Mercy escrita por M4r1-ch4n


Capítulo 2
Capítulo 1




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          Hermione aparatou dentro do seu apartamento, soltando a respiração que ela tinha o hábito de prender quando executava aquele complicado feitiço. Andando até a porta de entrada, ela verificou se a mesma estava trancada à chave, uma mania que havia restado da sua herança trouxa e que da qual Ron normalmente fazia piadas.
          Olhando para as suas vestes, ela decidiu que era melhor lavá-las e trocar por algo mais confortável, agora que estava novamente em casa. Seus braços ainda ardiam do esforço feito mais cedo para limpar a lápide de Snape, mas ela se sentia satisfeita com o resultado; havia ficado tão bonita quanto qualquer uma mantida por magia.
          A lembrança daquela tarde no cemitério fez com rugas de preocupação aparecessem na testa da garota; Lucius Malfoy havia feito uma visita ao seu antigo professor e ela não tinha a menor idéia do motivo. Não saber a razão por trás de algo era uma coisa que assustava Hermione, e ela estava determinada a mudar essa realidade.
          Caminhando por um curto corredor que terminava no seu quarto, a bruxa trocou suas vestes por roupas trouxas, confortável na sua calça jeans e em uma longa camiseta que ela havia comprado em uma viagem à Disney com Harry e Ron, algum tempo depois da batalha final contra Voldemort. Todos eles já estavam trabalhando e decidiram empregar parte dos seus salários em uma viagem que nenhum deles havia feito; Ron, de longe, foi quem mais se surpreendeu com os parques de diversões, principalmente com toda a tecnologia usada no mesmo. Boquiaberto, ele disse que trouxas estavam bem sem mágica, mais do que qualquer sangue-puro poderia imaginar.
          Aquela memória fez a bruxa mais uma vez se lembrar da presença de Malfoy em Godric's Hollow, de forma que ela decidiu pesquisar sobre o quê ele e sua família estiveram fazendo nos últimos cinco anos. Prendendo o cabelo em um rabo de cavalo, a garota voltou até a sala do apartamento, abrindo um armário onde ela havia guardado as edições do Profeta Diário desde que ela havia começado a estudar em Hogwarts; a magia era útil nessas horas, provendo encantamentos para reduzir e muito o tamanho das coisas.
          Colocando os pés debaixo das suas pernas dobradas, Hermione deixou-se levar pela atividade que melhor fazia: ler. Virando jornal após jornal, ocasionalmente deixando seus olhos se prenderem em alguma foto que se mexia vivamente, a jovem não encontrou menção à família dos Malfoy em qualquer das edições dos três primeiros anos posteriores à guerra, o que definitivamente era estranho; ela se lembrava do orgulho e da arrogância de Draco em Hogwarts, característica daqueles que sabiam descender de famílias poderosas, e como tal, nunca deixavam de figurar nos jornais, nem que fosse apenas na coluna social.
          Ela não sabia o quê pensar da ausência de uma família claramente importante no cenário bruxo europeu. Franzindo o cenho, Hermione continuou vasculhando os periódicos, até que finalmente o nome que ela estivera procurando apareceu em um exemplar do final do ano anterior, numa pequena nota na páginas de negócios. O artigo dizia assim:

Parceria entre Malfoy e o Apotecário

Ex-aluno de Hogwarts e reconhecidamente talentoso com Poções, o jovem Draco Malfoy, 23 anos, é o mais novo fornecedor para O Apotecário, loja de renome no campo de ingredientes e todo tipo de poções mágicas. Da sua residência em Londres, o jovem Malfoy disse estar muito satisfeito com o futuro dos negócios e que espera impressionar a todos com uma ou duas invenções suas.


