The Bakery escrita por melisica


Capítulo 18
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Não, não é uma visão. Eu atualizei mesmo a The Bakery.
Eu sinto que com minha volta, ou levo abraços ou pedradas.
Desculpem o abandono, literal, dessa fic, eu estava tão empolgada com ela e do nada, acabou inspiração, acabou empolgação, acabou tudo.
MAS eu voltei. Eu prometi pra Dogsbody, que me perguntava as vezes se eu iria voltar e pronto, voltei!
Espero que os antigos leitores ainda estejam aqui e que os novos gostem.
Beijos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/110046/chapter/18

"Se você acha que pode me fazer de trouxa, está muito enganado querido". 


Mas por quê diabos Frank havia me dito aquilo?

Eu não me decordava de ter feito nada que o desrrrespeitasse ou que pudesse o magoá-lo. Estávamos fazendo uma viagem perfeita que mal começara e já estava dando errado. Enquanto eu estava recostado à parede do box, frustrado e excitado, ouvi a porta do banheiro ser batida com força e pude ter certeza de que fora Frank que fizera o estrondoso ruído.

Arrumei minha calça da melhor forma que pude, tentando não esmagar meu "amiguinho feliz" e fui lavar o rosto com água gelada na pia.

E a porra da água era quente.

Claro, com todo o azar possível, eu não tinha notado que a válvula da torneira estava na cor vermelha, indicando que a água estava não quente, mas fervendo. E como sou um idiota distraído, assim que o líquido entrou em contato com minhas mãos em forma de concha, logo a joguei em meu rosto sentindo a pele arder à alta temperatura.

Regulei a água e ao ver que ela realmente estava gelada, lavei o rosto e minhas mãos, tendo o cuidado de molhar uma folha de papel toalha e levando à minha nuca, tentando abrandar o calor que havia se formado em todo meu corpo. 

No momento em que cheguei ao saguão de espera, encontrei Frank conversando animadamente com com um homem loiro e alto. Estavam sentados lado a lado e o loiro parecia muito interessado em MEU namorado ao analisar-se o modo que ele se inclinava em direção ao rosto do menor. 

- Oi, Frank - falei sorrindo e sentando ao lado dele. - Demorei?

- Claro que não, imagina - ele devolveu o sorriso, sarcástico. - Nem anunciaram nosso vôo ainda.

- É mesmo? - perguntei. - Também né, ainda faltam quinze minutos.

- Pensei que fosse menos - continuávamos nossa guerra silenciosa. - Já conhece Bob?

- Olá - ele falou sorriu olhando para mim e estendeu a mão. - Bob Bryar.

- Gerard Way - apertei-a e sorri. - Você é...?

- Eu sou... Amigo do Frank - ele falou, incerto. - Estudamos no mesmo colégio. 

- É mesmo? Você é de Jersey?

- Não, sou de Chicago - ele respondeu e olhou para Frank que apenas sorriu. 

- Eu morei em Chicago até meus treze anos Gee - ele explicou. - Por causa do trabalho do meu pai.

- Você nunca me falou isso - comentei com uma ponta de ciúmes.

- Você nunca perguntou - rebateu.

- Bom, eu vou pegar um refrigerante ali naquele café - Bob quebrou nossa guerra de olhares e levantou-se. - Vejo vocês no vôo.

- No vôo? - perguntei sussurrando a Frank.

- Eu não to falando com você, Gerard.

- Mas por quê?

- Por quê?! - ele falou irritado. - Você ainda tem a cara de pau de perguntar? 

- Por causa do banheiro?

- É lógico!

- Mas foi você que me deixou na mão...

- Ai seu idiota! - ele grunhiu. - Eu digo no banheiro do avião. Você, aquela loira aguada, banheiro, beijos, pegação e argh... Sabe se lá mais o que!

- Ah eu não acredito! - não contive minha risada. - Você ta falando da Julie?

- Esse é o nome da puta? 

- Frank, ela é minha amiga... - expliquei rindo. Não acredito que ele achou que eu tivera algo com ela. - A gente se conhece desde pirralho, amor!

- Não vem com essa de amor! - ele disse ainda desconfiado. - E por quê vocês demoraram tanto no banheiro? 

