Diário de Um Cupido Revoltado escrita por Brasi Blue


Capítulo 18
Dia 6 - parte 5: O Banquete pt.2


Notas iniciais do capítulo

Inicia-se o plano! :D Mais um pouquinho do caso Cleph (um pouco bem pouco mesmo).



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  Depois que eu parei pra pensar eu olhei pra foto, lembrei que quando eu era mais novo havia um garoto que viveu comigo  durante um certo tempo. A gente se encontrou por acaso. Eu estava fazendo um pique nique com a minha família (grande família!) e do nada aquele garoto apareceu na minha frente. Ele estava todo arranhado e usando apenas uma capa feita de pele de ursa. Eu tinha chegado perto dele e perguntei se ele queria alguma coisa. Ele não sabia falar, apenas atacou a cesta. A minha mãe ficou maluca e meu pai pegou a espada que quis me ameaçar. Hera disse que não era preciso me ameaçar. O menino não iria me fazer mal. Ele até sorriu para mim. Eu tentei fazer comunicação, mas acredito eu que ele não sabia falar. Devia ter quase a minha idade.


  "Eu... Sou... Eros... Qual é o seu nome?"


  "..."


  "Eros... Você... Tú..."


  "...Aaahh..." - ele só gesticulava


  "Eros vamos para casa querido. Deixe o rapaz."


  "Eu tenho que ir. Se a gente se encontrar de novo eu te ensinarei a falar. Até mais!"


  Acontece que eu não voltei. A gente nunca mais se encontrou. Eu tinha me mudado pra cá. Acabou que a gente nunca mais se viu. Eu não sei o que aconteceu com ele. Só sei que antes da gente ir embora eu o ensinei a usar arco e flecha. Eu dei o meu primeiro par pra ele se defender, caso alguma pessoa ruim se intrometesse. Ele me agradeceu com uma forma um tanto... Diferente... Ele me deu um ósculo. Quem não sabe o que é um ósculo eu vou dizer o que é: um beijo. Mas foi no rosto. Eu continuei a provar das iguarias e meu tio já estava feliz de tanto beber. Ele é a única pessoa que eu conheço que nunca fica bêbado.


  "Meu sobrinho, venha dançar conosco! Seu irmão Anteros está se divertindo aqui!"


  "Eu vou ficar enjoado se uma das bacantes tentar me beijar de novo!"


  "Não seja tão grosso, Anteros. Elas só querem se divertir com você."


  "À moda de Baco!"


  A festa foi muito divertida e eu nunca fiquei tão cheio na minha vida. Quando o banquete acabou, a Claris voltou para casa e eu fui subir pro meu quarto pra fazer as tarefas da suspensão. Minha mãe pegou o álbum e reparou que eu toquei nele. Ela me olhou com uma cara de duvidosa. Mas não falou nada. Era muita coisa pra eu fazer, caracas... Só pra vocês imaginarem, vou mostrar um pouquinho dos deveres que eu tinha pra fazer:


  1.Análise dos exercícios de 1 a 22 da página 118. (Gramática)
 

  2.Copiar os textos das páginas 12, 21, 22 e 34 (Inglês)


  3.Resolver os exercícios das páginas 222 até 233 (Matemática)


  4.Pesquisar sobre Mol e Avogrado (Química).


  5.Fazer os exercícios 1, 2, 13, 14, 15, 19, 24, 26 e 38, com perguntas e respostas (Física).


  Sim! Eu estava realmente ferrado... ¬¬'


  Minha mãe trazia algumas coisas pra mim enquanto eu fazia os meus deveres. Descanço de 5 em 5 minutos e eu não poderia ir para a televisão ou para o computador. Isso pra mim não importava, se eu conseguisse resolver os exercícios. O meu telefone tocou então eu atendi. Era a calypso dizendo que iria me passar aquele perfume dela. O legítimo vermelho com cheiro de rosas com o legítimo almíscar. Era a minha salvação para impedir aquele casamento. Eu estava realmente com pressa de terminar tudo aquilo e aproveitar a minha pseudo-folga. Eu escutei a campainha tocar e quando eu fui ver... Surpresa! Era os meus amigos o Kaito e o Andrew. Não sei porque eles vieram, mas se alguém soubesse de alguma coisa, bem... Eles poderiam me ajudar. Não entendi porque minha mãe os deixou entrar. Eu estava de castigo mesmo!


  "Filho, seus amigos vieram ajudá-lo."


  "Opa! Isso é um bom sinal!" - eles entraram


  "A gente chegou o mais rápido que pôde. Esperamos poder te ajudar em alguma coisa."


  "Alguém sabe física ou gramática?"


  "Eu sei! Yo saber física!"


  "Eu ajudo com a gramática. Não sou lá o melhor de todos, mas eu vou fazer a minha parte."


  "Valeu caras. Vocês realmente são a minha salvação para isso tudo."


  "Nada, 'chico'! Você que é a nossa inspiração para ajudar. Outro dia o Kaito tava discutindo comigo sobre a nossa relação e..."


