Diário de Um Nelliw escrita por Uriu


Capítulo 8
Calor do Pecado




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Como tive medo daquela técnica quando eu havia visto aquela gigantesca e poderosa esfera elétrica em minha frente. O Trovão de Júpiter criado por Kathryne, posso afirmar com toda a certeza, era além de ser sua técnica mais poderosa, uma das mais poderosas entre os bruxos, e também, era dela o título da mais poderosa bruxa de nossa época. E com meus olhos, eu pude enxergar a destruição a poucos passos de mim. A esfera de energia foi disparada seguida de um grito de desespero de Kathryne, e ela só não me acertou por que antecipei a trajetória dela e saltei para o lado, cobrindo minha cabeça como precaução. Um som aterrorizante de um chiado alto e, o que aprecia o farfalhar de milhares de pássaros, passaram por cima de mim, e explodiram em um dos cômodos do laboratório, deixando completamente destruído aquela parte do estabelecimento. Olhei apavorado para aquela destruição, agradecendo por cada fio de cabelo sobrevivente, e tornei a olhar para frente, e por incrível que pareça, algo me surpreendeu ainda mais.

Yuki estava na frente de Kathrye. Não, ela estava abraçando a garota, segurando seu corpo com a capa dela, e apertava firme seu corpo. Kathryne ofegava muito, e ouvi pouco do que a Templária falava.

-Está tudo bem. Viemos ajudar, confie em mim.

E de alguma forma, a bruxa abaixou os braços, envolveu desajeitadamente Yuki com elas e, como uma criança que chora com seus pais, Kathryne desabou em lágrimas, soluçando por um tempo. Levantei-me com certa pena da garota, mas quando fui me aproximar, a mão de Yuki foi para trás, indicando-me para permanecer onde eu estava. A loura largou Kathryne e a colocou em seus braços, carregando a garota com a sua capa envolvendo-a.

-Viu? Está tudo bem. Esse é Uriu, meu... Amigo. – Não pude deixar de notar a relutância nas palavras de Yuki, mas eu não disse nada ao meu favor. Só queria sair daquele circo de horrores logo. Apenas acenei para a bruxa, que ficou me encarando estranhamente antes de virar a cara e buscar o calor do corpo de Yuki. A loura olhou pra mim sem saber o que dizer, e então nos viramos para a saída. Finalmente iríamos sair daquele inferno. Passamos pelo corredor escuro, pelas cortinas e pela sala onde eu mandei vários homens e mulheres para junto de Odin. O primeiro laboratório ainda estava com marcas de sangue e cinzas no chão.

Chegamos até o lado de fora do laboratório e vimos Howard sentado em uma pilha de cadáveres que ele mesmo havia posto, enquanto limpava a lâmina de seu gigantesco machado. Ele tinha um ar de satisfação e sua aura era de pura violência, era agressiva, seus olhos nos encontraram, e ele ergueu sua arma e a colocou em cima do ombro.

-Vocês demoraram, mas não importa. Eu me diverti um bocado... Essa é a tal?- Howard apontou para Kathryne, que se encolheu diante a presença do ferreiro. Ele deve ter achado ela muito estranha, pois gargalhou e voltou a conversar comigo. – Nós viemos resgatar essa garota?

-Não temos tempo, vamos sair logo daqui.

E assim, nós quatro voltamos pelo caminho que viemos, sem nenhum guarda, porém, as gaiolas e celas onde as cobaias estavam presas, agora já não estavam cheias por que seus ocupantes perambulavam pelo corredor. Howard sacou seu machado, mas eu fui à frente. Estaria prestes a fazer mais um ato absurdo, porém, poderia fazer sem culpa, pois eram prisioneiros de guerra, sem importância para mim. Alguns deles me olharam, tentaram me impedir com unhas e dentes, mas cheguei ao meio deles e minha Crux Magnum foi lançada. Cada corpo brilhava conforme a luz da minha técnica ia incendiando seus corpos, e cada vez que um novo alvo entrava na área da cruz luminosa, eu aumentava sua força. Estava me segurando, pois consome um pouco de minha energia usar várias vezes essa habilidade, mas logo, só havia sangue e cinzas no chão. Olhei para Yuki, mas ela estava preocupada com Kathryne, e Howard estava fazendo uma careta pra mim.

