Moonshine escrita por Carool Black


Capítulo 23
Capítulo 19




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Senti-me quentinha e aconchegada. Espreguicei-me e ouvi meu corpo estalar. Relaxei lentamente e abri os olhos. Eu estava em um quarto desconhecido, em uma cama desconhecida, mas Nessie estava na cama ao lado. Então provavelmente não havia nada de mais. Mas como eu fui parar ali? Eu não fazia a menor ideia! Levantei e olhei pela janela. Dava pra ver a floresta que ficava no ‘quintal’ dos Cullen. Bem, pelo menos eu não fora seqüestrada. Eu acho!

Olhei ao redor. Era um quarto confortável e grande, com duas camas, dois guarda roupas, as paredes em um tom verde bem claro. Havia também uma estante com livros e uma escrivaninha com um computador, além de alguns pufes espalhados. O pior é que ainda havia espaço! Abri o guarda-roupa que estava na frente da cama que eu dormi e assustei-me em perceber que estava cheio, inclusive com algumas roupas minhas. Bem, se as minhas roupas estavam ali, não faria mal tomar um banho. E foi o que fiz, tomei um demorado e relaxante banho. Só quando fui até a cozinha que reconheci o lugar. Era a casa de Nessie, aquela que seus pais haviam ganhado de Carlisle em seu casamento, a mesma casa para onde eu correra quando Seth me rejeitou e a mesma que eu e Nessie nos arrumamos para nosso aniversário. Acho que ninguém vai se importar se eu fizer o café!

Preparei torradas, ovos e o meu bacon especial que só eu sei o ponto. Sentei-me na mesa e comecei a comer com o pensamento vagando. Lentamente as imagens do dia anterior vieram a minha mente. Eu vendo os Quileutes, pulando o penhasco, a festinha na casa de Emily, o presente de Seth, a festa dos Cullen, os presentes. Meu coração acelerou, eu havia me lembrado da adoção. Era bom demais para ser verdade. Terminei os meus ovos e de repente, alguém pulou no meu pescoço me sufocando e fazendo um cafuné.

- Bom dia irmãzinha! – Exclamou Nessie contente. Eu nem respirava.

- Ness... respirar...preciso! – Ela me soltou e eu tive de puxar muito ar para voltar ao normal. Ela sentou-se ao meu lado. – Quer comer?

- Não obrigada. – Disse fazendo uma careta para os restos do bacon no meu prato.

- Fresca! – Eu ri e ela me mostrou a língua. Coisa típica de irmãs! Eu me levantei para lavar os pratos. – Nessie, como viemos parar aqui?

- Não sei. Mas acho que papai deve ter nos trazido. – Eu sorri internamente. Ela não o chamara de ‘meu pai’, será que era mesmo verdade?

- É verdade então? – Eu perguntei me virando para ela. Ela me olhou confusa. – Eles me adotaram mesmo? Não foi só um sonho? – Nessie sorriu. Levantou-se e me abraçou.

- E você acha que estaria assim, tão à vontade, se não fosse da família? – Eu ri dela. Era bom demais para ser real. – Vem, vamos para casa do vô Carlisle! – Ela saiu desembestada para a porta. Quando a alcancei ela sorriu cúmplice para mim. – Vamos, vou te carregar.

- Você o quê?

- Vou te carregar! De cavalinho sabe!? Chegaremos mais rápido e será bem mais divertido!

- Não sei não...

- Anda Nat, pare de frescura! – Ela me lançou um olhar meio birrento, então eu topei. Pulei nas costas dela e mal tive tempo de me segurar, ela já corria pela floresta em direção a casa. Eu ri o trajeto inteiro. Não tardou para que chegássemos lá, e o meu café da manhã já se enrolava no meu estômago. – Bom dia! – disse Nessie ao entrar na sala onde quase todos estavam.

- Olha só quem acordou! Antes tarde do que nunca! – Exclamou Emmett. Eu me sentei no sofá ao lado de Bella, tentando não vomitar.

- Tudo bem com você, filha? – Perguntou ela um pouco preocupada.

