Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 25
Capítulo 25 - Medo


Notas iniciais do capítulo

Capítulo postado em casa...
Graça à Merlin, minha internet voltou...

Capítulo dedicado à Vypra...
Feliz Aniversário, querida!



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Capítulo 25 - Medo

Acordei em uma cama confortável que logo reconheci como a cama de Salazar Slytherin, mas como eu tinha ido para ali? Não me lembrava de ter chegado até a cama, além do mais, ainda estava com a mesma roupa do dia anterior, o uniforme da escola.

Olhei ao redor procurando por alguma coisa anormal, mas não achei nada, ou melhor, quase nada. Snape estava sentado em uma das poltronas no canto do quarto com os olhos fechados e com vários livros sobre a pequena mesa de centro e um livro no chão, aos seus pés.

Me levantei me sentindo tonta, mas lutando contra a tontura, fui até o professor de Poções.

- Severus. - eu o chamei três vezes até que ele finalmente acordasse.

- Como se sente? - foi a primeira coisa que ele perguntou.

- Um pouco tonta, mas nada que não melhore com a poção certa. - eu respondi sorrindo. - Obrigada por me trazer para cá.

- Não foi nada. O que houve para você desmaiar na metade do caminho? - ele perguntou me olhando com curiosidade.

- Não faço idéia. Tudo simplesmente escureceu. - eu respondi. - Talvez tenha sido a tensão de ontem à noite. - eu falei dando de ombros.

- Sim, talvez... - ele concordou pensativo. - Que horas são? - ele perguntou se levantando.

Me virei para o antigo relógio que estava na parede.

- Oito e meia. - eu respondi. - O café da manhã já acabou, mas ainda dá tempo de passar na cozinha para roubar alguma coisa antes de a minha detenção começar. - eu falei.

- Posso te acompanhar no assalto à cozinha? - ele perguntou rindo.

- Pode. Mas não vai me dar outra detenção por causa disso, vai?

- Não. Porque eu teria que receber uma detenção também.

- Então vamos cúmplice. - eu falei soltando uma gargalhada e saindo do quarto com ele atrás de mim.

Fomos até a cozinha e lá vários elfos ofereceram variedades de comida.

Comi um pedaço de torta que parecia delicioso e tomei suco de abóbora, Snape fez o mesmo. Depois fomos para a sala dele e ele me entregou uma pilha de pergaminhos.

- São trabalhos do segundo ano, acredito que você seria capaz de corrigir isso aí de olhos fechados. - ele falou ao se sentar na mesa para começar a corrigir a pilha dele.

- Eu tenho quanto tempo para corrigir tudo isso? - eu perguntei.

- Dez horas. Se você terminar rápido, eu vou pedir para você arrumar meu estoque de poções. - ele falou sorrindo para mim perversamente.

- Você é malvado, Severus. - eu falei abaixando a cabeça para começar a corrigir os pergaminhos.

Ficamos por horas em silêncio, até que eu terminei minha pilha.

- Terminei. - eu falei me alongando.

- Ainda faltam quatro horas. - ele falou sem erguer a cabeça.

- Vai fazer mesmo eu arrumar seu estoque de poções? - eu perguntei entediada.

- Não vou te dar isso para você corrigir. - ele falou me passando mais alguns pergaminhos. - Você ainda tem quatro horas. - ele falou para mim.

- Posso esticar um pouco as pernas? Volto em dez minutos. - eu falei me sentindo extremamente dolorida.

- Não é fácil, não é mesmo? - ele falou rindo de mim.

- É entediante. - eu resmunguei.

- Tem dez minutos. - ele falou indicando a porta para mim.

Andei sem rumo pelas masmorras, só precisava me alongar um pouco antes de voltar para a sala dele. Voltei a entrar na sala de Snape, ele só ergueu a cabeça para ver quem era e voltou a corrigir os trabalhos logo em seguida. Me sentei em meu lugar e recomecei a corrigir os trabalhos.

Quando fui perceber, já tinha terminado de corrigir todos. Snape me observava em silêncio.

- O que foi? - eu perguntei ao perceber o fato.

- Você daria uma ótima professora. - ele falou rindo.

- Não penso em me tornar uma professora aos 14 anos. - falei entregando a pilha de pergaminhos corrigidos para ele.

