso que eu a amava: vivia tirando as palavras da minha boca.

–Não é brega, não! –Defendeu-se. Pobre Jazz, não tinha senso do ridículo!

–Eu não acredito que você está apaixonada por Alice Cullen, Jasper Whitlock! Seu traidor! –Eu disse, ou melhor, eu gritei. Como o meu Best, que estava mais pra Besta do que pra Best, se apaixonava por alguém da família do favelado? Só podia ser brincadeira! –Rose? Você não acha? Rose? –Porra! Outra que não me respondia! Mereço isso não. –ROSE? No que você tanto pensa para estar no mundo da lua também?

–Eu... Estava pensando no quê? No Emme... Quer dizer, no meu trabalho que eu tenho que entregar amanhã.

–Que trabalho?

–Ah, um trabalho... –Sei. Nessa eu não caio, meu bem.

–Rose, eu estudo com você! Eu saberia se tivesse um trabalho. –Disse emburrada. Bem, se eu não soubesse, pelo menos Ângela saberia. O que dava na mesma.

–Ah, me deixa Bella! Estou indo embora! Quer carona Jazz?

–Quero! Tchau, Bella!

–Tchau.

Ah, que ótimo! Todos me abandonaram! Todos me traíram! Rose estava caidinha pelo armário e Jazz apaixonado pela formiga atômica. Será que eu sou a única normal nesse mundo? Enquanto eles ficam suspirando pelos cantos eu quero mais é aproveitar a vida!

Não sei que macumba o favelado e seus fiéis seguidores jogaram nos meus amigos, mas eu ia descobrir! Ah, se ia! Ou não me chamava Isabella Swan.

Felizmente, dessa macumba eu não sofria! Jamais me apaixonaria por alguém da favela. Jamais me apaixonaria por Edward! Meus amigos poderiam ser tapados, mas eu não.

Eu espero que não, pelo menos.