Juntos na Vida e na Morte escrita por Guardian


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Infelizmente Death Note não me pertence, senão o L não teria morrido e o Mello e o Matt teriam aparecido mais*-*

O hífen é pra indicar falas e as aspas pensamentos ( só pra explicar )

Bom, essa história contém yaoi, então se não gosta não leia

Espero que gostem^^



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   Wammy's House, situado em Winchester, Inglaterra, é um orfanato e instituto criado especialmente para crianças brilhantes com o intuito de formar e escolher uma delas para ser o sucessor do mais brilhante detetive do século, L. As crianças nesse lugar competem para alcançar esse cargo, e todas são extremamente inteligentes, mas três delas se sobressaem; são os três melhores alunos do instituto: Near, Mello e Matt. Esses não são os nomes reais deles, na verdade, todas as crianças ocultavam seus verdadeiros nomes, e nem mesmo o encarregado do lugar, Roger, os conhecia. Enfim, esses eram os três melhores, mas o melhor entre eles, o que estava em primeiro lugar, era Near. Fato que Mello não aceitava de maneira alguma.

    O toque de recolher ainda não havia sido dado, mas já estava escuro, e Matt tentava, com muita dificuldade, impedir Mello de sair do quarto. Os dois eram melhores amigos, e exatamente por isso Matt tentava conter o outro, antes que este fizesse algo realmente grave. Mello estava alucinado; apesar de constantemente irritado, raramente perdia realmente o controle, mas agora, estava cego de fúria. Ficara novamente em segundo. Sempre em segundo, sempre atrás de Near. Mas como se não bastasse ter perdido novamente para aquele garoto insuportável, ele tinha de agir como se tirar a maior nota fosse algo simples, irrelevante demais para dar importância. Como odiava ele! A falta de reação era o que mais irritava Mello. Por que ele tinha que ser daquele jeito?!

   Havia sido sempre assim, desde que Near chegara no orfanato. Ele e Mello eram rivais, mas o segundo nunca conseguia ultrapassá-lo; ele sempre provocava o mais novo, tentando vencê-lo e arrancar alguma reação dele. Matt, por outro lado, não possuía esse sentimento de rivalidade e até que simpatizava com o albino. Claro que nunca diria isso em voz alta perto de Mello.

   - Se... Acalme, Mello!

   Matt disse com certa dificuldade, afastando o amigo da porta, impedindo-o de sair. Fazia muito tempo que não via Mello assim, ele estava fora de si. Do jeito que estava, seria capaz até de matar alguém, e esse alguém com certeza seria Near.

   - Sai da frente, Matt! - ordenou o loiro, rumando novamente para a porta - Eu vou matá-lo!

   O ruivo não duvidou dessas palavras - Não vai não - e o segurou outro vez. " Cara, como ele é forte! ". Os dois ficaram lá, um tentando segurar e o outro tentando se desvencilhar, até que Matt finalmente conseguiu empurrá-lo, afastando-o da porta outra vez. Porém, Mello fazia movimentos tão bruscos para se livrar do amigo, que acabou dando um soco no rosto do outro. Foi tão forte, e tão inesperado, que o ruivo foi jogado aos pés da cama, batendo fortemente as costas com o impacto; algumas gotas de sangue brotaram do lábio inferior dele, onde fora acertado. O loiro paralisou na hora que viu o outro no chão, e toda sua fúria, que há pouco o consumia, desapareceu, mandada para um local desconhecido. Não queria acertar o amigo de verdade, muito menos machucá-lo.

   - M- Matt? - chamou hesitante. Havia duas opções: ou o ruivo levantaria e retribuiria o soco, ou Mello o tinha machucado de verdade - Matt? - chamou de novo. Não veio resposta, e Mello começou a se preocupar.

   Começou a se aproximar devagar, até que o ruivo finalmente se mexeu; levantou a cabeça, mostrando uma ligeira careta de dor e massageou as costas, onde batera, mas não se levantou - Se acalmou agora? - perguntou surpreedentemente calmo.

   Mello não respondeu, apenas continuou seguindo até onde o outro estava. Se abaixou no chão, próximo a ele, e passou o polegar pela sua boca, limpando o sangue. Teve uma sensação estranha ao encarar os olhos surpresos do ruivo, se sentiu tentado a se aproximar mais, experimentar a textura de seus cabelos, sua pele, seus lábios. Se aproximou cada vez mais, mas quando já podia sentir suas respirações se misturando, sua mente pareceu clarear, sair do transe, e num ímpeto se afastou do outro, levantando  alcançando a porta, agora livre. Resmungou algo sobre " dar uma volta " e saiu do quarto, deixando Matt ainda no chão.

