Um suspiro de tédio surgiu nos labios de Kushina, quando a ninja olhou para o loiro a sua frente. Inoshi Yamanaka sorriu-lhe.

- A sua sombra loira não está lhe acompanhando?

- A minha sombra loira está faxinando a minha casa. – um sorriso de pura maldade surgiu nos lábios da ruiva.

Inoshi arregalou os olhos, antes de gargalhar.

- E como foi que ele caiu nessa enrascada?

- Lamem. O carinha é doido por isso.

- Igualzinho ao Minato. – Inoshi falou, então olhou sobre  o ombro da ruiva, que virou-se imediatamente. Quando reparou que ele encarava a mulher que gostava, revirou os olhos. – Por que você simplesmente não a agarra, amarra numa cama e faz um strip tease daqueles? Garanto que ela iria se interessar muito mais do que quando você oferece flores para ela...

- Esse truque funcionaria com você e o Namikaze?

- Ele é muito loiro para aquilo que eu quero com ele.

- E isso seria...

- Quer que eu chame ela?

- Não. Acha que ele vai demorar muito La?

- Depois do trato especial que dei na minha casinha... duvido que ele descoberto onde eu escondi... ops... guardei, a vassoura!

- E você saiu e deixou ele sozinho?

- Claro que não, né, Inoshi! – kushina bateu os cílios para ele. – Já inventaram uma coisa chamada kage bushin, sabia? Se bem que o Naruto pareceu não saber a diferença..

- Naruto?

- Ahan... foi assim: a gente estava comendo lamem, quando reparei que ele primeiro brincava com os narutos antes de comer. Daí foi daí que tive a idéia... E chamei ele assim.

- E ele não quebrou a sua cara?

- Não... Pareceu até ficar contente. – kushina e o Yamanaka começaram a caminhar. A loira, que acompanhava o casal caminhas com o olhar, contorceu o rosto, quando kushina, foi segurada pelo Yamanaka, sendo impedida de cair.

- Tome mais cuidado. – Inoshi recomendou, após o agradecimento da ruiva, que foi feito com um beijo na bochecha.

- Inoshi, por que você não se apaixonou por mim e eu por você? A gente consegue ficar HORAS sem brigar...

O loiro começou a rir.

- Talvez seja porque quando a gente se conheceu realmente, você já tinha se apaixonado pelo Namikaze.

Kushina o encarou, antes de revirar os olhos.

- Eu não tenho culpa se ele foi o primeiro a dizer que o meu cabelo era bonito, oras...

oOo

- Eu quero que você respire profundamente... – Inoshi falou para naruto, o loiro desmemoriado estava sentado na cama de kushina, que no momento inspecionava a limpeza feita pelo loiro, com um enorme bico.

Ele fizera todas as tarefas que ela mandara – o clone ficara dormindo ao invés de inspenciona-lo.

Depois de fazer alguns selos, Inoshi invadiu a mente do loiro desmemoriado. E o seu queixo despencou, ao visualizar a cena.

Em uma sala de aula, o garoto fazendo um bico, aproximou-se do mesa do sensei. Inoshi conseguia ver várias crianças, de clãs conhecidos de Konoha. Inuzuka, Hyuuga...

O garoto fez uma sequencia de selos, transformando-se em... UMA MULHER NUA! O sensei, que acompanhava a cena, teve uma hemorragia nasal. Gargalhadas infantis tomaram a sala de aula.

Um terremoto, do nada, fez que Inoshi segurando em uma das carteiras, fosse atirado ao chão. Entao, ele reparou que a cena mudara totalmente. Estava em um lago, com uma cachoeira um pouco distante. A frente do garoto, estava o grande Jiraya, mandando o garoto tirar as roupas.

Depois de um pequeno escândalo – que ele julgou que uma certa outra pessoa também fazia – o garoto tirou as roupas, ficando de cueca samba canção. Então, concentrou o chakra, conforme a ordem do grande Jiraya... que ao ver uma tatuagem de redemoinho ao redor do umbigo, fez uma expressão de surpresa.

- Voce! – o grande ninja exclamou.

- o que tem eu? – o garoto perguntou, curioso.