-Não se ache só por que você os matou rapidamente. Eu sou melhor que você. Faço tudo com estilo.

Não me interessei por seu comentário, muito menos em saber que estilo poderia haver em matar uma pessoa. Mas seguimos até o final, comigo e Howard nos livrando dos indesejados obstáculos e cuidando de Yuki, que carregava a bruxa. Chegado a uma altura, reconhecemos Eremes, que tinha as exóticas armas chamadas katares, e estava com o grupo completo. Sagart tinha sangue por todo o corpo, enquanto Alissia e Cecil estavam impecáveis. Eremes tinha sangue nas mãos, mas tentava inutilmente limpa-las em seu cachecol, resmungando enquanto o fazia.

-Eca, nojento. Ei, Uriu. Como foi a investida?

-Sangrenta, mas voltamos com a garota. – Howard respondeu por mim.

-Ótimo. Droga. Será que minha filha vai se assustar com todo esse sangue? Eu quero li...

-Cala a boca, Eremes! – Howard, Alissia, Cecil e eu socamos a sua cabeça e o deixamos inconsciente por algum tempo. Ouvimos sons de passadas firmes e vozes de guerreiros, então Yuki, que carregava a garota correu. Eu, Sagart e Howard fomos à frente, com Yuki e Alissia logo atrás, Eremes ainda inconsciente sendo carregado por sua esposa e Cecil na retaguarda. Ela fez um bom trabalho ao deixar armadilhas de toda sorte no caminho, e tão logo nós ficávamos mais longe, mais dava pra ouvir que as armadilhas deram certo. Vez ou outra ela disparava uma flecha certeira em alguém que estivesse mais a frente no nosso encalço, e assim, saímos rapidamente da grande instalação nas fronteiras de Lighthalzen, e seguimos adiante, até onde estava nosso acampamento improvisado, atrás de um barranco e cheio de capim e árvores.

Tão logo chegamos, desabamos no chão, cansados e ofegantes, mas vivos, e agora ríamos de nossos feitos. Apenas Yuki não compartilhava o momento. Ao invés disso, ela pediu licença e levou a adormecida Kathryne até uma área onde as árvores faziam uma paliçada natural, escondendo quem estivesse ali dentro. Não havia água na região, por isso, Alissia usou as magias de gelo e fogo para criar água quente, e usou as magias de terra para formar uma banheira, para lavar Kathryne. Apenas Cecil ficou conosco, homens, enquanto as mulheres tratavam de cuidar da garota. Ela estava bem animada com a investida, e acariciava seu falcão, igualmente alegre.

-Faz tempo que não faço uma boa caçada assim.

-HAHA, e eu degolei vários ao mesmo tempo. Acho que uns oito. – Howard se vangloriava de peito aberto e uma confiança estonteante. – Meu recorde.

Eremes, que ainda dormia desnorteadamente, resmungava algo como querer ver sua filha e Alissia novamente, e mesmo com os tapas de Howard, seus resmungos não pararam, só diminuíram. Decidimos deixá-lo dormir. Sagart se recostou em uma árvore e ficou descansando, de olhos fechados e braços cruzados, enquanto fazíamos as barracas. Não faríamos fogueira, para impedir que o inimigo nos encontrasse. À noite, eu permaneci de vigia enquanto o restante dormia nas cabanas. Ouvi um barulho mais atrás de nós e fui conferir, com a espada em mãos, mas só vi Yuki saindo da área escondida pelas árvores. Alissia já havia se deitado com Eremes há tempos, e por tanto, fora a única que ajudara Kathryne à noite.

-E então, como ela está?

-Nós tiramos toda a sujeira. Limpamos as feridas e as enfaixamos. Ela sofreu muito, e pelo que eu vi, abusaram dela várias vezes. – Ela me falava com certo pesar, mas havia convicção em seus olhos, além de uma pontada de fúria, como o de sempre. – Por isso, usei uma erva nela, para que não engravide daqueles bastardos.

