Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 23
Capítulo 23 - Férias - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Quem já assistiu Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2?Chorei o filme inteiro, do começo ao fim... De verdade...Ainda não me conformei que a saga finalmente chegou ao fim. Meu Merlin! 10 anos de filmes que acabaram.É o último capítulo que eu posto esse mês.Depois é só no começo ou meio de agosto, o motivo eu falei nos dois capítulos anteriores...Muito obrigada à todos que votaram. Já tenho um final pensado para essa fanfic, mas tudo pode mudar, não é mesmo?Boa leitura...



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Capítulo 23 - Férias - Parte 2

No sábado, todos estávamos com a capa de Hogwarts e enfileirados em frente a lareira dos Weasleys para irmos até o Beco Diagonal. Todos entramos na lareira e dissemos o nome do mesmo lugar: Beco Diagonal. Dos oito que saíram d'A Toca, só sete apareceram no Caldeirão Furado. Harry não estava entre nós.

Sentados em uma mesa, não muito longe de onde eu e os Weasleys estávamos, os Malfoy e os Nott me encaravam.

- Molly, Arthur, eu vou ali falar com Lucius e volto logo. Se quiserem ir na frente podem ir. Depois nos encontramos novamente na Toca. - eu falei.

- Nós esperamos. - Arthur falou sério e encarando Lucius.

Fui até os Malfoy e os Nott.

- O que estão fazendo aqui? - eu perguntei friamente.

- Viemos fazer as compras dos materiais de Hogwarts com você. - Alexia que respondeu.

- Não pedi isso. - eu falei da mesma forma que antes.

- Não vai dizer que prefere ficar com os traidores de sangue. - Draco que falou indignado.

- Draco, eu já pedi milhares de vezes para não usar esse termo na minha frente. - eu falei de olhos fechados tentando controlar a raiva que estava me dando. - Não estou dizendo que prefiro ficar com os Weasleys. Mas não quero que fiquem grudados em mim. Eles não vão passar nenhuma doença para mim, ok? Vamos até o Gringotes todos juntos, se vocês já tiraram o dinheiro de vocês, eu vou com eles. Depois nos encontramos em uma hora e meia na Floreios e Borrões, pode ser? - eu perguntei.

- Já fomos ao Gringotes. Aqui está seu dinheiro. - Lucius falou me entregando uma sacolinha com uma boa quantidade de galeões.

- Recebi uma herança da minha mãe, Lucius. Não precisa mais pagar meus materiais. - eu falei recusando o dinheiro.

- Temos uma quantia separada para os seus materiais e os materiais de Draco, então, pode aceitar e guarde o dinheiro que era de sua mãe para depois de Hogwarts. - ele falou colocando o dinheiro nas minhas mãos.

- Obrigada. - eu agradeci aceitando o dinheiro. - Nos vemos em uma hora e meia na Floreios e Borrões então. Até lá. - eu falei me afastando deles e indo me juntar novamente aos Weasleys.

- Aonde o Harry pode estar? - escutei Rony perguntar.

- Vamos encontrá-lo. Ele não deve estar tão longe. - eu falei. - Ele provavelmente acabou saindo em uma das lareiras de alguma loja de dentro do Beco. - eu falei fazendo todos rirem com a idéia.

Entramos no Beco. 20 minutos depois estávamos perto do Gringotes. Para a nossa surpresa, Harry estava ao pé da escada do Gringotes junto com Hagrid e Hermione.

Hagrid se despediu de nós rapidamente e nós entramos no Gringotes.

- Você estava na Travessa do Tranco, Harry? - eu perguntei só para confirmar depois de ouvir a história dele.

- Estava. E adivinhem quem eu encontrei na Borgin & Burkes? - ele perguntou. - Malfoy e o pai dele. - ele respondeu quando eu, Rony e Hermione não respondemos.

- Lucius Malfoy comprou alguma coisa? - Arthur perguntou logo atrás de nós.