- Sim, é só que Nessie veio me chacoalhando igual... - Parei a frase no meio enquanto meu cérebro absorvia o que ela dissera. – Você... me chamou de filha? – Ela sorriu radiante, um pouco constrangida até. Era mais bonita ainda quando o fazia. Eu nunca me acostumaria com aquilo.

- Claro. Agora você é minha filha oficialmente! – Juro que teria chorado, se não fosse Edward entrar na sala desviando a atenção.

- Finalmente acordaram! – Ele disse rindo para mim e Nessie. - Eu já estava indo buscá-las. Gostaram do novo quarto? Espero que esteja do agrado das duas!

- Ah, pode crer que está! – Exclamou Nessie, brincando de guerra de dedinho com Emmett. E ainda dizem que ela completou o ciclo!

- Então Natasha, gostou da festa? – Perguntou Carlisle interessado. Alice se empertigou no sofá. Ela devia estar ansiosa por ouvir minha opinião, já que foi ela quem organizou tudo.

- Foi ótima! – Eu disse entusiasmada. Jasper até riu da minha cara! – Estava tudo tão lindo! Eu nem acredito que você pensou em tudo sozinha, Alice! – Alice fez um gesto de “não foi nada, talento natural!”. – E havia tanta gente, eu recebi mais parabéns ontem do que durante minha vida toda!

- São todos amigos da família. Muitos estavam ansiosos por te conhecer. – Disse Esme.

- Tantos vampiros, era até estranho. – Eu disse pensativa. – Mas eles eram fascinantes. A Amazonas, os Denali, aquele menino...

- Que menino? – Perguntou Edward curioso sem conseguir distinguir a sombra no meu pensamento.

- Eu não vi direito o rosto dele porque ele estava muito na sombra. Ele me chamou mais distante para falar comigo. Disse que estava com pressa. Tenho certeza que era um vampiro porque era muito gelado. Senti quando ele me abraçou e me desejou parabéns.

- Você foi para um lugar escuro com um vampiro? Você é demente? –perguntou Rosalie com uma cara incrédula.

- Ele disse que era amigo de Carlisle, eu não vi problema! – Me defendi. O quê era verdade, Carlisle dissera que nenhum amigo dele me machucaria, eu não tinha porque duvidar.

- Não tem nada dele que você se lembre? – Perguntou Carlisle forçando a memória para se lembrar de alguém que ele convidara.

- Pior que não. Ele foi embora assim que desviei minha atenção um segundo – Eu disse tentando me lembrar, mas não conseguia. Ele estava tão na sombra que não pude vê-lo bem. – Mas ele disse que eu tinha um cheiro bom. Se bem que foi a segunda frase mais ouvida na noite! Só perdeu para o parabéns! – Eu brinquei sorrindo, mas ninguém pareceu achar muita graça. Qual era o problema? Ele era um convidado como qualquer outro!

- O problema Nat é que não sabemos quem era, pode ser um penetra ou pior... – Disse Edward lendo meus pensamentos. Olhei pra ele tentando entender, mas não consegui. Houve um silêncio em que cada um estava absorto em seus pensamentos, até que tive um estalo.

- Ah! Ele estava com uma garota! Ela não chegou perto de mim, ele disse que ela era tímida demais e não tinha muito autocontrole. –Tremi involuntariamente ao me lembrar. Ela tinha olhos sinistros.

- E você a viu? – Perguntou Esme um pouco aflita. Aquele assunto não estava tomando um rumo agradável.

- Vi um pouco. Ela era pequena, parecia um garotinho, tinha cabelos escuros e curtos. Era tão branca que quase brilhava com a luz da lua, e seus olhos ... – Engoli em seco. Seus olhos eram tão intensos que mesmo ela estando longe eu pude vê-los e temê-los. Ela me parecia familiar. – Seus olhos eram de um vermelho intenso, como... sangue.

O silêncio que se seguiu foi perturbador. Pela minha descrição, acho que todos conheciam os misteriosos convidados. Nessie estava tensa no sofá ao lado de Emmett. Eles haviam parado a guerrinha. O dedo de Emmett apertava o de Nessie sem que ela notasse. Olhei para ela tentando compreender aquela reação, mas não consegui. Ela despertou de seu estupor e se sentou ao meu lado no sofá simulando calma.

