Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 24
Capítulo 24 - Câmara Secreta


Notas iniciais do capítulo

Capítulo postado na casa da minha amiga...

Boa leitura...



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Capítulo 24 - Câmara Secreta

Já tinha passado dez dias desde que chegamos em Hogwarts. Era meu aniversário. Estava em meu quarto sozinha, era domingo e eu estava cansada de fechar os olhos para dormir e Slytherin invadir minha mente com sonhos.

Não teve nenhuma noite em que eu me deitava para descansar e dormir sem que ele invadisse minha mente tentando me mostrar alguma coisa relacionada com a Câmara Secreta. Era tão frustrante! Gryffindor, Ravenclaw e Hufflepuff também estavam ajudando Slytherin a me persuadir. Na verdade, os quatro estavam tentando me dizer alguma coisa desde a primeira noite, eu que não estava me esforçando o suficiente para descobrir o que era.

Já tinha terminado de fazer todos os deveres que os professores tinham passado para nós. Era irritante a forma de ensinar de Lockhart, era patético! Ele deveria ter ficado bem longe de Hogwarts até aprender alguma coisa de verdade, e não tentar se passar por um bruxo brilhante como tentava. Além de ser um idiota ensinando, tinha uma mente fácil demais para ser invadida, era realmente patético.

Me levantei decidida. Era hora de tentar descobrir o que os quatro fundadores tentavam me dizer já há 10 dias.

Desci até o segundo andar e fui até o banheiro da Murta-que-geme, que estava vazio como sempre a não ser pela Murta que estava flutuando acima das pias.

- Quem está aí? - ela perguntou ver a porta se abrir.

- Katherine Riddle. - eu respondi.

- Ah, é você. - ela falou sem emoção.

- Me esperava? - eu perguntei.

- Não.

- Posso te fazer uma pergunta que você não vai gostar de responder? - eu perguntei olhando para ela.

- Pode. - ela falou flutuando até o chão ficando de frente para mim.

- Você já está nesse banheiro há quase 50 anos. Já viu alguma coisa estranha aqui? - eu perguntei.

- Não.

Suspirei. Teria que descobrir o que Slytherin queria me mostrar sozinha.

- Quer dizer... - ela falou meio pensativa. - Só aquela torneira ali que não funciona. Mas ela não funcionava desde quando eu estudava aqui. - ela falou apontando para uma das pias, depois foi flutuando e gemendo até a última divisão.

Andei até a pia cautelosamente. Alguma coisa dentro de mim me dizia que era o que eu procurava, mesmo sem saber direito o quê exatamente eu procurava.

O espelho estava embassado de uma forma estranha, e a torneira realmente não funcionava. Olhei debaixo da pia procurando por alguma coisa anormal mas não encontrei nada. Como estávamos falando de Salazar Slytherin, um bruxo ofidioglota, resolvi falar em ofidioglossia, quem sabe eu não descobria algo.

- Sou Herdeira de Slytherin, abra. - falei depois de pensar um pouco.

A pia a minha frente de deslocou para o lado revelando um cano grosso.

- Pensou bem, Katherine. Você acaba de encontrar a entrada para a Câmara Secreta. - a conhecida voz que Slytherin ecoou em minha mente.

Coloquei a pia novamente no lugar com uma única palavra antes de sair do banheiro e descer os últimos andares até a masmorra.

Meu inconciente me guiou até a sala de Snape, que estava vazia no momento. Entrei ali e fiquei sentada encostada na parede atrás da escrivaninha. Não sei quanto tempo passou até que ele voltou para a sala e me encontrou ali.

- Katherine? O que faz aqui? - ele perguntou ao me ver.

- Não fale nada. Só me deixe ficar aqui por um tempo. - eu falei sem olhar para ele.

Senti uma capa sendo colocada sobre meus ombros e me aquecendo. Escutei a cadeira sendo puxada, mas Snape não falou mais nada.

Tentava me lembrar de tudo que estava escrito nos pergaminhos que Slytherin tinha deixado, todos sobre a Câmara Secreta. Nenhum dizia o que estava dentro dela. Seguindo a linha de meu raciocínio, eu achava que poderia ser um basilisco, o rei das serpentes. Não era realmente uma coisa improvável, já que estávamos falando de Salazar Slytherin. Precisaria descer até lá para descobrir, mas eu já tinha quase certeza.