- Não, ele estava vendendo. - Harry respondeu.

- Então ele está preocupado. Ah, eu adoraria pegar Lucius Malfoy por alguma coisa...

- Cuidado Arthur. Aquela família significa confusão. Não abocanhe mais do que você pode mastigar. - Molly falou severa. Então eles se lembraram da minha presença. - Katherine, querida. Não foi o que queríamos dizer, mas... - ela recomeçou toda atrapalhada.

- Não se preocupe. Conheço bem a família com a qual eu moro. - eu falei rindo do nervosismo dela.

Fomos conduzidos aos cofres subterrâneos depois que os Grangers ficaram no andar de cima, já que eram trouxas e precisavam trocar o dinheiro trouxa, para o dinheiro bruxo.

A primeira parada foi no meu cofre.

- Molly, isso daqui é para vocês. - eu falei entregando a bolsa de dinheiro que Lucius tinha me dado depois colocar um pouco mais de dinheiro dentro dela, depois de muita insistência da minha parte, ela aceitou. - Gina, venha cá. - eu chamei a caçula da família para dentro de cofre. Peguei um colar delicado com um pingente de flor e dei para ela. Logo depois peguei uma quantidade de dinheiro para o meu material e para mim usar nos passeios a Hogsmeade.

Depois paramos no cofre dos Weasleys, eles só tinham alguns galeões dentro do cofre. Molly deixou boa parte do dinheiro que eu tinha dado a ela ali.

E por último, no cofre de Harry. Pude notar que ele tentava esconder de nós a quantidade de ouro que ele tinha, coisa que foi em vão.

Exatos 10 minutos depois disso, todos nós nos separamos e fomos comprar os materiais separadamente. O trio grifinório, Fred, Jorge e Lino que surgiu do nada, Molly saiu com Gina para ir até a Madame Malkin, Arthur insistia em levar os Granger para o Caldeirão Furado para um drinque e Percy murmurou qualquer coisa antes de se afastar. Já eu, precisava de vestes novas para esse ano letivo, fui junto com Molly e Gina.

- Nos encontramos dentro de uma hora na Floreios e Borrões para comprarmos os livros. - Molly falou para todos enquanto nos separávamos.

Depois de comprar as vestes, me separei das duas Weasleys e andei pelo Beco visitando as lojas que me chamavam a atenção e lojas que eu tinha que visitar para comprar os materiais que faltavam.

Encontrei com vários alunos de Hogwarts, vários sonserinos que me cumprimentaram e vários outros alunos de outras casas que apenas acenavam.

Uma hora depois, me dirigi para a Floreios e Borrões para me encontrar com os Weasleys, Malfoys e Nott. Ao chegar perto da livraria, uma quantidade de pessoas se acotovelavam para entrar na loja, o motivo estava escrito em uma faixa estendida nas janelas do primeiro andar.

GILDEROY LOCKHART

autografa sua autobiografia

O MEU EU MÁGICO

hoje das 12:30h às 16:30h

Revirei os olhos ao terminar de ler a faixa e fui andando até onde Harry, Rony e Hermione estavam.

- Vamos, os outros já devem estar lá dentro. - eu falei puxando os três para dentro enquanto empurrava as bruxas histéricas à minha frente.

Alguns minutos depois de estarmos na fila, junto com os Weasleys, conseguimos ver o famoso Gilderoy Lockhart. Um homenzinho dançava à sua volta tirando fotos e mais fotos com uma máquina enorme.

- Saía do caminho. - ele rosnou para Rony. - Eu trabalho para o Profeta Diário.

- Grande coisa. - Rony retrucou.

Nesse momento, Lockhart ergueu a cabeça e olhou para Rony e logo depois para Harry, e finalmente viu sua cicatriz.