- Seria interessante. - ele falou. - Deve estar com fome, não? Vamos jantar. - ele falou se levantando e me ajudando a levantar.

Fomos novamente até a cozinha, já que o jantar já tinha terminado. Comi um pouco de tudo que os elfos me ofereceram, já que eu não tinha nem almoçado. Voltei para o Salão Comunal antes que Snape terminasse de comer.

Assim que atravessei a parede que dava acesso ao Salão Comunal, quatro garotas voaram para cima de mim.

- O quê...? - foi a única coisa que saiu da minha boca antes que elas começassem a me bater. - Vocês são loucas? Parem! - eu falei criando um escudo ao meu redor para me proteger. Arrumei meus cabelos que elas tinham bagunçado antes de abaixar o escudo.

- Onde você estava, Katherine Riddle? - Melanie perguntou com as mãos na cintura.

- Não te vemos desde ontem à noite depois do jantar. - Bianca falou da mesma forma que Melanie.

- Pensamos que você tinha sido expulsa. - Júlia falou um pouco mais calma do que as outras duas.

- Afinal, onde você estava? - Rachel perguntou.

- Ala hospitalar. - foi a resposta que passou pela minha cabeça e eu deixei ela sair pela minha boca.

- O quê? Por quê? - as quatro perguntaram juntas enquanto eu ia andando até onde Alexia e Lexi estavam sentadas nos observando.

- Passei mal depois de discutir com o Lockhart, e hoje depois que acordei, tive que cumprir uma detenção. - eu falei me sentando ao lado de Alexia.

- Não consigo que imaginar brigando com um professor, Kath. - Lexi falou rindo ao escutar.

- Eu consigo. - Alexia falou. - Principalmente se o professor estiver acusando ela por causa da linhagem dela.

- Exato.

- A Câmara Secreta foi mesmo aberta? - Rachel perguntou mudando de assunto.

- Tudo indica que sim. Eu discuti com o Lockhart porque ele estava me acusando de ter aberto a Câmara. - eu expliquei para elas.

-Katherine, você já está aqui há três anos, nunca fez nada para ninguém, logo agora vai começar a sair pela escola atacando alunos indefesos? Lockhart é um tapado mesmo! - Melanie falou indignada.

- Não era você que se derreteu toda por ele na primeira aula, Mel? - Júlia perguntou cutucando.

- Olha só quem fala, Jú. - Mel retribuiu.

- A única que olhou para o professor com indiferença foi a Kate. Até a Alexia se derreteu pelo professor. - Bianca falou rindo ao ver Alexia corar.

- Apaixonada pelo professor, Nott? - eu perguntei.

- Não sei do que vocês estão falando. - ela falou dando de ombros mas muito vermelha.

Nas semanas que se seguiram, não foi falado sobre outra coisa a não ser o ataque à Madame Norra. Filch tinha tentado de todas as formas possíveis apagar a mensagem da parede, mas qualquer coisa que ele tentava era inútil e ainda por cima, parecia que a mensagem ficava mais brilhante ainda.

As aulas continuaram normalmente, mas todos os professores pareciam nervosos. Snape me chamava de uma em uma semana para ver se eu tinha informações sobre a Câmara Secreta. As suspeitas pairavam sobre mim e sobre Harry, mais sobre mim do que sobre ele.

Três semanas depois, algum idiota da Corvinal que eu nem me lembrava o nome, fez o favor de perguntar à Minerva no meio da aula sobre a Câmara Secreta. Ela ficou inquieta antes de começar a falar quando percebeu que era inútil ficar calada.

- Bem, como todos vocês sabem, Hogwarts foi fundada há mais de mil anos pelos quatro maiores bruxos e bruxas da época. As quatro casas da escola foram batizadas em homenagem a eles: Godric Gryffindor, Helga Hufflepuff, Rowena Ravenclaw e Salazar Slytherin.

"Durantes anos, os fundadores trabalharam juntos em harmonia, procurando jovens que revelassem sinais de talento em magia e trazendo-os para serem educados no castelo. Mas logo surgiram os desentendimentos. Salazar Slytherin queria ser mais seletivo com relação aos estudantes admitidos. Ele acreditava que apenas aqueles que fossem inteiramente mágicos deviam ser ensinados. Passado algum tempo, houve uma séria discussão sobre o assunto entre Slytherin e os outros fundadores e ele abandomou a escola.