- Katherine, já está na hora do almoço, você não vai? - Snape perguntou ao meu lado. Só nessa hora que eu notei que ele já não estava mais sentado na cadeira corrigindo trabalhos, e sim sentado ao meu lado.

- Não estou com fome. Pode ir se você quiser, mas posso ficar aqui? - eu perguntei.

- Preciso terminar de corrigir isso aqui. Vou ficar por aqui também, depois um elfo vai trazer alguma coisa para mim. Mas pode ficar à vontade. - ele falou.

- Severus. - eu o chamei quando ele estava se levantando.

- Sim?

- O que você sabe sobre a Câmara Secreta? - eu perguntei depois que alguns segundos de silêncio.

- Só o que todos sabem. - ele respondeu sem entender minha pergunta. - Por quê?

- Curiosidade. - eu respondi indiferente.

- Não está pensando em sair procurando por ela, está? - ele perguntou se sentando novamente ao meu lado e puxando meu rosto para que eu pudesse olhar nos olhos dele.

- Não. E pare de tentar usar legimência em mim. - eu falei expulsando-o de minha mente.

- Desculpa. Mas é sério Katherine, não saia procurando por uma coisa desconhecida. - ele falou ainda segurando meu rosto e ainda tentando usar legimência em mim.

- As bibliotecas dos fundadores também eram coisas desconhecidas, e vocês me incentivaram a continuar procurando. - eu retruquei.

- É diferente. A última vez que a Câmara Secreta foi aberta, uma garota morreu e você sabe bem disso.

- Perfeitamente. Mas segundo a história, só o herdeiro ou herdeira de Slytherin, seria capaz de controlar seja lá o que for que está dentro da Câmara. - eu falei tentando soltar meu rosto das mãos dele.

- Katherine, ainda assim é perigoso. - ele falou soltando meu rosto. - Não faça nada imprudente e sem pensar, por favor.

- Com medo que a filha do Lorde das Trevas morra e você seja castigado, Severus? - eu perguntei ironicamente.

- Não é isso. Eu não quero que minha aluna favorita e a aluna que é como minha filha morra! - ele falou se levantando e se sentando irritado na cadeira e voltou a corrigir os trabalhos.

- Severus... - eu comecei mas mudei de idéia. Ficar quieta e sair da sala naquele momento era a melhor coisa para fazer.

Me levantei em silêncio e coloquei a capa que estava em meus ombros sobre a cadeira antes de sair da sala. O almoço já tinha terminado, então fui até a cozinha pegar alguma coisa para comer e enquanto isso, tentei digerir as últimas palavras de Severus Snape.

*************

Minhas dúvidas se dissolveram três semanas depois. Uma voz sibilante pode ser ouvida através das paredes. Esse ano, esse seria o problema. A Câmara Secreta iria ser aberta, era certeza.

*************

No dia das bruxas meus maiores medos se tornaram realidade. Os fundadores não me deixaram dormir, atormentando minha noite com coisas que aconteceram no passado e outras coisas do gênero. Algo me dizia que tinha alguma coisa errada na escola, mas ninguém parecia perceber e eu que não sairia perguntando para minhas amigas ou para os gêmeos se eles tinham percebido alguma coisa porque depois eu teria que me explicar.

O dia foi o mais normal possível, até o final do jantar...

Escutei a voz sibilante do basilisco mesmo com todo o barulho do Salão Principal. Fiquei rígida no mesmo instante que escutei as intenções dele.

- Katherine, você está bem? - Alexia perguntou para mim.

- Ahn? Estou, estou sim. - eu respondi sem olhar para ela. - Por que a pergunta?

- Você de repente ficou pálida e dura, pensei que estava passando mal. - ela falou dando de ombros e voltando a atenção para o prato dela.

O jantar acabou alguns minutos depois.

- Não vá para o segundo andar. - quatro vozes me alertaram ao mesmo tempo em minha cabeça.

- Por que não? - eu perguntei sem entender.

- Nos escute por favor, Katherine. - Ravenclaw falou de uma forma aflita.

Todos se dirigiam para o segundo andar, todos sem exceção. Eu não poderia dar meia volta e descer para as masmorras, então, fui junto mesmo com os protestos dos fundadores ficando cada vez mais altos na minha cabeça.