- Não pode ser, Harry Potter. - ele gritou ao se levantar. Ele esticou o braço para alcançar Harry e o puxou para o seu lado. - Dê um sorriso, Harry. Juntos eu e você iremos para a primeira página. - Depois de outra foto batida, Harry tentou sair do lado do homem que o segurava ali, mas... - Senhoras e senhores, que momento extraordinário, quando o jovem Harry Potter entrou nessa manhã para comprar O Meu Eu Mágico. - um sorriso extremamente exagerado. - Ele não sabia, que em breve estaria não levando para casa apenas minha autobiografia, mas todos os livros que de minha autoria, e de graça. - ele falou entregando uma pilha de livros para Harry.

Lockhart finalmente soltou o Harry e ele voltou para o nosso lado.

- Parabéns, jovem Harry Potter. - eu falei rindo.

- Fica quieta. - ele reclamou. - Aqui, pode ficar com eles. Eu vou comprar os meus. - ele falou dando os livros que ele acabara de ganhar para Gina.

Logo depois de recebermos os autógrafos que eu não queria, e enquanto Molly comprava a coleção de livros que iríamos precisar para mim, Harry, Rony e Percy, fomos todos para a entrada da livraria enquanto os pais de Hermione e de Rony ficaram para comprar os nossos livros. Na porta, encontramos com Draco. Ao olhar para o interior da livraria, pude ver Alexia e Theo.

- Aposto que adorou isso não é, Potter? O famoso Harry Potter, não pode entrar em uma livraria sem parar na primeira página do jornal. - Draco falou debochadamente.

- Deixa ele em paz. Ele não queria isso. - Gina falou tão vermelha quanto seus cabelos.

- Olha só. Acho que você arrumou uma namoradinha, Potter. - Draco falou.

- Calminha aí, Draco. - Lucius falou colocando a mão sobre o ombro do Malfoy mais novo. - Ah, senhor Potter! É um prazer conhecê-lo. Lucius Malfoy. Com licença. - ele falou já puxando Harry para mais perto e tirando a franja que caía agora sobre a cicatriz e a escondia. - Fascinante. Essa cicatriz é uma lenda; assim como o bruxo que a fez. - ele falou finalmente olhando para mim.

- Crianças, vamos lá para fora. - Arthur Weasley chegou aonde nós estávamos.

- Ora, ora, ora. Arthur Weasley. Espero que estejam lhe pagando hora extra com todo o serviço no Ministério. - ele falou olhando para o caldeirão que Gina segurava. - Pelo visto não. - ele falou puxando um livro de segunda mão que estava dentro do caldeirão. - De que serve ser uma vergonha de bruxo se nem lhe pagam bem para isso. Se associando à trouxas. - ele falou olhando para o fundo da loja onde a senhora Weasley conversava com os pais de Hermione.

- Nós temos idéias muito diferentes do que é ser uma vergonha de bruxo, Malfoy.

- Pensei que sua família já estivesse no fim do poço. - Lucius falou recolocando o livro no caldeirão de Gina, com mais alguma coisa.

Nesse momento, Arthur Weasley voou sobre Lucius e eles começaram a brigar derrubando várias prateleiras cheias de livros. As pessoas se afastaram para não serem atingidas nem pelos livros e nem pelos dois homens no chão.

- Protego! - eu falei com a varinha em punho apontando para os dois. - Lucius, venha comigo. - eu falei o puxando para fora da loja. - Peço desculpas por isso. - eu falei para um atendente que estava perto. - Reparo. - falei apontando a varinha para os livros e prateleiras caídas.

Lucius me seguiu assim como Draco.

- O que foi aquilo?! - eu perguntei assim que entrei em uma pequena rua paralela à rua principal do Beco que estava vazia.

- Perdão, milady. - ele falou abaixando a cabeça.

- Não quero ver isso se repetindo nem aqui e nem em nenhum lugar. Fui bem clara? - eu perguntei, nenhuma resposta. - Lucius! Draco!

- Sim. - os dois responderam juntos.

