Segredos do Passado escrita por liligi


Capítulo 3
Capítulo 3




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Cap III

A noite consumia a luz quente e acolhedora do sol de Londres, o frio começou a correr por toda a cidade, e mesmo com a temperatura caindo, alguém se atrevera a deixar o conforto de sua casa.

Andava calmamente enquanto entrava em uma rua iluminada apenas pela a lua. O único som que se ouvia naquele lugar era o barulho que o salto do sapato produzia, chamando a atenção de alguns cachorros sem dono que tinham ali. Entrou em um beco e avistou uma sombra ao longe.

- O ano letivo em Hogwarts está prestes a começar. – Uma mulher misteriosa dirigiu-se ao vulto que se escondia nas sombras. Sua voz saíra completamente segura, e parecia até mesmo uma melodia... Uma melodia da morte...

- Eu sei disso. – A voz que o ‘vulto’ emitiu pareceu fria, maligna, mas calma e firme.

- Não acha que McGonagall já procurou a garota? – A mulher atreveu-se a se aproximar da pessoa.

- Com certeza já procurou. Faz onze anos desde que a mãe dela foi morta, e ela levada para o mundo dos trouxas. A garota é essencial para a sobrevivência dos trouxas...

- Os poderes dela estão se fortalecendo.

- Não. Ainda estão apenas aflorando. Levará pelo menos um ano para que atinjam seu auge. – O dono da voz virou-se para a mulher. Os olhos azuis ressaltavam a brancura de sua pele.

- E o que faremos? Se permitirmos que ela vá a Hogwarts...

- Não entende? – a voz dele ressoou pelo beco, fazendo com que a mulher parasse de falar, ela assustou-se, e deveria, pois o modo que ele falara fora no mínimo irado. – Em Hogwarts ela aprenderá tudo o que necessita saber. Sobre ela mesma. E é do que eu preciso.

- E se Minerva conseguir convencê-la a ajudá-la?

- Eu posso virar o jogo.

Agora a lua reinava sobre o sol. O beco tornara-se ainda mais escuro.

- Estou cansado. – ele tornou a dizer. – Vá.

- Sim. – ela aproximou-se ainda mais dele, o envolveu-o em seus braços e beijou-lhe a boca. – Voltarei amanhã, descanse.

- Vá...

XxX

O motorista parou diante do portão da grande mansão em que Rosaly morava, ela passou a tarde toda ansiosa para ir ver Sarah, mas como ela usara um feitiço contra uma garota da sala, ela ficou de castigo.

Ninguém soube como ela tinha feito aquilo, mas havia apenas ela no cômodo. Precisava ir falar com Sarah Farrel, precisava descobrir mais sobre seu passado...

Quando o carro parou de vez, ela pulou do carro e sem mais nenhuma explicação correu para a casa de Sarah.

Tocou a campainha uma vez. Um segundo, dois e ninguém atendeu. Tocou de novo e de novo.

- Imaginei que fosse você, Rosaly. – a mulher falou calmamente, após abrir a porta. – Entre.

Ela não hesitou e passou pela a bruxa, mas logo a frente viu uma outra senhora sentada no sofá. Era mulher muito elegante. Vestia um vestido longo vestido com detalhes prateados, os cabelos castanhos com pouquíssimos fios brancos presos em coque, e com uma postura tão ereta quando a da própria menina.

- Vejo que tem visita... – Rosaly disse quando Sarah a alcançou – Então falamos outra hora. – ela falou a contragosto.

- Não precisa, meu bem. Pedi que viesse aqui para que a pessoa certa lhe contasse sobre seu passado, não é?

Rosaly olhava curiosa para a senhora sentada no sofá, e apenas assentiu com a cabeça.

- Rosaly... Essa é Alexandra Watson. Ela é sua avó, Rosaly.

Rosaly olhou aturdida para Sarah e depois voltou a olhar para avó que já não tinha mais o olhar sério de antes.

- Mi-minha avó? – ela gaguejou.

XxX

- Não vou, Tiago! – Alvo esbravejou irritado para o irmão – Sem chances! Nunca!

- Não é você que escolhe em que casa vai ficar, Al - Tiago falou balançando levemente a mão. – Você pode acabar indo para a Sonserina.

- Não! Dizem que todos os bruxos que vão para a sonserina se tornam do mal!

- Ah, não é verdade, Al. – Tiago disse com um sorriso maroto – Se bem que... Bem, teve você-sabe-quem, e ele foi o maior pesadelo da comunidade bruxa e...

- EU NÃO VOU PARA A SONSERINA!! – Al berrou.

- Que gritaria é essa? – Harry abriu bruscamente a porta do quarto.

- Não é nada, pai. – Tiago falou.

- Al...? – Harry tornou-se para o filho do meio que sabia que não conseguiria mentir – O que seu irmão fez?

- E por que acha que eu tenho algo a ver com isso? – Tiago protestou.

- E por que você não teria? Você adora implicar com o seu irmão. – Harry respondeu com um sorriso – E então, Al?

- Ele disse que eu vou para a sonserina.

- Não! Eu disse que talvez você vá para a sonserina... E não é tão mau assim...

- Todos os bruxos que estudaram lá foram para o lado das trevas! – Alvo retrucou.

