Segredos do Passado escrita por liligi


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que a fic tá muito envolvida na história da Rosaly, mas faz parte, pois sem mostrar o passado dela não vai haver futuro pra fic (Isso soa estranho XDD), Então apenas peço paciencia.



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ü              Cap II

Não eram mais que seis da manhã, mas Al já se encontrava acordado. Não saíra do quarto, claro, mas já estava desperto. Todos dormiam àquela hora, até mesmo a coruja branca que estava sobre a escrivaninha.

O garoto encantara-se com o animal quando foram ao beco diagonal. Insistira para que os pais a comprassem, e então sua mãe contou-lhe que Harry tinha uma coruja idêntica quando estudava em Hogwarts. O bichinho foi batizado de Edwiges II, em homenagem a fiel companheira de Harry.

Cansado de ficar encarando o teto, Al levantou-se e pegou um de seus livros escolares, no caso, História da Magia. Ele sempre gostara de História, ainda mais a da sociedade bruxa, ao contrario de Tiago que sempre adorou Defesa Contra as Artes das Trevas. Pensou em ler alguns capítulos antes das aulas começarem, assim não se sentiria tão ‘perdido’ durante as aulas, além do mais, já saberia caso se atrasasse algum dia.

Quando abriu o livro lembrou de Rose, sua prima. Ela com certeza já teria folheado todos os livros, aprendido várias fórmulas para preparar poções e vários feitiços somente lendo os livros.

Riu baixinho, não queria que ninguém – Inclusive sua coruja – acordasse. O primeiro capítulo falava de como os humanos e os bruxos vivam em harmonia há muito tempo atrás, e o porquê dos mundos terem sido separados e a existência dos bruxos apagada.

Os olhos verdes de Al percorriam a página, ávidos, ele adorava ler e saber! Além de estar ansioso para que suas aulas começassem logo!

O tempo foi passando sem que o garoto percebesse, e logo o sono também o venceu.

                                                         XxX

McGonagall observava atentamente o quadro de Alvo Dumbledore na parede. Não dormira a noite toda, estava muito preocupada com a decisão da garotinha de aceitar ou não estudar em Hogwarts.

- O que a aflige, Minerva? – A voz calma Dumbledore tirou Minerva de seus devaneios.

- Você sabe, Alvo. – ela disse com a voz fraca. – Rosaly Watson. Muito depende da resposta da garota. Se ela aceitar o perigo diminuirá, mas se ela negar pode representar um grande perigo para toda a sociedade.

- Ela é uma garota esperta. Fará o que tem que fazer.

- Ela é apenas uma criança. Não tem idéia de seu passado, do por quê ser criada por trouxas...

- Bem, se ela não sabe, logo saberá, não é?

- Sim, eu sei que ela irá querer saber sobre seu passado... Sobre seus pais... – ela suspirou pesadamente. – E as respostas serão muito duras para ela.

- Ela procurará Sarah Farrel.

- Eu sei disso...

- Sarah não saberá como responder as perguntas da menina. Na verdade há apenas uma pessoa que pode.

- Você se refere...?

- Sim. Ligue para Sarah e a avise.

- É o melhor a fazer, não é mesmo Alvo?

- A verdade sempre é o melhor caminho, Minerva.

                                                         XxX

Rosaly guardou o medalhão dentro do bolso de sua saia. Seus pais trouxas a esperavam para o café da manhã, mas ela não sentia fome. Estava ansiosa. Necessitava de uma resposta, mas aquelas pessoas que a adotou não saberiam responder...

Sabia que podia perfeitamente usar algum feitiço e fugir da casa de fininho, ou poderia sair sem dar explicação alguma, mas aquelas pessoas não mereciam isso. A protegeram durante toda a sua vida, lhe deram tudo e mereciam a verdade.

Mas para contá-los a verdade, ela teria primeiro que descobri-la...

- Bom dia. – ela disse, sentando-se à direita do pai.

- Bom dia, meu amor. – O homem de cabelos castanhos e olhos negros respondeu, desviando seu olhar do jornal que ele lia tão atentamente.

- Bom dia filhinha. – uma mulher de cabelos loiros e olhos esverdeados disse, depositando um beijo estalado na testa da garota. – Dormiu bem?

- Aham. – ela respondeu com um leve sorriso. – Mamãe...

- Sim, Rosaly?

- Pode me servir logo? Eu queria ir falar com a Sra. Farrel.

- Não acha muito cedo para ir importunar a sra. Farrel, minha querida?

- Eu não vou importuná-la! -  Rosaly protestou – Quero apenas fazê-la algumas perguntas.

- Tudo bem. – sua mãe disse dando-lhe outro beijo e indo para a cozinha.

                                                         XxX

Rosaly encarava a fronte de sua casa. Uma grande construção branca, com um grande jardim bem colorido na frente, aquelas pessoas poderiam comprar-lhe qualquer coisa, menos seu conhecimento. Conhecimento que ela buscava com Sarah Farrel.

