– Tem outro bilhete aqui com um endereço – Lavi pegava um bilhete que estava em cima da mesa – “Rua dos Nibelungos, número 15 às 17 horas”

– Deve ser o lugar pra pagar o resgate! O que a gente faz?

– Nós temos que ir encontrá-los – olhou para o relógio – não dá tempo de chamar a policia, vamos temos que ir até o endereço – pegou na mão do Allen e o arrastou para fora da cozinha – Vamos!! Não há tempo a perder!

– Espera, estamos esquecendo uma coisa! – Allen solta à mão de Lavi que já estava abrindo a porta da entrada.

– O que?

– Os sonhos do seu avô! – Allen volta com a bandeja de sonhos nas mãos.

– Você não esquece a comida nem nessas horas?

– Alguém aqui precisa ter nervos de aço, né?

Entraram no Taxi e disseram o endereço para o motorista, que quando viu a aflição dos dois garotos foi o mais rápido possível. Os garotos não se olhavam nos olhos, estavam sem assunto e com vergonha depois do ocorrido na cozinha. O carro parou Allen saiu correndo com a bandeja na mão, Lavi pagou o taxi deu uma gorjeta e saiu correndo. Tim não perdeu tempo e foi logo atrás de seu dono.

–É ali, o que a gente faz?

– Não dá pra pensar Allen, vamos entrar com tudo!

Os dois garotos abriam a porta da casa com força...

– Todo mundo parado!!

– Ninguém toca neles!

–Hum? Por quê? – disse uma voz feminina.

– Lavi? Allen? – Lavi reconheceu essa voz de imediato, era seu avô. Olhou ao redor e viu que estava na casa do mesmo.

– Ué Allen, essa é a casa do vovô!

– É mesmo!

– Fiquei tão perturbado com aquilo que nem reconheci o endereço!

– Perturbado com o que Lavi-kun? – Essa voz os dois conheciam muito bem, Lenalee Lee.

– O que houve pirralho? – Cross Marian estava ali também.

– Hm... Bom... É que... – falava do que houve na cozinha ou não? – Nós fomos até a casa dos Lee...

– Mas eles tinham desaparecido... - emendou o ruivo.

–Aí encontramos uns bilhetes falando que iam fazer picadinhos deles...

– E outro com esse endereço – um estava terminando a frase do outro. Eles se entreolharam e coraram instantaneamente.

– Acho que vocês entenderam mal – era Komui Lee quem falava – Deixei a porta aberta para que você pegasse a encomenda de seu avô, eu precisava fazer umas coisas e depois tinha que vir aqui para a reunião, afinal fui um dos convidados junto de minha querida irmã - sempre que falava da irmã os olhos de Komui brilhavam.

– E o bilhete falando que iam fazer picadinho de vocês?

– É a receita do meu picadinho de carne que eu tenho que preparar quando voltar pra casa.

– Puxa! Acho que nós ficamos nervosos e entendemos tudo errado Allen.

– Vocês trouxeram os sonhos para servir na reunião? – perguntou o avô de Lavi.

– Claro, Allen se lembrou de trazer e... – Lavi se virou e olhou para Allen – Allen, cadê os sonhos? – estava surpreso, os sonhos não estavam mais na bandeja, havia apenas um – os sonhos acabaram?

– Claro que não! Sobrou um! – Allen se pôs a frente e estendeu a bandeja – Isso só pode significar uma coisa... Um larápio entrou lá enquanto a gente procurava vocês... E comeu tudo pra não deixar pistas!

Todos que estavam ali ficaram surpresos com a capacidade que Allen tinha para inventar historias, começaram a rir. Komui pegou a bandeja da mão de Allen que estava completamente sem jeito. Lavi puxou o albino pela mão para fora da casa, ali era uma reunião para os amigos mais íntimos de seu avô, só teria gente chata. Ele tinha outra ideia de diversão no momento.

–Hey, deixa eu adivinhar Allen, foi seu estomago que inventou essa desculpa? – ele abraçou Allen grudando seus corpos.

– É ele não é muito criativo! – disse Allen antes de ter um beijo roubado por Lavi.

Quem diria que eles conseguiriam viver uma aventura dessas em um único dia? E ainda no final ele sobreviveu a esse filme de terror, que virou uma comédia que acabou finalizando com um lindo romance.