- Ótimo. Até o dia 1 de setembro. - eu falei deixando os dois sozinhos e voltando para a Floreios e Borrões.

Os Weasleys já iriam voltar para A Toca, mas eu ainda tinha um lugar que precisava ir. Por isso, eles voltaram na frente enquanto eu continuei ali. Depois de me separar dos Weasleys, me dirigi para a loja de varinhas do Olivaras, precisava falar com ele sobre minha mãe.

Entrei na loja, que naquela hora estava vazia.

- Senhor Olivaras? - eu perguntei me apoiando no balcão.

- Senhorita Riddle! - ele saiu de trás de uma das várias estantes de varinhas. - O que a trouxe aqui? - ele perguntou sorrindo.

- Quero saber mais sobre minha mãe e sobre a Anna. - eu falei. Ele ficou sem falar nada por algus minutos. - Sr. Olivaras? - eu o chamei novamente o tirando de seus pensamentos.

- Anna foi te visitar? - ele perguntou.

- Sim. Ela foi me procurar a quase três semana na Mansão Malfoy. - eu falei.

- Pensei que ela tivesse abandonado o mundo bruxo quando o filho dela morreu. - ele comentou.

- Ela se afastou do mundo bruxo, mas isso não quer dizer que ela o abandonou. - eu a defendi. - O que o senhor sabe sobre ela, e qual era a relação dela com minha mãe?

- Anna era o oposto da Luna. Ela não foi para a Grifinória, em Hogwarts. Ela foi selecionada para a Corvinal. Era uma garota brilhante, inteligente e muito bonita. - ele falou depois de um tempo em silêncio. - Quanto a relação dela com a Luna... Enquanto elas estudavam, eram super unidas fora da escola, já que Anna era da Corvinal e Luna da Grifinória. Depois que ambas se formaram, parece que tiveram uma briga séria e acabaram se afastando. - ele me contou. - Isso é tudo o que eu sei. - ele falou.

- Obrigada. - eu falei sorrindo. - Já vou indo. - eu falei já saindo da loja. Andei por alguns minutos pelo Beco Diagonal antes de voltar para o Caldeirão Furado e dali ir para A Toca.

Cheguei n'A Toca, e fiquei calada até a hora em que fomos dormir. No dia seguinte, eu continuei calada até que Gina veio falar comigo.

- Kate, aconteceu alguma coisa? - ela perguntou se sentando ao meu lado em um morro que fazia parte da propriedade dos Weasleys.

- Por quê? - eu perguntei sendo tirada de meus pensamentos.

- Você está sem dizer uma palavra desde ontem, depois que você voltou do Beco Diagonal. - ela respondeu.

- Não foi nada, Gina. Às vezes eu sou assim mesmo. - eu falei sorrindo para ela. - Você poderia me deixar sozinha? - eu perguntei docemente para não chateá-la.

- Claro, mas não demore. Já são quase 5 horas. - ela falou descendo o morro e me deixando sozinha.

Me deitei na grama e voltei a pensar no que havia escutado através da Anna e do sr. Olivaras.

"- Dois anos depois que a Luna e o Riddle se formaram, eu e ela tivemos uma discução horrível que acabou nos afastando. Ela estava cega de amores pelo Riddle e não via as coisas horríveis que ele estava fazendo. Na época, eu não sabia o quão medonhas eram as coisas que ele fazia, mas já sabia que coisa boa não era. Falei várias vezes para ela se afastar dele, que ele ainda iria fazer algo que iria prejudicá-la, mas ela não me escutava. Discutimos por horas. Ela sempre defendendo o Riddle.

Meus pais já estavam doentes, já não cuidavam de nós como tinham cuidado no passado. Eu estava cuidando de tudo dentro da casa, Luna saía para encontrar com o Riddle e só voltava tarde da noite, às vezes até machucada. Até hoje eu não sei como ela consguia aqueles machucados, mas ela sempre fugia de mim e no dia seguinte, voltava a se encontrar com ele.