-Interessante. Você parece conhecer muito de medicina. – Realmente eu estava fascinado com esse conhecimento, mas logo eu perceberia que ela fora forçada a aprender, e não foi por que ela quis.

-Eu necessitei desses conhecimentos, Uriu. – Ela abaixou a cabeça e fitou o solo por um tempo, e eu pude imaginar sua dor. Mas logo ela voltou a si e tornou a conversar seriamente. –Parece que não é a primeira vez que usam essa erva com ela. Durante seu banho, ela enjoou e vomitou um pouco, e eu reconheci um pedaço da erva no meio daquela bagunça. Pobre alma.

-Ela está acordada? Queria conversar com ela agora.

-Talvez, mas é melhor não ir lá. Ela tá estranha.

Recebi estranhamente aquela mensagem, porém, Yuki se aproximou de mim rapidamente e grudou seu rosto ao meu. A princípio, achei que faria algo inusitado, o que me deixou um pouco ruborizado, mas também contente, mas ela só queria falar algo em meus ouvidos, algo mais estranho ainda.

-Ela é muito estranha. Durante o banho, olhava para mim e Alissia de modo constrangedor. Além de que, ela gostou que eu a tocasse. – Ela tremeu um pouco, mas era por causa do frio que noite trazia, e bocejou. Voltou a me encarar e limpou um dos olhos com o dorso da mão. – Está na hora de dormir. Se quiser falar com ela, vá em frente, mas tome cuidado.

Achei estranho o modo como ela me falou de Kathryne, e sem dar alguma importância aos avisos, entrei na área escondida. Era uma grande porção de grama cortada, com arbustos altos que rodeavam a área limpa e tinha grandes árvores ao redor, formando uma cerca natural. No seu centro, vários apetrechos de limpeza feminina repousavam em cima de uma pedra grande e lisa, e banheira de barro que Alissia construiu ainda tinha água quente nela. Fui andando a passos cautelosos procurando pela garota, mas não havia sinal algum de vida ali, a não ser alguns pequenos insetos.
Foi então que senti um aperto em meu pescoço e fui jogado contra uma das árvores. Não vi o que me atingiu, mas algo me fez ficar paralisado ali, uma grande força oculta, e aí eu vi Kathryne. Ela não era feia, mas também não era tão bonita. Estava nua, com algumas faixas nos braços e pernas, o que me dava a chance de ver o seu corpo. Era pequena, tinha seios grandes e pernas bem definidas, mas algo em sua aparência frágil deixava a desejar, ou o simples fato de parecer frágil traía a sua personalidade. Com um sorriso em seu rosto, coberto pelos cabelos curtos e louros, veio andando lentamente até mim, até que ficou alguns palmos de distância. Ela colocou seu cotovelo em meu pescoço, e senti a pressão no corpo passar, apenas tendo a minha garganta pressionada.

-Então, você é tal. O que me salvou! – Ela falava com certa ironia.

-E isso é modo de tratar seu salvador?

-Eu não preciso que nenhum homem me ajude. – Ela falava com raiva em seus olhos, embora sorrisse enquanto dizia. Ela me encarou enquanto me deixava sufocado com seu cotovelo. Eu estava sem armadura ou arma, somente com um gibão, calça e botas de couro para não sentir o frio noturno. Kathryne me inspecionou dos pés a cabeça, então levantou sua mão direita até a altura de sua cabeça.

-Você está olhando demais para meu corpo. Será que merece ser punido?

Eu realmente fiquei observando sua beleza nua, mas não sabia que ela era tão perversa, e pelo tempo que passaria depois daquilo, saberia que na verdade, ela era bem mais perversa do que jamais poderia ter imaginado. Ela levou sua mão levemente no meio de minhas pernas e ficou acariciando lá. É óbvio que eu me incomodei um pouco, e aquilo me deixou um pouco excitado. Ela deu um risinho.

-Você é um homem mesmo. E dos bons, talvez eu venha a me satisfazer um pouco com você, embora sejam poucos os homens que eu realmente goste.