          Os olhos castanhos de Hermione piscaram várias vezes; não era possível. Relendo a nota com atenção dobrada na esperança de que mais algum detalhe se revelasse, a bruxa por fim deixou o corpo cair para trás na sua poltrona, suspirando pesadamente quando desistiu de achar qualquer coisa além do que as curtas linhas indicavam. Aparentemente, Malfoy estava de volta à sociedade, trabalhando honradamente como um bruxo qualquer.
          Bem, não um bruxo qualquer; a fama do Apotecário era enorme, bem como alguns de seus preços; ele só vendia do bom e do melhor, o que queria dizer que Malfoy definitivamente tinha talento para ter sido selecionado como fornecedor. Ele havia sido um bom aluno em Poções, mas...
          Por que não havia nada mencionado sobre nenhum Malfoy antes? Especialmente por suas ligações com Voldemort?
          Hermione continuou folheando jornais e encontrou uma segunda menção a Draco na parte de negócios; outros exemplares depois, dessa vez a pessoa mencionada era Narcissa Malfoy, entre os vários convidados que haviam comparecido a um desfile organizado por Madame Malkin. Finalmente, entre os jornais do mês de fevereiro daquele ano, o nome de Lucius Malfoy estava impresso em letras pretas bem na frente dos seus olhos.
          Pouca coisa se falava a respeito dele, no entanto; tudo que a jovem descobriu com o minúsculo artigo era que Lucius havia adquirido uma pequena participação em Gringotes, como acionista. No entanto, a porcentagem dos lucros ou a quantidade de ações que ele efetivamente tinha não haviam sido divulgadas. Frustrada com a falta de detalhes sólidos sobre os Malfoy, Hermione mal notou o barulho de alguém que aparatava ali dentro também, nomeadamente dentro da cozinha.
          - Mione?
          A voz de Ron tirou a garota dos seus pensamentos, que ergueu a cabeça em tempo de ver os cabelos ruivos do seu namorado aparecerem na porta que marcava a divisa entre cozinha e sala. O bruxo abriu um largo sorriso, acenando para Hermione antes de deixar seus olhos caírem sobre as pilhas de jornais que pareciam ter ocupado todo o ambiente.
          - Hey, Ron. Como foi hoje no Ministério?
          - Tudo certo, tirando um novato que ateou fogo nos meus robes por engano... - ele murmurou com uma voz meio rancorosa, gesticulando para algumas manchas nas suas vestes que serviam de prova do pequeno desastre ocorrido naquela manhã - Ainda bem que Harry notou antes que o fogo ficasse muito forte!
          Hermione sorriu, sacudindo a cabeça.
          - Você não percebeu que estava em chamas, Ron?
          O garoto começou a ficar tão vermelho quanto seus cabelos, porém nas bochechas:
          - Anh... Na verdade, eu não percebi porque o fogo pegou na pontinha das vestes, então foi só quando o fogo começou a subir que eu percebi que estava quente. Quero dizer, treinar esses novatos exige bastante da gente, então achei que estava com calor depois de tanto exercício, mas quando Harry gritou eu descobri que tinha algo errado.
          A garota explodiu em gargalhadas, imaginando a cena na sua cabeça e perdendo o olhar ofendido no rosto do namorado. Dobrando o corpo na altura da cintura, ela deixou o exemplar do Profeta Diário que tinha em mãos escorregar para o chão, a figura sorridente de Kingsley Shacklebolt piscando para Ron do assoalho no topo de uma reportagem sobre sua crescente popularidade como ministro.
          - Mione! Vamos, não é algo tão engraçado assim.
          - Ah, Ron! Não perceber quando se está em chamas é no mínimo...
          - Grandes bruxos já passaram por isso! Você mesma ateou fogo nas roupas do Snape uma vez e ele nem percebeu até levar cutucadas dos outros professores!
          O nome de Snape fez com que a garota parasse de rir, lembrando novamente do encontro com Malfoy que ela havia esquecido por breves momentos. Erguendo-se de novo na cadeira e trocando a sua posição de forma que ela pudesse esticar suas pernas que formigavam, ela encarou seu namorado nos olhos:
          - Você sabe que dia é hoje, Ron?
          - Hoje é... Trinta de junho?
          Um curto momento de silêncio se seguiu, Ron ficando aflito com cada segundo que passava sem ouvir a voz da bruxa que ocupava a grande poltrona da sala. Hermione quieta nunca era um bom sinal, o que fez com que o mais novo dos meninos da família Weasley começasse a falar sem parar:
          - É o nosso aniversário de namoro? Aniversário dos seus pais? A data da sua primeira promoção? Casamento do Harry? Seu aniversário? Não, espera, isso é em setembro...
