Diário de Um Cupido Revoltado escrita por Brasi Blue


Capítulo 20
Dia 7 - parte 2: Lágrimas do Ódio - pt.1


Notas iniciais do capítulo

PENÚLTIMO CAPÍTULO - A conclusão sobre o pessoal que tentou adivinhar sobre o Cleph!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/11054/chapter/20


  Esperar a minha mãe foi um saco... Eu fiquei com o copo grudado na parede corredor por um tempo. Depois os meninos me chamaram para assistir o filme. Todo mundo precisa relaxar uma vez na vida, né? Eu chamei o meu irmão pra ir junto, porque ele quase nunca se diverte, eu quase nunca chamo ele e ele quase nunca sai de casa (muleque certinho e caseiro).


  "Que filme vocês pegaram?"


  "Temos uma coisa grega tipo Odisséia."


  "Já vi esse filme desde que eu era um pirralho."


  "Temos... Velozes e Furiosos."


  "Deixe esse pro final! Eu estou curioso e qual é o terceiro?"


  "Drácula."


  "Uuuuhhhh... Sinistro! Vamos ver que eu estou curioso! Eu gosto desses filmes!"


  "Irmãozinho, não se empolgue tanto."


  Assistir filme com os meus amigos é mais emocionante que ter que escutar minha mãe conversando com o meu pior inimigo sobre casamento. Eu esquentei a pipoca e também trouxe uns cobertores (pipoca, cobertor, filme e chuva! perfeito! Ainda mais se for aquela chuva grossa com relâmpagos!). Toda vez que alguém saía pra ir ao banheiro ou esquentar mais pipoca, parávamos o filme e ficávamos fazendo alguma coisa pra enrolar. Eu muitas vezes ficava de pestana, ou seja, caíndo no sono porque o filme não era nada pequeno. Lá lá lá... Eu dormi um pouqinho e depois eu senti um ombro encostado na minha cabeça. Era do meu irmãozinho querido. Ele começou a afagar na minha cabeça e isso fez o meu sono ficar mais pesado ainda... EU PERDI O FILME INTEIRO!! (graças que eu posso assistir até amanhã.).


  "Eros, você dormiu muito."


  "Irmão, você afagando na minha cabeça só ajudou a me deixar com sono."


  "Ha ha ha ha..." ¬¬'


  "Então, o que faremos agora? Assistiremos outro filme?"


  "Não sei... Na verdade..." - pensei "... Eu tive uma idéia maluca. Eu preciso do telefone!"


  "Pra quem você vai ligar?"


  "Pra única pessoa que poderia me ajudar, sem nenhum problema e ainda é rápido."


  "Quem... Ah! Não! Ele não!"


  "Mas Anteros, ele é o único que poderia me ajudar em uma hora dessas, e principalmente no meu plano de impedir o casamento do..."


  "Que plano, l'amour?" - aquele idiota chegou no pé da minha orelha! Eu fiquei gelado de susto! Ò_Ó


  "PARA DE ME CHAMAR DE L'AMOUR QUE EU NÃO SOU NADA SEU!"


  "Eu gostaria de conhecer a casa. Posso?"


  "Anteros pode fazer is..."


  "Eu quero você!" - ele segurou o meu braço e me olhou sério!


  "Você me seguiu a casa inteira e não a conhece?"


  "Eu não tenho memória fotográfica, garoto."


  "Eu aposto a minha grana que esse Cleph tá querendo alguma coisa com o Eros."


  "Andy! Não fala isso! Não tá vendo que a coisa está feia pra ele e você ainda fala besteira. Eros, eu vou com você. Caso alguma coisa aconteça."


