Moonshine escrita por Carool Black
Notas iniciais do capítulo
Olá queridas leitoras! Aqui está mais um capítulo fresquinho pra vocês! :D Espero que gostem! E dando boas vindas as novas leitoras, please comentem, eu não mordo não! -q
Divirtam-se!
Espreguicei-me e senti uma pontada na perna. Mas que droga! Sentei-me na cama e peguei a muleta ao lado da cômoda. O doutor Cullen a arranjou pra mim, disse que seria bom eu me exercitar e que já estava bem pra andar de muletas, só não poderia correr. O quê ele pensa? Que eu vou correr até o Brasil e ainda participar da São Silvestre com isso?!
Levantei-me devagar e notei que Nessie já tinha acordado. Aquilo era bom, eu poderia iniciar meus planos. Desde que eu fiquei intrigada com a família Cullen tentei criar hipóteses para o que acontecia com aquela família. Cada teoria era pior que a outra, mas eu tinha que testar.
Me arrumei sem pressa e desci as escadas. Pude ver todos os Cullen reunidos na sala conversando. Era perfeito! Eu ia fingir tropeçar e cair para ver se algum deles iria me socorrer e assim eu poderia tocá-lo e saber se sua pele era realmente fria e confirmar uma de minha suspeitas. Era um bom plano... Ok, era um plano idiota, mas era o melhor que eu podia fazer, ainda mais debilitada desse jeito! Droga, o senhor Cullen ta me olhando com aquela cara de ‘eu sei o que você fez no verão passado’. Detesto esse modo de “sei ler sua mente” dele!
Eu estava no último degrau e pensava em como simularia a minha queda quando ocorreu o inesperado. Minha muleta escorregou e eu me desequilibrei. Não era ensaio, era de verdade! Eu ia cair de cara no chão sem nem poder evitar, então fechei os olhos me preparando pra queda, pra dor e pra mais umas semanas na cadeira de rodas com as duas pernas quebradas. Foi então que algo surpreendente ocorreu.
Senti uma brisa e a queda não veio. Abri os olhos e notei que o tio caladão de Nessie, Jasper, me amparava em seus braços. Não pude tocar sua pele, mas o olhei admirada.
- Como você fez isso?
- Isso o quê? – perguntou, ajudando a me equilibrar.
- Você estava do outro lado da sala! - eu estava muito surpresa. Ele nunca teria chegado a tempo de impedir minha queda.
- Claro que não! E-eu estava do lado da escada o tempo todo!
Ele parecia nervoso e todos me olhavam com suspeita. Alice, pelo contrario, se divertia com a nossa cara de bobos. Suspirei resignada e eles pareceram relaxar um pouco. Mas eu tinha certeza que o vi do outro lado da sala!
- É... deve ser. Obrigada. - Apoiei-me em seu ombro para me equilibrar e meu braço roçou a pele de seu pescoço. Era frio como mármore. Afastei a mão rapidamente e ele me fitou confuso. Sorri tentando disfarçar e acompanhei Nessie até a cozinha. Até ela me olhava desconfiada, mas não era pra menos!
Eles eram frios, como gelo. Suspeita número um: confirmada.
~*~*~*~
A minha experiência se provara mais eficiente do que eu pensei, mas aquilo me deixou mais confusa. Eu realmente não sabia mais o quê pensar. Primeiro porque eu não achei que fosse confirmar aquela suspeita. Eram tantas coisas estranhas e diferentes na minha cabeça, e tudo tão absurdo que não podia ser real.
Suspirei. Pensava seriamente em esquecer tudo e fazer um sanduíche pra mim. Peguei minha muleta e ia me levantar quando Alice surgiu na porta do quarto com um prato na mão.
- Quem quer sanduíche?! - olhei espantada pra ela enquanto ela colocava um prato na cabeceira da cama.
- Como você sabia que eu queria sanduíche?
- Eu adivinhei! - disse simplesmente e saiu do quarto saltitando. Borboletinha!
Olhei para o sanduíche. Alice sempre fazia aquilo, surgia com algo que eu pensava em fazer, como se adivinhasse o quê eu queria. Balancei a cabeça. Aquilo estava mais estranho a cada momento. Mordi o sanduíche com gosto. Estava exatamente do jeito que eu queria, maionese, atum e salada. Eu olhava ao redor tentando achar algo que pudesse me indicar um caminho, uma maneira de descobrir a verdade. Pena que Nessie não estava em casa, ela poderia me ajudar de alguma forma, mas ela fora visitar Jacob. Ele ia levá-la pra algum lugar que não quiseram me contar, mas ouvi algo relacionado a penhasco. Tudo doido. Como se ela fosse mesmo pular de um penhasco! Ou será que iria? Balancei a cabeça para espantar a imagem de Nessie pulando um penhasco.