          Soltando a respiração que havia prendido sem perceber, a bruxa de cabelos castanhos negou todas as hipóteses com a cabeça.
          - Não é nada não, Ron.
          -...Se você diz.
          A nota de alívio na voz do outro tinha sido bem nítida, mas havia sumido quando ele falou novamente:
          - O quê são todos esses jornais, Mione?
          - Ah, isso. Eu estava procurando... 
          De repente, Hermione mordeu o lábio inferior. Ela não sabia se deveria contar ou não o quê havia se passado em Godric's Hollow para Ron; ele tinha o hábito de agir de maneira impulsiva e não era daquilo que ela precisava. Por mais estranho que fosse, nenhum Malfoy havia feito nada de errado até aquele momento e portanto não podiam ser presos ou perseguidos, algo que ela duvidava que fosse ser respeitado se Ron e seus amigos aurores descobrissem sobre a pequena visita de Lucius ao túmulo do amigo.
          Depois... O ruivo nem sequer lembrava da morte do seu antigo professor. Ele havia presenciado o assassinato de Severus Snape bem como ela e Harry, mas não pareceu particularmente tocado pelo triste fim do seu mestre de Poções e Defesa Contra as Artes das Trevas. Sentindo indignação e, surpreendentemente, raiva pelo descaso do namorado, Hermione decidiu por manter Ron no escuro a respeito do que estava fazendo.
          - Eu precisava fazer uma pesquisa para o Escritório de Re-Alocação de Elfos Domésticos... Como as informações estão fragmentadas no Ministério, decidi fazer uma triagem nos jornais mais antigos para procurar os detalhes que eles...
          - Ah, entendi. - Ron cortou a namorada com um sorriso que demonstrava seu medo nato de que Hermione começasse a dissertar sobre seu trabalho. Em ocasiões normais, a jovem teria se ofendido com aquilo, mas era até bom que o ruivo não estivesse preocupado com nada no momento - Mione, você fez o jantar?
          - Não. - a outra respondeu, perplexa - Não disse que estive pesquisando a tarde inteira desde que eu cheguei do... - ela parou, quase deixando escapar "cemitério" - Trabalho?
          - Claro, claro. - ele murmurou, andando pela sala até uma mesa onde ele deixou algumas das suas coisas e pendurou a capa em um gancho na parede, metendo a varinha em um bolso dos seus robes - Eu acho que vou tomar banho enquanto você arruma a comida.
          - Eu não vou fazer o jantar hoje, Ron. - a garota devolveu da sua posição na poltrona, acirrando os olhos perceptivelmente - Por que você não faz? Os livros de feitiços culinários estão todos lá.
          - Eu... - Ron parou na metade do caminho para o corredor que dava no quarto que dividia com Hermione - Isso não é tarefa para mim, Mione.
          - Ah, não? - a garota se ergueu da poltrona, prendendo os fios rebeldes que haviam escapado do elástico de cabelo e dando dois passos na direção do namorado - E por quê? Você come também, não come?
          - Sim, mas... Dá trabalho. E você é melhor que eu nisso, de qualquer jeito.
          - Porque eu sou... Mulher? - Hermione acrescentou em um tom venenoso que passou desapercebido pelo outro.
          - Sim, é o tipo de coisa que minha mãe sempre fez em casa.
          A jovem de vinte e quatro anos estava além da fúria naquele momento, com os punhos fechados e prontos para socar algo ou alguém, mais ou menos do jeito que ela havia feito com Malfoy anos atrás. Ron finalmente percebeu que algo estava muito errado com a sua namorada.
          -...Mione? - ele perguntou, dando dois prudentes passos para trás.
          - Ronald Weasley. - ela enfatizou cada sílaba do nome do outro bruxo, andando na direção do mesmo - Se você quiser jantar hoje ou em qualquer dia dos próximos meses... - ela acenou a varinha na direção da cozinha e uma espátula veio dançando pelo ar, em seguida voando atrás de Ron e acertando o mesmo na cabeça por várias vezes até o bruxo sair correndo do utensílio doméstico - Você vai ter que fazer sozinho!
          A resposta que Hermione recebeu, além de um belo xingamento, foi o barulho da porta do banheiro batendo e barrando a espátula assassina que foi de encontro à madeira e caiu no chão, novamente imóvel. A jovem rapidamente arrumou a bagunça na sala com os jornais fazendo rápidos movimentos com a sua varinha, indo para o quarto que ela depois trancou com chave e encantamentos fortíssimos, impedindo que seu namorado dormisse ali e, depois de sucessivos gritos, ataques mágicos e xingamentos, fosse dormir no sofá da sala.