  "Está bem. O garoto pode vir com a gente." - seguimos. Mas o Andrew não estava confiando muito no garoto e acabou seguindo a gente escondido. Como eu soube? Podem até me chamar de louco, mas eu senti um cheiro de perfume. X_x


  Eu mostrei a casa. Já mostrei o lugar onde o meu pai guarda as suas armas, o salão da minha mãe, usado para as suas consultas amorosas (uma coisa tipicamente... Grega! lol), os banheiros, e também o local que em eu treino a minha pontaria. Sem falar na biblioteca gigante da minha mãe... O último lugar que eu mostrei foi o meu quarto. Ninguém entra nele sem a minha permissão, tirando os meus amigos mais chegados! Aquele babaca me empurrou pra dentro dele, junto com o Kaito com a desculpa de que tropeçou em alguma coisa.


  "Lugar legal, né? Que banda é essa que eu nunca ouvi falar?"


  "Acredite. Eu encontro algumas coisas na internet mesmo. Não sou do tipo que gosta da 'moda' musical."


  "Interessante... Opa! Eu tenho que fazer isso!" - o maluco saiu correndo e pulou na minha cama... Mas que folgado! E ainda ficou abraçado nos meus travesseiros. - "Eu sinto falta de um desses... Nunca tive uma coisa dessas quando eu era mais novo."


  "Éee... Cleph... Posso fazer uma pergunta sobre a sua infância?"


  "Sobre o que quer saber, Eros?"


  "O que você usava quando era mais novo? Digo... O que gostava de vestir?" - ele ficou parado por um tempo e... Começou a pensar. Ele ficou com uma cara séria... Ao mesmo tempo tensa.


  "Eu gostava... De usar coisas de pele. Eu era obrigado a usar porque... Diziam que eu poderia ficar doente a qualquer hora porque eu era muito sensível ao frio."


  "Algo tipo... Uma pele de ursa?" - ele gelou. - "O lugar onde você morava era muito frio?"


  "... Va-va-variava um pouco. Eros, o que você está tentando fazer?"


  "Não estou tentando fazer nada. Eu só quero saber umas coisas sobre você. Apareceu do nada, eu já sei que você veio pra me importunar, pra me atrapalhar em serviço."


  "Então já você descobriu algumas coisas sobre mim, né?"


  "Não tenho total certeza, Cleph. Você..." - antes que eu completasse a minha frase, ele empurrou o Kaito pra fora do quarto e trancou a porta. Eu escutei ele batendo com força. - "Não pode fazer isso com ele! É meu amigo!"


  "Não sei o que significa a palavra amigo, Eros. Eu nunca tive um! Todo mundo me rejeitou!"


  "Alguém, pelo menos um deve ter te amado! Eu estou mentindo?"


  "CALA A BOCA!!" - ele me me atirou uma flecha dele. O que nas pessoas faz um efeito de ódio, em mim fez um efeito de dor! Aquela não era uma flecha normal dele... Deveria ser uma flecha humana! - "Se as pessoas me amassem, elas não me abandonariam! Não me esqueceriam... E também não me tratariam como lixo! Você teve uma vida digna de um deus grego, Eros. Eu tive uma vida de... De... De animal!"


  "Espera! Não precisa apelar também! Por que está me tratando como seu inimigo?" - que pergunta idiota! Falei sem pensar!


  "Somos como cão e gato! Somos inimigos naturais! Você merece mais algumas!" - ele começou a atirar em mim. Eu fiquei com flechas pelo meu corpo quase inteiro."


  "Cleph... Pa... AAAAAHHHH!!! AAAAHHH!!! Chega! Eu não..."


  "Bico calado! Venderei os olhos! Você vai ver o que o verdadeiro ódio é capaz de fazer em alguém!" - ele vendou os meus olhos e me deixou cego. Tem pessoas que dizem que eu uso uma venda quando estou atirando.


  "Cleph... Por que você está apelando? Para com isso... AAAAAAAAAAHHHHHHH! PARA DE ATIRAR EM MIM C$%&*?!?"


