Moonshine escrita por Carool Black


Capítulo 24
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo lindo pras minhas lindas leitoras que comentaram! =) Espero que gostem, e preparem-se que além de muitas surpresas, estamos na fase final da fic!
Divirtam-se!



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*Rennesme PDV*

Entrei em casa no maior silêncio que uma meio humana poderia fazer. Eu tinha de ser rápida, tanto para não acordar Leah, como para seguir Nat. Eu tinha a leve impressão de que ela era capaz de não me permitir segui-la. Achei o capacete facilmente, mas não conseguia achar a bendita chave. Eu tinha certeza que meu pai a havia colocado na estante ao lado do capacete. Foi quando eu tive um flashback, eu vira Nat pegar algo na estante pouco antes de irmos para o quarto.

- Essa não! – eu murmurei. Já estava quase na porta quando um alarme alto soou lá fora. O alarme do meu carro. – NATASHAA! – Eu gritei frustrada. Ela me enganara! Leah acordou num sobressalto, e só não caiu do sofá porque tem ótimos reflexos. Ela me viu na porta e rosnou alto.

- Onde pensa que vai, sua monstrinha!? – disse ameaçadora. Eu não tinha medo dela. Podia ouvir o ronco do motor da Suzuki de Nat ganhando estrada. Eu tinha de segui-la, nem que tivesse que derrotar Leah primeiro.

- Nat está fugindo! – eu disse desesperada, na pouca esperança de que ela me ajudasse, mas Leah só riu com escárnio. – Pare de rir! Temos que ir atrás dela, ela está em perigo!

- Você não vai sair daqui. – ela disse resoluta, e eu podia jurar que se divertia em me contradizer. Eu tinha certeza que isso era ciúmes. Por mais que Leah soubesse que nunca teria nada com Jake, já que ele tivera o imprinting comigo, isso não a impedia de me detestar, e saber disso me deixou com muita raiva. Nat estava correndo perigo e aquela cachorra ciumenta estava me prendendo! Rosnei pra ela e ela pra mim. Assumimos uma típica posição de ataque. Eu só tinha de ser rápida para seguir Nat.

- O quê está acontecendo? – era Sam. Ele devia ter vindo fazer

uma ronda pela casa como todos os Quileutes. Eles estavam nos vigiando para que não fugíssemos e para que ninguém nos atacasse. Ele olhou aquela cena meio intrigado.

- Ela está tentando fugir. – disse Leah simplesmente, sem abandonar sua pose de ataque, seus olhos fixos em mim.

- Nat fugiu! Estou tentando segui-la e essa cadela não deixa! Eu tenho que protegê-la! – Leah rosnou mais alto e eu a acompanhei. Estávamos prontas para atacar. Sam se colocou no meio de nosso caminho, frustrando-nos.

- Parem com isso. – ele disse autoritário. – Vamos para a casa dos Cullen e informaremos tudo.

Não houve tempo para discutir com Sam. Ele se transformou e nos obrigou a segui-lo. Eu fiz tudo o que pude para me manter longe daquela cadela! Quando chegamos em casa parecia que todos já haviam recebido a notícia, porque a maioria já estava lá. Meus pais, Jake, Seth, até outros vampiros que Carlisle chamara para ajudar. Sam contou a história para os outros. Eu não conseguia abrir a boca. Meu pensamento estava em Nat e em como ela estava. Jake sentou-se ao meu lado no sofá e me abraçou pelos ombros. Isso me acalmou. Jake entendia o que eu sentia.

- Temos que armar um plano para resgatá-la. – disse alguém que eu nem consegui identificar. Eu me levantei do sofá tão rápido que até assustei Jacob.

- Não há tempo! – eu disse exasperada. – Ela pode estar na mão dos Volturi agora!

- Eu sei Nessie, mas tem que ser assim. Não podemos simplesmente sair por aí às cegas a procurando! – disse meu pai tentando me acalmar.

- E porque não? – disse Seth. Ele estava tão ansioso quanto eu, e tremia levemente, embora tentasse se controlar. – Somos rápidos e podemos encontrá-la rápido. Não podemos apenas sentar e armar um plano!

- Seth se acalme. – disse Jacob paciente. Ele se levantou e pousou as mãos no ombro dele. Seth se desviou irritado e foi em direção a porta.

- Não dá pra me acalmar, Jake. Não enquanto eu não a tiver em segurança em meus braços. Temos que salvá-la agora! – o tremor ficou mais intenso. Ele logo explodiria em um lobo bem ali na sala.

- Seth, acalme-se! – disse Jacob em uma voz autoritária, o inconfundível tom de alfa. Seth respirou fundo e o tremor diminuiu, embora não houvesse cessado.

