Paraíso Proibido escrita por Bellice, deessah


Capítulo 14
Motivo de Orgulho!


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu demorei pra caramba! Mas comigo estudando pro vestibular e a Dessa enfrentando umas confusões da vida, não deu pra atualizar antes, espero que nos desculpem!
Bem, não sei quanto a Dessa, mas eu pretendo finalizar esta história, não sou de abandonar nada! u.u
Se alguém ainda estiver aí, desejo uma boa leitura! :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/110920/chapter/14

Capítulo 14 –

Motivo de Orgulho

—Quem diabos você pensa que é pra prender alguém inocente, mãe? Como pôde ser tão baixa? –Eu nem cumprimentei meus pais de tão indignada que eu estava. E se eu não descobrisse a tempo, e se Edward realmente tivesse que ficar preso? Eu sempre soube que a mulher que tinha me trazido a esse mundo era egoísta, mas não a esse ponto.

—Inocente, querida? Ora, por favor! Ele é um garoto pobre que vive na favela onde o pai dele tem um antro de perdição. Aposto que vendem drogas lá. –Minha mãe disse, mantendo aquele maldito nariz empinado.

—Pessoas pobres são como nós, mãe. A família Cullen é honesta demais. E o estabelecimento deles não é um antro de perdição, é um restaurante e lancheria da melhor qualidade. E o que você quer vir falar sobre alguma coisa, mãe? Você subornou um homem para prender o meu namorado sem provas. –Berrei, me controlando para não avançar em cima da minha própria mãe.

—Como é, Renné? Você não fez isso, fez? –Meu pai não era muito do tipo que se manifestava nas decisões e futilidades de minha mãe, então vendo-o se pronunciar, eu fiquei surpresa e até um pouco esperançosa. Quem sabe até ele reconhecesse que minha mãe saiu dos limites.

—Seu namorado? Ora, você está ouvindo isso, Charlie?! Criei essa menina com tanta dedicação pra ela virar uma vagabunda querendo dar pra favelado! E Jacob? E o casamento de vocês? Jesus, Isabella Marie, você perdeu completamente o juízo!

Meu querido pai vendo que minha louca mãe estava desviando o assunto para não ter que dizer nada a ele, torceu seus bigodes e se meteu no meio de nós duas.

—Renné, eu te fiz uma pergunta. Você fez isso mesmo que Bella está dizendo? –Ela se encolheu, calculando bem o que diria a seguir. Não era como se ela tivesse medo do meu pai, era mais como se tivesse com medo de deixa-lo bravo e perder sua gorda mesada. Minha mãe era interesseira. Muito. Eu não sei se algum dia houve amor por parte dela na história de meus pais.

—É sim, amor. Mas veja, foi por uma boa causa! Eu não podia permitir que Isabella convivesse com esse tipo de gente. Quero manter a linhagem pura da família e para isso, preciso dela casada com Jacob. É um rapaz de bem e lindo. –Claro, linda era a poupança bem gorda que vinha junto com aquele babaca. Ninguém merece.

Meu pai pareceu ponderar sobre o que mamãe dizia e ficou alguns segundos pensativo. Tremi. E se ele achasse que minha mãe estava certa e me obrigasse a casar com o chatonildo? Eu fugia de casa. Ia pra sarjeta, juro, porque qualquer coisa é melhor do que aturar um encosto pro resto da vida.

—Você gosta mesmo desse rapaz, Isabella? –Papai me perguntou em seu tom sério.

—Sim, papai. Estou apaixonada por ele. Edward me faz sentir especial, me faz sentir eu mesma, entende? Antes de conhecê-lo, eu me sentia apenas a menina rica e preconceituosa, mas agora... Eu vejo que a vida vai muito além da minha casa cor de rosa.

Percebendo a veracidade das minhas palavras, eu tive uma vontade insana de sair correndo e contar tudo aquilo que falei a meu pai, para Edward. Ele merecia saber disso e de quanto eu sou grata por, indiretamente ele ter me feito amadurecer tanto em tão pouco tempo.

—Ela está ficando louca, Charlie! Ora, veja só! Se apaixonar por um favelado?! E que futuro ele vai te dar, Isabella Marie? Umas bijuterias do bazar da esquina, xis da barraquinha que o pai dele chama de restaurante e fraldas vagabundas para seus filhos ranhentos?

A vontade de chorar veio com toda força. Por mais que eu soubesse o quanto minha mãe era uma rica egocêntrica do caralho, sempre doía ver o quanto ela podia ser cruel quando quer. Era duro ver que, para ela, minha felicidade não importava nada. Se eu estivesse com o cofre cheio de joias e o coração vazio, ela estaria orgulhosa. Eu sei que sim.

—Quer dizer então que você só está comigo pelas joias, mulher? –Meu pai falou em um tom irônico, porém eu vi minha mãe se encolher, com medo de que sua máscara de esposa amorosa caísse. Era a verdade. E eu sei que lá no fundo, meu pai sabia. É como dizem, algumas pessoas só enxergam o que querem ver.

