Levei o maior susto quando escutei essa voz atrás de mim e fiquei de pé num salto em posição de batalha na direção da voz. Porque nunca se sabe o que você vai encontrar quando se é um meio-sangue.

Mais tudo que vi foi uma Annabeth se contorcendo de tanto rir. Bom agora você pergunta. Que tipo de namorado é você que nem reconhece a voz da sua namorada? Simples essa não era a voz da minha namorada.

– Muito engraçado Annabeth. – disse eu rindo forçado.

O mais legal depois de eu ter dito isso foi que um vulto caiu do lado da minha namorada. Esse vulto caiu rindo descontroladamente junto com Annabeth. Legal, alem de a minha namorada estar rindo de mim, um vulto também se junta à festa. Mais esse vulto me parece familiar.

– Nico? –perguntei com certa raiva.

– Fala ae Percy. – disse Nico entre os risos.

Ótimo. Me sentei e esperei esse dois malucos pararem de rir de mim. O não demorou muito e comecei a rir também. Poxa, da um desconto, rir é contagioso e isso realmente foi engraçado. Logo nos três paramos de rir e ficamos sentados olhando para o mar.

– O que vocês estão fazendo aqui? – perguntei quebrando o silencio.

– Eu não estava conseguindo dormir. – respondeu Annabeth.

– Eu também não. – disse Nico dando de ombros.

– Idem. – disse indo de encontro a Annie e a abraçando. – Se encontraram pelo caminho?

– Assim que sai do meu chalé vi a Annie saindo do de Atena. – disse Nico rindo.

– E para variar ele me assustou. – disse minha namorada e os dois sorriram. – Depois do susto, Nico e eu viemos dar uma volta para ver se o sono vinha.

– Isso depois de nos fugirmos das harpias que estavam passando por perto. E a gente não quer ser a próxima refeição das harpias. – disse Nico sorrindo de lado olhando para a Lua atentamente.

– Enquanto a gente conversava encontramos você aqui...

– Com um olhar de bobo. – disse Nico interrompendo Annabeth. – E não resisti em te assustar também.

– Mais, a onde você estava quando eu olhei para trás? – perguntei. Nossa eu só pergunto.

– Quando você se virou eu sumi nas sombras e depois voltei, simples assim. – respondeu Nico dando de ombros.

– O que estava fazendo aqui Cabeça de Alga? – perguntou Annabeth se aconchegando mais em meus braços.

– Pensando na nossa... No dia do seu aniversario. – disse rindo torto.

– Sei. – disse Annabeth olhando sugestivamente para mim.

Nico começou a rir de novo. O que aconteceu com o Nico para ele estar assim todo alegre? Abduziram o meu amigo e fizeram lavagem cerebral nele.

– Sabe, esse “sei” não é nada discreto. – comentou Nico entre os risos.

– Nico porque você não vai dormir? – perguntei olhando mortalmente para ele.

– Ok. Boa noite. – disse e se levantou.

Essa foi fácil. Annabeth se levantou junto com ele e lhe deu um abraço e sussurrou algo em seu ouvido que o deixou vermelhinho de vergonha.

– Sonhe com a flor. – disse Annabeth lhe dando um beijo na bochecha.

Nico sumiu nas sombras deixando Annabeth e eu sozinhos. Eu queria perguntar o que esses dois tinham, mais preferi ficar quietinho curtindo esse tempo com a minha namorada. Ficamos mais algum tempo em um silencio confortável ate que Annabeth começa a rir de novo.

– O que foi agora? – perguntei tentando parecer chateado, tentando, mais não agüentei e sorri também.

– Sua cara foi impagável no dia seguinte quando percebeu que não usamos camisinha. – disse Annabeth rindo.

– Eu não tenho culpa. Qualquer um no meu lugar ficaria assim. – me justifiquei emburrado. – Pelo menos você poderia ter me avisado que estava tomando anticoncepcionais.

– E qual seria a graça? – perguntou Annabeth sorrindo maliciosamente.