- Seth, estamos todos preocupados, mas entenda que temos de ter um plano, senão colocaremos Nat em um perigo maior. – disse meu pai tentando acalmá-lo também, embora eu percebesse que era uma calma forçada por Jasper. Meu pai estava tão preocupado quanto qualquer um. Acho que se não fosse Jasper ele teria desabado, assim como minha mãe, Esme e Alice, que estava extremamente frustrada por ninguém ter decidido nada para ela ver.

- Perigo maior? – Seth estava saindo do controle novamente, e nem tio Jasper era capaz de ajudá-lo. – Que maior perigo que ficar rodeada por sanguessugas assassinos?

Todos prenderam a respiração (embora nem todos os presentes respirassem). O ar ficou tão tenso que nem mesmo Jasper pode controlar. Se bem que ele devia estar tão chocado que não conseguiria mesmo. Seth pareceu notar o que dissera. Ele nunca chamara nenhum vampiro de sanguessuga, ainda mais nesse tom, e era por isso que era um dos lobos mais respeitados em casa. Ele olhou constrangido para os Cullen presentes. Seu corpo parara de tremer e ele baixou os olhos, envergonhado.

- Desculpe. – murmurou. – É só que... eu não... – ele cerrou o punho e fechou os olhos. Lutava contra a vontade de chorar e de voltar a tremer. Eu me dirigi a ele e toquei seu ombro. Ele me olhou com os olhos marejados. – Eu neguei por tanto tempo, fugi dela, mas era impossível. Era como correr de mim mesmo. – Ele engoliu em seco e sua voz se tornou mais rouca e baixa. As palavras saiam dele por vontade própria, algo reprimido que ele não pode segurar. Uma lágrima caiu de sua face. – Eu a amo Nessie. Não posso deixá-la morrer porque... seria o fim pra mim também. Não posso viver sem ela. – Mais lágrimas saltaram de seus olhos. Senti a atmosfera sair do tenso para o piedoso. De alguma maneira entediamos bem o que ele estava sentindo. Segurei seu rosto, obrigando-o a me encarar e lutando para não desabar em lágrimas também.

- Seria a morte pra mim também, Seth. Eu a amo tanto quanto você, ela é minha irmã e minha... minha parceira. – ouvi exclamações de surpresa diante da minha afirmação. E embora eu não soubesse de onde ela vinha, eu tinha consciência de que era verdadeira. – Seria impossível pra mim viver num mundo sem ela, por isso se acalme. Vamos resgatá-la, eu prometo.

Seth pareceu se acalmar, embora também parecesse surpreso com aquela afirmação que nem eu mesma sabia de onde vinha. Ele voltou pra perto dos Quileutes e todos logo voltaram a discutir planos de resgate, embora não desse pra fazer nada enquanto alguém não se decidisse, ou seja, precisávamos de uma visão de Alice. Ela estava aflita por não conseguir ver nada ainda. Afastou-se de todos e ficou observando a floresta lá fora. Parada como uma estátua, os olhos fixos em algum ponto no infinito, vazios. Eu voltara pro meu canto no sofá. Comecei a pensar no que eu dissera. ‘Minha parceira’. Eu não achava que poderia ter outro parceiro, pois já tinha Jacob. Era confuso e estranho, mas fazia certo sentido pra mim, não sei bem como. Sem que eu percebesse estava observando Alice. Meus pais haviam me contado que escolheram o nome dela para o nome do meio de Nat porque a fazia lembrar a mãe. Alice ficara tão contente com isso. Família... Porque Nat dissera aquilo mais cedo? ‘Eu não poderia suportar perder minha família de novo’. Como assim de novo? Tinha de descobrir. Mas para isso, tinha que ter Nat viva. Alice não se mexera, mas seus olhos assumiram outra expressão. Não fitavam mais o vazio, mas pareciam enxergar algo além da janela. Levantei-me do sofá e fui até ela.

- Alice? – pousei minha mão em seu ombro e ela se sobressaltou. Seus olhos se fecharam uma instante. A conversa na sala cessou e todos se viraram pra nós. De repente Alice desabou no chão. Eu a segurei bem em tempo e Jasper me ajudou a levá-la para o sofá. Era impressão minha ou ela estava mais branca? E porque aquela cara de enjôo do meu pai? – Alice, o quê você viu? – perguntei, não tendo certeza de que queria saber a resposta. Ela demorou um pouco pra me responder.

- Os Volturi se decidiram. Eles vão guiá-la até a clareira onde foi o julgamento de Nessie, mas não têm muito que discutir, eles... eles vão... – ela não terminou a frase e fechou os olhos com uma expressão de puro desespero. Eu tremi. Pela cara de meu pai eu já podia adivinhar. Eles iam matá-la.

- Bem – disse Sam sério e, de certa forma, bem calmo. – Acho que já temos um plano.


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Notas finais do capítulo

Espero merecer muitos lindos reviews! Por favor, estamos na fase final, sejam legais! Beijos e até o próximo!