Tai engole em seco olhando para as meninas que lhe direcionavam olhares homicidas.

– O que vocês estão fazendo meninas? – pergunta Tai inocentemente.

As piores palavreados passam pela cabeça das meninas e diversas formas lentas e torturantes de se matar Tai encabeçam as primeiras coisas que elas gostariam de fazer a ele nesse momento.

– Como você pode interromper um momento desse Tai. – gritam as três juntas.

Todos que passavam por perto param para ver o que estava acontecendo. Tai engole em seco com medo de elas fazerem alguma coisa com ele. Tai da um passo para trás devagar começando a pensar em sair dali correndo.

Os outros Digiescolhidos olham para a onde estão Tai e as meninas. “O Tai está muito encrencado” pensa Matt vendo as meninas ficarem vermelhas de raiva.

– Acho melhor você correr Tai. – disse Matt com um sorriso torto.

– Concordo. – disseram Joe e Ken.

Tai escuta seus amigos e corre em direção ao Matt e lhe toma as chaves do quarto que ira ficar.

– Vou tomar um banho. – disse Tai e disparou em direção aos quartos.

Sora, Mimi e Yolei correm ate a onde estão os outros e olham vendo Tai sair em disparada. Não demora muito e as três caem na risada ao ver o amigo com medo delas. Ken, Cody e Izzy olham para elas rindo nervosamente. Davis olha para elas intrigado “Malucas” pensa. Joe e Matt se entreolham e falam juntos:

– Bipolares.

– O que disseram? – pergunta as meninas juntas olhando para os dois.

– Nada não. – disse os dois juntos abanando as mãos.

Os Digimons olham para eles curiosos e Agumon sai e vai à procura de Tai.

– Mais o Tai vai pagar por ter interrompido os dois. – disse Mimi convicta e as outras duas concordam.

– Interrompeu o que? – pergunta Izzy curioso.

– Agora não é hora. Como ficou a divisão dos quartos? – pergunta Sora mudando de assunto.

– Pegamos três quartos. Um para vocês, meninas, que tem quatro camas de solteiro. Outro para mim, Tai, Joe, Izzy e Sam e o outro fica com o TK, Ken, Cody e Davis. – respondeu Matt.

– Esta é a chave do quarto de vocês. – disse Izzy estendendo uma chave prata para Sora.

– A onde esta meu irmão? – perguntou Matt abraçando Sora por trás e lhe depositando um beijo no pescoço.

– Está lá fora “conversando” com a Kari. – disse Sora dando ênfase no “conversando”.

– Com certeza. Conversando. – disseram Mimi e Yolei rindo.

Mimi vai de encontro ao seu namorado e o abraça de lado. Joe passa as mãos sobre os ombros de Mimi a puxando para mais perto e lhe da um selinho.

– Vou lá chamar eles. – disse Davis indo em direção a porta da frente da pousada.

– Não! – disse Sora se desvencilhando do abraço do namorado e impedindo Davis de prosseguir.

– Por quê? – perguntou Davis desconfiado.

– Porque ela disse NÃO. – disse Yolei puxando Davis para junto dos outros, que riram da situação.

– Mais eu...

– Mais nada Davis. – disse Yolei.

Davis cruzou os braços emburrado, mais não disse mais nada. “Menina louca” pensa olhando para Yolei.

– Qual é o numero do quarto dele? – perguntou Sora ao namorado.

– 19. – respondeu Matt.

– Vou lá falar com eles. Toma Mimi. – disse Sora e estendeu a chave que Izzy avia lhe dado a amiga. – Vão para os quartos, alcançamos vocês depois.

– Não. Vão direto para o quarto nosso. – disse Izzy indicando ele, Joe e Matt. – Vamos nos reunir para decidirmos o que vamos fazer. Quarto numero 20.

Sora assentiu, deu um beijo em Matt e lhe entregou Pyocomon que ainda estava em seus braços. Matt e os outros foram juntos com seus parceiros Digimons para mais adentro da pousada em direção aos quartos deixando Sora, Patamon e Salamon para trás.

– O que aconteceu lá fora, Sora? – perguntou Patamon voando para os braços de Sora.

– Uma coisa que eu tenho certeza que vocês dois vão gostar. – respondeu Sora sorrindo pegando Patamon nos braços. – Na verdade acho que todos os Digiescolhidos vão gostar muito, muito mesmo.

– E o que é? – perguntou Salamon que estava do lado de Sora.

– Não vou contar, vocês vão ter que ver. – disse Sora rindo marotamente para a Digimon.

Patamon e Salamon trocam olhares sem entender o que Sora quer dizer. Até que Salamon começa a brilhar, a luz da Digievolução vem consumindo aos poucos a Digimon.

– Me sinto diferente. Mais forte. – disse Salamon se olhando.

Sora e Patamon olham intrigados para a Digimon.

– “Salamon Digivolve para...

– Tailmon.”

– Tailmon! – exclamam Sora e Patamon espantados.

– Mais como isso aconteceu? – perguntou Sora não acreditando. – Você precisa da Kari para Digivolver.

– Eu não sei. Só me senti mais poderosa e ai... Eu Digivolvi. – disse Tailmon em duvida.

“Isso é esquisito. Izzy vai adorar saber disso” pensa Sora olhando para Tailmon.

– Vamos lá? – chama Sora sorrindo para os dois Digimons e mudando completamente de assunto.

Os três vão juntos para a porta da frente esquecendo momentaneamente o que acabou de ocorrer e se deparam com uma cena que deixa os três sorrindo muito felizes. “Já estava mais do que na hora” pensa os três em sincronia.

Em alguma mansão de Odaiba...