- Voce fica uma gracinha assim sabia? – a resposta serviu para irritar o garoto, e antes que pudesse retrucar, Jiraya colocando uma mao nas costas, mandou o garoto se concentrar novamente. Novamente veio o terremoto, Inoshi meio que sendo jogado em uma estrada. O garoto loiro andava conversando com Jiraya.

- Ei, ero-sennin, isso é uma coisa que quando eu for o hokage eu não vou permitir!

- Para voce chegar a ser hokage, vai ter que aprender muita coisa antes!

- Hunf, eu sou como o quarto, voce mesmo disse!

O garoto sorriu abertamente, antes de correr um pouco na frente. Jiraya ficou um pouco para trás, resmungando consigo mesmo, então sorriu. Avançou no garoto, dizendo.

- Vem cá dar um abraço no seu avo, meu netinho querido... – o abraçou, sendo repelido pelo garoto.

- Andou bebendo foi ero-sennin? Me larga! Ta muito  esquisito! Sai pra lá! Vamos fazer assim... voce vai por ali, que eu vou por aqui, está bem? Me larga, seu velho tarado!

Ao sentir o tremor, Inoshi percebeu que a lembrança mudaria. E foi o que aconteceu. O jovem loiro estava usando apenas uma toalha, assim como um uchiha e outro, que inoshi não reconheceu.

- Do que foi que voce me chamou? – os berros eram extremamente altos.

- oras, apelidos não devem ser dados conforme as características das pessoas? – o uchiha falou calmamente, até sorrindo. – Entao o seu é pinto pequeno.... porque o seu é...

O loiro soltou um AAAAHHHH e avançou para cima do Uchiha, antes que o outro intervisse. Novo tremor e Inoshi encontrava-se no interior de uma floricultura. O loiro fazia malabarismos para segurar três vasos, quando uma garota loira, que ele lembrava-se ter visto vagamente na sala de aula, entrou, jogado mais um saco em cima do loiro, que acabou desiquilibrando-se, deixando os vasos caírem.

- SEU BAKA! O QUE FOI QUE VOCE FEZ?

- O QUE FOI QUE VOCE FEZ INO!

- TÁ ME DIZENDO QUE FUI EU QUE DERRUBOU ESSES VASOS CARISSIMOS?

- SE ESSES VASOS ERAM CARISSIMOS VOCE DEVIA TER ME DADO SÓ UM PA... – ante a vinda da loira em sua direção, obviamente para surra-lo, ele saiu correndo. Inoshi saiu atrás do loiro, espantando-se ao reconhecer as ruas de konoha... Um novo terremoto e o loiro estava todo ensangüentado, em uma maca, respirando com dificuldade.

Apesar disso, um enorme sorriso estava nos lábios dele, ao mesmo tempo que uma garota de cabelos rosados o curava.

- Eu não disse, Sakura-chan, que eu ia trazer o teme de volta? E eu trouxe!

- Voce trouxe e está quase morto! Cala a boca, senão eu não vou conseguir curar voce direito!

-Não se preocupe... Enquanto eu não for hokage, eu não vou morrer...  – Ele falou, enquanto lentamente fechava os olhos.

Um novo tremor da terra e ao se virar, Inoshi viu o loiro em pé, na sala do hokage. A mesa estava sendo ocupada por Tsunade Senju e a loira estava em pé apoiada na mesa.

- O que foi  que voce disse? – a loira questionou, estreitando os olhos.

- Eu disse, baachan, que eu não vou ir nessa missão!

- E eu posso saber por que? – o tom suave não escondia a fúria da loira.

Ele virou o rosto, ficando corado.

- Eu... Bom... – Cocou a cabeça atrás. – A gente esta organizando uma coisa, para voce, obaachan... E eu não queria perder ora essa!

- Que coisa? – De furiosos, imediatamente os olhos da sannin ficaram curiosos. – Desembucha!

O loiro sorriu.

- Eu posso ficar em Konoha, minha baachan do coração?

Tsunade bufou.

- Vá La. Pode. Mas... – Nem bem ela tinha dado a sua permissão, ele pulou, dando-lhe um abraço e um beijo.

- Obrigado! – e num piscar de olhos ele saia correndo, passando por uma morena de yukata negra.

