- Oii tudo bom? - Justin falou enquanto eu ainda recuperava o ar por saber que aquele garoto parado na porta era ele, não qualquer garoto mais " o " garoto, por qem milhares de meninas ( milhares de meninas mesmo!) morreriam pra estar no meu lugar!

- Oii - respondi com a maior cara de retardada, me arrependendo totalmente depois - Tudo sim, mais, o que faz aqui? 

A enfermeira se entrometeu na nossa conversa, isso se aquilo teria sido uma conversa, porque provavelmente ele errara de quarto.

- Ela não se lembra de nada.

- Ohh, então me deixe te explicar o que aconteceu - ele olhou novamente para mim - você foi atropelada pelo meu carro, estava correndo na chuva e provavelmente nao deve ter visto a gente . Quando saimos do carro você estava desmaiada e com a testa sangrando, então trouxemos você para cá.

- Ahh, me desculpa, eu me lembro de ter corrido pela chuva, sou uma boba mesmo, ser atropelada ....

- Não se desculpe, as coisas acontecem por que tem qe acontecer.

Realmente, acontece por terem que acontecer!

Fiquei uns minutos nos meus pensamentos e me toquei que ele ainda estava lá. Me lenvantei da cama quase cambaleando.

- Preciso ir para casa, que horas devem ser? Tia Carmen deve estar uma fera comigo, ela provavelmente vai preocupar os meus pais! Que horas são? - Já estava quase na porta, tonta, quando ele me pegou pelo braço.

- Calma, você não pode ir para casa agora não é? - ele olhou pra enfermeira com aquele olhar encantador! Ela nem se atreveu a responder, foi logo me trazendo de volta a cama.

- Ande deite-se aqui, você provavelmente ainda está tonta, não pode sair desse jeito.

- Mas como é o seu nome? - Justin me perguntou

- Meu nome ..... - eu realmente estava tonta

- Ohhh, você nao lembra dele? - ele me encarou com cara de deboche

- Claro que lembro do meu nome, é Anne, Anne Webber - ele pareceu satisfeito.

- Mas então Anne, o que fazia ali? Parada? Também ée fã minha? - ele se pareceu convencido, bem pouco mais pareceu

- Não, Não - falei rapidamente - quer dizer gosto das suas musicas mais estava só passeando pela cidade -  me corrigi rapido para ele nao pensar que eu odiava ele, por nao ser sua fã

- Hum - ele pareceu sem assunto.

Provavelmente ele teria algum show daqui a algumas horas, então resolvi perguntar

- Mas e você, o que faz aqui perdendo tempo comigo? Não tem nada melhor para fazer? - falei um pouco fria demais.

- Se acha que estou tirando seu descanço, posso ir embora - ele falou se levantando

- Não, naõ, é só que você é famoso e está aqui comigo, eu não sou ninguem.

- Mas meu carro atropelou você e o minimo que eu podia fazer era ver como você estava. - pelo menos ele é cuidadoso com as pessoas.

- Mas não quero atrapalhar o seu dia, pode ir fazer o seu trabalho eu estou bem, alias tenho que avisar a minha tia o que aconteceu ela está preocupada.

- Sim, sim, deixa eu chamar alguem para te ajudar.

E lá se foi ele pelo corredor. Eu olhei para mim mesma e me perguntei o como minha cabeça estava ou o quanto o corte nela foi grande e  quantas viaturas da policia minha tia havia colocado atrás de mim.

De repente entra no quarto um medico

- Como está a mocinha? - ele me olhou com cara de que eu fosse uma criança de 8 anos - a cabeçinha ainda doi?

- Um pouco - respondi normalmente não querendo ser rude -quando posso ir? 

- Logo, logo, espere só um momento - e lá se foi mais um pelo corredor.

Dez minutos se passaram ate a saida do medico e aparece a enfermeira, que nem percebi quando ela tinha saido do quarto, e um policial. Provavelmente um dos que minha tia teria colocado atras de mim!

- Aqui está ela - a enfermeira apontou pra mim - está tudo bem agora, ela teve um corte na cabeça e uma pequena torção no pé , não é moçinhaa? - incriveu como medicos e enfermeiros tendem a chamar a gente assim!

- Está tudo bem sim - dei um breve sorriso e rapidamente me virei para o policial - minha tia o mandou aqui?

- Sim, sim, ela estava preocupada! Disse que você saiu de casa pela manha e resolveu esperar ate as tres da tarde mais você não apareceu então ela  nos chamou!

- Coitada de tia Carmen, cheguei aqui só a 6 meses!

-Mas então, ela pode ir para casa agora? - ele olhou pra enfermeira – vou leva-la a avisar aos outros que ela já foi encontrada!

Eu estava saindo do quarto e percebi que Justin não havia voltado. Eu perguntaria a enfermeira se ele não deixou algum recado, mais resolvi esquecer isso. Ele simplesmente foi cumprimentar a idiota que estava feito morta na frente do carro dele.

Me senti ignorada. Mas que burra eu achar que ele se importava, eu sou mais uma entre tantas.

Cheguei em casa e tia Carmen estava aos prantos com Tom ao seu lado.

- Anne, o que aconteceu? Como você faz isso? Essa cidade é grande e você me deixa assim? - ela falava me agarrando.

- Calma tia, é que começou a chover e eu fui atropelada. Você não ligou para meus pais, ligou? - torcia para a resposta ser não. Meus pais trabalhavam demais e eu não queria dar de filha louca na casa da tia, não mesmo.

- Não, ainda não liguei, mais já já eu os aviso.

- Não precisa tia, já esta tudo bem não é? - falei sorrindo – vou para meu quarto tomar um banho!

Fui pro meu quarto e tomei um banho quente, tentando relaxar ao máximo, e pensando no que tinha acontecido comigo naquele dia:

Passeio – atropelamento – Justin Bieber

Até que o passeio não foi ruim,não mesmo! E nem o garoto que encontrei lá!