   " Mas que merda eu ia fazer?! É o Matt! Meu melhor amigo e mais, um homem! " Mello estava completamente confuso. O que havia sido aquilo? " É tudo culpa daquele Near! " se lembrou subitamente da razão pela qual acidentalmente acabara machucando Matt, mas a fúria de antes não voltou, continuou adormecida, subjugada pela avalanche de sensações que aquela simples aproximação causara; seu coração ainda batia acelerado. " Droga! O Matt deve estar pensando muita merda de mim agora ". Estava com vergonha de voltar para o quarto, mas estava preocupado com Matt, até ele ouviu o barulho das costas do outro batendo na cama. Estava andando a esmo pelos corredores da mansão, e já estava pensando em voltar, quando passou em frente a uma sala entreaberta. Parecia ter alguém dentro, e quando Mello espiou para ver quem era, era ninguém menos do que Near, sentado no chão montando aquele maldito quebra-cabeça branco, branco como todo ele. A raiva foi novamente surgindo em Mello, ao ter a visão de seu rival, mas se apressou a tentar controlá-la. Não era de seu feitio, mas fora com aquele mau temperamento que acabara machucando Matt. " E com certeza o Matt é mais importante do que esse albino desgraçado " pensou, se afastando da sala com todo o seu auto-controle, abrindo uma barra de chocolate e mordendo-a violentamente.

- x -

   Matt estava no mesmo lugar onde Mello o deixara, completamente atônito com a atitude do outro. " O que foi isso? Será possível...? Não, seria bom demais para ser verdade. Então por que? ". Esperava há tanto tempo por algo assim, que temia que tivesse sido tudo obra de sua imaginação; bom, aquela dor era bem verdadeira. Não dava mais para continuar sentado lá no chão, precisava pegar gelo para o seu lábio e remédio para suas costas. Levantou com certa dificuldade e foi direto para a enfermaria. Não tinha ninguém lá a essa hora: " Que bom, ia ser um saco explicar isso aqui. "

   Pegou rapidamente o que precisava e voltou lentamente para o quarto. " Se aquilo realmente não foi minha imaginação, é melhor dar um tempo ao Mello. Ele deve estar todo confuso agora " sorriu com o último pensamento.

- x -

   Quando voltou para o quarto, já abrindo uma segunda barra de chocolate, não encontrou Matt. Parte dele ficou aliviada por não ter de encará-lo ainda, mas a outra estava aflita. Será que estava tudo bem? Não teve de esperar muito para o amigo aparecer. Pressionava um saquinho de gelo no lábio já um pouco inchado e tinha um potinho na outra mão.

   - Ahn... Desculpe, Matt - pediu sem jeito.

   O ruivo abriu um grande sorriso - Bom, continuo vivo.

   Mello sorriu também " Ele parece normal "

   - Eh... Mello? Será que pode me ajudar? - pediu, mostrando o potinho que segurava.

   - Tira a blusa - ordenou, indo para perto dele e tomando o pote de sua mão; Matt sorriu malicioso, mas o outro não viu. Tirou a camisa listrada e deitou de bruços na cama, exibindo uma grande mancha vermelha em suas costas; uma pontada de culpa atingiu Mello. Abriu o pote, o cheiro de mentol enchendo-lhe as narinas, pegou um bocado com os dedos e começou a passar nas costas de Matt, que estremeceu com a sensação gelada. " A pele dele é macia " constatou Mello " Peraí, que merda eu tô pensando de novo?! ". Terminou de passar a pomada e foi lavar as mãos em silêncio, seus pensamentos voando longe outra vez, e mais ainda quando deu de cara com o sorriso de Matt, sentado na cama, ainda sem camisa e pressionando a gelo na boca. Ficou pensando em como teria sido se não tivesse parado naquela hora. Queria continuar aquele momento... Ao se dar conta  do rumo que seus pensamentos levavam, Mello apagou a luz e se apressou a dizer boa-noite, se escondendo na escuridão da noite. O sorriso de Matt aumentou " Minha imaginação é fértil, mas isso foi bem real ". colocou a camisa de volta e se deitou também, ainda sentindo o toque do outro em sua costas.


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Notas finais do capítulo

Eu ficaria muito feliz se vocês mandassem reviews, seja para comentar algum erro ortográfico ou de coerência, seja para eu saber se fiz um bom trabalho ou não^^

Eu vou tentar seguir a história, mas como eu não sei como vai ficar, acho que vai acabar sendo universo alternativo mesmo