Moonshine escrita por Carool Black


Capítulo 7
Capítulo 06


Notas iniciais do capítulo

Feliiiiz Dezembro! Quase Natal, FÉRIAS! Adoro essa época do ano! E pra comemorar, aqui está mais um capítulo fresquinho pra vocês! Divirtam-se!



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Levantei-me sobressaltada. Minha cabeça girou e eu me deitei novamente. Fechei os olhos e respirei fundo esperando a tonteira passar. Abri os olhos lentamente e observei o quarto onde estava. Não conseguia reconhecê-lo. O chão era de madeira e as paredes de um azul claro um pouco desbotado, o teto era levemente curvado e havia cortinas de renda amareladas pelo tempo. Uma escrivaninha ficava a um canto cheia de livros e algumas caixas e no canto ao lado da janela, que dava para o pátio da frente pelo o que eu podia ver, estava uma cadeira de balanço um pouco empoeirada. Parecia que tudo tinha sido limpo as pressas e de mau jeito.


Joguei a coberta longe e notei uma atadura no meu tornozelo. Não estava sentindo dor alguma, a não ser algumas pontadinhas na cabeça. Estranho. Tentei me levantar, mas o tornozelo não deixou. Respirei fundo e me levantei apoiada na perna boa e na parede. Fui pulando em um pé só até aporta e a abri.


– AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHH!!!!


– AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHH!!!!


Desequilibrei e quase cai de bunda no chão se não fosse por Nessie com seu ótimo reflexo. Ela me segurou pela cintura e me fez apoiar em seu ombro. O mais impressionante é que ela ainda conseguiu equilibrar a bandeja que trazia na outra mão. Isso que eu chamo de bom equilíbrio.


– Sua louca! O quê pensa que está fazendo? –ela perguntou preocupada.


– Eu só queria saber onde estava!


Ela me levou até a cama e me fez sentar. Colocou a bandeja sobre o criado mudo e pegou uma cadeira para se sentar de frente a mim.


– Você me assustou! - ela abriu um largo sorriso. - pretendia descer as escadas em um pé só é?!


– Não! É que... - eu não sabia o que dizer. Abaixei a cabeça envergonhada e ouvi Nessie rir da minha cara.


– Não se preocupe você está na casa do meu avô Charlie. - ela assumiu um tom sério e me encarou nos olhos. Detestava quando ela fazia aquilo porque parecia que ela podia ler a minha alma. Era estranho. - Está tudo bem?


– Está. Tirando uma leve dor de cabeça! - sorri meio sem graça e a encarei. Tinha a impressão que ela estava preocupada com algo mais do que a minha cabeça. - Nessie... o que aconteceu?


Ela suspirou e coçou a cabeça em sinal de nervosismo. Parecia escolher as palavras para me explicar o que quer que fosse.


– Do que você se lembra exatamente? - ela parecia querer ganhar tempo. Mas que droga, era só contar o quê havia acontecido. Não devia ser tão difícil assim!


– Bem. - eu me esforcei em lembrar, o que fez minha cabeça doer. Tudo estava borrado e confuso. Só me lembrava mesmo é de alguns flashes. - Me lembro de nos encontrarmos na padaria e sairmos. Seu cachecol voou e você foi pegá-lo no meio da rua, foi aí que surgiu um carro. - olhei pra ela insegura e ela afirmou com a cabeça e me fez continuar. - Daí as coisas começam a ficar confusas. Lembro que eu corri pra tentar te salvar, lembro de rolar com você pelo asfalto... dor, sangue e um...rosnado?!


Isso era o mais estranho. Lembrava-me claramente de um rosnado. Será que teria aparecido um super cão do nada?! Minha cabeça deu uma pontada de dor e eu resolvi parar de pensar. Era melhor ouvir o que Nessie diria. Olhei pra ela um pouco insegura, ela parecia um tanto... encabulada?!