No mesmo corredor, não muito longe do banheiro da Murta-que-geme, o trio grifinório estava parado bem no meio e na parede ao lado deles, escrito com algo que parecia ser sangue:


"A Câmara Secreta foi aberta. Inimigos do Herdeiro, cuidado!"

Parecia que o sangue estava sendo drenado de dentro de meu corpo. Tudo rodou e ficou escuro por um segundo, antes que tudo voltasse ao normal. Ou melhor, quase tudo. O que estava escrito na parede não tinha sumido, Draco fez o favor de gritar para todos escutarem:

- Inimigos do Herdeiro, cuidado! Serão os próximos sangues-ruins.

Então todos viram a gata do Filch petrificada e começou os cochichos. Logo depois um Filch cambaleante chegou até o meio da confusão, onde o três grifinórios estavam.

Para mim estava sendo um pesadelo. Qualquer um que tivesse lido pelo menos uma vez Hogwarts: Uma História, saberia o que 'A Câmara Secreta' significava e que o único herdeiro de Slytherin na escola, era eu.

Então Dumbledore chegou com os professores e dispensou todos os alunos, mas pediu para mim ficar junto com Harry, Rony e Hermione.

Os olhos de Snape não saíram de cima de mim por nem um segundo, ele estava tentando usar legimência em mim, e eu deixei. Não conseguiria falar nada naquele momento, nem se fosse para me defender.

Sentia ele olhar cada canto de minha mente que lhe foi permitido - apenas sobre as coisas que aconteceram desde o dia 1 de setembro. Senti tudo escurecer e eu desmaiei.

Quando voltei à conciência estava em um lugar diferente, apoiada em Severus com o trio grifinório me observando e muitos professores em um lugar só.

-... petrificada, Argo. - a voz de Dumbledore chegou até meus ouvidos.

Depois de alguns gritos histéricos de Argo Filch, e depois que Snape se certificou que eu estava bem, ele se levantou e deu alguns passos em direção à eles.

- Se me permite diretor... - ele parou por um momento, Dumbledore assentiu e ele prosseguiu. - Talvez Potter e seus amigos simplesmente estivesse no lugar errado e na hora errada. - fiquei surpresa com tal ato. - Mas temos um conjunto se circunstâncias suspeitas nesse caso. Por que é que estavam em um corredor do segundo andar, e não no Salão Principal no jantar de Hallowen?

Os três grifinórios se apressaram a responder e explicaram que estavam na festa do aniversário de morte de Nick-quase-sem-cabeça.

Snape voltou a fazer perguntas tentando de alguma forma, achar um furo na explicação deles.

- Professores, qual seria a minha utilidade aqui? - eu perguntei antes que Rony voltasse a responder Snape.

- Senhorita Riddle, creio que a senhorita tenha lido a mensagem na parede antes de desmaiar, certo? - Lockhart perguntou para mim arrogantemente.

- Com certeza, professor. - eu respondi lutando contra a vontade de revirar os olhos.

- Até onde nós sabemos, a Câmara Secreta é algo que foi construído por Salazar Slytherin nessa escola. E segundo a mensagem na parede, deveríamos temer o herdeiro.

- É aí que está professor. Vocês devem temer o herdeiro, no masculino. E não a herdeira, no feminino. - eu falei ironicamente recebendo um sorriso de lado de Dumbledore e Snape.

- Tenha mais respeito! - Lockhart gritou.

- Olha, não me interessa se o Harry aqui é o seu aluno favorito ou não, ok? Eu já estou estudando nessa escola há três anos. Posso ser filha de Lord Voldemort mas não sou uma assassina como meu pai, e isso eu já deixei bem claro nessa escola. Não vou ter essa discução mais uma vez com um professor idiota, que só porque é famoso fora da escola está se achando. E ainda por cima, que nem sabe dar uma aula direito. Posso ser herdeira de Slytherin, mas só para lembrar, tenho sangue de Gryffindor correndo nas minhas veias também, professor. Se for só isso, eu gostaria de voltar para o Salão Comunal da Sonserina. - eu falei me virando para Dumbledore e Snape.

- Você não tem essa autoridade para falar assim comigo, mocinha! - Lockhart falou vindo na minha direção com uma expressão furiosa e tirando a varinha de dentro das vestes.