- Não podem ser eles! – Exclamou Carlisle olhando para Edward. Acho que eles estavam conversando por pensamento.

- Vamos tirar a prova. – Disse Nessie em uma calma forçada. Eu ainda tentava entender. – Nat, me diga se a garota que você era parecida com esta. – Ela tocou minha mão e uma onda de imagens invadiu a minha mente. Nessie me mostrou uma lembrança, ela estava na floresta, havia um monte de vampiros por toda a volta, mas ela focou em uma garota próxima a um grupo todo de preto e mal encarado. Não havia como confundir aquela expressão, era ela. E de repente um nome veio a minha mente tão rápido quanto as imagens. Volturi.

- Não pode ser! – Exclamou Edward levantando-se do sofá. Acho que ele leu meu pensamento. Todos fizeram uma cara intrigada para ele. – Tem certeza Natasha?

 Minhas mãos tremiam. Agora eu sabia de onde a conhecia, eu já a vira nas lembranças de Nessie. Nas lembranças ruins dela. Olhei para ele que esperava uma confirmação, embora não precisasse dela. Confirmei com a cabeça e senti a mão de Nessie apertar a minha. Ela estava tensa, embora o resto ainda fizesse cara de paisagem.

- Pare com esse suspense e conte logo! – Exclamou Alice curiosa. Ela não era daquelas que sabia das coisas por último, então estava irritada por não ver nada por culpa de Nessie. Edward a encarou meio atônito.

- Jane. – Ele disse simplesmente e a atmosfera pesou mais. Nem Jasper conseguia se concentrar bem pra acalmar a todos.

- Você tem certeza? – Disse Carlisle se levantando também. Ele olhou para mim, como se também quisesse uma confirmação.

- Tenho sim. E acho que o quê me abraçou provavelmente deve ser o irmão dela. Qual o nome dele mesmo? Alec?! – Eu disse olhando para Nessie. Ela agora focalizava rosto dele em sua mente. Suas mãos ainda enlaçavam as minhas e ela tremia levemente.

- Mas o quê eles querem agora? – Perguntou Rosalie meio atônita. –Fizemos tudo o quê eles pediram!

- Mas agora desrespeitamos as regras de novo. – disse Edward analisando a situação. – Trouxemos outra humana para cá, o segredo está comprometido. – Eu fiquei indignada. Mas eu não havia prometido que não contaria? – Nós acreditamos em você Nat. – disse ele se virando para mim calmamente. – Mas eles não conhecem você como nós, vão querer tirar isso a limpo.

- E não será da melhor forma. – disse Jasper que também parecia pensativo. Só agora eu começava a entender a gravidade da situação. Eu era um perigo para o segredo dos vampiros, e os Volturi como “bons guardiães”, queriam saber até onde eu iria para guardar este segredo. Eu metera os Cullen numa baita confusão. A culpa me invadiu sem que eu percebesse. Edward parecia estar vigiando os meus pensamentos, porque se sentou ao meu lado e me fez encarar seus olhos.

- Não se culpe Natasha. Nós daremos um jeito nisso. Lembre-se, você é da família agora! – Ele disse sorrindo. Virei para os outros Cullen, eles também sorriam para mim. Olhei para Nessie que apertava minha mais com mais força, quase esmagando meus dedos. Ela me sorriu ternamente e eu me senti segura. Sorri fracamente e segurei as lágrimas que ameaçavam brotar em meus olhos. Tenho que para com essa fraqueza de chorar!

- Então, o quê faremos para acabar com eles? – Eu perguntei animada. Se era pra lutar, que eu pudesse fazer isso junto da minha nova família.

- Nós não, cara pálida! – Exclamou Bella. Surpreendi-me até. – Você não vai fazer nada, porque é a que mais corre perigo aqui.

- Mas eu quero ajudar! – Eu disse indignada. – A culpa disso tudo é minha, eu tenho que fazer algo útil!

- O mais útil que poderá fazer é ficar fora de confusão e segura. –disse Edward. Eu cruzei os braços e emburrei a cara. Eles não iam me impedir de ajudar! – Ah, mas nós vamos impedir sim! – ele disse irritado e autoritário. Droga! Sempre esqueço que ele lê meus pensamentos! – Agora você é minha filha e eu tenho o dever de protegê-la.