– Bem, foi mais ou menos isso. Você se jogou sobre mim e nós duas rolamos no asfalto. O pneu do carro passou em cima do seu tornozelo e nós duas batemos a cabeça na calçada. Você desmaiou e eu ainda consegui ficar meio acordada. Carre... corri até a casa de meu avô para buscar minha mãe e nós te trouxemos pra cá. - ela me espiou pelo canto de olho como para avaliar a minha reação a história dela. Como eu não dei nenhum sinal ela prosseguiu. - Minha mãe chamou o meu avô Carlisle e ele te examinou.


– Mas... e o rosnado? - estava realmente encanada com aquilo. Não era todo dia que o super cão aparecia!


– Deve ter sido uma alucinação. Talvez... um cachorro estivesse por ali. Não sei! - ela parecia um tanto nervosa em explicar aquilo e logo mudou de assunto. - Então, não está com fome? Trouxe isso pra você, você dormiu umas 12 horas!


Olhei para a bandeja que ela havia trazido e meu estômago roncou involuntariamente. Na bandeja havia dois mistos quentes e um copo com suco. Parecia pouco, mas eu comeria até pedra se tivesse ali. Peguei um misto e dei uma tremenda bocada. Nessie riu.


– Meu avô falou que foi uma sorte você não ter quebrado o tornozelo nem a cabeça. Eu disse a ele que vaso ruim não quebrava mesmo. - eu lhe mostrei a língua cheia de comida e ela fez uma cara de nojo falso e também mostrou a língua .- Seu tornozelo só está trincado e logo você já pode sair por aí correndo, mas por enquanto deve ficar de repouso. Meu avô Charlie disse que você pode ficar aqui com ele. Ninguém ocupa esse quarto mesmo. É só limpar. Era da minha mãe. Ela disse que... o que foi Nat?


Eu parara de comer o misto. Quer dizer que eu viajara todo aquele tempo, quase morri atropelada e teria de ficar na casa do avô dela? Eu não queria ser um estorvo pra Nessie, mas...


– Eu achei... eu pensei que poderia ficar com você. Sabe... na sua casa. Se eu não fosse incomodar...


Ela me olhou com certa pena e tristeza. Levantou-se da cadeira e veio sentar-se ao meu lado na cama.


– Eu gostaria muito que você fosse ficar lá em casa é só que... - ela pareceu refletir. - Ainda estamos nos ajeitando. Você sabe que eu sou muito bagunceira, imagine toda a minha família do mesmo jeito? Demoraremos anos pra arrumar a casa toda. - ela viu o meu olhar tristonho. Estava realmente achando que deveria ter ficado no orfanato. Ela pareceu ler meus pensamentos. - Estou muito feliz que você tenha vindo, vou falar com mamãe e ver se ela arruma um jeito lá em casa pra você ficar conosco. Assim que eu puder, venho te buscar, mas vai ter de ficar aqui por enquanto, ok?


Sorri abertamente diante daquela notícia. Quer dizer que eu realmente poderia ficar com ela depois daquilo tudo?! Era ótimo! Acenei afirmativamente com a cabeça e ela sorriu também. Deu-me um beijo na bochecha e se levantou. Eu dei outra dentada no misto.


– Termine de comer e descanse. Eu volto mais tarde. Qualquer coisa é só chamar o meu avô. Ele está meio velhinho, mas tem bom coração e vai ajudar no que precisar!


Ela já ia sair quando parou de repente na porta e se virou pra mim novamente. Tinha um olhar diferente.


– Obrigada, Nat.


– Por quê? Eu que tenho que te agradecer por estar me recebendo mesmo eu sendo uma fugitiva!


– Você salvou a minha vida. - eu arregalei os olhos. Ainda não tinha encarado as coisas por aquele ponto de vista. - Aquele carro teria arrancado a minha cabeça se tivesse me pego e você arriscou a sua vida por mim. Eu... Obrigada.


Ela parecia realmente envergonhada. Eu lhe sorri e disse.


– Não foi nada. Pra isso que servem as melhores amigas não é?!



Ela riu e depois de dar uma última olhada em mim, foi embora. Terminei de comer e deitei-me novamente. Quem sabe as coisas não melhoravam em Forks?! Adormeci sem nem mesmo me incomodar com o tornozelo ou a cabeça.



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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?! :D Um beijo e até a próxima!



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