  "Andrew! Isso é pessoal seu baka!"


  "Calma rapaz..."


  "Dá pra continuarmos o meu dever?"


  A faladeira acabou e continuamos o meu dever. Eu tinha terminado o meu dever de química (era o mais fácil de todos) e depois eu fui pra física aprender sobre essa doideira toda de fórmulas. cara... Que matéria complicada! @_@ Um tempinho depois eu consegui fazer metade. Amanhã eu faria o resto porque é muito longo. O Kaito me explicou mais algumas regras gramaticais e uma dicas. Isso me fez lembrar do dia em que a professora esteve aqui em casa e me ajudou a fazer... Putz... Eu precisava logo agir. O dia do casamento estaria para chegar e eu não quero que ela se case com ele... Acabamos uma parte (ufa!). Eu não estava agüentando mais... Minha mão doía muito.


  "Eu estou cansado!"


  "Yo também..."


  "Idem..."


  "Alguém vai querer alguma coisa pra comer? Tem um pouco do que sobrou da festa do meu tio."


  "E o que é que sobrou?"


  "Frutas, pão, vinho... Vocês querem?"


  "Eu topo!"


  "Então vamos descer!"


  A gente desceu e foi pra cozinha. Aproveitamos e fizemos os nossos pratos. Começamos a comer e a conversar. O meu tio, curioso do jeito que é, chegou perto da gente e quis entrar na conversa. A gente conversou, riu, joagamos conversa fora e ficamos contando uns micos. O Andrew contou um pouco dele de quando ainda estava no México.


  "Uma vez eu fui lavar o carro de um cliente meu."


  "Você trabalhava lavando carro?"


  "Fazia isso pra conseguir dinheiro. Meus pais nunca me davam mesmo."


  "Continua."


  "Eu ainda estava ensaboando o carro e a minha blusa era amarela. Mas um amarelo quase branco."


  "Vixi, já estou imaginando m%&*."


  "A filha do cliente ela não parava de me cantar. Ela sempre aparecia com uma roupa justa e ficava me perguntando se eu queria alguma coisa. Eu sempre respondia que não, porque eu não precisa. Aí a menina... Chegou pegou a minha espoja e começou a esfregar em mim!" - safada né?


  "Cara, eu não gostaria de encontrar uma mulher dessas."


  "Nem eu!"


  "Eu fiquei tão irritado com ela e disse: 'será que você não percebeu que eu não gosto de mulher?' Ela perguntou: 'Ué, mas com essa roupinha molhada, estou achando que você quer é um pouco de mim. Vai me dizer que você não está me seduzindo.' Eu disse: 'Se eu não gosto de mulher, como é que eu vou te seduzir? Eu preferia beijar um homem a te beijar!'."


  "PUTZZZZ!!! Que tirada, Andy!"


  "Não tinha uma mulher que não fosse atrás de mim. Todas elas eram atiradas. Nenhuma delas era sincera."


  "E você já teve relação com uma delas?"


  "Não... Espera, mentira! Uma delas me puxou, mas isso foi antes deu descobrir que eu era gay, e aí... A gente... Subiu pro quarto dela. Gente... Nunca vi uma coisa tão cor-de-rosa choque como aquele quarto." - Vou fazer uma pausa e vou tomar um copo d'água. É... O Andy não era virgem! (sabia!)


  *algum tempo depois*


  Essa história toda me deixou maluco. Só eu e o Kaito éramos virgens naquela história toda. Segundo o Kaito, ele não faz porque não quer, simples assim. Nem quando ele namorou uma garota ele fez. Os pais dele não sabiam da história, e da minha boca só sairia mosca! Ele disse que só não engravidou porque ele usaram preservativo. Mas depois daqui ele disse que nunca mais iria fazer de novo. Ele se sentiu muito forçado. Meu tio começou a contar uma das histórias dele e dos rituais bacantes. Quando ele ia começar a falar, minha mãe interrompeu. Graças por que se não a gente ia por tudo pra fora ('cês já sabem né? Não preciso nem dizer). Minha mãe se sentou e queria conversar comigo sobre o porta retrato.


  "Eros, você viu essas fotos?"


  "Sim, eu vi. Você nunca me mostrou. Por que?"


  "Tive meus motivos para você não ver. Mas... Agora que você viu, já deve ter uma idéia sobre o rapaz que está segurando a sua mão."


  "Sim. Mas... Não sei direito. Mãe, eu tive algum irmão tirando o Anteros?"


  "Teve. Deimos, Phobos, Hermafrodito..."


  "Não mãe. Eu falo... Irmão gêmeo. Ele se parece muito comigo."


  "Hum... Não me lembro agora." - mentira - "Vamos discutir isso um outro dia."


  "E por que não agora!? Você está me escondendo alguma coisa?"


  "Não é importante agora. Amanhã eu chamarei a sua professora para ter uma conversa. Conselho para casais e... Eu não quero que você interfira na minha conversa."