Eu até teria ficado emocionada se a situação não fosse tão grave. Depois daquela pequena conversa, meu ‘querido pai’ foi falar com os Quileutes. Não preciso nem descrever a cara do Jake e que levou uns 20 minutos para o Seth voltar ao estado humano de tão nervoso que ficou. Carlisle contatou os mesmos vampiros que haviam ido na festa para ver se eles podiam ajudar, o quê não demorou porque eles mal haviam saído de casa. Pra completar, Alice teve uma visão onde os Volturi vinham direto para cá “conversar”, então meu ‘querido pai’ me trancou aqui no meu novo quarto com Nessie. Então você pergunta, ‘porque toda essa ironia em ‘querido pai’? O que você mais queria não era isso?’. E eu te digo, era, mas não um pai que me tranca no meu quarto pra eu não ajudá-lo a enfrenta um bando de vampiros que provavelmente me quer... Isso é estranho!

- Mas que droga! – Exclamou Nessie enquanto andava em círculos pelo quarto. – Porque eu não posso ajudar? Você eu até entendo que eles queiram que fique trancada, mas e eu? Eu sei me cuidar, não preciso ficar de segurança aqui!

- Muito obrigado irmãzinha! – eu disse irônica girando os olhos. Ela me olhou com certo desgosto e recomeçou a andar pelo quarto.

Eu estava ficando enjoada só de olhar, então levantei-me e fui até a janela de onde dava para ver a floresta. Eu estava irritada. Queria ajudar, e todos me tratavam como criança. Primeiro, eu já tenho 18 anos! Segundo, só porque eu sou humana não significa que não saiba me defender. Droga de espécie! Sempre atrapalhando. O céu estava meio nublado, como se decidisse por chover ou não, o quê era estranho, pois estava muito claro mais cedo. Vi um movimento na floresta e vi uma criatura enorme sair de dentro das árvores. Era um lobo cinza escuro, provavelmente Paul. Então os Quileutes também estavam me vigiando? Como se já não bastasse Leah no andar de baixo como um cão de guarda. O quê eles achavam, que eu fosse fugir? Okay, confesso que essa hipótese passou pela minha cabeça, mas era só porque eu queria ajudar a minha nova família! Paul rondou a casa por um tempo, ouvi ele dar uma palavra com Leah, mas logo sua forma de lobo desapareceu por entre as árvores novamente.

- Agora chega! – Eu disse me dirigindo até a porta e saindo do quarto. Nessie me seguiu.

- Onde você vai? – Ela perguntou abaixando o tom de voz assim que chegamos perto das escadas, pois Leah estava na sala, dormindo no sofá a sono solto e roncando pra caramba!

- Eu vou ajudar! – Disse decidida e fui descendo as escadas. Nessie me seguiu. Ela era tão silenciosa que eu só sabia que ela estava ali porque sentia a sua presença. Quando estávamos no meio da escada, Leah roncou alto e meu coração acelerou com o susto. Nessie encostou sua mão na minha e disse ‘acalme seu coração senão ela perceberá que estamos aqui’. O que era absoluta verdade, pois Leah começara a se inquietar no sofá. Respirei fundo e senti meu coração desacelerar aos poucos. Logo, Leah estava novamente imersa em seus sonhos e voltamos a nos movimentar. Só relaxei quando senti a brisa gelada do dia atingir a minha face. Encaminhei-me rapidamente para a garagem. Eu sabia que minha moto estava lá e não queria perder tempo. Mas Nessie me segurou, obrigando-me a encará-la.

- Nat espere. Você não pode sair assim. Você não tem noção do que os Volturi podem fazer com você!

- Eu não me importo! – Disse tentando me desvencilhar de seu aperto, embora só conseguindo que ela me agarrasse com mais força. – Eu não consigo ficar só olhando enquanto a minha família corre perigo. Ainda mais por minha causa!

- E o que você vai poder fazer Nat! Olhe pra você! É só... – Ela parou no meio da frase com medo de me magoar, mas eu pude ler o resto por entre seus dedos presos firmemente em meu braço, ‘você é só humana’.

