Coração em Conflito escrita por Chibieska


Capítulo 2
Em Meio a Tempestade


Notas iniciais do capítulo

Após chorar nos braços de Yamamoto, a jovem Miura vai ter algumas desavenças com o guardião da Tempestade.



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EM MEIO A TEMPESTADE

Haru acordou envolta em lençóis de seda, seu quarto estava iluminado pelo sol vespertino, ela dormira demais, mas sentia-se revigorada. Ela estava descabelada e ainda trajava o vestido da noite anterior. Levantou-se e tomou um longo banho.

Ainda não sabia como havia chego ao quarto, lembrava-se de ter chorado nos braços de Yamamoto, mas não conseguia se lembrar do que acontecera depois.

Saiu do quarto, pensava em como manobrar o acontecido da noite anterior, sentia seu rosto corar ao pensar em Yamamoto secando suas lágrimas. Estava tão absorta em seus pensamentos que só percebeu a presença de Gokudera quando esbarrou nele.

- Olhe por anda, mulher estúpida. – disse o guardião encarando Haru.

- Gokudera-san... – esfregava a cabeça, onde havia colidido com o rapaz.

- Isso é hora de acordar, sua inútil? – disse dando um longo trago no cigarro.

- Haru não é inútil. – respondeu irritada. – Haru só estava com sono...

- Sei... – disse virando o rosto e encarando o dia pela janela do corredor. Gokudera parecia bastante irritado, suas sobrancelhas estavam curvadas e seus lábios tremiam ligeiramente. – Você fica sorrindo que nem tonta, como se ninguém soubesse... – resmungou entre dentes.

- Hahi, Gokudera-san do que está falando? – encarou-o curiosa.

- Não seja cínica, mulher burra. – respondeu alteando o tom de voz. – Juudaime deve ter tido um lapso para ter feito uma mulher tapada como você, sua esposa. Mas minha função como braço direito do Juudaime é apoiar sua decisão... – deu um suspiro exagerado. – Mas não vou permitir que você suje o nome do Juudaime. – jogou a bituca do cigarro no chão do corredor e pisoteou a ponta fumegante.

- Do que você está falando? – perguntou irritada.

- Você e o Yamamoto! – gritou. A voz do rapaz reverberou nas paredes do corredor.

- Hahi?

- Acha que eu não sei que você anda pelos cantos se esfregando no maníaco do baseball. – Gokudera avançou em direção a Miura, totalmente fora de si. – Você e aquele idiota sorridente, acha que o Juudaime não vai descobrir?

Haru afastou-se até encostar contra a parede do corredor. Estava encolhida e assustada, já tivera várias discussões com o guardião da tempestade, mas ele estava muito alterado.

- Gokudera-san, não é nada do que você está pensando... – mas ele estava tão nervoso que não a ouvia.

- Não vou permitir que você desgrace o nome do Juudaime! – bateu as mãos com violência na parede atrás de Haru, cercando-a. Seu rosto estava pálido, suas feições desfiguradas pela raiva e um brilho maníaco percorria seus olhos. – Não sei o que fez para enganar o Juudaime, mas eu não vou ser enganado por você, mulher estúpida. – então baixou a cabeça e encarou o chão. Os cabelos caídos sobre os olhos, a respiração arfante.

Haru estava tão assustada que não conseguiu se mover. Apenas ficou encarando o rapaz a sua frente.

- Gokudera-san...

-Por que você faz isso? – perguntou irritado, ainda fitando o chão. Sua voz estava mais baixa e amarga. – Por que você tem que estar aqui? – então a encarou, seus olhos transmitiam tristeza. Tristeza que Haru nunca vira nos olhos do jovem pianista.

- Gokudera-san, eu... – pela primeira vez Haru vira o jovem mostrar fragilidade. Sentia-se culpada por vê-lo daquela forma, embora não soubesse exatamente como ela provocara aquela reação.

- Por que aquele maníaco do baseball? Por que o Yamamoto? – sua voz se alterou, e suas mãos se fecharam, raspando o papel de parede. – Você é uma retardada! – gritou irritado.

- Haru não é retardada, eu não tenho nada com o Yamamoto-san, somos apenas amigos. E mesmo que tivesse, a vida é minha para fazer o que quiser. Eu não devo satisfação a você. – gritou, enfrentando-o. Haru empurrou o rapaz de lado, ela não queria ficar mais ali. Toda a pena que sentira por ele minutos atrás, simplesmente desaparecera. E sobrara apenas frustração. Gokudera a segurou pelos ombros e a colocou contra a parede. – Tire as mãos de mim, seu...

Mas as palavras da jovem nunca foram proferidas, Gokudera selou os lábios da mulher com beijo. Haru arregalou os olhos ao sentir os lábios quentes envolver os seus, mas instintivamente abriu os lábios e deixou que a língua dele explorasse sua boca. Ele tinha um gosto de menta misturado à nicotina do cigarro, conseguia ser quente e envolvente, mesmo sem abraçá-la, ou devorá-la no beijo. A mulher fechou os olhos e deixou-se levar pela delicada sensação, mesmo que uma parte sua gritasse que aquilo era errado, uma outra parte sua parecia finalmente satisfeita e realizada, como se passasse a vida esperando por aquele momento.


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