  "CALA A BOCA, P%&*! AQUI VOCÊ NÃO MANDA EM NADA! VOCÊ SÓ VAI ME OBEDECER!" - eu levei várias flechadas no corpo e também recebi vários chutes. Eu não tinha forças pra pegar o meu arco. Ele ainda cortou os meus pulsos com uma lâmina e prendeu com uma gravata. Eu estava totalmente rendido. - "Vai, Eros. Fala quem é que é o viadinho agora." - ele saiu e abriu a porta. Os meninos viram a cena e gritaram pela minha mãe e pelo meu pai. Ele saiu muito rápido, que nem mesmo puderam detê-lo.


  "AAAAAAHHHHH!!!! AAAAAAHHHH!!! CLEPH!!! VOCÊ NÃO MERECIA.... VOCÊ NÃO FOI ODIADO POR TODOS!!!"


  "Meu filho! Anteros! Rápido, pegue as bandagens e as ervas para curar as feridas do menino! Ares! Me ajude a tirar essas flechas! Ele está sangrando muito!"


  "Sabe que eu não me importo com a cura dos guerreiros! Peça para outra pessoa."

 

  "Cruel e impiedoso... Meninos me ajudem! Ele está muito dolorido!"

 

  "Mãe! Por que!? O que fizeste? Está quase tudo claro para mim..." - eu desmaiei... Só acordei algumas horas depois, quando eu já estava cheio de faixas pelo meu corpo inteiro.


  É a segunda vez que eu me ferro com ele. O Cleph ficou louco da cabeça! Eu nunca vi alguém tão irado como ele em toda a minha vida, tirando o meu avô Zeus!  Meu rosto ainda estava muito vermelho e eu estava ofegando muito. Aquele maldito... Ele vai pagar... Ele vai pagar muito... Eu peguei o meu celular e liguei para a única pessoa que poderia chegar pra me ajudar nos planos. Liguei bem devagar e tive dificuldadepra trazer o celular até os meus ouvidos. Eu escutei as primeiras palavras com um sorriso. Aquela voz me animava.


  "Bem vindo ao SAC - Sentado Atendendo Chamadas. Você está falando com Hermes, a agência de mensagens de um homem sóm ou seria um deus só? Diga a sua mensagem e como você quer enviá-la, SMS, scrap no Orkut, telefonema, correspondência, carro de mensagem ou até mesmo pessoalmente!"


  "Tio Hermes... É o Eros..."


  "FALA RAPAZ! QUANTO TEMPO! Já estava acreditando que você nunca mais aprenderia a utilizar o telefone. Quantos anos você está agora?"


  "Eu tenho 17 quase 18 anos. Preciso da sua ajuda, tio."


  "Aff... Não seja tão formal!"


  "Tem como você vir aqui buscar uma coisa. Preciso da sua ajuda pra acabar com um casamento."


  "O que!? Ficou maluco!? Se a minha mãe, que me ama muito descobrir que eu ajudarei a acabar com um casamento, ela me mata!"


  "Mas você tentou impedir que Pérsefone se casasse com Hades!"


  "Mas aí é diferente! Ele raptou a moça!"


  "E a minha situação é parecida. Um inimigo meu está querendo casar com uma mortal. Mas ele usou os seus poderes e agora ela é uma mulher depressiva e odiosa. Por favor, Hermes, me ajuda!"


  "Estou vendo que a sua situação é complicada, rapazinho... Bem. Vou ver o que posso fazer."


  "Obrigado, obrigado, obrigado, tio Hermes! Você é o melhor."


  "Eu vou cobrar meu pagamento. Está achando que eu estou trabalhando de graça? Eu tive que fazer 89 entregas só hoje e todas elas pra diferentes partes do mundo."


  "... Ai ai ai... Tá bom! Eu pago! Mas me dá um desconto que eu estou dolorido."


  "Dolorido por que? Rolou briga?"


  "Sim. Ele atirou flechas em mim e ainda cortou os meus pulsos."


  "Afinal das contas ele é o ser de cabelo preto e olhos cinzentos odiado pelo Panteão?"


  "Você sabe dele?"


