Moonshine escrita por Carool Black


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Eu fiquei tão feliz por ter conquistados novos leitores, e infinitamente mais contente ainda por ter recebido uma recomendação da larissaV que eu resolvi postar mais cedo do que pretendia! Muita obrigada pela recomendação flor, dedico esse capítulo pra ti, mesmo que ele não seja lá essas coisas! Mas espero que gostem mesmo assim, divirtam-se!



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- Será que o senhor pode se sentar um pouco, eu to ficando tonta!

Realmente eu não entendia porque tanta agitação. O Sr. Cullen andava de um lado para o outro com as mãos na cabeça. Parecia a beira de um colapso. Ele me olhou com irritação. Oras, eu estava mesmo tonta. ‘Desculpe se eu não sou uma vampira.’, pensei e revirei os olhos. Ele me olhou com mais irritação. Droga, sempre me esqueço que ele pode ler a minha mente! Virei-me para Nessie. Ela parecia calma, até mesmo aliviada, mas um pouco preocupada. Na verdade todos pareciam um pouco assim. O ambiente estava até calmo demais.

- Nessie, porque tanta preocupação? Se vocês acham que eu vou contar pra alguém podem ficar tranqüilos. Eu nunca exporia um segredo desses, principalmente sendo de pessoas que eu gosto tanto. E afinal, quem acreditaria? – eu ri da piadinha sem graça. Me dêem um desconto, estava nervosa.

Ela me olhou com ternura e sorriu. Olhou para seu pai que parara de andar e nos encarava. Ele suspirou. “Eu estou falando sério, eu nunca contaria pra ninguém!’, eu pensei com indignação.

- Não é esse o problema Natasha! - todos olharam pra ele, eu o encarei com surpresa, não só pelo fato dele responder a minha pergunta mental, mas também porque não achei que houvessem mais problemas. - Eu não me preocupo com você contar ou não, pois sei que você não faria isso. O problema... – ele olhou de esguelha para o doutor Cullen que fez um sinal de afirmação. Ele suspirou e completou com uma voz meio cansada. - O problema são os Volturi.

Senti o clima na sala ficar menos calmo. Nessie ao meu lado estremeceu e segurou o meu braço. De repente, imagens que eu desconhecia vieram a minha mente. Um grupo de vampiros (e eu tinha certeza de que eram vampiros, pois eram inconfundivelmente lindos e brancos.) vestidos de preto, os olhos vermelhos como sangue e um porte de realeza. Eu não sabia de onde vinham aquelas imagens, mas uma coisa era certa: eu não ia gostar nada desses Volturi.

- Eu entendo a sua preocupação Edward, mas não podemos fazer nada a não ser protegê-la. Tente se acalmar, nós daremos um jeito. - disse o doutor Cullen tentando acalmar a todos e a si mesmo.

- Ahn... será que alguém pode me explicar quem são os Volturi?! – eu perguntei timidamente.

Eles se entreolharam receosos. Nenhum deles parecia querer falar deste assunto. Nossa, esses caras eram maus mesmo!

- Os Volturi são um grupo de vampiros que vivem na Itália e são muito respeitados na nossa... espécie.- explicou a mãe de Nessie, ela parecia um pouco nervosa, mas sentia que a cada momento o ambiente ficava mais calmo. Que estranho?! Ela prosseguiu tomada por essa calma momentânea. - Eles colocam ordem no nosso mundo, para que os humanos não descubram sobre nós.

- O problema Natasha, é que eles têm regras severas quanto a isso, muito severas. - disse o doutor Cullen, sério.

Engoli em seco. Acho que eu entendia o quê eles estavam dizendo, eu podia ler nos olhos dos Cullen. Abaixei a cabeça um tanto desolada apesar de ainda sentir aquela estranha calma. Eles matavam, matavam todos que soubessem do segredo e quem o tivesse contado. Eu sabia como era aquilo, já vira muito disso em filmes, embora nem se comparasse a vida real! Meu coração apertou, ‘então eu tenho que ir embora antes que os Cullen corram mais perigo...’ o senhor Cullen não permitiu que eu conclui-se o pensamento.

- Não Natasha! - eu me assustei. Sempre esqueço que ele lê mentes, demoraria um pouco pra me acostumar com aquilo. – O problema não é esse! Nós somos imortais, e os Volturi não nos matariam ou nos fariam mal sem um bom motivo, disso nós temos certeza. A preocupação é com você, eles podem fazer muito mal a você se quiserem.

- Eu concordo. Acho que devemos reforçar um pouco a vigilânica. Mas não se preocupe Natasha, não vamos permitir que eles lhe façam mal. - disse a Dona Esme

Olhei pra eles sem acreditar em suas palavras. Sua família corria perigo e eles se preocupavam com a minha vida?! Sorri tentando evitar as lágrimas que se formavam.

- O-obrigado por... Por se preocuparem comigo. - eu estava envergonhada. Nessie riu ao meu lado e me deu um tapa na cabeça.

