Diário de Um Cupido Revoltado escrita por Brasi Blue


Capítulo 17
Dia 6 - parte 4: O Banquete pt.1


Notas iniciais do capítulo

UMA PISTA! UMA PISTA! ESTAMOS NO CHEGANDO NO FIM!!



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  Eu voltei para casa p&*# da vida. Eu aceitei a suspensão e fazer trabalhos pros professores enquanto estiver suspenso. Uma semana e depois dias de suspensão, ou seja, ficarei sem duas provas... A vida é dura, mas eu aceitei sem problemas. O meu pai não sabia se ficava orgulhoso por eu ter batido nele ou se me matava por causa da escola. Minha mãe me deu duras broncas e me deixou de castigo sem sair de casa enquanto estivesse suspenso. Eu já estava no auge da m%¨&. Eu não me preocupei mais com isso. Eu já estava arrasado, acabado e humilhado... Eu não conseguia sair do meu quarto. Eu podia sofrer de fome, já que eu não precisava comer para viver. Anteros muitas vezes deixava um prato com comida e um pouco de suco de uva pra mim. Eu pegava quando queria realmente pegar. Meu tio voltou para casa depois de ter feito umas compras. Imagina o que ele trouxe: vinho, vinho e mais vinho. Além de pães, frutas e outras iguarias. Eu escutei ele falando com a minha mãe que faria um banquete aqui em casa e traria algumas bacantes*. Mesmo assim, aquilo não mudou o fato deu estar triste. Eu decidi dormir. A única coisa que veio na minha cabeça foi aquele maldito do Cleph... Eu queria poder invadir o lar dele (se é que ele tem né?) e acabar com tudo. Ele estragou a minha vida...


  "Hei! Meu querido sobrinho! Como você vai?"


  "Eu não sou seu sobrinho até que provem o contrário!"


  "Vai com calma rapaz. Eu apenas trouxe umas coisa pra você."


  "Ótimo, deixa na porta que depois eu pego."


  "Você está realmente mal né?"


  "O que você acha? Que eu estaria feliz depois de um viadinho qualquer ter transformado a minha vida no inferno?"


  "Você não precisa tratar da sua raiva desse jeito rapaz! Deixe-me contar uma história para alegrá-lo."


  "Eu prefiro mil vezes cortar os meus pulsos e ver meu sangue jorrar eternamente. É muito mais emocionante!" - NÃO SIGAM ESTE CONSELHO! É SÉRIO!!


  "Ah... Meu rapaz... Vou deixar aqui um pouco de vinho pra você e algumas frutas que eu trouxe. Mais tarde começará o banquete e eu espero que você esteja lá. Cuide-se, Eros." - ele saiu de perto.


  Fiquei deitado um bom tempo na minha cama. Peguei as coisas que o Dionísio me deu e coloquei em cima da escrivaninha do meu quarto. Voltei a dormir. Banquete... Comida... Vinho... E bacantes... Eu detestaria estar em um ritual dionisíaco. Ainda me pergunto... O que é o Cleph? Eu sei que ele é o meu contrário e que ele é o puro ódio em pessoa... Parte tirada de mim, ele diz. O ódio é a ausência de amor, uma verdadeira sombra devoradora. Aff... Aquele beijo... Eu não terei boas lembranças dele. Como alguém que está noivo tem coragem de beijar outra pessoa na frente da noiva? Ele é louco! (infelizmente ainda sinto o gosto do brilho labial de cereja... X_x). Eu comi um pouco e quanto eu tomei o vilho eu fiquei maluco! Aquele negócio despertou o meu senso de loucura. Eu saí correndo pelas paredes do meu quarto e fiquei falando a letra do Elvis, aquela música "Love me Tender". De onde ela saiu? Eu não sei!


  "Eros venha! O Banquete vai começar!"


  "Já vou irmão!" - eu estava mais alegre.


  Saí do meu quarto e desci as escadas pelo corrimão. Minha mãe se alegrou por eu estar mais alegre e eu estava mais feliz porque... O efeito do vinho em mim  foi como o efeito da Pepsi na autora. Dionísio me chamou para arrumar a sala e preparar as coisas. Ele disse também que havia conhecido um filósofo e chamado ele para comer conosco. Eu achei genial, apesar de não ser muito fã de filosofia .-. .Minha mãe fazia a decoração e o meu pai... Ele não mexe com essas coisas então não vou reclamar.

  A campainha tocou, e eu fui atender. Era a Claris. Vixi... Quando eu olhei pra cara dela, coisa boa não deveria ser... Eu fiquei morrendo de medo do que seria.


  "Podemos conversar no seu quarto?"


  "É... Mãe! Eu vou precisar ter uma conversa agora. Depois eu ajudo com o resto!"


  "Está bem meu filho. Pode ir."


  "É tão sério assim?"


  "...Infelizmente é."


  Nós subimos e ela me seguiu. A cada passo ela suspirava e olhava para mim com uma cara de choro. Eu já devia esperar o que fosse e... Eu deveria ser sincero com ela... Dizer toda a verdade que fosse necessária. Eu fechei a porta e coloquei a plaquinha de "Não perturbe".


  "Lembra do nosso primeiro beijo?"


  "Sim. Foi aqui no meu quarto. Depois você me derrubou. Eu achei que você estivesse afim de..."


  "Não, eu não estava.  Lembro também que você me disse 'Eu te Amo'."


  "Eu disse aquilo com a maior sinceridade que eu tinha."