Na cozinha Sophia, Alex, Etsuko e Daniel estavam cada um fazendo alguma coisa para comer e beber enquanto seus Digimons ficaram na mesa em silencio olhando para eles e se segurando muito para não conversar, pois sabiam que eles odiavam cozinhar ou fazer qualquer coisa na cozinha.

Sophia preparava uma salada verde, Alex fazia a comida, Etsuko estava fazendo um suco natural junto com Daniel.

Assim que Daniel depositou o abacaxi picado dentro do liquidificar Etsuko o ligou, mais esqueceu de por a tampa primeiro, o que resultou numa lambança para todos os lados, em cima de seus amigos, dos Digimons com o que seria o suco deles.

– Etsuko. – gritaram todos com ele bravos.

– Bem que um desses Digi que estão aqui poderiam saber cozinhar. – disse Etsuko se limpando.

– Porque a gente não pediu comida mesmo? – perguntou Alex tirando sua camisa.

– Não faço a mínima idéia. – disseram todos juntos.

– Belo abdômen, Alex. – disse Sophia piscando para ele.

Alex abriu um sorriso travesso, mais antes de falar qualquer coisa Michael aparece na cozinha.

– Eu...

Michael se interrompe vendo seus amigos e a cozinha molhados.

– O que aconteceu? – perguntou olhando para Alex.

– Etsuko. – respondeu.

– Deixa isso pra lá. –disse Michael e respirou fundo. – Daniel e Sophia, troquem de roupa e vão para a usina elétrica de Odaiba e a destruam. – todos olharam espantados para Michael. – Não me olhem assim e nem perguntem nada, só façam o que eu mandei e peguem os rádios para nos comunicarmos. Passem em um restaurante e como antes de ir para a usina. Quando eu der o aviso, vocês destroem a usina. Entendido?

Os dois assentiram e saíram da cozinha com seus parceiros Digimons.

– Etsuko, busque um Digi e o faça limpar essa bagunça e a da sala. – ordenou Michael.

– Só isso? – perguntou Etsuko triste.

– Não enche e vá logo. –disse Michael frio o encarando.

Etsuko saiu bufando da cozinha acompanhado de Gaomon que reclamava que estava com fome, deixando somente Michael, Alex e seus Digimons na cozinha.

– Quero que encontre o s Digiescolhidos. – disse Michael serio encarando o amigo.

– Como? – pergunta Alex arqueando uma sobrancelha.

– Pelo Digivice. – disse Michael levantando seu Digivice cinza e laranja.

– Não da, só se estivermos muito perto deles. O alcance dele no mundo humano é bem menor do que no Digimundo. – respondeu ao amigo não entendendo aonde Michael queria chegar. “Ele sabe disso muito bem, porque ainda pergunta?” pensa.

– E se eu te disser que tem um jeito de fazer isso. – disse Michael.

– Prossiga. – falou Alex ficando curioso.

– Descobri uma forma de ampliar o alcance do Digivice, mais preciso que você utilize um programa para saber exatamente a onde estão os outros Digiescolhidos. – disse Michael.

– Isso vai funcionar? – perguntou Alex duvidando.

– Vai, só preciso que use o computador do meu quarto. – disse Michael sorrindo.

– Do seu quarto que ninguém pode entrar se não é fatiado pelo Grademon? – pergunta Alex com um sorriso gigante nos lábios.

Michael proibiu a entrada de qualquer um em seu quarto na mansão. Somente ele e seu Digimon podem entrar lá. Ninguém sabe o por que disso, só o respeitam.

– Sim. Vamos? – pergunta indicando o corredor.

– Borá. – responde um Alex muito entusiasmando.

– Vocês dois ficam aqui. – disse Michael para os dois Digimons que pretendiam os seguir. – Peça a Etsuko que de alguma coisa para comerem.

Os dois assentiram e voltaram a se sentar na mesa. Michael e Alex saem da cozinha e rumam pelos corredores e escada da mansão em direção ao quarto de Michael.

Depois de alguns minutos chegam a frente de uma porta com o nome de Michael, este a abri e deixa um espaço para Alex entrar no quarto.

Acendendo a luz Alex vê que o quarto só possui uma cama de casal, um guarda-roupa, uma cômoda e uma escrivaninha com um computador que está ligado. “É simples. Porque será que ele sempre proibiu a nossa entrada aqui?” se pergunta Alex.

– Vai em frente, senti-se. – disse Michael puxando a cadeira que estava em frente à escrivaninha.

Alex senta na cadeira e Michael se posta ao seu lado.

– Qual a forma que descobriu? – pergunta Alex olhando para o computador.

– Use esse programa. – disse apontando uma pasta preta na tela. – E junte com um mapa da cidade.

Alex assentiu e abriu um programa de mapas exatos do Japão e vai para um da cidade de Odaiba. Puxa o mapa e junta com o programa de Michael, nesse momento uma luz preta sai da tela o deixando assustado. Alex olha para Michael, mais este só ri do ocorrido.

A luz diminuiu e aparecem diversos pontos vermelhos na tela em cima do mapa de Odaiba.

– O que foi isso? – pergunta Alex se levantando bruscamente.

Michael não responde a Alex. Ele puxa a cadeira de volta para frente e senta examinando o mapa na tela.

–Michael?– chamou Alex o cutucando. – Vai me responder?

– Espera Alex. – disse Michael empurrando o amigo para trás.

Alex cruza os braços e olha emburrado para Michael, que não tira os olhos do computador. “Ele não é assim, o que será que ele fez antes de me chamar aqui para estar me tratando desse jeito?” pensa Alex não gostando da atitude de Michael.

– Os achei. – disse Michael olhando pra Alex. – Vou te contar meu plano, para pegar o TK e deixar os Digiescolhidos sem Esperança.