                               

Tocou a campainha uma vez e não demorou para que porta fosse aberta. Sarah Farrel não era uma senhora lá muito velha. Aparentava ter mais ou menos quarenta anos –embora Rosaly soubesse que ela tinha cinqüenta e dois –, tinha cabelos rareando, entre o preto natural e o branco –Que era natural da velhice – Não era muito alta, mas tinha uma postura ereta, o que fazia quase se curvar para trás, além de olhos azuis brilhantes.

- Bom dia, Rosaly.

- Bom dia, Sarah. – a garota disse séria. – Posso entrar?

- Claro, querida, entre. – Ela deu passagem para a garota e a acompanhou até a sala, onde as duas sentaram-se nos macios sofás da velha bruxa – O que a traz aqui tão cedo?

Rosaly respirou fundo.

- Ontem Minerva McGonagall me procurou. – ela respondeu sem rodeios.

- Minerva? Por acaso ela veio lhe convidar para estudar em Hogwarts?

- Sim. Pessoalmente.

- Esse com certeza não é um procedimento padrão.

- Eu sei. E... Bem... Ela me deu isso. – A garota tirou o medalhão de dentro do bolso e entregou a bruxa ao seu lado. – Tem R.W. gravado aí.

- Eu vi. – Sarah respondeu abrindo o medalhão e observando as fotos – Sua mãe...

- Eu percebi. – Rosaly respondeu sem alterar nada sua expressão.

- Você se parece tanto com ela.

- Esse não é o assunto, Sarah. – Rosaly disse categórica.

- Então qual é?

- Eu quero saber sobre meu passado. Detalhadamente.

Sarah respirou profundamente enquanto mirava o cordão em suas mãos.

- Watson.

- O quê?

- Seu verdadeiro sobrenome. R.W. significa Rosaly Watson.

- Meu sobrenome... Eu quero saber de tudo, Sarah! Tudinho.

- Eu não posso lhe responder isso, Rosaly.

- Por que não?

- Não sou a pessoa mais indicada.

- Você disse que conheceu minha mãe! Deve saber sobre meu passado.

- Sim Rosaly, eu sei sobre seu passado. Mas as respostas que necessita estão além do que eu posso lhe fornecer. Já lhe falei um pouco sobre seu passado.

- Muito pouco.

- Não. Fatos relevantes. Seu sobrenome... Os nomes de seus pais... Só posso lhe falar uma coisa a mais sobre você mesma.

- E o que é?

- Que você é um ser raro.

- O que?

- Você descende de três tipos de seres mágicos. Suas avós são ninfas, um dos seres mágicos mais poderosos que existem, pois ninfas...

- Têm conexão com a natureza. – Rosaly completou a frase.

- Isso. Mas seu avô materno é um trouxa. E seu pai é um sangue-puro. Os poderes que você possui, minha pequena, são inimagináveis.

- Do que está falando? Você também é uma bruxa, só sei fazer aquilo que me ensinou.

- Você sabe usar suas habilidades, meu bem, mas ainda não as encontrou.

- Sarah, eu...

- Eu não posso lhe falar mais nada no momento. Mas passa aqui depois que chegar da escola, e depois iremos conversar.

-..., Tudo bem...

Ela respondeu vencida, e depois voltou para sua casa.

                                                         XxX

- Bom dia, Al! – Lílian entrou no quarto do irmão mais velho e pulou na cama dele. – Acorda, Acorda, acorda!!!!

- Hã? Lílian? – o garoto falou esfregando os olhos – Que horas são?

- Quase nove! Você nunca dorme até tão tarde, Al! Levanta! A mamãe tá chamando! A gente vai para o zoológico com a tia Hermione, o tio Rony, a Rose e o Hugo! Levanta, levanta, levanta!!! – ela continuou a saltitar na cama.

-Lílian, assim você vai quebrar a minha cama! – Alvo resmungou.

- Vai... Se... Arrumar! – ela disse pausadamente sem parar de saltitar.

- Tá bem, mas saia do meu quarto.

- Tá! – ela disse prontamente e saiu batendo a porta com um forte baque ao passar.

Alvo se trocou rapidamente e desceu. Seus irmãos já estavam à mesa, e sorriu ao ver que não só sua família estava lá, mas também Teddy e seus tios e primos.

- Oi, Al! – Rose falou sorrindo delicadamente para ele.

- Oi, Rose! – ele se aproximou da mãe a abraçou. – Bom dia, mamãe.

- Acordou tarde hoje, hein! – Gina disse com um sorriso.

- Bom dia papai. – o garoto abraçou seu pai que estava em pé conversando sobre quadribol com Rony. – Bom dia, tio.

- Bom dia, Al. – os dois responderam e retomaram a conversa sobre quadribol.

- Ei, Al. Olha o que eu aprendi a fazer – Rose disse, friccionando fortemente os olhos e fazendo uma maçã flutuar até mão do primo;

- Nossa! Isso é irado!

- Aham... - A garota sorriu.

- Eu estou louco para usar a minha varinha! – Al disse mordendo a maçã.

- Eu já testei a minha, você não?

- Eu quero deixar para usá-la só em Hogwarts! Assim vai ser especial!!

- Legal...

- Venham crianças. – Gina chamou e todos que estava ali na casa sentaram-se na mesa para desjejuarem e depois saírem para curtir o final das férias.


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