Moonshine escrita por Carool Black


Capítulo 22
Capítulo 18 (parte IV)


Notas iniciais do capítulo

Aaaaai que vergonha! Eu demorei SÉCULOS pra atualizar a fic! Peço miiiiiiiiil desculpas por isso! Mas aconteceu tanta coisa que eu, definitivamente, só não esqueci de respirar porque é algo automático do corpo! y-y Me desculpem mesmo! Mas pra compensar hoje publicarei dois capítulos lindos pra vocês! :D Espero que gostem e que compense minha cabeça de vento!
Divirtam-se!



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Não me lembro de ter cumprimentado tanta gente em toda a minha existência. Parecia que a cada momento surgiam mais pessoas para me dar parabéns. Olhei para Nat e percebi que ela exibia um imenso sorriso. Ela nunca ganhara tantos parabéns assim. Desvencilhei-me gentilmente do abraço de Zafrina e fui até ela. Ela acabara de receber um abraço de meu avô Charlie que parecia emocionado. Quando me aproximei, seu sorriso murchou um pouco.


– Não agüento mais sorrir! Meu maxilar já está com câimbras! – eu ri de seu comentário enquanto ela massageava o rosto.


– Boa noite. – Disse uma voz atrás de nós. Eu me virei e deparei com um garoto, ou melhor, já um homem, muito bonito, com olhos marrom-amarelados. Os cabelos que eram meio compridos e escuros estavam presos em uma trança, o quê me fez ter uma leve lembrança de que ele era familiar.


– Nahuel? – Eu perguntei insegura. Ele sorriu exibindo dentes perfeitos e brancos. Podia até imaginar a cara admirada de Nat naquele momento mesmo sem olhá-la diretamente.


– É um prazer revê-la Rennesme. – Ele disse. Todo galante, pegou minha mão e a beijou suavemente. Sua pele era tão quente quanto a minha.


– Há quanto tempo... ahn, como está? – Não sei por que, mas eu me sentia nervosa e insegura. Teoricamente, Nahuel era o único da minha “espécie”, e eu notei que ele me olhava de forma um tanto quanto estranha desde que cheguei, embora ainda não tivesse imaginado quem fosse.


– Estou bem. Melhor agora que pude ver-te. – Ele sorriu mais uma vez e eu tentei retribuir, embora constrangida. – Você está mais bela do que eu poderia imaginar. – Engoli em seco, então ele andava pensando em mim? – Poderia me apresentar sua amiga? – Disse educado, se virando para Nat que estava um pouco atrás de mim.


– Ah claro. Desculpe. – Felizmente ele mudou o foco de mim, porque aquilo estava realmente estranho e constrangedor. Reparei que Jake e Seth nos observavam de longe, e aquilo não melhorou nenhum pouco a situação. – Nat, este é Nahuel. Nahuel, esta é Natasha. – Ele pegou a mão dela e a beijou do mesmo modo que fez comigo. Percebi que ela ficou um pouco paralisada por um tempo, sua expressão demonstrava a mais pura curiosidade.


– Feliz aniversário, Natasha. É um prazer conhecê-la. – Nat sorriu levemente. Ele a analisou por um tempo e disse. – Ela não é uma de nós?


– Não. – Eu disse, me aproximando mais dela, um pouco desconfiada. Embora sua expressão não tivesse mudado, seus olhos possuíam um brilho diferente. Uns instantes de silêncio se seguiram.


– Vocês sabem o quê isto pode causar não é? Lembra-se da última vez que...


– Sim, eu me lembro bem. – O cortei com um toque de frieza na voz. – Mas não se preocupe, sabemos perfeitamente no que estamos nos metendo.


Ele sorriu de canto, mas seus olhos continuavam com aquela expressão que me incomodava. Ele se aproximou um pouco de Nat, inspirando profundamente, como se quisesse guardar seu cheiro. Percebi que Jacob segurava Seth há alguns metros dali. Coloquei-me na frente dela, como para desafiá-lo a se aproximar mais. Seu sorriso se alargou.


– Cuidado com suas escolhas Rennesme. – Ele disse simplesmente e se afastou, mas não sem antes piscar para Nat. Só quando seu cheiro se confundiu com o dos outros que eu relaxei meus músculos.


– Garoto estranho. – comentou Nat. Ela estava com uma expressão curiosa e nem um pouco intimidada. – Mas muito bonito! Quem é ele exatamente?


– Alguém que nunca mais vai chegar perto de você - Exclamou Seth. Seu rosto exibia raiva, e suas mãos tremiam levemente.


– Acalme-se Seth. – Disse Jacob se aproximando. Embora ele tentasse acalmar o Seth, sua expressão não era tão diferente da dele, pelo contrario, era até mais intensa.


– Alguém pode me explicar? – Perguntou Nat, exasperada e curiosa. Eu toquei em seu braço e lhe mostrei a história. Achei que estava rápido demais, mas quando terminei (o que demorou uns dois minutos) ela parecia meio chocada. – Ele é da mesma espécie que você?! – ela exclamou um pouco alto. Alguns convidados olharam pra ela.