Depois que quase um ano, nós tivemos outra discução que fez ela se distanciar mais ainda de mim.

Eu a chamei de coisas que nunca mais irei dizer na minha vida. Ela saiu de casa naquele mesmo dia. Não sei para onde ela foi, como ela sobreviveu, mas ela já era uma auror formada mas mesmo assim estava se envolvendo com o inimigo, com o bandido.

Vou ser sincera com você, Katherine. Por quase 10 anos eu não encontrei com minha irmã. Ela só me procurou depois que você nasceu. Eu te vi ainda bebê uma vez. Ela me falou quem era seu pai, e que ela iria sair de viagem novamente, e que ele, seu pai, que iria cuidar de você. Depois de 11 anos, eu descobri onde você estava. Eu não fazia idéia do que tinha acontecido com você depois que seu pai foi derrotado pelo bebê Potter."

"Enquanto elas estudavam, eram super unidas fora da escola, já que Anna era da Corvinal e Luna da Grifinória. Depois que ambas se formaram, parece que tiveram uma briga séria e acabaram se afastando. Isso é tudo o que eu sei."

Não sei por quanto tempo eu continuei ali, deitada na grama sob o céu que escurecia cada vez mais rápido. Perdi a noção do tempo deitada ali, fechei os olhos e acabei dormindo ali mesmo. Caí no mundo dos sonhos sem perceber.

Desde que as férias começaram eu não tinha sonhado com nada. Minhas noites eram sem sonhos, como se eu tivesse tomado todos os dias a poção para dormir sem sonhar. E agora ali, deitada na grama de um dos morros que fazia parte da propriedade dos Weasley, eu sonhei. Sonhei com Salazar Slytherin. Ele invadiu meus sonhos mesmo estando bem longe de Hogwarts.

Ele andava pelos corredores do segundo andar olhando para os lados, como se estivesse com medo de estar sendo seguido. Ele parou em frente ao banheiro da Murta-que-geme e olhou para trás, direto para mim.

- A partir daqui, você terá que descobrir sozinha. - ele falou antes que eu despertasse.

Já estava completamente escuro quando me levantei. Desci o morro e entrei na Toca. Todos se viraram para mim, mas ninguém falou nada. Molly apenas indicou a sala para mim, para onde eu me dirigi sem falar nada, mas desconfiada.

Anna Broadmoor estava sentada no sofá, olhando para alguma coisa que eu não podia ver, que estava em suas mãos.

- Anna. - eu a chamei já estando bem perto dela.

- Ah, olá Katherine. - ela falou se virando para mim com um sorriso maternal nos lábios.

- O que faz aqui?

- Tinha falado que viria te visitar antes que você fosse para Hogwarts novamente, não tinha?

- Não esperava que você viesse. - eu falei sendo sincera.

- Eu era amiga dos Weasleys até uns 5 anos atrás. Me afastei até deles. - ela falou abaixando a cabeça enquanto o sorriso desaparecia de seu rosto.

- O que é isso? - eu perguntei olhando para a foto que ela segurava em sua mão.

- Depois que você voltou para cá, eu continuei a olhar os álbuns de fotos. Olhe só o que eu encontrei. - ela falou estendendo a foto para mim.

Luna Liwener, minha mãe, estava na foto segurando um pequeno embrulho em seus braços. No embrulho, uma pequena criança pálida, com cabelos curtos e escuros, mas com os olhos de um azul intenso e com um sorriso super conhecido.

- Sou eu? - perguntei sem tirar os olhos da foto.

- Sim. - ela respondeu. - Acho que você tinha dois ou três meses quando ela tirou essa foto.

- Posso ficar com ela? - eu perguntei olhando finalmente para ela.

- É claro! Eu trouxe essa foto para você, querida.

- Obrigada Anna.

Ela jantou conosco naquela noite. Anos sem se falarem, resultou muira conversa durante o jantar e depois dele também. Fui me deitar só depois que ela foi embora, ao contrário dos outros que tinham sido empurrados escada acima pela Molly algumas horas antes.