  "Eu to achando que você me esconde algo... E eu não estou gostando..." - a gente se encarou. Mas o meu irmão chegou até mim e segurou na minha mão e me olhou com uma cara de 'vai ficar tudo bem. Fique tranqüilo.".


  "Senhora Afrodite. Poderíamos passar a noite na sua casa? É que como estamos ajudando o Eros nos deveres, pensamos em ficar aqui com ele."


  "Irmão, essa é uma ótima oportunidade e também uma retribuição do que você fez na casa do Kaito."


  "Mais ou menos... É... Como é que é o seu nome?"


  "Anteros."


  "Hum... Não vejo problema. Vocês podem ficar aqui. Mas lembrem-se que o Eros está de castigo e não pode sair de casa. Ele está suspenso na escola. Bem... Eu vou tomar um banho e dar uma relaxada no seu pai. Ele está mais tenso do que ontem! Não para de dizer que a vida dele está um tédio. Eu nunca vi um homem tão preocupado em encontrar uma guerra como ele."


  "Ora, Afrodite. Meu irmão é o deus da guerra. Se não ouver nada que o possa agradá-lo, o que irá agradar?"


  "Mãe, por que você não o... 'desarma'? Quando ele está perto de você ele dá uma acalmada."


  Minha mãe pensou e... É! Ela concordou (é hoje... *malicioso*) que meu pai nunca mais esteve TÃAAAO junto ao lado dela. Eu e os meninos fomos pro meu quarto arrumar as coisas pra dormir. Dessa vez eu juntei os colchões dos meninos. Eles não se importavam. A Calypso, treze minutos depois, me trouxe o perfume e um conta gotas. Ela disse que não usava porque não gostava muito então me deu o frasco inteiro. Eu realmente estaria pronto pra fazer a tal "Fórmula da Volta" pra minha professora.


  "Kaito, Andrew, estão prontos pra me ajudar?"


  "Claro que estamos!"


  "Beleza. Vou precisar de vocês dois. Kaito, triture essas pétalas e depois mistura com o mel. Andrew, pegue as suas lágrimas e junte as duas nesse frasco aqui. Conte um minuto. Eu vou pegar uma coisa que o meu irmão me deu."


  "Ok."


  Estava iniciado o meu plano. Professora... Eu prometo que darei o meu melhor. Mas antes, eu peguei uma das minhas flechas e o meu bloquinho. Eu procurei o meu irmão. Ele estava escrevendo umas anotações no caderno dele. Eu olhei pra ele, ele olhou pra mim e viu o que eu iria fazer.


  "É o que eu estou pensando?"


  "É para uma pessoa."


  "Eu a conheço?"


  "Ela esteve aqui hoje."


  "Boa sorte então... Dê o seu melhor em mim."


  "Vai doer um pouco. Mas no final... Será apenas prazer o que você irá sentir."


  Eu peguei a flecha e atravessei nele. Ele deu um grito muito forte. Nunca vi o Anteros tão vermelho na minha vida! Ele tava vermelho de dor da flecha. A minha mãe perguntou o que era e eu disse que ele tinha se machucado, mas que não era grave.


  "Eros... AAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!"


  "Só mais um pouco! Está quase fazendo efeito!"


  "Tá... Doendo... Mui... AAAAAAAHHHHH!!! AAAAAAHHHH!!!" - no final ele acabou ficando deitado. Eu o ajeitei pra ele ficar mais confortável. Ele tava ofegando muito. - "Arf... Arf... Obrigado..." - depois disso ele dormiu.


  "Eu não queria te machucar, irmão." - saí do quarto e deixei ele dormindo. Voltei ao meu trabalho.


  Bem... Agora eu teria que continuar o meu trabalho. Deixei os meninos trabalhando um pouco sem a minha presença. Eles me perguntaram o que eram aqueles gritos e eu expliquei o que havia acontecido: eu havia perfurando o meu irmão com uma flecha de amor verdadeiro e anotado o nome dele no meu caderno. (já devem saber com quem ele namoraria né?). Os meninos ficaram um pouco chocados, mas eu disse que ele não iria morrer, e que já estava dormindo. Não haveria problemas mais. A dor para ele virou prazer (é... realmente foi MUUUUUITO dolorido. Chega deixou uma marca no peito dele.) e só acordaria no dia seguinte.


  "Me traga o meu misturado e as lágrimas!"


  "Aqui estão, mio senhor."


  "Eros-sama." - ha ha ha... Tô com cara de Dr.Frakenstein?


  Eu misturei com três gostas de perfume e mexi com o dedo. Estava quase pronto. A fómula estava pronta. Eu agora só precisaria fazer com que ela provasse e assim ela seria "limpa" novamente. Como se chama essa minha fórmula que na verdade não é minha e sim da minha mãe? Eu chamo de "Melado do Amor". O nome mesmo é "Mel de Primavera". Peguei o presente que o Anteros me deu antes e deixei um do lado do outro. Estava tudo pronto e iríamos fazer tudo aquilo juntos.


  See Ya!


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Notas finais do capítulo

Comentarios! Perguntas! Pistas! Críticas! xD Esperem a história acabar para me matarem!



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