Poxa, não sou imune a isso. Segurei seu rosto com minhas mãos e a beijei com desejo. Annabeth passou as mãos pelas minhas costas subindo ate meu pescoço e entrelaçou seus dedos no meu cabelo me puxando para mais perto dela.

Inclinei meu corpo para frente fazendo com que Annabeth deitasse sobre a areia sem quebrar o beijo. Passei as mãos em sua cintura e as sub por debaixo de sua camiseta a fazendo soltar um gemido baixo abafado pelo beijo.

Desci meus lábios sobre sua pele e comecei a beijar seu pescoço enquanto uma de minhas mãos chegava a um de seus seios. Annabeth desceu suas mãos pelo meu peito o arranhando de leve e num movimento ela virou a nos dois ficando por cima de mim, mais antes que eu pudesse voltar a beija - lá ela colocou as mãos em meu peito impedindo de me aproximar.

– Aqui não. – falou com a voz rouca.

– Chalé três. – disse eu rindo torto.

Minha namorada assentiu e juntos fomos para o meu chalé com cuidado para que nem uma harpia nos visse.

Chegando lá tranquei a porta e comecei a beijar novamente minha namorada e a explorar seu corpo com as minhas mãos. Atirei sua camisa para algum canto do quarto junto com o seu sutiã e desci meus lábios de encontro a um de seus seios o lambendo e chupando com fervor arrancando de Annabeth mais e mais gemidos de prazer.

Annabeth passava uma de suas mãos pelas minhas costas e com a outra ela entrelaçou seus dedos nos meus cabelos os puxando com força. Coloquei minhas mãos na barra do short que ela estava usando, mais antes de conseguir tira-lo ela me impediu. Olhei para ela, que estava sorrindo travessa

– O que você acha de tomarmos um banho para tirar à areia? Só banho. – perguntou Annabeth tirando seu short e a calcinha e entrando no banheiro.  Segui ela tirando minhas roupas.

Annabeth estava de costas para mim já debaixo do chuveiro e devo dizer que com essa visão eu definitivamente estava no paraíso. Vendo a água cair sobre ela de uma forma, pode ser só eu que veja isso e quero que seja só eu, sensual e bem sexy me deixando excitado.

A abracei por trás sentindo meu corpo pegar fogo com o contato de nossos corpos. Comecei a beijar seus ombros. A virei de frente para mim e tomei seus lábios nos meus. Annabeth pegou o sabonete e começou a passar sobre o meu corpo fazendo massagem por onde passava. Fiz o mesmo com ela o que só me deixou mais excitado ainda.

– Isso é tortura. – disse rouco de desejo.

– Concordo.

Quando não tinha mais nem um pouco de sabão na gente peguei Annabeth no colo e a levei para minha cama. Coloquei-a na cama e fui em direção a minha mala e de lá tirei um pacote de camisinha.

Deitei sobre Annabeth, mais ela nos virou ficando por cima de mim e me beijou. Minhas mãos foram para seus seios os massageando deixando a camisinha em algum lugar da cama. Com um das mãos Annabeth tateava a cama a procura da camisinha e com a outra ela desceu pelo meu abdômen e parou no meu membro o massageando. Soltei um gemido, que mais parecia um grunhido, de prazer. O que fez minha namorada rir roucamente.

Senti Annabeth tirar a mão do meu membro e colocar a camisinha nele. Virei nossos corpos e prendi as mãos de minha namorada em cima de sua cabeça. Comecei a distribuir beijos sobre seu colo ate chegar a seus seios e os abocanhei com vontade prolongando mais a nossa tortura.

Senti meu membro latejar, querendo mais. Não agüentei e a penetrei com força fazendo ambos gritar de prazer. Movimentei os quadris devagar, lentamente prolongando mais esse momento de prazer. Annabeth agarrou meu cabelo e me trouxe para mais perto dela em um beijo avassalador.