Eu senti o perigo em suas palavras, e tive certeza disso quando ouvi um pequeno chiado vindo de sua mão. Ela tirou sua mão de mim e agora ela energizava lentamente ela, como se fosse me atacar por baixo. Suei frio, meu coração disparou e vi a maldade em seu olhar. Mas também pensei em algo para amedrontá-la. Com minha mão esquerda, agarrei seu pescoço, e com a direita, firmei-a espalmada em sua barriga, pronto para jogá-la longe com alguma técnica. Ela deve ter se surpreendido com o movimento, mas rapidamente voltou a me olhar com malícia.

-Você atacaria uma mulher? Alguém que está acariciando sua masculinidade?

-E você acabaria com eles só por que não gosta de homens? Eu sei do que gosta, Kat. – Eu cutuquei sua ferida. Nunca deveria ter feito isso, na verdade, mas como eu o fiz, ela baixou sua mão e tirou seu cotovelo de meu pescoço, me deixando livre. Imediatamente também retirei minhas mãos dela, e a vi me encarar séria.

-Eu não sou tão estranha assim. Eu só não gosto da grande maioria dessa raça peluda e bárbara. A sutileza das mulheres as torna mais atraentes para mim. Mas eu não descarto um homem.

-Sei, quase descartou os meus gêmeos. Talvez eu não devesse confiar em você assim.

Ela sorriu novamente. Aquele sorriso malévolo e cheio de intenções. Ela virou-se e andou até a banheira. Eu voltei o meu olhar para suas costas, tentando evitar olhar mais para baixo, mas sou homem poxa, tive de ver. E fui seguindo ela, até que ela entrou na banheira.

-E agora que sabe do meu segredo sórdido, vai me matar?

-Eu? Nem pensar. Você é uma bruxa de talento. Você nos aju...

-Não luto por causa ou homem nenhum. Saiba disso. – Ela sabia que eu ia pedir sua ajuda, e com certeza negaria, mas mesmo assim, alguma coisa ainda traía esse seu ódio.

-Então lute por mim, ou melhor, por Yuki.

-Lutar por um homem, e por uma fiel. Hum, difícil. Não! Quer tomar banho comigo, senhor Uriu?
Não gostei do comentário sobre a Yuki, e estranhei ainda mais sobre seu pedido. Neguei, ainda que tivesse uma vontade pequena. Ela insistiu e eu tirei minhas roupas e entre. A banheira era grande o suficiente para umas quatro pessoas, e a água era mantida quente, graças à magia de Alissia. Estava ótimo, eu me esqueci dos meus maiores problemas, enquanto a jovem bruxa me olhava atentamente, na outra extremidade. Ela veio se aproximando levemente pela água, enquanto eu relaxava cada vez mais. Pude a ouvir sussurrar em meus ouvidos, quando se aninhou perto do meu corpo.

-Obrigada...mesmo. Eu lutarei, mas só se não contar a ninguém do meu gosto.

Eu estava tão relaxado que concordei. Ela deu um risinho e ficamos ali, sentados na banheira, olhando para o alto e relaxados no meio de um ambiente hostil. Quem diria não é? Certas coisas acontecem do nada. Meu pai me falou uma vez que as coisas boas acontecem com o tempo, e as ótimas acontecem de uma hora para outra. Embora o que aconteceu ali foi mera coincidência. Kat se aproximou o máximo que pode de mim, colocando o seu rosto no meu, e eu pude sentir o calor do seu corpo, o quão gostoso era o seu toque, e de repente, quando eu percebi, nós estávamos nos beijando loucamente. Ela subiu por cima de mim e eu a desejava mais ainda, mesmo com a consciência me mandando ficar o mais longe possível daquela maluca, psicótica, ninfomaníaca, maligna, e muito atraente, bruxa mais poderosa que eu já vi. Enquanto seus movimentos faziam-na mais agitada, eu me esqueci totalmente dos meus deveres enquanto caía na perdição, sem saber que alguém nos observava. E assim, naquela noite, nós...