"Segundo as histórias, Salazar Slytherin teria construído uma Câmara no castelo sem o consentimento dos outros, conhecida hoje, como a Câmara Secreta. Slytherin teria selado a Câmara ao ir embora, de forma que ninguém pudesse abrí-la, até que seu legítimo herdeiro voltasse à escola. Apenas o herdeiro poderia abrir a Câmara e libertar o horror que ela escondia e expurgar a escola de todos aqueles, que segundo Slytherin, não fossem dignos de estudar magia. - Minerva terminou de falar e passou os olhos por todos na sala.

Mais da metade das cabeças da sala se viraram para mim quando ela terminou de falar. Revirei os olhos me segurando para não lançar maldições nessas pessoas que me olhavam com medo estampado nos olhos.

- Professora, o que a senhora quis dizer com "o horror que ela esconde"? - Bianca perguntou.

- Acredita-se que haja algum tipo de monstro que apenas Slytherin e seu herdeiro poderiam controlar. - Minerva falou olhando de relance para mim.

Depois ninguém voltou a prestar atenção na aula. Minerva também desistiu de dar aula depois de uns dez minutos tentando chamar atenção da sala.

Fechei os olhos e deixei minha mente vagar pelos corredores da escola e pelo tempo. Me peguei conversando com Slytherin em minha mente, ele não me deu a certeza de que o monstro dentro da Câmara era ou não um basilisco, mas também não negou. Alexia me tirou de meus pensamentos quando o sinal tocou.

Encontrei com o trio grifinório e resolvi acompanhá-los. Queria saber o que eles achavam, já que Fred e Jorge achavam graça e faziam piadas e as meninas não falavam nada.

Colin Creevey, um garoto do primeiro ano da Grifinória estava falando com eles. Cheguei ao lado do trio à tempo de escutar Harry falando:

- Que sou o herdeiro de Slytherin, imagino.

- Você também? - eu perguntei parando ao lado dele.

- Katherine! Que susto. - Rony gritou.

- Relaxa, não vou te petrificar. - eu falei rindo.

- A escola possui bons motivos para suspeitar de você, não? - Hermione falou me observando.

- Sou herdeira de Slytherin com muito orgulho, Hermione. Não escondo isso de ninguém. Mas não sou idiota o suficiente para sair por aí petrificando os alunos. - eu falei acompanhando eles até a torre da Grifinória.

- Quem você acha que é, então? - Rony perguntou depois que eles saíram novamente do Salão Comunal.

- Não faço a menor idéia. Até onde eu sei, sou a única descendente de Slytherin viva. - eu falei omitindo o fato de que meu pai também era, e ainda estava vivo, mas é claro que Harry já sabia.

O tempo já começava a mudar nos arredores de Hogwarts.

Finalmente o primeiro final de semana que poderíamos ir para Hogsmeade chegou. Me peguei pensando seriamente em ficar dentro dos terrenos de Hogwarts, mas então me lembrei que tinha combinado com Anna de nos encontrar no Três Vassouras e acabei saindo do castelo junto com as meninas que estavam animadíssimas. Até Alexia estava animada com o fato de estarmos saindo dos terrenos de Hogwarts. Meu ânimo não era dos melhores. A desgraçada da Trelawney previa minha morte dolorosa todas as aulas de Adivinhação, mais uma vez e eu provavelmente deixaria de frequentar as aulas dela.

Me separei das meninas assim que chegamos ao povoado. Anna já me esperava no Três Vassouras e sorriu e acenou ao me ver. Passei o dia com ela. Contei sobre o que estava acontecendo na escola, como eu estava sendo acusada de ter aberto a Câmara Secreta pelo Lockhart e como eu estava odiando as aulas de Adivinhação.

- Nós somos descendentes de Ravenclaw, você sabe não é? - ela perguntou do nada.

- Sei. - eu respondi depois de tomar um gole de minha cerveja amanteigada.

- Então, presumo que também sabe sobre nossa antepassada Helga Hufflepuff. - Anna falou depois de imitar meu gesto.

- Sei.