- VOLTA AQUI! SHIZUNE, FAÇA AQUELE MOLEQUE VOLTAR AQUI IMEDIATAMENTE!

Um novo tremor fez que Inoshi quase soltasse um palavrão. Todas as vezes que a terra tremia, tremia até ele cair no chão. Quando ele fechava os olhos, o cenário mudava totalmente. O que não foi diferente dessa vez.

Ele acabou parando em uma casa tradicional. O loiro estava sentado em um tapete, quase tão pálido quanto os Hyuuga, usava um quimono azul escuro. A sua frente, estava Hiashi Hyuuga... Que mantinha os olhos estreitados. Ao lado do Hyuuga, estava um adolescente que parecia tão enfurecido quanto o líder do clã.

- Deixe-me ver se entendi. Voce, um Zé-ninguem, quer namorar com a minha filha mais velha... E está com pretensões de...

- O senhor compreendeu perfeitamente. Eu quero namorar a Hinata-chan e, num futuro próximo, assim que eu me tornar o hokage, eu quero casar com ela.

- Acha que tem condições para isso?

- Hiashi-sama... Eu não posso dizer que amo a Hinata-chan desde sempre. Mas posso dizer, que amo a sua filha pela coragem, bondade e... Firmeza que ela demonstra em cada ato que ela faz.

O Hyuuga inspirou fundo.

- Neji? – Hiashi abriu os olhos.

- Sim, Hiashi-sama? Quer que eu leve ele até a rua?

- Não é necessário. – Hiashi falou, levantando-se. Quando ativou a sua linhagem avançada, - Eu me encarrego disso -  novamente o loiro saiu correndo. Dessa vez, ao sentir o tremor, Inoshi não pode sentir raiva. Até ele correria diante de Hiashi ativando o byakugan para defender a filha...

Quando o novo cenário se estabilizou, Inoshi ergueu uma sobrancelha. O loiro estava em um quarto, sentado na cama, olhando uma mulher na cama. Quando ela acordou, ele sorriu.

- O-ohayo. – ela falou timidamente.

- Ohayo. Sabia que voce é a coisa mais linda do mundo?

 Ela imediatamente ficou vermelha. Antes que pudesse falar algo, ele a beijou. Quando afastaram-se, ele botou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha feminina.

- No dia que voce se apaixonou por mim, foi o dia que mais tive sorte na minha vida!

Ela começou a rir suavemente, puxando-o para mais um beijo. Ao separarem-se, ele botou a cabeça na curva do pescoço dela.

- Be-Bem, ho-hokage-sama, eu pre-preciso ir, an-antes que o meu pai...

- Eu so deixo voce ir, depois que me responder uma coisa. – Ele falou, ajoelhando-se ao lado da cama.

- O-o que é?

- Hinata Hyuuga, voce quer ser a minha mulher? -  Ele pediu em um fôlego só. Entao abaixou a cabeça, beijando as mãos dela. Quando achou que tinha um tempo, olhou para ela. A Hyuuga estava chorando. – Hinata?

- Sim. – ela murmurou. – sim. Sim. SIM! – Ela no fim gritou, caindo por cima dele. Inoshi reparou que ela usava uma camiseta de pijama, provavelmente, a que fazia par com o calção que o loiro usava.

Ele gargalhou, antes de beija-la novamente. Novo tremor de terra e Inoshi encontrou-se em um espaço grande, escuro. O ar tinha uma coisa rançosa que fez ele sentir-se enojado. Ao virar-se, ele viu uma enorme raposa.

- Viu o que queria, Yamanaka? – a voz masculina era puro ódio.

- Quem é voce? – A raposa gargalhou.

- Eu sou a razão desse porcaria não ter morrido tantas vezes! – ele parou de rir e então colocou-se de pé. Avançou um passo em direção a ele, que recuou. – Voce conseguiu investigar enquanto eu dormia... MAS AGORA CHEGA!

As nove caudas começaram a agitar-se e a raposa deu um salto na sua direção, a boca aberta, pronta para engoli-lo. Inoshi desfez o jutsu,  poucos segundos da raposa engoli-lo.

O loiro, apelidado de Naruto, abriu os olhos, assustado.

- Que diabos é voce? – o Yamanaka perguntou, encarando-o seriamente.