- E você não pode ir tirando a varinha para dar um sermão em uma aluna. - eu falei colocando a mão em meu bolso, mesmo que eu não precisasse disso.

- Professor Lockhart, se acalme. - Snape falou ficando entre nós dois.

- Ela merece uma detenção, professor Snape! - ele vociferou sacudindo a varinha no rosto de Snape.

- E ela terá, mas quem irá aplicar tal detenção serei eu, e não o senhor. - Snape falou calmamente.

- Em todo o caso, o assunto que deve ser discutido no momento não é esse. Senhorita Riddle, poderia nos dizer o que aconteceu com Madame Norra para ela ficar assim? - Dumbledore perguntou indicando a gata com a varinha.

Andei a passos largos até onde ele estava e examinei a gata. Ela estava petrificada, como Dumbledore já tinha dito e como eu já tinha deduzido. Fiz um feitiço não-verbal só para verificar se tinha sido mesmo o basilisco, e recebi a resposta no mesmo instante.

- Não sei o que fez ela ficar assim. Mas como o senhor já falou professor, a poção de mandrágora resolve.

- Eu faço. Devo ter feito essa poção milhares de vezes. Poderia fazer até de olhos fechados. - Lockhart entrou na conversa como se não tivéssemos discutido minutos atrás.

- Desculpe-me, mas creio que eu sou o professor de Poções aqui nessa escola. - Snape falou friamente. Tive que reprimir a gargalhada enquanto um silêncio constrangedor envolveu a sala.

- Vocês podem ir. - Dumbledore falou para o trio grifinório, mas não para mim. Ele deixou que eu escutasse toda a conversa entre ele e os professores, e por último se virou para mim. - E por último, senhorita Riddle. Se souber de qualquer coisa sobre a Câmara Secreta, peço que me conte. - ele falou antes de deixar que eu saísse acompanhada por Snape.

- Por que deixou eu vasculhar sua mente? - ele perguntou quando já tínhamos descido um lance de escada.

- Não sei. - eu respondi simplesmente. - Obrigada por me defender agora pouco.

- Não foi nada. Você sabe onde é a entrada para a Câmara Secreta, não sabe? - ele perguntou. - Não tive tempo o suficiente para olhar toda a sua mente, você desmaiou antes. - ele respondeu ao meu olhar interrogador de "você não viu minha mente?"

- Ah, claro. Estou trabalhando nisso. - eu falei sem olhar nos olhos dele.

- Katherine, o Lockhart vai tentar de tudo para te prejudicar. Ele não quer você aqui nessa escola como você mesma percebeu. Se ele descobrir que eu não te dei uma detenção pela forma que você falou com ele, ele mesmo irá fazer isso. - Snape falou em um tom de desculpa.

- Sem problema Severus. Só não me passe uma coisa muito ruim, ok? - eu pedi sorrindo marota para ele.

- Amanhã, das 9 da manhã até as 8 da noite na minha sala. - ele falou retribuindo o sorriso. - Vai me ajudar a corrigir os trabalhos.

- Ah, não! - eu reclamei.

- Prefere arrumar meu estoque de poções? - ele perguntou.

- Corrigir trabalhos está ótimo. Mas sinceramente, não é uma detenção, vou estar diminuindo o seu trabalho isso sim. - eu falei rindo. - Vou ficar na biblioteca de Slytherin. Preciso pensar. - eu avisei quando paramos na frente da sala dele.

- Tudo bem. Mas terá que arrumar uma ótima desculpa para suas amigas. - ele falou voltando a andar comigo.

- Vai querer entrar? - eu perguntei segurando a porta da biblioteca para ele.

- Posso ver quais livros essa biblioteca possui? - ele perguntou.

- Entre.

Depois de algumas horas, resolvi dormir na cama de Slytherin mesmo. Não queria ir para o dormitório e encontrar com as garotas e nem ir para o meu dormitório particular. Expliquei para Snape como ele teria que sair dali passando pelo quarto e fui para o quarto de Slytherin. Tudo escureceu antes que eu chegasse até o quarto.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
Já tenho mais quatro capítulos prontos, revisados e prontos para postar. Agora só vou poder postar depois do dia 9, mas se a quantidade de reviews for grande, posso tentar postar no dia 9 mesmo...
Comentem.