- Ravenclaw tinha o dom da Adivinhação, segundo algumas histórias. Eu nunca frenquentei as aulas de Adivinhação mas ainda assim, às vezes, consigo prever algumas coisas. Você também deve ser assim. - ela falou sorrindo. - Eu deixaria de frequentar essa aula, se fosse você. - Anna falou dando de ombros.

- Vou pensar no assunto. Anna, o que você pode me falar sobre a Câmara Secreta? - eu perguntei depois de alguns minutos em silêncio.

- Katherine, acho que você sabe que você é descendente dos quatro fundadores, não sabe? - ela perguntou se inclinando para frente e abaixando a voz.

- Sei, mas você estudava na escola da última vez que a Câmara foi aberta.

- Como você sabe disso? - ela perguntou e eu toquei minha testa com o indicador e ela compreendeu. - Claro, Riddle. - ela murmurou. - Não seria mais fácil você perguntar para ele? Você poderia obter mais respostas dele do que de mim.

- Ele não me responde e me bloqueia. - eu respondi. - É como se ele quisesse me deixar longe da Câmara.

Ela suspirou cansada antes de começar a falar.

- Vou me arrepender de contar isso para você. - ela falou derrotada e começou a me contar o que tinha acontecido da última vez que a Câmara tinha sido aberta. - Riddle se orgulhava de ser descendente de Slytherin, mesmo que ele só pudesse se gabar longe dos olhos dos professores e ninguém nunca desconfiou de nada. Sei disso porque Luna me contou vários anos depois.

"Foi um ano inteiro de medo quando a Câmara Secreta foi aberta. Ninguém andava sozinho pelos corredores, sempre andávamos aos pares e aos grupos. Até os monitores tinham medo de fazer as patrulhas de noite. A atmosfera do castelo era medo, foi o pior ano na minha opinião.

"Katherine eu acredito que você não tem nada a ver com isso, mas alguém abriu a Câmara Secreta, e com isso, eu chego à conclusão que seu pai está manipulando alguém de dentro da escola. Eu falaria para você ficar longe e deixar os professores resolverem tudo, mas como você mesma me contou, eles estão contando com a sua ajuda.

"Da vez que a Câmara Secreta foi aberta, uma garota nascida trouxa morreu. Sejá lá quem for que está sendo usado pelo seu pai, pode ter o mesmo destino que a garota que hoje assombra um dos banheiros femininos da escola.

"Katherine, você é capaz de controlar o tem dentro da Câmara, por isso eu te aconselho a procurar a pessoa que está fazendo isso e que está sendo controlada pelo Riddle, e mudar o rumo das coisas antes que a situação se iguale à última vez.

Anna estava nervosa com o que tinha acabado de me contar. Mudei de assunto para acalmá-la, coisa que ela aceitou de bom grado.

- Você disse que sabia que era descendente de Ravenclaw e Hufflepuff, mas como? Ninguém, nem mesmo Luna sabia. É uma informação que só foi passada para mim depois que eu me casei, Luna nunca suspeitou de nada. - ela falou de repente quando ficamos alguns minutos em silêncio.

- Ano passado, eu estava perdida pelos corredores do castelo. Mesmo esse sendo o meu terceiro ano, Hogwarts ainda consegue me surpreender e as vezes eu fico perdida ainda. Bom, eu me perdi e estava andando pelos corredores tentando voltar para o Salão Comunal da Sonserina, não tinha ninguém por perto quando eu passei por um quadro de uma garota. Amanda Hufflepuff, segundo ela, ela era irmã caçula de Helga Hufflepuff. Ela disse que quando me viu pensou que estava vendo a irmã em outro corpo. Não só a irmã, mas Rowena Ravenclaw também. Passei a ir conversar com ela nos finais de semana, e depois ela disse que eu só poderia ser descendente dos quatro fundadores. - eu menti. Foi a mentira mais idiota que eu inventei até agora.

- Então você não tinha certeza? - Anna perguntou.

- Não, mas agora tenho. - eu falei sorrindo para ela.

Continuamos conversando sobre muitas outras coisas até a hora que eu precisei voltar para o castelo.

- Katherine, não saia por aí procurando pela Câmara, deixe que ela apareça para você na hora certa. - Anna falou colocando a mão em meu ombro antes que eu saísse do Três Vassouras.