- Com uma condição! - disse Alice sorridente. Eu olhei pra ela curiosa. – Pare de nos chamar de Cullen! Temos nomes legais tá!- Todos riram, inclusive eu! E a tranquilidade do ambiente não pareceu mais tão anormal.

~*~*~*~

Depois de todas as minhas descobertas, o senhor Cullen, ou melhor, Edward (não sei se vou me acostumar com isso!) fez com que eu e Nessie fossemos dormir sem nem ligar para as minhas perguntas ansiosas sobre os Volturi e os poderes deles. Acordei no outro dia achando que tudo não passasse de um sonho, mas enquanto estava na cozinha tomando café, pude ver pela janela (ou devo dizer parede de vidro?!) Alice e Jasper correndo numa velocidade que meus olhos não puderam acompanhar. Aquilo me convenceu de que tudo era verdade.

Quando eu terminava o meu café da manhã, Nessie sentou-se ao meu lado e passou a me contar toda a história de sua família. Era algo complexo e extremamente interessante!

- Peraí, deixa eu ver se entendi! - bebi um gole de suco, tentando conseguir tempo para as idéias se encaixarem. - O doutor Cullen foi transformado há muito tempo e depois ele mordeu o resto da família, e só fez isso quando estavam a beira da morte. - Nessie confirmou. - Exceto Alice e Jasper que surgiram na família sabe-se lá de onde. - ela confirmou novamente. - Sua mãe era humana e se apaixonou pelo seu pai, ela teve você quando ainda era humana por isso você é metade vampira e metade humana.

- É um belo resumo! - ela riu.

- Seu pai tem o poder de ler mentes, Alice de prever o futuro. - eu constatava os fatos, queria organizar as coisas na minha cabeça humana.

- Como sabe o poder de Alice? Eu não falei nada!

- Oras, alguém que descobre o sanduíche que eu quero sem eu nem pensar nele, só pode prever o futuro! - Nessie riu. – Mais alguém tem poderes?

- Bem, tio Jasper pode controlar o humor do ambiente. Tipo aquela hora que estávamos conversando na sala e o ambiente estava calmo.

- Era ele? - ela confirmou com a cabeça. - Bem que eu suspeitei!- mentira, eu nunca imaginei que fosse ele!

- E eu tenho o poder de transmitir pensamentos pelo toque! - ela balançou os dedos na minha cara.

- É por isso que aquela hora que você me tocou eu vi imagens dos Volturi! - ela confirmou novamente, rindo.

- Bem, tem também a minha mãe com o poder de criar um bloqueio psíquico. Por exemplo, ela é a única que meu pai não consegue ler a mente, e se ela quiser pode bloquear qualquer pessoa para o mesmo. - olhei pra ela admirada. - Ela me contou que quando era humana também era assim. Foi um dos motivos porque meu pai se interessou nela.

Eu pisquei algumas vezes e bebi mais suco. Era muita informação pra um dia só.

- Caraca! É um tanto confuso! Bem doido esse lance dos seus pais! Deve ser uma bela história de romance de livro! - ela sorriu sem graça.

- Digamos que eu ache um pouco melosa demais, mas é bonita sim. Eles se amam como eu nunca vi ninguém amar. Meu pai diz que ela ainda é sua cocaína preferida. – ela riu mais, como se lembrasse de algo engraçado.

- Como assim? - perguntei espantada. Eles podiam se drogar assim? Será que dava efeito como nos humanos? Acho que isso eu poderia perguntar pra Emmett, ele com certeza saberia!

- Minha mãe era humana, o cheiro do sangue dela era o melhor do mundo segundo meu pai. Era como um prato de macarronada quando se tem fome, mas ele não podia comer, ou melhor, ele não queria comer.

Pisquei algumas vezes até absorver o quê Nessie havia dito. Os vampiros tinham os sentidos aguçados, eu nunca pensara por aquele lado. Será que...

- Nessie, meu cheiro... incomoda? - ela me olhou surpresa pela pergunta inesperada.

- Seu cheiro é bom Nat! Cheiro de sangue novo e doce! - ela riu com gosto.

- Mas não é incomodo? Quero dizer, eu não sei se resistiria a um prato de macarronada! - ela me olho compreensiva e depois gargalhou. Oras, eu não quero dar mais um motivo para incomodá-los, já causava problemas demais!

- Não se preocupe com isso Nat! Já estamos mais que acostumados! Pelo menos a maioria de nós. - ela olhou no relógio distraidamente, sem reparar na minha expressão duvidosa. - Vou tomar um banho, o Jake já deve estar chegando.

Ela saiu e me deixou ali, confusa com meus pensamentos e um monte de informação para absorver de uma vez só. Levantei-me da mesa, fui até a varanda e me sentei nas escadas da entrada. Aquele lance do sangue havia me incomodado, será que meu cheiro humano não lhes provocava nada? E o quê ela quis dizer com ‘a maioria de nós’? Ouvi um barulho na garagem e fui até lá. Avistei o senhor Cullen mexendo no motor de seu carro, um Volvo prata lindamente lindo! Combinava perfeitamente com ele.