—O que interessa é que eu gosto mesmo desse “favelado” e que sim, estou namorando com ele. Mamãe, se você for me deserdar e me expulsar de casa, a hora é essa, porque eu não casaria com um cara como Jacob nem por todo o dinheiro do mundo.

Minha mãe fingiu um desmaio e desabou em nosso sofá caro e, por incrível que pareça, meu pai sorriu para mim. Antes de acudir minha mãe, papai veio ao meu encontro e me deu um abraço apertado, sussurrando em seguida ao pé do meu ouvido:

—Estou orgulhoso de você, filha.

Após sua fala, ele voltou para o sofá tentando ajudar a esposa escandalosa. Eu não consegui parar de sorrir. Meu pai raramente me chamava de filha, tampouco se mostrava interessado em minha vida, mas aquela sua simples frase queria dizer que ele iria me apoiar, independente das loucuras da minha mãe.

E, falando nisso, eu logo peguei minha bolsa e as chaves do meu bebê. Queria me mandar dali antes que ela acordasse e resolvesse vir com mais chilique. Eu precisava ver meu namorado favelado e dizer a ele o quanto fez e faz uma diferença enorme na minha vida desde que tinha entrado nela.

Olhando a hora, cheguei à conclusão de que ele deveria estar trabalhando no bar do seu pai. Meu estômago roncou. Minhas fiéis seguidoras nunca desconfiariam que a Queen B morria de amores pelo Xis do Cavanhas, muito menos que o dono daquele estabelecimento “ralé” era agora, meu sogro. Mas, quer saber? Que se dane! Já estava na hora de eu viver minha vida por mim mesma, sem ninguém me bajulando por meu status num maldito colégio cheio de gente babaca.

Assim que estacionei o carro e saí dele, vi meu lindo e sexy namorado servindo uma mesa do lado de fora do estabelecimento. Bom Jesus, como ele conseguia ficar fodidamente gostoso apenas servindo uma cerveja?

Acho que fiquei babando por tempo demais, porque antes que eu pudesse me mover, senti braços me agarrando. Quando ele passou por mim para me pegar por trás?!

—Senti sua falta. –Foi tudo o que o meu favelado disse, acompanhado de um beijo- barra-mordida em meus pescoço.

—Eu senti a sua também. A propósito, eu preciso falar algumas coisas pra você, favelado. –Se eu o chamasse assim a algumas semanas, ele provavelmente devolveria com um “Patricinha Arrogante”, mas agora, ele apenas sorria. Acho que achava até fofo, pois sabia que eu não estava sendo preconceituosa. Não mais.

—Enfrentei minha mãe hoje e contei que nós dois estamos namorando. Ela fez fiasco, é claro. Desmaiou. Mas meu pai disse que estava orgulhoso de mim. –Senti seu sorriso em meu pescoço e me virei, ficando de frente a frente para ele.

—Eu também estou orgulhoso de você, princesa. –Meu namorado fez um singelo carinho em minha bochecha com a ponta de seus dedos e a forma como aquele apelido soou carinhoso me fez querer chorar de felicidade. Eu nunca tinha me sentido assim em toda a minha vida. Tão... Completa. Viva.

—E eu só queria dizer a você, favelado... –sorri- que você, Alice e Emmett foram a melhor coisa que aconteceram desde Jazz e Rose. E que, antes de você aparecer, eu vivia me sentindo confusa, sem saber quem eu era, só me sentindo eu mesma quando estava na presença dos meus dois melhores amigos. Desde que você chegou eu amadureci, e descobri quem eu sou. E eu não sou a Queen B esnobe que todo o colégio conhece. Eu sou apenas a Bella. Que ama os amigos mais do que qualquer coisa e que está perdidamente apaixonada pelo favelado que ela brigava e pisava em cima desde sempre. Então, obrigada.

Eu pensei que Edward reagiria de várias formas. Talvez rindo, ou talvez sorrindo, ou talvez com um ar presunçoso. Mas não. Ele apenas me abraçou forte, e sussurrou um “Obrigado”, antes de me prensar em meu carro e me beijar o mais sofregamente ele pôde.

Acho que essa era a mania preferida de Edward: me prensar em meu carro e tomar meus lábios com os seus logo em seguida, como se nada mais existisse ao nosso redor. Não que eu estivesse reclamando. Enquanto sua boca estivesse sobre a minha e seu coração estivesse batendo tão rápido quanto o meu, tudo estaria bem. Tudo estaria ótimo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí gente? Mereço reviews? Uma recomendaçãozinha? ♥ Por favor, vai! Presente de Natal! auahauha *-*
Beijo e até logo, prometo que não demoro tanto :*
Qualquer coisa falem comigo no blog: bellicefanfics.blogspot.com.br



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Paraíso Proibido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.