– É! Ele tem um pai vampiro e uma mãe humana também. Acho que eu e ele somos os únicos assim. – Eu disse com amargura. Jake rosnou baixo.


– Doidera! – Ela pegou um copo de refrigerante que um garçom passava oferecendo e bebeu um longo gole. Seth ainda estava ao lado dela com uma expressão nervosa, embora tivesse parado de tremer.


– É, eu sei! – Eu disse desanimada. Ela olhou para mim, como se me avaliasse, depois segurou minha mão me obrigando a encará-la nos olhos. Eu nunca reparara que eram tão profundo e tão... castanhos. Eles sorriram para mim, assim como ela. Toda a minha insegurança e receio sobre Nahuel sumiram. Era como se eu tivesse desabafado com ela, sem nem precisar falar. Acho que ela entendia o que eu não conseguia expressar.


– Hey pessoal, está na hora dos presentes! – Disse vovó Esme com uma voz animada. Eu sorri para Nat e nos aproximamos deles. Os convidados se reuniram mais ou menos no centro, perto da pista de dança, e silenciaram para ouvir Alice, que estava ao lado de vó Esme. Quando eu e Nat chegamos perto, junto de Seth e Jacob, Alice alargou o sorriso e disse para todos.


– Bem! Todo mundo sabe que estamos aqui para comemorar o aniversário de Natasha e Ness. Bem, Edward e eu queríamos que vocês recebessem os presentes dos Cullen primeiro. E na frente de todo mundo porque somos exibidos! – Todos riram. Ela deu pulinhos de alegria, como se ansiasse aquele momento desde o início. Todos pareciam meio ansiosos, embora não mais que eu ou Nat! – Bem, o primeiro presente é para as duas... e acho que pra família toda também! Bella, quer ter a honra?


Minha mãe surgiu, sabe-se lá de onde, no meio da pista, e se dirigiu a mim e a Nat com um envelope nas mãos. Sua expressão dizia que se ela pudesse chorar, já estaria toda inchada. Ela chegou bem perto e nos abraçou ao mesmo tempo. Ela era tão pequena que minha cabeça colidiu com a de Nat. Ela suspirou e nos soltou, oferecendo o envelope.


– Tenho certeza de que irão gostar. – Sussurrou e se afastou para ficar ao lado de meu pai, que sorria radiante.


Eu olhei o envelope em minhas mãos, um pouco desconfiada. Olhei para Nat e ela me incentivou a prosseguir. Parecia intrigada com tudo aquilo. Abri o envelope e desdobrei o papel que ele continha. Li algumas páginas sem entender, até que a ficha caiu. Minhas mãos começaram a tremer e senti que Nat tremia ao meu lado. Encarei-a e percebi que seus olhos estavam marejados.


– Contem para todos! – Disse tia Rose com um sorriso. Minha voz falhou antes de começar.


– A...aqui diz que vocês adotaram Nat. – Os convidados suspiraram comovidos e começaram a cochichar. - Quer dizer... quer dizer que ela agora é da família... de verdade!


– Eu fui até o orfanato e a adotei. Claro que isso foi antes de ela completar 18 anos. – Disse meu pai calmamente, embora ele também parecesse querer chorar. – Mas isso não muda o fato de que agora ela é minha filha e de Bella, e claro, sua irmã Nessie. Agora ela é oficialmente Natasha Alice Cullen.


Eu não podia acreditar no que ouvia. Nat, minha irmã?!! Virei-me para ela e me espantei. Sua cabeça estava baixa e seu cabelo escondia a face.


– Nat? – Chamei incerta.


*Natasha PDV*


Meu coração estava tão rápido que eu suspeitava que fosse quebrar ou pular de mim. Não conseguia absorver aquela notícia. Eles haviam me adotado? Agora eu era uma... Cullen? Eu mal conseguia ouvir o que havia a minha volta, mas consegui absorver as palavras de Edward lentamente. “minha filha e de Bella... sua irmã Nessie... Natasha Alice Cullen”. Eu tinha um nome...

Natasha Alice Cullen ... Natasha Alice...

Abaixei a cabeça sentindo as lembranças me invadirem. Minha mãe, a lua, o orfanato, como sempre pensei que nunca me adotariam, como sempre achei que nunca teria amigos de verdade, ou uma família... E agora ali estava eu, envolta de pessoas que gostavam de mim e de minha... família. Sim... sim, eu tinha uma família agora, de verdade e oficialmente. Nessie me chamou um pouco incerta. Não atendi imediatamente, mas quando levantei o rosto, viu uma expressão surpresa e triste em Nessie.


– O quê houve Nat? Você não... não gostou? – Ela perguntou com um que de decepção na voz. Foi só então que percebi que estava chorando. Chorando tão intensamente que mesmo que eu limpasse as lágrimas, elas continuavam a cair. Sorri para ela, desistindo de limpar a cachoeira que caia de meus olhos.