************

Uma semana depois, estávamos arrumando as coisas para sairmos da Toca rumo à estação King's Cross. No dia anterior Lucius havia mandado um carta endereçada aos Weasleys, ele pedia para me mandarem pela rede de flú para a estação, pois queriam falar comigo e iriam chegar uma hora antes para isso.

Com a correria que estava dentro e fora da casa, eu apostaria 20 galeões que eles iriam se atrasar.

Saí uma hora antes da casa pela rede flú rumo a King's Cross. Ao sair da lareira dei de cara com os Malfoy e os Nott.

- O que vocês queriam que era impossível de falar em uma carta? - eu perguntei friamente encarando cada um.

Lucius suspirou tirando um envelope grosso de dentro das vestes e me entregando.

Peguei o envelope e o abri sem falar nada, várias folhas estavam dentro dele. Olhei para os bruxos à minha frente com a pergunta estampada em meu rosto.

- Leia quando estiver sozinha. E espero que nos perdoe depois. - Lucius respondeu olhando para o chão sem me encarar.

- Era só isso? - eu perguntei.

- Sim. - Nott respondeu.

- Bom, eu já estou indo para a plataforma, então. Já que vocês me tiraram da Toca uma hora antes do horário, vou pegar um lugar bom no trem. - eu falei me virando para a saída. No caminho, peguei meu malão que estava perto da porta e saí. Olhei uma única vez para trás e percebi que Draco, Alexia e Theo não sabiam de nada e não entenderam nada, ao contrário de Nott, Lucius, Narcisa e Alessandra que estavam com olhares de culpa e medo. Ignorei o que vi e retirei Asha de meu bolso. Ela se enrolou feliz em meu braço, mas não falou nada. Eu a conhecia bem, e por isso sabia que logo ela iria falar algo.

Atravessei para barreira que separava a plataforma 9 ¾ das plataformas trouxas e me vi em frente ao Expresso de Hogwarts. A plataforma estava vazia, coisa que não era surpresa, afinal ainda faltavam mais de 40 minutos para às 11 horas, então era bem compreensível.

Coloquei meu malão dentro do trem e fui para o último vagão, me sentei no último compartimento. Iria até Hogwarts sozinha apenas com a compania de Asha e de um livro.

Abri o envelope que Lucius havia me entregado, retirei as folhas de dentro dele e comecei a ler. A cada palavra, eu ficava mais irritada, mais chocada e mais confusa. E depois de ler tudo, aos poucos, enquanto absorvia as palavras, fui entendendo o significado do meu sonho de uma semana atrás.

Me lembrei do Natal anterior, quando eu fiquei por horas sondando a cabeça de meu pai e descobri sobre as Horcruxes. Liguei os fatos ao objeto citado nos papéis nas minhas mãos e à imagem borrada que eu tinha visto na mente de meu pai.

Como era irônico! Eu tinha passado os 14 anos da minha vida tão perto, tão próxima à uma parte da alma de meu pai, à uma das Horcruxes dele, e não tinha percebido. Enquanto nos últimos oito ou nove anos, eu sempre falava com ele e sempre encontrava ele onde quer que fosse.

Fechei os olhos e acabei dormindo. Ninguém me acordou e fiquei muito grata por isso. Acordei seis horas depois, quando já estávamos perto da estação de Hogsmead. Asha deslizava calmamente pelo meu rosto e me chamava, tentando me acordar.

Me troquei em silêncio, vinte minutos depois paramos. Ao sair do Expresso de Hogwarts, eu compreendi uma coisa: Esse ano seria muito mais complicado, muito mais agitado e com mais confusões do que no ano anterior.

Meu terceiro ano estava só começando...


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Notas finais do capítulo

E então?O que acharam da Anna?Queria colocar uma outra parente para a Kath.Comentem...