          O humor de Hermione na manhã seguinte à sua discussão com Ron estava pior do que o normal, fato que a sua colega mais próxima de departamento notou com um suspiro exasperado:
          - Hermione, o quê aconteceu dessa vez?
          - Ah... Nada. - a bruxa respondeu de forma evasiva, organizando alguns papéis na sua mesa, em frente a da outra garota. Dois anos mais velha que ela, a outra funcionária daquela repartição tinha cabelos negros, lisos até a altura do ombro e olhos extremamente azuis. Seu nariz era um pouco grande para as suas feições delicadas e infantis, um pouco torto para o lado direito do seu rosto, resultado de um acidente na sua infância.
          Seus dedos seguravam uma pena que enchia uma folha de pergaminho com sua caligrafia pequena e praticamente ilegível, seus olhos grudados nas linhas que escrevia mas sem desistir da conversa com a amiga:
          - Fala sério, Mione. Estamos trabalhando juntas há quantos anos, quatro?
          - Quase cinco.
          - Me dê um pouco de crédito! Eu sei quando acontece algo de errado com você. - a outra bruxa ergueu a cabeça do seu relatório e seus olhos claros ficaram fixos na amiga - Foi Ron, não foi? Ele fez algo de novo ou então deixou de fazer alguma coisa. Na cama, talvez?
          - Adrienne! - exclamou Hermione, ficando vermelha no rosto enquanto a amiga ria do outro lado do cômodo, os olhos dela brilhando com malícia. Ela colocou a pena de lado, apontando um dedo para a famosa sobrevivente da batalha final contra Voldemort:
          - Você só me chama assim quando está brava, o quê quer dizer que eu acertei!
          - Não é isso, não é isso! - a garota de cabelos castanhos se apressou em explicar, o calor no seu rosto diminuindo depois da explosão de gargalhadas da outra funcionária - Ele nem dormiu no quarto ontem.
          Adrienne ergueu uma sobrancelha, parecendo interessada.
          - Vocês nem casaram e já começaram com as crises. Promissor.
          - Nós nem casamos e ele já espera que eu aja como a mãe dele! - a jovem desabafou, com um suspiro furioso. Memórias da atitude do seu namorado voltaram à mente de Hermione e ela sacudiu a cabeça vigorosamente, como se tentasse esquecer daquilo - Ah, Enne. Ele espera que eu chegue do meu trabalho para fazer comida para ele? Aquecer a água do banho? Pelas barbas de Merlin, eu não sou esse tipo de pessoa.
          - Mione, você já deveria esperar por isso. - a outra garota replicou, o trabalho de ambas esquecido sobre as mesas - Afinal, ele já dava sinais desse tipo antes como você me disse, não é? E depois, a maioria dos homens quer que nós nos comportemos como mães, fazendo todo o tipo de agrado e fechando os olhos para os absurdos que eles cometem...
          - Interessante a sua visão sobre os homens, senhorita Widdershins. Mas eu não acho que isso seja pertinente ao relatório que vocês duas deveriam estar fazendo para o departamento de registros dos lobisomens?
          As duas se calaram imediatamente, fazendo mesuras curtas para o homem que havia acabado de entrar na sala. Baixinho e dono de uma barba negra e vasta, Hermione sempre achara que Lewis Wiblin parecia mau. Sempre de mau-humor e resmungando sozinho pelos cantos, nenhum dos seus funcionários subalternos gostava dele, mas Wiblin havia sido de grande ajuda durante a guerra contra Voldemort, atuando junto a centauros, goblins e outras criaturas que ele conseguiu convencer a apoiarem o lado de Harry Potter.
          - Me desculpe, senhor Wiblin.
          - Suas desculpas serão aceitas quando eu receber os relatórios. Você também, senhorita Granger. - ele se virou na direção de Hermione com um olhar severo, em seguida deixando um pergaminho na mesa de cada uma - Isso é para vocês, leiam com atenção.
          Sem mais palavras, o chefe do Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas saiu com passos pesados, sua forma gorducha cambaleando ligeiramente para os lados conforme ele se afastava da sala das duas bruxas. Ainda observando a figura do chefe do andar, Hermione se assustou com o gritinho histérico da amiga.
          - Mione! Mione, abra a sua carta!
          A bruxa de cabelos castanhos pegou o pergaminho que havia sido deixado na ponta da sua mesa, desenrolando o mesmo e não prestando atenção em um pequeno bilhete vermelho que havia sido colocado junto. O canto dos seus olhos captou a figura excitada da sua amiga, que já havia se levantado e agora esperava na frente de Hermione que ela também lesse a mensagem.