– É claro que eu gostei! Uma família? Esse é o melhor presente que eu poderia ganhar em toda a minha vida! – Eu disse me jogando nos braços de minha mais nova irmã. Ela me abraçou forte e me girou no ar. Nós riamos feito bobas. Os convidados aplaudiam entusiasmados. Pude até ver alguns limparem o canto dos olhos. Desvencilhei-me de Nessie e corri para Edward e Bella. Peguei os dois em um abraço forte e cheio de carinho. Eles eram meus pais agora! – Obrigada! – Eu sussurrei para eles com a voz embargada.


– Não tem o que agradecer querida! – Disse Bella com uma voz vacilante. Se ela pudesse com certeza estaria chorando. – Nós é que temos que agradecer!


– Só temos uma condição! – Disse Edward um pouco sério e meu coração vacilou um pouco. Mas ele abriu um largo sorriso. – Terá que me chamar de pai de agora em diante. – Meu sorriso se alargou mais ainda e eu o abracei novamente.


– Mas é claro... papai. – Juro que o ouvi soluçar. Era o melhor dia de minha vida!


*Rennesme PDV*


–Não acabou ainda minha gente! – Disse Alice recuperando sua compostura. Pois ela quase surtara ao descobrir o nome do meio de Nat. Foi surpresa até para ela! O que é raro, porque ela sempre descobre tudo antes. – Agora temos presentes de verdade mesmo! –Nat voltou para o meu lado, enxugando as lágrimas que ainda escorriam. Meu pai saiu de fininho do local, acho que só eu percebi isso. E tio Emmett não estava em lugar nenhum – O primeiro vai para você Ness! Esperamos que aprecie!


Eu não sabia o quê esperar. Vindo da minha família podia ser qualquer coisa, mas logo ouvi o ronco de um motor cortar o momentâneo silencio. Olhei pra trás e vi o carro mais lindo do mundo. Era um Lamborghini cinza chumbo. Seu capô brilhava a luz da lua. Emmett o estacionou perto de mim, derrapando um pouco ao parar. Ele desceu do carro e jogou as chaves para mim. Só consegui pegá-las por causa de meus reflexos de meia vampira.


– É todo seu, monstrinha! – Ele disse rindo e eu não pude deixar de sorrir também.


– Valeu Nessie, se deu bem! – Exclamou Nat, também admirando o carro com olhos de cobiça. – Vai ter que me deixar andar nele de vez em quando!


– Você não vai precisar disso! – disse vó Esme. – Nós também temos um presente pra você!


E outro ronco de motor rasgou a noite.


*Natasha PDV*


Eu ainda admirava o carro de Nessie. Era realmente perfeito! Não pude evitar que uma ponta de inveja surgisse em mim. Ela sempre tinha tudo! Mal ouvi quando Esme disse que também havia algo para mim. O quê? Os Cullen estão me dando um presente? Mais um?! Mas um motor roncou ao longe e meu coração disparou. Um carro pra mim? Mas uma luz surgiu ao longe, um pouco atrás do Lamborghini de Nessie, e logo uma moto surgiu. Seu motoqueiro usava um capacete prateado que cobria seu rosto. Ouvi alguém assoviar atrás de mim em admiração (suspeitava que fosse Jake) e Emmett exclamar com uma ponta de inveja na voz.


– Nunca vi nada mais perfeito em toda a minha vida!


Era a moto mais linda que eu já vira. Uma autêntica Suzuki Strider, prata e preta. Eu não teria nem palavras para descrever a perfeição. O motoqueiro a desligou, desmontou e tirou o capacete. Era Edward. Ele se aproximou de mim com um sorriso divertido.


– Eu sabia que você gostava de motos, só achei difícil encontrar uma de seu gosto. Espero que aproveite, com cuidado. – Ele pegou minha mão e colocou as chaves nela. Eu não consegui sequer desviar o olhar. – Feliz aniversario... minha filha. – Ele completou com emoção.


Eu nem consegui esboçar reação nenhuma. Apenas o abracei em um irresistível impulso. Ele pareceu surpreso, mas correspondeu com carinho. Senti meus olhos marejarem. O soltei disfarçando e limpando o rosto. Minha maquiagem deveria estar ótima aquela altura!


– Hey motoqueira! Que tal uma volta? – Gritou Nessie para mim. Seu sorriso era tão grande quanto o meu. Eu correspondi, peguei o capacete que Edward me oferecia e me dirigi à moto, ansiosa por sentir a sensação da velocidade. Subi na moto enquanto Nessie entrava no carro. Era incrivelmente macia e alta, liguei o motor e senti o tremor abaixo de mim. Meu coração disparou de emoção. Coloquei o capacete e acelerei a moto que roncou como uma fera. Ouvi o motor do Lamborgini rugir também. Nessie piscou para mim, fez uma curva e arrancou pela estrada. Eu não fiquei para trás e a segui.

Sentir o vento no meu rosto, meu cabelos esvoaçando e Nessie ao meu lado em seu carro novo. Era uma das melhores sensações do mundo. Liberdade. Aquilo que eu não tivera durante muito tempo.

A lua iluminava o nosso caminho e uma única estrela guiava a noite.

Aquele foi o melhor aniversário de toda a minha vida!


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Notas finais do capítulo

Esperem um pouco pra eu betar o próximo capítulo que jájá eu posto! :D



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