  "Sei que você foi sincero e que jamais mentiria para mim. Mas... Depois do que aconteceu hoje na escola, eu percebi que você me ama, mas ao mesmo tempo ama a professora. Você ainda não arrumou uma solução para aquele seu caso."


  "Eu sei... Eu não cumpri a minha parte com você e a minha parte com ela. Eu disse que iria arrumar alguém... E falhei."


  "Eros, todo nós falhamos. Não precisa ter vergonha. Eu também falho e você sabe disso."


  "Sim, eu sei mas..."


  "Nessa hora... Eu só quero ter meus últimos momentos sendo a sua namorada. Eu gostei muito de ficar com você e adorei o apoio que você me deu na escola. Acredito que você vai ser feliz e também acredito que encontrarei a pessoa certa para mim."


  "Você... Quer terminar né?"


  "Quero. Não por você ter sido um péssimo namorado. Você foi o melhor. Mas eu não poderia te amar se você amasse a sua professora. Você ainda a ama né?"


  "Sim... E eu não quero que ela termine com..." - a Claris pôs o indicador na minha boca e me de um beijo. Nós nos abraçamos e... Acabou que nós deitamos. Não sei como ela agüentou o meu peso... Eu fiquei com medo de esmagá-la.


  "Você não é como os outros garotos... Você é mais romântico. Poderia me fazer um favor?"


  "Qual favor?"


  "Me faz uma massagem nas costas."


  "Pode esperar um pouco? É que eu... Não consigo explicar, sabe?"


  "Não vai se aproveitar né?"


  "Eu só poderia fazer isso se a gente casasse." - Nessa hora eu fui um poquinho mais... Ousado. Mas é claro sem ultrapassar dor limites. Se a minha mãe, ou meu pai souberem, eu estou ferrado! - "Acho melhor parar e continuar o meu trabalho."


  "Posso ajudar?"


  "Pode, né? Vai ficar pro banquete?"


  "Que banquete?"


  "Meu tio Dionísio inventa umas coisas na hora e ele quis fazer um banquete com a família."


  "Ah! Deve ser bom! Eu topo!"


  Eu consegui uma ajuda a mais pra arrumar o lugar. Descemos as escadas e perguntei se ela podia ajudar. Quem disse que a minha mãe negaria uma ajuda dessa? Oras, ela aceito com muito gosto! Fomos arrumando a casa até que a minha sala virasse um caba... Digo, um grande salão ornado de vinhas e toda aquela iguaria de deus greco. Começamos a festejar e o meu pai só pensou em comer e... Aff... Comer! O Anteros tentava manter a ordem naquela bagunça. Mas tudo o que ele conseguiu foi receber amassos das bacantes (coitado.). Eu fiquei conversando um pouco com a minha primeira ex-namorada e tomando um pouco de vinho (louco suicída). Na mesma hora o filósofo nos chamou a atenção e sentou ao nosso lado.


  "Você é o jovem Eros?"


  "Yes! Man!"


  "Eu vim lhe contar uma história de Platão. Conhece esse livro?"


  "'O Banquete'? Se tem uma coisa que eu aprendi quando pequeno foi ler livro de grego."


  "Bem... Eu te contarei um pouco e espero que você reflita no final dela."


  "Vamos ver se eu conseguirei entender."


  Ele começou a falar e nós tentamos prestar atenção na história. Ele explicou o que os caras pensavam de mim, o que era o amor, como era e talz... Acabou que eu entendi quase nada. Mas quando ele começou a explicar sobre os seres masculino, feminino e androgino eu despertei uma certa atenção. Eu lembro que eles foram partidos e que quando separados ficaram procurando as suas metades. A Claris ficou maluca e se pergutando: como um ser masculino/feminino teria em um mesmo corpo duas cabeças, quatro braços, quatro pernas e dois sexos? Com certeza seria uma confusão! Um dos meus parentes por parte de mãe, Hermafrodito, às vezes deixa um pouco confuso as nossas cabeças porque... Quando ele/ela se veste, todos se perguntam "ele ou ela"?


  "Raciocíne sobre essa história meu filho. Tenho certeza que você encontrará alguma coisa em sua mente."


  "Depois dessa história eu acredito que tive uma metade cortada." - disse ela.


  "Você? Só se for um homem de cabelo rosa, Claris."


  "Olha só quem fala, seu garoto de cabelo rosa-cereja."


  Ele saiu do nada, eu peguei um álbum de fotos que estava em cima da mesinha próxima. Tinha fotos do meu pai e da minha mãe quando ela ainda estava grávia e fotos minha de 14 anos que ela nunca me mostrou eu não sei por que! Mas... Além dos meu outros parentes, como dois infelizes e infernais chamados Phobos e Deimos, havia um garotinho do meu lado segurando a minha mão e... Com o rosto corado.


  "Será que... É ISSO! CARACAS!"


  "O que foi Eros? Você descobriu o que?"


  "Se for o que eu estou pensando eu me arrependi de ter nascido!"


 Galera! Amanhã eu conto! Quem descobriu, FICA CALADO, e deixa quem não descobriu descobrir... Acho que depois dessa eu vou usar todas as armas do meu pai e tentar me autosuicidar-me a mim mesmo! Lol


  See Ya!


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Notas finais do capítulo

Não quero que essa história acabe... Buáaa! *chorando* Deixem comentários! A próxima história que eu quero fazer é com o Phobos e com o Deimos.