Coração em Conflito escrita por Chibieska


Capítulo 8
Alma Lavada




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ALMA LAVADA

Haru fechou a última caixa e sorriu contente. Olhou para o quarto que ela logo abandonaria e viu algumas caixas com o resto de suas coisas.

- Haru tem certeza que quer fazer isso? – perguntou Kyoko, com uma expressão triste.

- Não se preocupe, Kyoko. – respondeu sorrindo. – Eu não vou me mudar para Marte, é só um apartamento no centro...

- Hey Kyoko não se preocupe, Haru vai estar a 15 minutos daqui, perto da Hana. – disse Ryohei tentando animar a irmã. Ele ajudava Haru com as caixas, levando-as para o carro.

Mesmo ainda triste Kyoko sorriu para o irmão e se aproximou da amiga.

- Mas você virá nos visitar sempre, não é? – disse envolvendo as mãos da amiga. Ryohei pegou mais algumas caixas e saiu do quarto. Haru sorriu para a amiga e olhou para a janela, o dia estava claro e bonito, ela sentiria falta daquele lugar.

=8=

- Tem certeza disso, Haru? – perguntou Tsuna, apoiando os dedos na mesa da escrivaninha.

- Eu acho que será o melhor pra todos. – respondeu com um sorriso. Só avisara da mudança, após achar um aconchegante apartamento no centro. Era pequeno, mas era tudo o que ela precisava.

- Sabe que não há problemas de você ficar aqui. – disse, aproximando-se dela.

- Tudo bem, Tsuna-san. Eu preciso de espaço. – sorriu, mesmo sendo um sorriso visivelmente triste. – E você também.

- Você sempre será bem-vinda aqui, sabe disso. – ele envolveu as mãos delas entre as suas. Sentiria falta dela, do seu sorriso e sua animação. Morara com ela por um longo tempo enquanto ela era uma estrela sem brilho e agora que ela voltara a ser como antes, decidira partir. – Eu fico muito agradecido por tudo que você fez por mim.

Haru sentiu suas mãos tremerem, ainda amava Tsuna e não era só o fato de não carregar mais um anel que mudava isso, mas ela tinha tomado sua decisão, sabia que aquilo não a levaria a lugar algum. Ele merecia ser feliz, e ela também.

- É por causa dele? – a pergunta de Tsuna tirou Haru de seus devaneios e fez seu rosto corar. Tsuna era o chefe da família e desempenhava bem sua função ao saber o que se passava com os membros de sua família.

- N-não... – ela gaguejou e suas mãos tremeram tanto que até Tsuna percebeu.

- Eu entendo. – disse ele com um sorriso delicado. – Vai dar tudo certo. – E a envolveu num abraço confortante, que a fez corar. Ela o abraçou devagar e deixou se envolver pelo momento. Era o mais próximo que chegaria do seu Tsuna.

=8=

Ryohei recolheu a última caixa e as meninas o acompanharam escada abaixo, Haru olhava para os corredores, portas e janelas como se fosse a última vez que fosse colocar os pés ali. Ela sabia que não era verdade, mas queria se afastar por um tempo da mansão, até colocar suas idéias no lugar.

Seus sentimentos por Tsuna ainda estavam lá queimando em fogo baixo, sentia uma pequena inveja da felicidade que aguardava Kyoko de portas abertas. O que sentia por Yamamoto ainda não sabia, nem tão pouco o que era aquele turbilhão de sensações que sentia cada vez que seus olhos cruzavam com os de Gokudera.

Tsuna e Lambo esperavam por eles no salão principal, acompanharam Haru até carro, onde Ryohei depositou a caixa restante e se despediu da moça. Lambo se despediu de forma chorosa, pedindo para que Haru viesse visitá-lo. Tsuna a abraçou e pediu que ela voltasse sempre, assim como Kyoko.

A garota segurou as lágrimas durante a despedida, afinal não era uma despedida definitiva.

- Não vai se despedir de mim? – perguntou Yamamoto, aparecendo próximo a Tsuna com um largo sorriso no rosto.

Haru sentiu o rosto corar e viu os outros se afastarem discretamente deixando-a só com Yamamoto.

- E então? Não vai me falar tchau? – perguntou novamente, coçando os cabelos.

- Yamamoto, não é uma despedida. – respondeu com um sorriso. – Eu só estou me mudando para um apartamento no centro.

- Mesmo assim. – deu um largo sorriso. – Não deixe de nos visitar.

- Claro que não, eu sempre virei ver vocês. – então puxou uma caneta das roupas e escreveu o endereço na palma da mão do rapaz. – E você também, minha porta sempre estará aberta para suas visitas.

Yamamoto sorriu de forma ainda mais larga e pelos seus olhos passou um lampejo de esperança.

- Você já tem minha resposta? – perguntou espontaneamente.

Haru corou violentamente e baixou os olhos, ela já havia pensado nesse assunto diversas vezes, mas não conseguira chegar a uma conclusão sobre seus sentimentos.

- Ah, me desculpe. – ele pediu quando a viu corar. – Eu prometi que iria esperar, e esperarei. – e sorriu docemente, então deu um demorado beijo no rosto da jovem, que sentiu seu corpo inteiro queimar, e se despediu com um sorriso, fitando o endereço escrito na mão.


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