Estávamos entregue aquele momento, ouvi Annabeth dizer meu nome entre seus gemidos me deixando louco de desejo mais ainda. Aumentei a velocidade das estocadas nos fazendo gemer com o clímax chegando e não demorou muito para nos dois chagarmos ao ápice.

Deixei meu corpo cair ao lado do de Annabeth e tirei a camisinha. Puxei minha Sabidinha de encontro ao meu peito e instantaneamente peguei no sono. Graças aos Deuses não tive nem um sonho. Porque se tivesse seria muito esquisito ter três sonhos em um único dia.

Acordei com alguém batendo na porta do meu chalé. Olhei para os lados e não vi Annabeth, ela devia ter acordado mais cedo e ido para o seu chalé, afinal mesmo a gente sendo namorados ainda era proibido outra pessoa de outro chalé ficar em um chalé que não seja de seu pai ou mãe Olimpiano, principalmente se forem de sexos opostos e estiverem sozinhos.

– Abre a porta Percy. – reconheci com sendo a voz do Nico.

– Já vai.

Procurei uma bermuda e a coloquei e fui ver o que o Nico queria. Abri a porta e como sempre ele estava vestido de preto.

– O. Que. Foi? – perguntei entre os bocejos.

– Hora de ir para a missão. Troque de roupa logo e vai tomar café só falta você. Annie e eu já tomamos. E pelo visto a noite foi cansativa. – disse Nico sorrindo maliciosamente.

– Cala a boca. – disse entrando de volta no chalé e fechando a porta na cara dele.

Tomei um banho, troquei de roupa rápido e arrumei tudo que precisaria na missão em uma mochila. Fui em direção ao refeitório e tomei meu café da manhã. Voltei para o meu chalé para pegar a mochila e fui para a colina correndo. Vi Nico e Quíron conversando, mais nem um sinal de Annabeth.

– Bom dia Percy. – disse Quíron gentilmente.

– Bom dia. Cadê a Annabeth? – perguntei olhando para os lados.

– Ela disse que já vem. – respondeu Nico.

Não demorou muito ela apareceu acompanhada de uma menina morena com cabelos castanhos e olhos também castanhos. Vi Nico ficar com o rosto vermelho com a chegada das duas e desviar assim que reparou que eu o estava olhando.

– Bom dia. – disse as duas sorridentes.

– Bom dia. – dissemos Nico, Quíron e eu.

– Percy essa é Ashley filha de Perséfone, ela tem 13 anos. Ashley esse é mau namorado Percy filho de Poseidon. – disse Annabeth nos apresentando.

– Prazer. – disse Ashley estendendo a mão para mim.

– Igualmente. – disse eu apertando sua mão. – Quando chegou aqui? – perguntei.

– Final do verão passado quando estavam construindo os outros chalés.

Sorri pára ela e abracei minha namorada.

– Está na hora de irem. Pegaram tudo que precisavam? – perguntou Quíron.

– Sim. – respondemos em couro.

– Dirijam com cuidado. Tchau. – disse Quíron se despedindo da gente. 

Descemos a colina e a Ashley veio junto conversando com o Nico. O que fez minha Sabidinha rir e enterrar seu rosto contra meu peito para abafar o riso. Tirei a miniatura de Maserati e apertei o símbolo e meu carro apareceu. Coloquei nossas mochilas no porta malas e entramos no carro. Eu no banco do motorista, a Annabeth do meu lado e Nico no banco de trás.

– Tchau pessoal boa sorte. – desejou Ashley.

– Tchau. – disse Nico e eu.

– Tchau flor. – disse Annabeth.

– Flor? – perguntei intrigado.

– Vamos logo. – disse Nico emburrado no banco de trás.

Annabeth gargalhou do meu lado deixando Nico e Ashley mais vermelhos que pimentões. Então essa era a “flor” que ela falou para o Nico. Comecei a rir junto com Annabeth e sai com o carro rumo a Florida.

Gostaria que minhas missões não fossem tão arriscadas...