-Vocês o que?- Howard e Eremes gritaram em uníssono. Eu contei para eles quando as garotas saíram para caçar, junto de Sagart. Yuki estava um pouco brava comigo, mas eu não imaginava o porquê. Ficamos apenas eu, Eremes e Howard para fazer a fogueira, agora que os inimigos faziam as rondas mais para longe, e contei o que ocorreu. Ambos olharam pasmados para mim.

-Pois é.

-E é boa nisso? Quero dizer... – Howard estava sem jeito. Ele tinha família, uma esposa linda e dois filhos, mas não negava que gostava de apreciar outros corpos, ainda que jure pelo seu machado que somente os observa. Eu acenei. Estava um pouco envergonhado. Eu? Uriu Nelliw, fui dominado por uma mulher? Somente os deuses sabiam o que deveria ter acontecido.

-Sim, ela é muito boa...

-Hum, sabe que deveria manter isso em completo sigilo, não é? – Eremes me alertou. – E que seria bom manter completa discrição, não se deixar dominar por ela. Compreende a gravidade da situação? Uriu?

-Sim. – Eu me sentia repreendido. Embora eu fosse o líder e eles gostassem de mim, eles eram mais experientes em missões e na guerra, ainda que fossem novos, assim como eu. E Eremes era membro da elite, além de ser o mais bem cotado da Academia. Mas aí, ele teve outro de seus acessos.

-Além do que...a Alissia é muito melhor, até por que temos uma filha linda e...

-Fica quieto, Eremes! – Eu e Howard apertamos suas bochechas, pois as garotas estavam retornando com Sagart, que trazia em um galho enorme, um Bode abatido. Assamos e comemos, descansamos e partimos para nosso posto, onde eu havia deixado Prince no comando. Durante a longa viagem, conversamos um pouco, mas nem Yuki e nem Kat falaram comigo. As duas pareciam me evitar, cada uma andando longe, e me senti meio mal por isso. Andamos e andamos, até ficarmos exaustos, e quando finalmente vimos o caminho estreito de pedras que abrigavam meus guerreiros, eu senti o medo. Centenas de cadáveres se espalhavam perto do caminho, e eu temi pelos meus irmãos em armas. Saí em disparada na direção do esconderijo, e para minha sorte, eles deviam ter me visto, pois me receberam com urros e um farfalhar das espadas e lanças que batiam nos escudos. Eu achei que alguma coisa tivesse acontecido com eles, mas pareciam bem e saudáveis. Porém, não pude deixar de notar que em apenas duas semanas, o numero de homens cresceu naquela matilha. Logo, Prince veio em receber.

-Fico feliz que tenha voltado bem, senhor.

-E eu que vocês se mantiveram assim. Quem são esses homens? –Perguntei ao ver o grande número de lanceiros e cavaleiros que aumentaram a minha tropa.

-São meus homens.

Essa voz estranhamente conhecida me vez voltar o olhar para o alto de uma das enormes rochas que jaziam naquela área. Uma enorme sombra se formava acima de minha cabeça, magnífica em sua armadura, com uma espada grande e poderosa presa em suas costas, que por sua vez, eram protegidas com uma grande capa vermelha. Descendo cautelosamente, aquela figura apareceu diante de mim, e se ajoelhou, como se eu fosse um lorde. Fiquei de boca aberta, enquanto muitos dos meus homens sussurravam e riam daquele momento. Seyren veio nos encontrar, e me tratava como um nobre.

-Faz um tempo que ele veio com uma pequena tropa. – Avisou-me Prince. – Estaríamos mortos se não fosse ele.

-A quanto tempo, Uriu.

-Eu que o diga, Seyren.


E ali mesmo, sorríamos para o horizonte, com o vento remexendo em nossos cabelos desgrenhados e bagunçados pelo suor de constantes batalhas, vendo o sol se por atrás das montanhas, enquanto a tropa se reunia e contavam histórias, assavam carne e preparavam a bebida. Acima de tudo isso, por que eu havia retornado para eles, e mais que isso, por que agora, a luta seria nossa, pois Lorde Seyren Windsor havia chegado.


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