- Bobagem, Al. – Harry aproximou-se do filho e colocou uma mão sobre seu ombro. – Não importa para que casa você vai.

- Mas...

- Não dê ouvidos ao que seu irmão diz. - ele se inclinou um pouco e depositou um beijo na testa do filho. – Agora vão jantar. A mãe de vocês está chamando.

- Sim, papai. – os dois responderam e deixaram o quarto logo em seguida.

XxX

Alexandra levantara e seguiu em direção a neta, a garota sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo, mas não recuou.

- Você... – ela disse, parecendo emocionada – Você é tão parecida com sua mãe... Tem os mesmos olhos de Natalie. – tocou levemente a face de Rosaly, e agora e ela recuou um pouco – Ela também me olhava desta maneira quando ela não concordava com algo que eu havia feito.

A senhora falou com um leve sorriso.

-Você... É mesmo a minha avó?

- Sim, Rosaly, eu sou. – ela se aproximou novamente. – E estou aqui para falar o que quer saber.

- Então fale... – ela disse quase que num sussurro.

Alexandra afastou-se e começou a andar pela a sala.

- Por onde começar? – ela suspirou pesadamente.

- Pelo o começo, desde onde não conheço. – Rosaly exigiu já perdendo a paciência – Fale da minha mãe...

- Sua mãe... – Alexandra sorriu – Natalie. Ela era a pessoa mais bondosa, carinhosa e prestativa que eu conheci. Não falo isso por ela ser minha filha, é claro que me orgulho disso nela, mas, é a apenas a verdade.

Ela pareceu interessada em alguns bonequinhos de porcelana numa prateleira

- Quando sua mãe foi para Hogwarts, senti como se roubassem a minha filhinha, mas a deixei ir. Logo ela se destacou entre os alunos por ser uma das alunas mais inteligentes do colégio. E não demorou para que ela conhecesse Robert.

- Meu pai...

- Isso mesmo. Ele era também era considerado um dos alunos mais brilhantes de Hogwarts. De Sonserina. Um puro-sangue. No início, eles não se davam bem, mas com o tempo, as coisas foram mudando e quando eu percebi, já estavam casados.

- E... O que aconteceu... Exatamente?

- O irmão gêmeo de seu pai, Joseph, era um aluno brilhante, tal qual o seu pai. E eles tinham algo em comum, fora a aparência e o brilhantismo.

- E o que seria isso?

- Os dois apoiavam a idéia de um mundo livre de sangues-ruins.

- Não entendo porque isso é relevante.

- É muito relevante, Rosaly. Seu tio também amava sua mãe, e quando ela e Robert se casaram ele não ficou muito satisfeito.

- Ainda não entendo o que isso tem a ver comigo!

- Espere um pouco. Logo entenderá. – ela fez uma pausa – Quando saiu de Hogwarts, seu tio se dedicou à arte das trevas. E depois de algum tempo, convenceu seu pai a praticar também.

- O que?

- Joseph começou a reunir seguidores que ainda mantinham viva as idéias que você-sabe-quem espalhou e as colocou em prática.

- Você quer dize que ele...

- Sim. Ele começou a matar os nascidos trouxa. Joseph adotou o nome de Tanatos. Você saberia me dizer o por quê?

- Tanatos é o anjo da morte na mitologia grega.

- Exato. Tanatos era um bruxo, não um deus, como os trouxas acreditavam, um bruxo das trevas, é claro.

- Mas... Ainda não entendo.

- Isso foi pouco antes de você nascer, minha querida. Quando Tanatos soube que Robert e Natalie tiveram uma filha ele se sentiu ameaçado.

- Por que ele iria se sentir ameaçado com o nascimento da sobrinha? – ela ergueu uma sobrancelha.

- Porque, Rosaly, você tem o sangue de uma ninfa, de um puro-sangue e de um nascido trouxa em suas veias. Você é a criatura mais poderosa que pode existir no mundo.

- O quê?

- Ninfas são proibidas de casar ou ter filhos com outros seres que não sejam ninfas, é a nossa tradição.

- Mas você quebrou essa tradição. Você se casou com um nascido trouxa. E a minha mãe também quebrou, ao casar com meu pai, um bruxo puro-sangue...

- Sim, e é por isso que você é tão poderosa. A tradição das ninfas foi criada para que não existisse um ser que pudesse ser mais poderoso que os outros, que nenhum bruxo poderia derrotar. Mas nenhuma tradição é mais forte que o amor. E você nasceu. Você, que desde o momento em que chorou pela a primeira vez ameaça a ascensão de Tanatos.

- E eu nem sequer o conheço.

- Mas é por causa dele que estamos aqui, meu bem. Tanatos avisou seu pai do perigo que você era, e disse-lhe para entregá-la. Sua mãe se recusou a entregar a filha à própria morte.

- Ela... Me protegeu?

- Sim. Sua mãe fugiu com você e a trouxe para o mundo dos trouxas, onde Tanatos não poderia lhe reconhecer e lhe fazer nenhum mal enquanto você não retornasse ao lugar na qual pertence.

- Então, meu tio...

- Tanatos matou sua mãe. – Alexandra disse categórica.

Ebaaa!

Finalmente o site voltou ao normal!!!! Hehe... Espero q gostem do capítulo!

Bjiiim

Liigi


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