Baile Anual do Ministério da Magia

É com muito prazer que o Ministério da Magia convida todos os seus funcionários para o LXXVII baile anual, onde o tradicional anúncio das promoções de 2003 será feito. O endereço deste ano segue logo abaixo.

Atenciosamente,
Kingsley Shacklebolt, Ministro da Magia.


          - É o baile, o quê tem de tão especial? - a garota perguntou para Adrienne, não reconhecendo o endereço; bom, desde que Kingsley assumira o posto de ministro, as coisas haviam mudado no Ministério, de forma que ela não estava surpresa por ele escolher lugares diferentes para cada ano.
          - O bilhete, Mione. Leia o bilhete. - a outra bruxa parecia estar prestes a explodir de tanta excitação, fazendo Hermione procurar pelo pequeno pedaço de papel que havia caído na sua mesa quando ela desenrolou o pergaminho. Arregalando os olhos, ela subitamente entendeu a exaltação da colega.

Hermione:

É com prazer que comunico-lhe a sua promoção e conseqüente transferência para o Departamento de Aplicação das Leis da Magia, onde passará a atuar como assistente. Seu salário aumentará significativamente, bem como sua carga de trabalho, sinto-lhe dizer.
Desde já agradeço pelos seus quase cinco anos de excelente trabalho no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas e tenho grandes expectativas em relação à senhorita no seu próximo posto. Suas novas funções começarão a partir do dia 1º de setembro.

Meus parabéns,
Kingsley.


          - Pelas barbas de Merlin! - Hermione agora havia se levantado da cadeira que ocupava, segurando as mãos de Adrienne - Você também...
          - Sim! Fomos ambas promovidas! Ah, Mione, eu não acredito! - as duas se abraçaram e riram por alguns minutos, extasiadas com as notícias. Quando ambas conseguiram se controlar de novo, tinham o rosto afogueado do riso e da excitação - Precisamos comprar roupas novas para essa ocasião. Vamos hoje mesmo, depois do serviço.
          Hermione sorriu; sua amiga utilizava qualquer desculpa para uma visita ao Beco Diagonal para comprar roupas, mas dessa vez era uma ocasião especial. Concordando com a cabeça, ela acrescentou:
          - Certo. E também...
          - Uma dose de firewhiskey!
          As duas riram de novo, só retornando ao silêncio quando Wiblin retornou ao departamento e mandou que as duas ficassem quietas; estavam atrapalhando o resto da repartição. Ainda sorrindo com orgulho incontido, as duas voltaram ao trabalho, muito mais divertido depois daquela notícia.



Continua...


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