  "Todo mundo lá de casa sabe, Erozin... Bem, eu tenho que desligar o telefone porque eu estou recebendo uma outra ligação aqui. Até mais!" - ele desligou o telefone. Pô! Todo mundo sabe e só eu não sei!? Tem coisa errada aí! Alguém não completou uma parte da história!


  O Kaito e o Andrew chegaram no meu quarto e ficaram tentando me animar. Eles contavam um fatos estranhos, situações engraçadas e ficavam me dando um apoio moral. Até o meu irmão chegou perto de mim e ficou pra me animar. Eu chorei muito e até tentei atirar uma flecha contra a parede, mas eles me impediram. todos eles me amavam, mesmo que eu tentasse explodir o mundo com as mãos. A minha mãe chegou pra me ver... Ela estava muito triste e viu que realmente não estava nada bem. Sentou na minha cama e afagou a minha cabeleira encaracolada.


  "Meu filho... Por que aconteceu isso?"


  "Existe um ditado que diz pra não falar com estranhos. E muito menos deixá-los entrar na sua casa. Mãe o Cedric ele não é que nós pensamos. Ele é pior do que isso! Ele não é um mortal ele é..."


  "Uma criatura. Eu sei disso Eros. Sei porque eu estive presente no nascimento dele. Todos do Panteão o odeiam ele porque... Vou te contar uma história e espero que você me compreenda."


  "É sobre mim?"


  "Sim. É sobre você. Quando era apenas uma criança, você era inocente e não sabia o que era paixão de verdade. Atirava suas flechinhas em qualquer pessoa. Com o passar do tempo, você cresceu e aprendeu sobre os humanos. O que era a paixão e o que acontecia quando um casal se apaixona e quando ela poderia se tornar em um casamento. Naquele dia, você quis ter uma parceira. Queria ter um amor para sí. Eu disse que não. Nunca permiti e jamais permitiria que você se casásse."

 

  "Então era por isso que você disse que não haveria casamento entre eu e a Claris. Mas... Por que mãe?"


  "Acha que eu deixaria meu filho imortal casar com uma humana? Isso é imperdoavel!"


  "Nem mesmo o meu avô era fiel, mãe! Muitos de seus filhos eram filhos de mulheres mortais! Eu estou mentindo?"


  "Não. Continuando a história, depois daquilo tudo, você não atirava mais flechas por diversão, e sim por ódio. Ódio de não ter ninguém para amar. Não ter ninguém para partilhar o amor. Aquilo estava assustando os deuses e os mortais. Ninguém mais queria se apaixonar. Eu fiquei entristecida. Desse jeito, ninguém mais iria pedir a proteção de Hera no casamento e nem a minha ajuda no amor. Não estava certo. O seu ódio chegou ao limite. Quando completou seus catorze anos, eu pedi a Zeus um conselho para acabar com isso. Atena, sábia como sempre falou para fazer o mesmo quando ela nasceu: que você fosse partido."


  "Partido!? Tentaram me transformar em... Transformar em dois... Como os seres de quatro braços e duas cabeças."


  "Exato. O seu ódio foi transformado em um tumor."


  "Isso explica a minha dor nas costas que eu sentia! Então aquilo que eu sentia nas costas era o meu ódio inteiro... Gente, eu me sentia um Atlas carregando o planeta Terra!"


  "Essa história toda está me deixando confuso. Poderia continuar?"


  "Claro, meu rapaz. Foi enviado para Hefesto, que então pegou seus instrumentos e lhe perfurou nas costas. Saiu de você uma massa negra e agressiva, tão agressiva que teve de ser presa em um local seguro."


  "E onde foi preso?"


  "Zeus nunca me disse. Apenas soube que foi em um lugar seguro. Com certeza onde ele poderia tentar acalmar."


  "Putz... Deveria ser uma barra tentar controlar essa massa. Como ela era? Tinha boca? Olhos?"


  "Ela apenas gritava e tinha vários braços. Era do tamanho de um cachorro grande. Bem... Aquela massa não poderia ficar presa para sempre, pois ela poderia arriscar a vida dos mortais. Assim como Pandora nasceu, aquela massa foi moldada e dela surgiu... A personificação do ódio."


