Coração em Conflito escrita por Chibieska


Capítulo 10
Apenas Ele Pode Entender


Notas iniciais do capítulo

o capítulo anterior terminou em aberto, agora vocês vão saber o que Gokudera andou aprontando.



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APENAS ELE PODE ENTENDER

Gokudera sentiu um calor morno no rosto e abriu os olhos, em meio ao emaranhado de cabelos conseguiu ver os raios do sol invadindo o quarto, entrando pelas frestas da janela. Ao seu lado, deitada na cama, estava Haru ainda adormecida. Sentiu uma sensação estranha no estômago de que havia feito bobagem, e se arrependeu imediatamente de ter ido parar na cama com ela.

=8=

Não sabia quanto tempo havia se passado desde que haviam discutido, ainda estavam na sala do pequeno apartamento da jovem Miura, separados por uma distância mínima, mas sem se encarar ou trocar uma palavra. Até que ela desatou a chorar, um choro triste e profundo. Ela cobriu o rosto com as mãos e ajolheu no chão frio.

O guardião da tempestade soube que essa era a hora em que ele deveria ir embora, de fininho, sem se despedir. Mas ao invés disso se aproximou, ajoelhou ao seu lado e a abraçou sem jeito. O choro dela redobrou, mas ela não o afastou, enlaçou-lhe o pescoço e escondeu o rosto nos longos cabelos do rapaz. Ele afastou os cabelos dela e encarou seu rosto, vermelho e inchado, e, seguindo mais sua vontade do que sua sanidade, a beijou.

Ela correspondeu ao beijo, passou as mãos pelos cabelos prateados e sentiu que as mãos dele procuravam o corpo dela. Sentia-se confusa, mas o gosto dele, o cheiro característico que só ele possuía a faziam ignorar, mesmo que momentaneamente, suas preocupações e medos. Gokudera se assustou quando Haru puxou sua camisa com força, tentando tirá-la. Sabia que aquilo, naquelas circunstâncias não era certo. Mas gostava dela, e não havia Juudaime, nem maníaco do baseball, naquele momento havia somente Hayato na mente dela, ele sabia.

Fizeram amor sobre o tapete da sala, e quando terminaram, Haru levantou-se e o puxo pela mão. Levou-o até o banheiro, onde tomaram um longo banho juntos, mas não trocaram nenhuma vogal e Gokudera percebeu que Haru mal o encarava. Após o banho ela o secou, enrolou-o em um hobe e ajeitou a cama para que dormissem juntos. Quando apagou a luz ela sequer desejou boa noite, mas Gokudera não se importou, virou de lado na cama e dormiu quase imediatamente.

Agora sob a luz do dia percebera que tomara uma atitude bem idiota ao beijá-la novamente.

=8=

Haru quase não dormiu, passara a noite toda pensando no que fizera. Quando beijara Gokudera a primeira vez não sentira culpa por estar noiva de Tsuna, mas agora sentira que havia traído a confiança que Yamamoto depositava nela.

Ainda sentia os efeitos da noite passada com Gokudera. Ela sentia o coração bater acelerado, sentia-se completa e realizada ao lado do pianista. Era uma sensação estranha, provavelmente a mesma que o ítalo-japonês sentia ao acender um cigarro. Sabia que aquilo era nocivo, mas não deixava de ser prazeroso. Conseguia entender agora porque apesar das desavenças estavam sempre juntos. Eram como cúmplices, precisavam um do outro para viver, mesmo que isso não incluísse romantismo nenhum. Não era como o amor que sentia por Tsuna, nem similar aos sentimentos que nutria pelos outros Vongolas. Não sabia precisar, mas era algo que apenas Gokudera conseguia despertar nela.

=8=

Virou-se na cama quando o quarto foi iluminado pelo sol e viu que Hayato a encarava.

- Gokudera... – ela não sabia o que dizer ao rapaz.

Ele balançou a cabeça, tentando afastar a vontade de chorar. Levantou-se e pegou as roupas no pé da cama, que Haru havia dobrado na noite anterior. Começou a se vestir, furioso por ter dito o que sentia, por ter dormido com ela, por ter...

- Você pode ficar, e tomar café comigo se quiser.

O rapaz não respondeu, terminou de se vestir e acendeu mais um cigarro.

- Você sente o mesmo que eu? – ele parecia triste. Ela confirmou com a cabeça. – Como vamos conviver com isso?

- Da mesma maneira que fizemos nesses anos todos – respondeu com franqueza.

- É, acho que dá pra fazer assim – disse, após um longo trago no cigarro.

- Obrigada por estar aqui, Hayato – agradeceu com um sorriso simples. Não era ele que estava sempre lá pra implicar com suas escolhas?  Gokudera notou que ela usara seu primeiro nome, era a primeira vez que ela o fazia, e não pode conter um sorriso infantil.


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Notas finais do capítulo

espero que vocês tenham gostado e sim, tive muito trabalho para conseguir escolher um sentimento que os unisse. E não percam o próximo capítulo, que fecha essa fic. (aeee, já tava na hora)



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