Tinha tanta coisa para pensar naquele dia que mal consegui dormir. Se alguém na escola estava sendo manipulado por Lord Voldemort, eu já não deveria estar sabendo ou sentindo alguma coisa? Levei horas para me lembrar do envelope que Lucius tinha me entregado no dia 1 de setembro.

Estava escrito que o diário estava indo para Hogwarts. Era tão óbvio! Uma coisa é estar sendo manipulado por um feitiço. E estar sendo manipulado por um fragmento da alma, era outra coisa totalmente diferente.

Na semana seguinte, eu vasculhei a mente de todos os alunos de Hogwarts, sem nenhuma exceção. Quando finalmente encontrei, fiquei supresa com a pessoa.

A Weasley mais nova carregava o diário de Tom Riddle, e já corria um grave perigo. Eu precisava fazer alguma coisa pra manter Gina em segurança e tirar o diário da posse dela.

Era impossível não ficar preocupada com ela. Ela era apenas uma criança que escrevia no diário e ficava encantada com as respostas que recebia e com a atenção que recebia de um simples caderno enfeitiçado.

Ela já tinha aberto seu coração para o diário e Riddle já começava a manipulá-la. Me supreendi ao perceber que ela falava com o diário desde a Toca, eu dividia o quarto com ela e como nunca tinha percebido?

Ela não conseguia se lembrar do que fazia durante algumas partes do dia, não sabia como chegava em alguns lugares e estava com medo. Mas o medo que ela tinha de levar uma bronca ou ser expulsa era muito maior do que o medo que ela sentia em relação às coisas estranhas que estavam acontecendo.

Era preocupante como meu pai brincava com a mente de uma garota de 11 anos. Me peguei várias vezes pensando em uma forma de pegar o diário de Gina, já tinha encontrado várias soluções para o caso, mas então a pergunta surgia: "E o que você vai fazer depois?". Era irritante e frustrante como eu não conseguia nenhuma resposta para essa pergunta tão simples.

O tempo continuava a mudar, ficando cada vez mais frio. O primeiro jogo de Quadribol da nova temporada se aproximava: Grifinória vs. Sonserina

Seria também o primeiro jogo de Draco como apanhador da casa. Era irritante como Lucius tinha feito o filho entrar para o time. Não esperava que a Sonserina vencesse, para ser sincera, até torcia pela Grifinória.

O clima dentro da escola mudou com a proximidade do jogo. As coisas ficaram cada vez mais competitivas entre as casas. O assunto sobre a Câmara Secreta foi temporariamente esquecido entre os alunos e foi substituído pela rivalidade. O medo que antes preenchia o ar, mudou para rivalidade, mas só continuaria assim até o jogo terminar.

Eu não fui ao jogo. Podia ouvir a narração do castelo se ficasse nos andares superiores. Tinha sido perturbada durante a noite por sonhos indesejados mas que teimavam em invadir meu sono. Dei a maior desculpa esfarrapada para não ir e fiquei no castelo.

Ainda não tinha descido até a Câmara Secreta. Pensei seriamente em fazê-lo naquela manhã já que o castelo estava vazio e todos estavam nos jardins, no campo de Quadribol.

Mudei de idéia quando já estava quase na porta do banheiro. Que melhor oportunidade eu teria para subir até a torre da Grifinória e procurar o diário de meu pai?

Entrar na torre da Grifinória não foi difícil já que eu tinha livre acesso através da biblioteca de Gryffindor. Encontrar o dormitório de Gina Weasley também não foi complicado. O problema foi encontrar o diário nas coisas da garota, já que o feitiço convocatório não funcionava.

Fiquei durante minutos procurando o maldito diário, mas nem sinal dele. Era algo quase improvável mas era a única coisa que fazia sentido. Ou Gina tinha aprendido usar feitiços avançados ou feitiços que envolviam as Artes da Trevas, ou ela estava com o diário no momento. A mais provável era a segunda opção.

Desci as escadas que levavam aos dormitórios e saí do Salão Comunal da Grifinória frustrada.

A Grifinória ganhou o jogo. Mas Lockhart fez uma de suas idiotices sumindo com os ossos do braço de Harry quando era só para emendá-los.

Naquela noite o basilisco voltou a atacar, e o medo voltou a pairar sobre as paredes do castelo e sobre os gramados da escola.


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Notas finais do capítulo

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