- É um belo carro! - eu disse admirada e ele sorriu pra mim. Entrei em estado beta por um tempo. Tenho que me acostumar logo com essa beleza toda a minha volta. Sinto-me o patinho feio nessa casa. - Está com algum problema?

- Na verdade não. Mas está fazendo um barulho estranho quando ligo. - ele deu a partida e pude ouvir um chiado baixo, quase imperceptível para humanos como eu. Porém quando se trata de carros, eu não sou nenhum pouco normal!

- Será que eu posso dar uma olhada?

Ele confirmou com a cabeça e eu olhei para o motor. Assobiei alto, era uma beleza. Peguei uma flanela e limpei algumas peças, apertei alguns parafusos. Depois de um tempo em que trabalhei em silêncio (ele ficou observando de longe), disse para ele ligá-lo. Ele deu a partida e o motor rugiu como um leão. Sem chiado. Sorri satisfeita comigo mesma. Pelo menos eu não perdera o jeito!

- Uau! Você entende mesmo disso, onde aprendeu?

- Trabalhei em uma oficina quando era menor. Adoro esse tipo de coisa, mas gosto mesmo é de motos. Elas me fascinam! Toda aquela rapidez e aerodinâmica! - eu devia estar com cara de trouxa, pois ele riu da minha expressão. Admirei por um tempo aquele sorriso perfeito e, de repente, me lembrei o porquê de estar ali. - Senhor Cullen, posso lhe perguntar uma coisa?

- Só se você para de me chamar de senhor Cullen! - eu ri sem graça.

- O meu cheiro incomoda? - ele me olhou surpreso e confuso. - É que a Nessie estava me contado a sua história com sua esposa e ela me disse que o cheiro dela era como macarronada pra você, mas você não podia comer, e...eu amo macarronada sabe?! - ele riu. Tive de rir também, um tanto envergonhada.

- O seu cheiro não incomoda Natasha, nós nos acostumamos a ele! O caso entre mim e Bella é que...ela era uma macarronada com queijo ralado por cima entende?!

Eu ri da relação que ele fizera. Claro que eu entendia, qualquer coisa com queijo ralado, principalmente macarronada, era simplesmente divino. Ele riu de meu pensamento e eu já quase gargalhava sem motivo. Mas uma coisa ainda me incomodava. Eu pensava no ‘a maioria de nós’ que Nessie dissera. Ele deve ter lido o meu pensamento, pois respondeu exatamente o que eu queria saber.

- Já notou que Jasper fica um pouco longe de você? - afirmei com a cabeça. - ele ainda tem um pouco de dificuldade com isso, ele se alimentou de humanos por muito tempo. Digamos que é um vício que tentamos tirar dele. Mas ele lida bem com isso, ele gosta de você. Diz que se sente feliz com você por perto porque você nunca esta de mau humor.

Eu sorri, mas contente do que esperava. Eu também gostava de Jasper, apesar de ele ser meio caladão... e meio estranho. Na verdade eu gostava de todos os Cullen, se bem que Alice sempre fora a minha favorita, depois de Nessie é claro!

- Por quê? - perguntou o senhor Cullen enquanto limpava uma sujeirinha inexistente no carro, eu me assustei novamente com a pergunta inesperada. Demorou um tempo para eu entender a que ele se referia.

- Aah, bem... ela é bem humorada, engraçada, parece uma borboleta feliz. Mas é que... ela me lembra um pouco a minha mãe. – pude sentir meu coração acelerado e a minha face quente. Eu não revelara aquilo nem para Nessie! O senhor Cullen pareceu entender isso e sorriu de forma cúmplice pra mim.

- Prometo não contar pra ninguém! - eu lhe retribui o sorriso timidamente.

Depois disso passamos um bom tempo conversando sobre carros e motos. Era legal conversar com ele assim, ele não parecia um senhor de mais de 100 anos, e sim o adolescente congelado em sua aparência. Era engraçado e meio assustador também! Até que ele parou um instante, levantou a cabeça como para ouvir algo e fechou a cara. Eu não entendi direito até ouvir a risada de Jacob próxima da casa.

- Porque você não gosta dele senh...- ele me olhou com uma cara ameaçadora. – Edward?

- Uma longa história. - ele fechou o capô do carro e limpou as mãos. - É melhor entramos, não é?!

Eu sabia que ele queria espiar Nessie, mas não me importei. Ele me guiou até dentro de casa e eu me diverti com as implicâncias indiretas dele para Jacob, enquanto Nessie revirava os olhos. Ás vezes eu me esquecia que eles eram vampiros.


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Notas finais do capítulo

Acho que as coisas vão ficar mais interessantes a partir de agora, não?! O que acham?
Please, continuem comentando, senão faço greve! :D E novos leitores, não se acanhem! Vocês são muito bem vindos e eu não mordo! Antigos leitores, já sabem, não são menos importantes!
Adoro vocês, beijos e até o próximo!