  "Daí nasceu o Cleph. E o que fizeram com ele depois?"


  "Zeus o jogou no mundo dos mortais. Sem nenhuma proteção ou alguma roupa. Foi tratado como lixo por todos."


  "Pe-pe-pe-pera aí!" - interrompeu o Kaito intrigado - "Se esse tal Cleph era uma massa agressiva, como ele ficou 'calmo'?"


  "Hefestos, quando o transformou em criatura, deu a ele características humanas. Eu pedi para Phobos e Deimos cuidarem de sua mente e o transformá-lo no ser mais covarde e medroso."


  "QUE M$%& MÃE!"


  "Eros! Como pode falar assim comigo?"


  "Você que é a deusa do amor, como pode fazer isso com ele? Não poderia ter feito outra coisa?"


  "A única maneira de tratar do seu problema era esse! Pense pelo lado positivo: você se livrou de um peso nas suas costas."


  "E ao mesmo tempo criou outro problema! Se eu soubesse quando era mais novo que aquele garoto era ele, jamais teria dado o meu arco e as minhas flechas para ele! Estamos empatados! Que tipo de mãe você foi!" - eu peguei as minhas coisas e fugi de casa. Liguei no meu celular e exigi que o Hermes fosse atrás de mim naquela hora. Desastre total. Feliz mente, ele é rápido e me encontrou. Fomos por todos os cantos atrás dele. Eu carregava as minhas flechas, o frasco com perfume que o meu irmão me deu e o "Melado do Amor" que eu fiz pra recuperar a Psiquê.


  Eu não tinha mais tempo pra nada. A chuva ajudava a me deixar com mais raiva. Cheguei estava chegando perto da igreja e eu vi! Os sinos de casamento, a música alta e todo mundo esperando a noiva.


  "Tem certeza que isso é necessário?"


  "Se eu não fizer isso, eu estarei ferrado! Eu tenho muito mesmo que fazer isso, Hermes! Não dá pra eu ir mais rápido não?"


  "Tem! Se segura nas minhas costas! Você vai saber como é que um feixe de luz corre do mundo!"


  Eu voei MMUUUUUUUUUUITO rápido! Eu quase fiquei enjoado de tanto correr. Não conseguia ver nada. Só rabiscos e borrões formados pela velocidade do meu tio (e possívelmente meu pai né? Tem gente que diz isso). Eu fiquei socando pra ele tentar ir um pouco mais devagar. E em poucos segundo nós chegamos. Ficamos na porta da igreja e o padre já estava abençoando os dois. A gente entrou antes dele dizer aquela famosa frase "fale agora ou cale-se para sempre!". Eu chutei a porta e peguei as flechas. Entrei como se eu fosse fazer um atentado, mas eu não sou nenhum terroristas. *gulp*.


  "O que está acontecendo? Senhor nos proteja!" - disse o padre assustado


  "Eros! O que você está fazendo?"


  "To impedindo que a m%&# fique maior do que já está! Meus senhores, colegas e... Professores. Eu digo que esse casamento não é digno de acontecer. Por que? Simples... O noivo seduziu a noiva, eles figiram ter um namoro, mas ele na verdade apenas queria se aproveitar de sua felicidade e de seu amor, já que ele... Bem... Jamais deveria saber o significado dessas palavras quando mais jovem. E agora que ele não tem amor nenhum... Vai perder o único que tentou sequestrar."


  "MALDITO! CONTINUE O CASAMENTO!"


  "Desculpe, mas esse casalmento acabou! Hermes, dê esse melado pra noiva provar. Tenho certeza que ela irá gostar."


  "Sim senhor."


  "Eros idiota! Você vai ver uma coisa!"


  "Pode vir com as suas flechas porque hoje a casa cai pra você!" - e que começe o terceiro round!