- Você não entende Nessie. – Eu disse desolada. Eu não queria confessar, mas aquele sentimento há tanto tempo resguardado em mim recomeçava a aflorar. Algo que há tempos eu reprimira, voltava com força, como numa sensação de dejá vu. – Eu não posso ficar parada só olhando! Não agora... não de novo...

Lágrimas silenciosas escorreram por minha face. Aquele segredo que eu guardara a sete chaves prestes a se revelar. Eu não conseguia suportar, eu tinha de sair dali rápido. Tentei me desvencilhar mais uma vez dela, mas foi impossível. Se antes ela queria me impedir, agora ela estava curiosa. Eu sentia por entre seus dedos, ouvindo seus pensamentos na minha cabeça como se fossem meus. Ela queria saber o que ocorrera, o que provocara a minha súbita mudança. Ela me conhecia tão bem, mas eu tinha tanto medo do que ela diria se soubesse de tudo.

- O quê aconteceu Nat? – ela perguntou em um tom mais ameno. Meu coração disparara. Podia prever quando Leah descobriria que fugimos só pelas altas batidas em meu peito.

- Nada Nessie. Só por favor, me deixe ajudar! Eu não consigo ficar parada vendo tudo o que eu demorei tanto tempo pra conseguir ser destruído assim tão facilmente. Eu não poderia suportar perder minha família de novo! Por favor, Nessie! – Minha voz soou suplicante. As lágrimas agora rolavam pelo meu rosto e embora eu tentasse impedi-las, sabia que seria uma batalha perdida. Aquele sentimento se apoderara de mim novamente como um parasita. Culpa...

- Acalme-se Nat.- Ela disse em tom amável, e eu nem notei quando suas mãos largaram meu braço e foram pousar em meu rosto, secando minhas lágrimas. – Você não vai nos perder, nunca! Eu te prometo. – Ela disse confiante e eu arrisquei um sorriso. Ela sorriu de volta, mas ele logo sumiu e foi substituído por uma expressão séria. – Mas eu vou com você e nem ouse reclamar! Eu vou te proteger de tudo o quê eu puder.

Eu não podia recusar. Não quando ela me olhava com aquela determinação. Embora eu não quisesse que ela fosse, tanto por medo de ela se machucar quanto por saber que aquela briga era só minha, uma parte de mim se sentiu alegre por saber que eu sempre teria Nessie em minha vida.

- Tudo bem, mas vamos de moto para irmos mais rápido. – Ela fez uma aceno afirmativo e sorriu, aliviada que eu tivesse concordado. - Mas eu tenho que pegar o capacete e as chaves. Acho que eles estão na estante da sala.

- Eu pego! – Disse prontamente. – Sou mais silenciosa e poderemos sair daqui mais rápido. Eu já volto, não saia daí! – Ela disse já se dirigindo para a porta de entrada. Sorri tristemente para mim mesma.

- Me desculpe Nessie. – Eu murmurei, e tirei as chaves do bolso da minha jeans. Eu a havia pego bem antes de Edward nos trancar no quarto. Corri para a garagem e peguei minha moto. Arrastei até perto da estrada, mas de onde ainda podia enxergar a garagem aberta e peguei uma pedra. Eu não precisava do capacete, não para onde eu iria, só queria uma desculpa para Nessie estar lá dentro, perto de Leah, onde provavelmente estaria procurando as chaves. Juntei todas as minhas forças e arremessei a pedra em direção ao Lamborghini de Nessie. Eu não tinha medo de errar, era a melhor arremessadora do time de beisebol do orfanato. E foi certeiro. O sensível alarme soou com vontade. Ouvi um rosnado e um grito vindos de dentro da casa, mas não esperei pra ver. Montei na minha máquina e dei partida. Sem hesitar ou olhar para trás, eu ganhei a estrada. Eu não me importava com o quê me ocorreria, só tinha uma certeza: salvaria a minha família dessa vez.


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Notas finais do capítulo

Espero ainda merecer reviews! E prometo atualizar mais rápido dessa vez se houver, no mínimo, um review pra me animar e saber que não me deixaram! :)
Até a próxima!