Foi aí que avistei algo que me ajudaria. Eu não o havia usado ainda por vergonha, mas situações desesperadas levam a medidas desesperadas (nossa como eu to dramática!). Fui até o computador de Nessie e o liguei. Ela sempre dissera que eu podia usar quando precisasse, e eu realmente precisava de uma luz agora.
Ali tinha que ter algo que me ajudasse, então iniciei minha pesquisa.
~*~*~*~
Incrível! Como eu não havia pensado naquilo antes?! Era simples e óbvio. Desliguei a máquina ainda entorpecida pelo que descobrira. Agora tudo fazia sentido, a pele branca e fria, a agilidade, a rapidez, a força, até o estranho fato de Alice e o senhor Cullen saberem tudo. Mas mesmo assim parecia impossível, e até fantasioso. Oras bolas, era uma hipótese totalmente ridícula, mas que se encaixava perfeitamente.
Desci lentamente a escada. A casa estava silenciosa. Acho que deviam estar por aí, eles sempre saiam do nada sem explicar. Fui até a cozinha e abri a geladeira. Eu precisava mesmo de uma bebida gelada. Peguei uma jarra com um suco de morango escuro e despejei no copo. Tomei um grande gole e engasguei, cuspindo um pouco na pia.
Aquilo não era suco de morango, mas era a confirmação da minha teoria totalmente doida!
- Eureka! - eu sussurrei para mim mesma. Mas antes de qualquer coisa, eu precisava de uma última prova, algo que realmente confirmaria tudo e que explicaria uma suspeita que pouco se encaixava.
Fui até a sala e comecei a ler um livro. Buscava a todo custo distrair meus pensamentos para coisas sem interesse. Os Cullen se reuniam conforme a noite se aproximava. Nessie chegara e viera me contar sobre o seu dia, vagamente, pois percebi que ela omitiu boa parte do que fez. Eu não me importei muito, afinal estava prestes a provar a minha teoria. O doutor Cullen dissera que Charlie estava melhor e que já tinha voltado para casa. Ele me olhou de esguelha. Eu tinha de agir rápido, antes que eles me mandassem de volta pro Charlie e eu nunca descobriria a verdade.
- Então, o que temos para o jantar senhora Cullen? – perguntei gentilmente para a mãe de Nessie, tentando a todo custo pensar em comida e não olhar pro senhor Cullen. Acho que estou suando frio!
- Não sei Nat, o quê você quer comer? - ela me perguntou sorrindo. Adorava aquele sorriso gentil. Ela sempre cozinhava o que eu queria, como uma boa mãe. Foco Natasha!
- Porque não pergunta ao Emmett? Deixe ele escolher o cardápio hoje, afinal ninguém jantou ainda e não é justo eu sempre escolher!
Todos se encararam. Realmente já passara da hora do jantar e nenhum deles indicara que já comera, ou seja, eles não haviam me dado uma desculpa para fugir de comer. O senhor Cullen me fitou com aqueles olhos cor de topázio. Comecei a cantar mentalmente a única música em japonês que eu conhecia.
- Então é melhor eu mesma escolher porque Emmett só gosta de coisas estranhas! - ela disse simplesmente e foi para a cozinha. Alguém já disse a ela que ela mentia mal?!
Pouco depois, todos estavam lá e arrumavam seus pratos. Todos pareciam normais e resignados. Emmett fazia cara feia para o prato a sua frente. Ninguém parecia suspeitar de nada e eu ainda cantava pela milésima vez a música em japonês na minha cabeça. Observei o terreno. Todos os Cullen estavam distraídos, inclusive Nessie. O senhor Cullen estava de costas para mim. Era a hora. Tomando cuidado em manter a boca fechada, pensei com clareza e firmeza, torcendo para que meu plano estúpido funcionasse, ‘Senhor Cullen, será que pode me passar a salada?’. Aguardei, e então...
- Claro Nat, aqui está. - ele pôs a salada na minha frente sorrindo pra mim, normalmente.
Todos pararam o que faziam como estátuas, e encararam o senhor Cullen e a mim. Ele olhou confuso um instante para a sua esposa e logo seu rosto se iluminou em compreensão. Ele me fitou reprovador e surpreso. Nessie ao meu lado havia parado o garfo a meio caminho da boca. Não pude evitar em sorrir.
- Obrigado senhor Cullen! - Peguei a salada e continuei a me servir. – Aliás, acho que tem um suco de morango na geladeira que está estragado! – completei com normalidade. O esgar de surpresa de Dona Esme e a risada de Emmett foram a confirmação que eu precisava!
Os Cullen eram vampiros, por mais louco e impossível que isso fosse. O senhor Cullen podia ler mentes e o hamburgue não podia estar melhor.
Olhei para Nessie que ainda estava na mesma posição, me olhando pasma. Sorri-lhe com gosto e dei de ombros.
- Elementar, minha cara Rennesme! Elementar!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu não gosto muito desse capítulo! u-u Mas prometo que o próximo será melhor! :D Deem suas opiniões, já disse que sem review não posto! MUAHAHA!
Beijos e até o próximo!