  Flechas por todos os lados. O pessoal da igreja fugiu assustado. Muitos se esconderam e ficaram pra observar a nossa luta. Muitas pessoas da minha sala estavam lá. Eu sabia quem estava lá. Começamos brigar pra valer. Não importava se estivesse chovendo, se estivesse fazendo sol, ventando, trovejando... A gente começou a quebrar tudo! Até mesmo as árvores que estavam próximas da gente. E atirei três flechas nele e nós acabamos caindo em uma casa abandonada perto da igreja. Tudo bem, a casa estava velha, quase caido aos pedaços, mas... Era uma casa também! (ou quase). Tinha ainda prato, vasos, mesa... Eu não tinha mais flechas pra usar então eu comecei a lançar pratos nele e o infeliz começou a lançar pedaços de cadeira.


  "O que foi Eros? Ficou com raivinha só porque eu ia pegar a sua mulher e lhe dei uma boa surra na sua casa? Que gracinha! Adorei o seu visual... Mas... Acho que ele vai ficar melhor quando eu passar essa faca no seu corpo!"


  "Não seu eu puder evitar, seu metido!" - ele usava a faca e eu... Um garfo!? Sim, um garfo... u.u


  Eram dois garfos contra uma faca. Ele se aproveito do arco dele e começou a lançar as facas em mim. Desviar daquilo era bem mais difícil do que desviar das flechas dele. O Cleph sabia atirar muito bem com aquelas facas. Eu consegui arranhá-lo com um dos garfos e fiz as mesmas marcas nele. O terno dele ficou acabado e manchado de sangue, só que o maluco fez o mesmo em mim! E lá se vai minha blusa nova...


  "Gostou da sua blusa nova? Me desculpe... Mas ela não combinava com você. Não tem nada haver com você. É totalmente ridículo um mortal se apaixonar por uma mortal. Por que não escolheu outra mulher, Eros?"


  "É culpa minha ela gostar de qualquer homem. É culpa minha se ela correu atrás de mim, me agarrou e me beijou no final do intervalo da escola!"


  "Que gracinha! Vocês dois se combinam! A professora vadia e o garoto atirador de flechas que usou fraldas até a adolescência!"


  "Você não tinha roupa nenhuma quando eu o encontrei!"


  "CALA A BOCA!" - ele me jogou pra parte superior da casa. Meu estômago foi perfurado de novo. Fiz um belo buraco na parede da casa. Assim... Mais chuva e mais coisa encharcada... - "É culpa sua! De todo vocês! Me trataram feito lixo! Me colocaram em um mundo perigoso e ainda riam quando eu era massacrado, violentado e torturado por aqueles mortais inúteis! Eu odeio vocês! TODOS VOCÊS!"


  "Chega! Eu cansei dessa repetição!" - Eu lhe dei um tapa e o agarrei pelos ombros e o joguei contra uma cama, toda empoeirada. - "Você tem memória fraca! Ainda não percebeu, Cleph? Não se lembra do garoto que te deu aquela p¨&* de arco pra você se defender? ERA EU! EU TE DEI AQUELA ARMA PRA VOCÊ SE DEFENDER! FUI O ÚNICO A NÃO SABER DA HISTÓRIA!! TODO O PANTEÃO ESCONDEU DE MIM ESSA HISTÓRIA E SÓ SOUBE DELA HOJE! AGORA EU SEI PORQUE VOCÊ NASCEU E PORQUE ME ODEIA TANTO!! VOCÊ É A MINHA 'ALMA GÊMEA'!!!"


  "AAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!" - ele deu um grito que cortou o céu inteiro! Até Zeus escutou, pois um relâmpago surgiu logo, todos os deuses estavam diante de nós.


  Pra saber o final? Continua lendo. Infelizmente, eu não gostaria de terminar essa história.


  See Ya!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vocês entenderão o sentido de "alma gêmea" em ápas. E antes que me perguntem, já digam e pensem, não tem nada haver com Yaoi. Tenho dito. *se algum fã maluco vier me matar, que me mate X_x*