- A gente se encontrou saindo de lá - expliquei. - Aí começamos a conversar e nem percebi que estávamos ainda parados em frente aos banheiros... Mas como não nos víamos há muito tempo, a conversa acabou ali mesmo. Não tinha assim, tanto assunto.

- Sei... 

- É serio Fran... - cheguei mais perto dele. - A gente não tem e nunca teve nada. E outra, ela ta indo pra Paris com os pais mas vai pra Roma daqui três dias. E ela vai pra se encontrar com a namorada, N-A-M-O-R-A-D-A que ta morando lá por causa da faculdade.

- Namorada? - ele indagou e eu quase pude sentir um certo teor de sarcasmo impregnado à sua voz.

- É, namorada. E que daqui a pouco vai ser noiva.

- Noiva...? - ele arqueou a sobrancelha em desconfiança de uma maneira mais do que adorável.

- Isso mesmo - concordei. - E a gente até trocou contato pra ela mandar convites. Claro que ela fez isso por educação já que ela ta morando em Los Angeles e a namorada em Roma. E quando ela terminar a faculdade, vão se mudar pra Londres... Mas enfim.

- Que ruim deve ser pra elas... - Frank comentou parecendo-me mais convencido. - Namorar a distância deve ser horrível. 

- E a gente, que tem o privilégio de morar perto, não aproveita. A gente fazendo uma viagem incrível dessas e você fica aí, com ciuminho bobo me evitando. 

- Não to te evitando - ele falou dando um meio sorriso. - Eu só não to acreditando muito nessa história... Não ta colando muito.

- Ah Frank, para de ser bobo - rolei os olhos dando-lhe um beijo demorado na bochecha e escorregando a ponta de meu nariz pela mesma, indo em direção ao seu pescoço. - Você sabe muito bem que desde o dia em que você entrou na padaria indo buscar doces, eu não quero mais ninguém a não ser você.

- Aw... - ele resmungou baixinho quando beijei-lhe o maxilar. - Por quê faz isso?

- Isso o quê?

- Me faz agir como idiota e cair na sua... - ele disse encostando sua cabeça em meu ombro. - Mas tudo bem, eu gosto.

- Ainda bem - dei-lhe um rápido selinho. - E quem era esse Bob? 

- Um amigo do colégio, Gee - ele falou de olhos fechados. - Ele já tinha se apresentado.

- Mas eu sinto que você tem outra resposta.

- Ta bom, Gee! - ele falou irritado ao mesmo que ria. - A gente já teve um caso há muito tempo, mas nada demais.

- E depois dessa você que fica de ciúme pra cima de mim? - disse fingindo estar indignado. - Acho que os papéis estão trocados, querido. 

- Nem vem - ele reclamou manhoso. - O bom partido aqui não sou eu. Você é o mais bonito, o que tem dinheiro, o mais velho... Tudo que essas piranhas querem.

- Se você for a piranha, querido, eu não ligo. 

- Gerard, cala a boca! - ele riu finalmente voltando a ser o Frank que eu conhecia. - Você e essas suas cantadas furadas...

- Confessa, você adora elas - falei um tanto soberbo. - Gosta tanto, que eu te conquistei as usando. - ri.

- E conquistou mesmo... - ele assumiu rolando os olhos. Talvez ele detestasse admitir que mesmo dizendo que minhas cantadas são ruins, ele caiu nelas. - Nem ligo.

- Não liga, é? - ri fazendo cócegas em sua barriga e ele gargalhou alto, se contorcendo todo na poltrona em que estava. - Ainda bem – sussurrei perto de seu ouvido, mordendo seu lóbulo rapidamente.

"Vôo Italian Airlines, AZ7761, com destino a Roma. Portão 14, embarque imediato."

-  Nosso vôo  - falei e ele balançou a cabeça concordando.  – Estamos quase em Roma. Agora trate de ser um bom garoto , pois bons garotos só tem a ganhar. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Alguém curtiu a capa? Eu achei no we heart it e sim, eu sei que não são eles e tal, mas tava com a tag ''frerard'' e na boa, se for olhar com calma, o cara a esquerda lembra e muito o Frank. Já o da direita só lembra o Gee por causa do cabelo, enfim.
Reviews pra me animar?
Beijos.